Pequenos Milagres escrita por gisellecullen


Capítulo 12
ONE Pequenos Milagres na integra II




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Edward PDV

 

Estremeci com o toque de seu lábios em meu pescoço.

 

Continuamos dançando por um tempo, até ela parar nossa dança no meio da música, de repente.

 

– O que foi Bella? – Ela não tinha a cara nada boa.

 

– Eu... eu não estou me sentindo muito bem... – Ela colocou a mão na cabeça.

 

Ao notar o que aconteceria a peguei em meus braços, antes que pudesse ir ao chão. Ela havia desmaiado.

 

– Bella? BELLA?!!

 

Alice e Jasper viram o que aconteceu e vieram em nossa direção com olhares preocupados.

 

– Mana? – Ele passou o olhar de Bella em meus braços para mim – Edward, o que aconteceu?

 

– Ela começou a passar mal e... desmaiou.

 

Comecei a leva-la no meu colo em direção ao meu volvo, mas Alice me segurou pelo braço.

 

– Ed... vc não tá bem pra dirigir. Vem... eu levo vcs! – Ela estava com a chave do porsche na mão e o destravou.

 

Ela e Jasper ficaram nos bancos da frente enquanto eu ia com Bella no banco de trás. Ainda no carro liguei para o meu pai, que estava no hospital. Ele preparou tudo para quando Bella chegasse.

 

(...)

 

Bella estava ligada a diversos aparelhos. Assim que chegou eu coloquei uma bolsa de soro ligada a ela, através de uma intravenosa.

 

Ela parecia tão frágil, tão fraca... Na semana que passou ela não estava mais tendo os desmaios que Jasper dizia que ela vinha tendo quando chegou aqui, e do nada isso aconteceu...

 

Eu estava com medo agora, medo de perdê-la, e agora eu sabia o que era isso: eu me apaixonara.

 

Fiquei o tempo todo ao seu lado, não apenas como médico, mas como a pessoa que mais a queria naquele momento, que mais a queria bem novamente, saudável. De repente notei que ela começou a abrir os olhos.

 

Ela esboçou um sorriso ao me notar ao seu lado.

 

– Bella, me desculpa. Eu não queria que...

 

– Shh... – Ela cobriu meus lábios com as pontas de seus dedos – não peça desculpas... eu... adorei a noite... – Ela sorria fraco. A doença já estava a afetando, com fizera com Marcella, em seus últimos dias.

 

– Bella... é melhor parar com a lista. Vc...

 

– Eu estou tendo os melhores momentos da minha vida, graças a vc! – Ela apertou suas mãos com as minhas.

 

– Mas...

 

– Não Edward! Eu vou sair daqui e... terminar aquela lista!

 

Resolvi não discutir, não queria que se alterasse. Eu a ajudaria com a lista, mas seria muito mais cuidadoso agora.

 

(...)

 

Passou-se um dia e saímos do hospital. Expliquei tudo a Carlisle e ele entendeu. Mas dessa vez fomos para a minha casa, lá seria o melhor local para fazermos o que o décimo item requeria.

 

Minha casa tinha dois andares, e no andar de cima havia uma escada em caracol que levava até a parte mais alta da casa.

 

Pedi para que Bella esperasse um pouco na sala e ela assentiu.

 

Bella PDV

 

Fiquei esperando Edward por cerca de meia hora, até vê-lo descendo as escadas. Ao vê-lo descer lembrei-me de algo:

 

– Edward... vc pode me dar a lista?

 

– Er... posso. Mas por quê?

 

– É que... agora eu quero ficar com ela... – A resposta foi meio vaga, mas serviria.

 

– Claro! – Ele me entregou a lista e eu a coloquei no bolso lateral que o meu vestido possuía.

 

Edward foi pegar algo para nós comermos e eu fiquei o esperando. Assim que ele sumiu pela porta da cozinha tirei a lista do meu bolso. Virei-a até me deparar com aqueles outros cinco números. Eu os escreveria quando idéias das diversas coisas impossíveis de se acontecer comigo surgissem em minha mente. Então uma coisa surgiu, e eu rapidamente a repassei para o décimo quarto item, o primeiro dos meus “itens impossíveis”.

 

Edward chegou com alguns biscoitinhos, que eu logo identifiquei como cookies. Mordi um e, meu Deus! Aquilo era muito bom!!

 

– Nossa! Isso é muito bom! – Eu dizia com a boca ainda cheia.

 

– Acha? Fui eu que fiz...

 

Que? Homens cozinhando são uma dádiva. Agora Edward Cullen cozinhando?? *abana*

 

– Nossa². Estão muito bons!

 

– Se quiser... qualquer dia te ensino...

 

Depois de eu ter comido praticamente uma fornada todas de cookies, Edward esticou a mão em minha direção, para que eu levantasse do sofá. A peguei rapidamente e subimos as escadas juntos. Chegamos ao ponto mais alto da casa, e eu pude vislumbrar a linda vista que tinha daquela sacada. Eu via todas as luzes da cidade, tudo do teto da casa dele.

 

Mas não foi isso o que mais me surpreendeu, e sim a decoração do lugar: não havia nenhuma luz acesa lá encima, a não ser a luz da lua que nos iluminava e a luz de algumas velas que ele havia colocado.

 

No chão havia um tapete lindo de veludo, com um grande cobertor ao lado.

 

– Achei melhor colocar um tapete, e um cobertor pra vc se cobrir, aqui é meio frio e eu sabia que se colocasse um colchão vc ia me mandar tirar...

 

– Acertou! Mas isso tudo que vc fez está... lindo! *-*

 

(...)

 

Deitei-me sobre o tapete e ele fez o mesmo. Olhei para as velas que rodeavam o contorno do colchão. Elas deixavam tudo tão... romântico.

 

Peguei-me encarando aqueles belos orbes verdes, e antes que controlasse os meus pensamentos, notei que eles saiam livremente por meus lábios.

 

– Sabe, queria que as coisas fossem diferentes... queria ter te conhecido em outra situação. Assim poderíamos, eu poderia...

 

– E... por que não?

 

– Por que não vou ser forte para te ver triste todos os dias Edward... eu... não sou forte. – Fui sincera.

 

Ele limpou uma pequena lágrima que escorria por meu rosto e me olhava como se eu fosse a mais magnífica obra de arte, o que certamente eu não era.

 

– Mas eu posso ser forte, forte por nós dois. Quero ficar ao seu lado, a cada momento... até... – Levantei-me do chão de sobressalto, aquilo não podia continuar.

 

– Até o final da minha vida? Oras Edward, isso nem muito tempo é! – Ele também levantou-se – Quer se prender a mim? Para quê? Para haver mais um para chorar encima do meu caixão? – Não medi as palavras, apenas as soltando.

 

Vi a amargura passando por seus olhos e no mesmo momento me espanquei mentalmente por ser eu a responsável por toda aquela dor. Ele já não me olhava, mirava o céu para não me encarar.

 

– Ed, eu... desculpa!

 

Ele ainda não me olhava, mas começou:

 

– Outro dia vc me falou das estrelas... em como algo simples e pequeno pode fazer tanta diferença – Ele soltou um pouco de ar e continuou – Bella, vc sabia que, de todos os astros, cometas e de todas as outras coisas do céu, as estrelas, além de serem as menores, são as que vivem por menos tempo? – Ele fechou os olhos, ainda com o rosto mirando o alto – Mas elas vivem esse pouco tempo que tem do jeito mais magnífico, cada uma com seu brilho diferente... especial. Cada uma recebe seu próprio nome, mas mesmo quando essas estrelas somem, quando não existem mais, seus nomes ficam, e o modo como complementavam o céu também... – Ele falou abrindo os olhos e voltando a encarar o céu – Coisas simples... que fazem a diferença... – Ele parou, mas logo continuou: – Sabe, a um tempo, pouco mais de uma semana eu passava pela vida das pessoas, para que elas tivesse lembranças boas no final de suas vidas, coisas que algumas só puderam viver no final de tudo,o que não viveram em uma vida inteira. E agora vc aparece e [b]Boom[/b]! – Ele simulou uma explosão com as mãos – Mudou minha vida, meu mundo. Eu não passei pela sua vida, mas vc sim passou pela minha... e fez... uma tremenda bagunça! – Ele deu um sorriso torto, mas era triste.

 

Aquilo que ele disse me tocou. As lágrimas já tomavam meu rosto.

 

Encostei minha mão em seu ombro, para que ele virasse para mim. Nos encaramos e notei que uma lágrima rolava por seu rosto.

 

– Droga! – Ele secou rudemente a lágrima com a barra de sua blusa.

 

– Ed, vc tá errado!

 

– Como?

 

– Vc tá errado. É claro que passou por minha vida – Levantei seu queixo com meu indicador – Com certeza... E também fez uma bagunça das grandes comigo... com tudo!

 

– Então por que não...

 

Abaixei a cabeça e acenei negativamente, começando a chorar novamente logo em seguida. Os soluços irrompiam a minha garganta.

 

Por que eu não podia dá-lo uma chance? Simples! [b]Eu o amava[/b], amava tanto que não poderia permitir-me entrar em sua vida, para depois sair tão bruscamente dela. Mas ele não precisava saber disso, não precisava sofrer comigo.

 

Ele me abraçou forte, quebrando todas as minhas barreiras quase inexistentes, todas as fracas barreiras que eu tentei impor a ele. Correspondi o abraço na mesma intensidade.

 

Sem pedir permissão Edward me beijou, um beijo calmo e que transmitia tantos sentimentos que eu não ousei pará-lo. Coloquei uma de minhas mãos em seus cabelos e a outra foi para sua nuca.

 

Nos abaixamos, ficando ajoelhados no tapete, nunca interrompendo o beijo.

 

Ele passou as mãos pelos meus braços, logo subindo para os meus ombros, parando nas alças do meu vestido.

Estaquei com aquilo, e ele pareceu ter percebido, pois parou o beijo. Agora ele me olhava como se me contemplasse, eu olhei para ele, ainda com as lágrimas escorrendo pelo rosto.

 

Ele beijou onde a lágrima descia, depois minha bochecha, meu queixo, e logo chegou ao meu pescoço. Ele levantou um de minhas mãos junto com a sua, a beijando logo em seguida. Suas mãos voltaram para os meus ombros, e dessa vez eu não tive reação alguma. Ele desceu as duas alças ao mesmo tempo, fazendo o vestido que eu usava ir ao chão. Terminei de tira-lo com os pés. Agora eu estava ali, exposta para ele como nunca havia ficado antes para homem algum.

 

Ele voltou a me beijar e nos deitamos no macio tapete que estava ali, somente com a lua como testemunha.

 

(...)

 

Eu estava deitada sobre o peito nu de Edward, que ressonava tranquilamente. Dormindo ele assemelhava-se muito a um menino. Tirei a lista do bolso sem me mexer muito para não acorda-lo e risquei o décimo item.

 

10. Dormir a luz da lua.

 

Virei a lista e observei os outros cinco itens... eu já havia escrito um deles, e faltavam mais quatro. Olhei pra o décimo quarto item e sorri, nada havia sido planejado, e o que eu julgava impossível aconteceu... mesmo eu não pedindo por nada daquilo. Risquei o décimo quarto item ainda com um sorriso bobo no rosto. Eu havia me envolvido, me envolvido como nunca antes... e agora eu não sabia o que fazer, não tinha a mínima idéia.

 

Pousei minha cabeça novamente em seu peito e comecei a fechar os olhos lentamente, olhando para ela, a única a presenciar o momento mais mágico de minha vida: a lua.

 

Edward PDV

 

Acordei com o sol batendo em meu rosto... Sol?

 

Abri os olhos vagarosamente e a senti ali; comigo. Não era um sonho, tudo havia acontecido. Ela estava deitada sobre meu peito e tinha a respiração continua... estava dormindo, dormindo sobre mim. Ela ressonava tão tranqüila, com a expressão tão plácida, que nem parecia estar com a cabeça tão cheia de todos os problemas que tinha.

 

Seus olhos começaram a tremer, ela estava acordando.

 

Ela abriu os olhos e começou a piscar várias vezes. Esfregou-os com as duas mãos, logo depois olhado para mim.

 

– B... bom dia – Ela disse me dando um sorriso, e logo depois corando.

 

– Bom – Disse a abraçando forte – dia! – Dei-lhe um rápido selinho.

 

Bella sorriu para mim, um sorriso lindo. Seus olhos brilharam de um jeito especial que fez com que eu me sentisse bem; correspondido.

 

Minha mão foi em direção a sua bochecha, parando no local com uma caricia. Olhei no fundo de seus olhos e vi que podia ver meu reflexo claramente naqueles lindos orbes verdes.

 

Era agora. Aquilo estava me sufocando, entalado em minha garganta. Eu tinha vontade de gritar, mas primeiro eu tinha que dizer, contar a ela tudo que se passava por minha cabeça, aquele turbilhão de emoções em que eu ficava apenas estando em sua presença.

 

– Eu... te amo!

 

As palavras fluíram de minha boca livre e simplesmente. Sim... eu a amava.

 

Mas a reação que eu esperava nunca veio, muito pelo contrário, assim que me ouviu proferir tais palavras sua expressão tornou-se uma máscara de dor, que logo depois cedeu lugar a outra: a de raiva.

 

– Amor Edward? Não seja patético! Nem sequer me conhece!

 

Bella PDV

 

Nunca imaginei que ele me diria aquilo. Eu fiquei feliz, sério! Bem... no começo, mas depois pensei: essa felicidade duraria o quê? Meses?? Talvez dias? Eu não poderia fazer aquilo comigo... não poderia fazer aquilo com ele. Eu o amava demais para prendê-lo a mim. Ele tinha uma vida toda pela frente, já eu...

 

Livrei-me de minha expressão de dor, agora eu precisaria ser fria, era para seu bem, mesmo que depois eu ficasse em frangalhos.

 

– Amor Edward? Não seja patético! Nem sequer me conhece!

 

Aquilo me feriu como se eu fosse apunhalada diversas vezes diretamente no coração. A dor que senti naquele momento foi indescritível, principalmente por notar sua expressão mudando.

 

– Mas...

 

– Mas o quê Edward? Acha que pelo fato de termos... de termos... – Eu não conseguia sequer olha-lo agora. Como eu diria quilo? Seria praticamente blasfêmia, mas se eu quisesse mesmo o seu bem, teria que fazer... – de termos... nos envolvido um pouco mais faz com que eu sinta algo por vc? Não me faça rir! – Completei com uma risada sarcástica, mas eu só queria chorar, chorar até morrer naquele exato momento.

 

Ele soltou uma longa lufada de ar. Eu não o olhava, mas sentia que me encarava.

 

– Então por que não me diz tudo isso olhando nos meus olhos, Isabella?

 

Eu não olhei, então senti ele tocar em meu queixo com sua mão, erguendo-o para que eu o encarasse.

 

– E é claro que eu te conheço... Sei que morde os lábios até eles perderem a cor quando está nervosa... – Abaixei a cabeça encarando o chão, novamente evitando olhá-lo – Exatamente como está fazendo agora... que aperta as mãos uma na outra quando quer chorar... assim como quer agora... e que... – Ele puxou-me pelo queixo de novo – Não me olha nos olhos quando mente... assim como está fazendo agora – Ele sorriu – então Isabella, como posso acreditar que está dizendo a verdade?

 

– Porque eu estou... – Disse em um fio de voz, quase imperceptível, sem encara-lo novamente.

 

– Então... por que diabos não me olha nos olhos!

 

Ergui levemente o olhar. Droga! Eu não conseguia!

 

– Porque... porque... PORQUE EU NÃO CONSIGO! DROGA!

 

Saí correndo de lá, tropeçando em vários degraus na descida.

 

Peguei minha bolsa e fui em direção à porta, me chocando bruscamente contra ela. Minhas lágrimas embaçavam minha visão, e eu mal via a fechadura.

 

Tombei no chão, protestando em desistência. Chorei ali, encostada na porta. Coloquei minhas mãos em meus olhos e apoiei a cabeça em meus joelhos.

 

Logo Edward estava em minha frente. Ele agachou-se até ficar da minha altura.

 

– Não importa o quanto tente me afastar... não vai me tirar da sua vida! E eu digo e repito: Eu te amo!

 

Eu não conseguia mais resistir, e nem podia... o amava tanto... tão intensamente. Meus braços atacaram seu pescoço, num abraço muito forte. Ele correspondeu o abraço.

 

Ficamos um tempo ali, somente abraçados, até Edward levantar e me oferecer sua mão, para que eu também levantasse, o que fiz prontamente.

 

– E a lista? Não vai riscar o décimo item?

 

– Eu... já risquei...

 

Edward me olhou estranho. Droga! Por que eu tinha que ser tão fácil de se ler?

 

– Tá me escondendo algo, não é?! – Falou mais afirmando do que perguntando.

 

– Na verdade não... mas é que é uma coisa minha e...

 

– São os cinco itens restantes, não são? – Ele falou com um esboço de sorriso no rosto. Como ele sabia?

 

– É... são eles... – Vi que ele queria dizer algo, mas o interrompi antes que fizesse – Mas não me pergunte o que são... eu não vou dizer o que está escrito neles, teria que te matar se o fizesse.. são segredos de estado! – Disse dando uma leve gargalhada.

 

– Eu nem queria saber mesmo! – Ele disse dando de ombros, fingindo que não ligava, igualzinho uma criança de oito anos. – Bom Dona: “Eu tenho segredos super secretos” vamos ao décimo primeiro item?

 

(...)

 

Deus! Não parecia tão alto olhando lá de baixo!!

Agora eu estava a... a... a mais de mil metros do chão, na verdade devia ser bem mais, mas eu que não ia querer saber. Onde eu estou agora? Dentro de um avião. O que uma pessoa tem na cabeça para fazer isso? Simples! Um monte de mer...

 

– Bella, pega isso! – Edward dizia me estendendo uma grande mochila que eu acreditava ser o pára quedas.

O peguei contra a vontade.

 

– Bella, amor... vc tá branca! – Ele parecia rir da minha expressão de medo. Maldito Cullen! :x

 

– São seus olhos... *cílios*

 

– Não, eles são verdes! :D

 

– ¬¬’

 

– Vamos Bells, se anime! É a adrenalina!!

 

– Então boa sorte com a sua adrenalina. Pule e seja feliz! – Disse me sentando novamente no banco do pequeno avião.

 

– Pode ir se levantando! – Aquele Cullen folgado me puxou do banco em que eu me sentei.

 

– N... não, eu to bem aqui! – Disse grudando no primeiro lugar que eu achei. Ele me soltou e agora tinha um maldito sorriso torto no rosto.

 

– Não me diga que está com medo?! – Ele estava... sorrindo da minha cara?

 

– É claro que eu to com medo, PORRA!

 

– Ei! Olha o palavreado mocinha! Vamos Bella... vc não queria tanto?

 

– Tanto... taaaanto não... mas no começo que me disse que até devaneios valiam... E eu tava meio louca quando escrevi aquilo... sabe?!

 

– Sei... sei... ¬¬

 

– Aham! :D

 

– Então... vai arregar?

 

Edward PDV

 

Eu ia conseguir que ela pulasse, de um jeito... ou de outro!

 

– Arregar? Vai te catar Cullen! Essa palavra não existe pra mim!

 

– Então pula!

 

– Sabe... não to afim... =/

 

Bom... eu tentei... Plano B!

 

– Tá... desisto! Mas... – Olhei para fora do avião – O que é aquilo? Nossa... é tão... tão.... UAU!

 

– O quê?

 

– Não... nada...

 

– Como assim, nada? – Ela disse esgueirando-se para ver o que eu havia supostamente visto.

 

– ...

 

– ¬¬ Não to vendo droga nenhu... – Não deixei que terminasse de falar e lhe empurrei do avião, pulando logo em seguida.

 

A sensação de queda livre era magnífica. Logo alcancei Bella. O olhar de medo para baixo transformou-se em fúria quando olhou em minha direção. Se olhos lançassem raios os dela teriam me matado naquele exato momento.

 

– Caralho Cullen! Tinha que me empurrar?? :x

 

– Calma Bellinha... – Que boca! – Curte o vento... :)

 

–Vc tá brisado? Eu to caindo! A única coisa que eu vou realmente curtir é socar a tua cara quando eu chegar lá embaixo! :x²

 

Ela já estava vermelha, e ficava ainda mais linda brava daquele jeito.

 

– Eu te amo Bella! – Gritei olhando pra ela.

 

– Eu te odeio Cullen, sua besta quadrada! – Ela dizia mostrando o dedo médio.

 

Quando estávamos a uma boa altura para acionar o pára quedas eu enlacei a sua mão à minha. Na hora ela apertou os meus dedos com toda a força que tinha. Quanto rancor! Logo depois enlacei sua cintura.

 

Puxei a cordinha do meu pára quedas somente e fomos descendo juntos.

 

Por fim chegamos ao chão, e quando os pés de Bella finalmente tocaram o solo ela começou a me estapear.

 

– Ai!

 

– Vc... – tapão – me... – outro tapão – empurrou de um... – super tapa – avião, sua... – Agora ela tinha parado de me bater – mula! – E depois bufou.

 

Apenas a peguei pela cintura e a beijei. O beijo durou um tempo, até nos separarmos ofegantes.

 

– Vc não devia fazer isso com as pessoas...

 

– Fazer o quê?

 

– Deslumbra-las...

 

– Eu te deslumbro Bella? – Sorri para ela, levantando seu queixo com um dedo.

 

– De modo algum! – Ela me puxou pela gola da camisa, me beijando nos lábios.

 

Tiramos nossos pára quedas das costas e fomos embora. Iríamos visitar Mabel.

 

Eu sentia que cada vez mais ela e Bella apegavam-se e eu tinha medo, pois um dia ou outro ela iria para o orfanato, e as duas acabariam magoadas.

 

Levei-a para casa, e nesse momento estávamos em sua porta. Hoje eu teria plantão e não poderia ficar com ela.

 

– Não queria te deixar sozinha...

 

– Oras, pare com isso! Eu não sou criança... E além do mais... Kiara me faz compainha... – Ela disse olhando para a sala, e Kiara estava estirada sobre o sofá, e parecia roncar. Vi que Bella percebeu e bufou – Rum! Eu não queria compainha dessa preguiça vestida de tigre mesmo!

 

– Humm... :) Já riscou o décimo primeiro item?

 

– É mesmo?! – Ela retirou a lista do bolso e riscou.

 

11. Saltar de pára quedas.

 

– Er... xau Ed. Eu já vou entrar!

 

– Xau! – Disse a beijando – Até amanhã!

 

Ela ia enfiar a lista no bolso, mas acabou a colocando em falso e ela caiu. Quando eu ia a chamar para avisar o que tinha acontecido percebo uma coisa: do outro lado dela tinha algo escrito... Então eram eles... os “itens impossíveis”?!

 

Deixei que ela entrasse e peguei rapidamente a lista.

 

O que li me deixou de certa forma... embasbacado. Eram coisas tão... Oh meu Deus! Agora eu entendia a parte do “impossível”. Ela queria dizer impossível para ela, para o tempo dela.

 

Olhei para o décimo quarto item... Ele já estava riscado, e era o único riscado daqueles itens daquele lado da folha. Consegui ler perfeitamente o que estava escrito por debaixo da risca:

 

14. Pertencer inteiramente a alguém.

 

Era assim que ela julgava? Que pertencia a mim?

 

Um lampejo de felicidade iluminou-me aquele momento. Haviam mais quatro itens e eu li cada um minuciosamente. Eu não sabia muito bem como, mas ela os teria. Olhei para o décimo sétimo item... Sim, ela teria tudo!

 

Enfiei o papel cuidadosamente por debaixo da porta, assim ela pensaria que o deixou cair assim que entrou, e não aqui fora.

 

Fui para o meu plantão, mas agora com a mente ocupada. Que raios eu faria com aquele décimo segundo item?

 

Bella PDV

 

Entrei no meu quarto, deitando em minha cama. O dia foi exaustivo e ultimamente eu estava ficando mais cansada que o normal.

 

Fui tirar a lista do meu bolso, no entanto ela não estava mais lá.

Me desesperei. Edward não podia ver o que estava escrito atrás dela, simplesmente não podia!

 

Voltei o caminho todo pelo qual havia passado. Desci as escadas e caminhei até a porta. Encontrei o papel no chão da sala, bem perto da porta.

 

– Ufa! – Ainda bem... eu havia deixado cair depois de ter entrado!

 

Dormi abraçada a Kiara, que finalmente tinha levantado do sofá. Ela já tinha crescido um pouco.

 

– Boa noite Kiki!

 

(...)

 

Acordei e fui fazer meu café da manhã. Fiz torradas, e para acompanhar suco de laranja. Passei geléia no pão, e quando ia comer...

 

TOC TOC TOC

 

Quem ousava interromper meu café? :x

 

Abri a porta a contragosto e por ela passou um irmão “interrompedor de café” super sorridente.

 

– Quié? :x

 

Qualé, eu tava com fome!

 

– Nossa! Eu venho visitar minha irmãzinha com saudades e levo patada? :(

 

– Ain... Me desculpa... mas é que vc interrompeu meu café...

 

– Café? *-*

 

– É... café =/ – Zóião! :x

 

Olhei para o olhar implorativo do meu irmão mais novo.

 

– Tá... tá... Pode vir tomar comigo... Olhão! – Era capaz de me dar dor de barriga se eu não desse nada.

 

Deixei o bebedor de café alheio na cozinha e fui atender o telefone, que estava tocando na sala.

 

– Alô?

 

– Oi Bells... é o Ed! Er... To saindo do hospital agora... vou dormir um pouco e depois eu passo aí! Dormiu bem?

 

– Dormi... mas vc precisa dormir também...

 

– E eu vou... Estamos no décimo segundo item amor... espere e vai ver! Eu já pensei em tudo!

 

Amor... ele era tão lindo... tão perfeito...

 

– E o que é?

 

– Vai saber! Beijo!

 

– Beijo... xau!

 

– Xau! Te amo... muito!

 

Sorri ao telefone. Eu não poderia dar outra resposta:

 

– Eu... eu também!

 

Desliguei olhando para o aparelho e sorrindo para ele. Sim... eu o amava.

 

Fui tirada de meus devaneios por um grito estrondoso vindo da cozinha.

 

– AAAAAHHHHHHHHH!

 

O que será que havia acontecido?

 

Cheguei à cozinha, e ao ver a cena, explodi em uma gargalhada.

 

A cena era a seguinte: Jasper estava encima da minha cadeira na cozinha puxando seu tênis com muita força da boca de Kiara.

 

– Esse... esse... animal está comendo meu tênis! :x

 

– Animal é vc! Ele só tá brincando Jazz!

 

– COM O MEU NIKE???

 

– Ai... como vc é fresco... Kiki... senta!

 

E ela rapidamente se sentou, mas ainda estava com o tênis na boca.

 

– Kiki, solta o tênis do Jazz amor... – Disse carinhosamente.

 

Vi Kiara praticamente cospir o tênis já todo arrebentado com desprezo no chão.

 

– Boa menina! – Acariciei a cabeça dela e Jazz me fulminou com o olhar.

 

– Bella... vc deveria livra-se desse bicho raivoso!

 

– :P

 

– Só que nem com isso eu consigo perder a cabeça... to muito feliz pra ficar ligando pra um tênis... :)

 

Vi o mesmo sorriso bobo de quando ele entrou pela porta brotar em seu rosto – Ele queria me dizer algo.

 

– Pode falar maninho! ;)

 

– Ok... Eu falo! É a Alice mana... eu acho que to... apaixonado!

 

– *-* Que bom Jazz... vcs combinam! Ela é super... super...

 

– É... é mesmo... – Ele estava mesmo apaixonado, dava pra ver...

 

Ele disse que eles estavam saindo desde o dia da festa de máscaras. Conversamos sobre diversas coisas, sobre mim... ele... Alice... Edward... Quando ele foi embora passava um pouco das 16h.

 

Fiquei sentada no sofá vendo um programa qualquer, só pra passar o tempo. Nem percebi a hora em que caí no sono.

 

(...)

 

A campainha tocava e eu acordei de sobressalto. Mas que merda! Nem um cochilo se pode tirar nessa casa! :x

 

Olhei para o relógio e eram... 19h?? Hehe :D Pelo jeito não foi só um cochilo... Fui em direção à porta mesmo achando que era Edward. Fiquei pensando... o que será que ele faria com mais uma das minhas metáforas?

 

Abri a porta e Edward entrou me dando um beijo nos lábios e sorrindo matreiro.

 

– Oi! :)

 

– Oi! Demorou...

 

– É que eu não tenho dormido muito bem esses dias... acho que acabei dormindo demais...

 

Edward PDV

 

Na verdade eu passava noites sem dormir pensando na lista... pensando em Bella. Hoje havia sido o primeiro dia que eu conseguira dormir bem.

 

– Mas hoje dormiu bem, não é?

 

– É... hoje sim...

 

– E o que vamos fazer, Sr. Culen?

 

– Dormir! :D

 

– Dormir? :o

 

– É...vamos dormir porque o que vamos fazer precisa ser feito na calada da noite...

 

– Agora vc tá me assustando! Eu devia ter sido mais especifica e objetiva nos meus pedidos...

 

– Agora já era! Vc tá nas minhas mãos! – Disse esfregando uma a outra.

 

– *medo* Tá... melhor não contrariar... :o

 

Bella PDV

 

Fechei a porta e nós fomos em direção às escadas, mas antes de subir perguntei:

 

– Mas vamos dormir... agora?

 

– Antes coma alguma coisa... depois vamos dormir. Vamos ter que acordar no meio da noite...

 

– :o Ok...

 

Comemos uma torta que eu havia feito quando Jazz estava aqui mais cedo e subimos as escadas.

 

Vi que Edward hesitou ao ver que eu iria para o meu quarto, tomando por fim a decisão de ir em direção ao quarto de hospedes.

 

– Ei!

 

– Sim? – Ele me deu aquele sorriso torto perfeito, e eu quase amoleci no meio do caminho.

 

– O que vc tá fazendo?

 

– Indo dormir...

 

Cheguei perto dele e o puxei pela gola da camisa. Coloquei minha boca perto de seu ouvido, sentindo-o estremecer.

 

– Dormir não... não agora...

 

E continuei o puxando, até chegar em meu quarto, e fechei a porta com o pé.

 

(...)

 

Edward PDV

 

Quando acordei Bella ainda ressonava deitada em meu peito. Ali, como estava comigo parecia tão... tão minha...

 

Agora eu estava pensando na loucura que faríamos daqui a pouco tempo. Acho que exagerei, mas agora não era hora de desistir.

 

Chamei Bella pelo nome, o sussurrando em seu ouvido, e ela acordou com um sorriso no rosto *milagre*.

 

– Adorei acordar assim... :)

 

E eu a acordaria assim todos os dias, até quando ela quisesse.

 

Levantamos e fomos para a sala.

 

– E o que devemos levar dessa vez?

 

– Nada!

 

– Nada?

 

– É... não precisamos de nada para fazer o que vamos fazer... – Um sorriso escapou de meus lábios.

 

– Está aprontando algo... – Foi mais uma afirmação do que uma pergunta.

 

– Inocente! – Disse erguendo as duas mãos.

 

Peguei a chave do volvo e saímos.

 

(...)

 

Um tempo depois chegamos ao lugar que eu queria levá-la. Era uma casa enorme, e tinha uma grande piscina nos fundos.

 

Bella PDV

 

A casa em que estávamos era enorme. Edward estacionou o carro do outro lado da rua e saímos de dentro dele. Estranhei ele não ter entrado pelo portão da frente da casa, indo direto para o dos fundos.

 

Vi que ele procurava algo nos bolsos, que pareceu não encontrar, deviam ser as chaves... Ele deu apoio para que eu pulasse o muro, e logo pulou também.

 

– Perdeu as chaves?

 

– É... pode-se dizer que sim...

 

Ele tinha um estranho sorriso no rosto... Cullen esquisito!

 

Logo estávamos na beirada da piscina e eu fiquei me perguntando o que faríamos ali. Então ele se abaixou e colocou uma das mãos na água.

 

– Está morna... ótimo!

 

Ele não estava pensando em... entrar... estava?

 

Então ele veio em minha direção, e sem aviso começou a beijar meu pescoço. Apenas entreguei-me ao momento e deixei as coisas fluírem. Ele distribuía beijos pelo meu rosto, pescoço e colo. Do nada ele parou, e agora só me olhava.

 

Ele colocou suas duas mãos em cada lado da barra da minha camiseta, e a puxando para cima e tirando-a do meu corpo. Quando ele a arremessou para longe vi qual era sua intenção.

 

Ele fazia tudo sem tirar os olhos dos meus. Suas mãos desciam em direção ao cós da minha calça e ele a desabotoou. Abaixou-se ficando de joelhos na minha frente, terminando de descê-la e por fim a tirando completamente de mim. Então ele se levantou, distribuindo beijos por minhas coxas, barriga, pescoço, até chegar em minha boca.

 

Agora eu estava somente com minhas peças intimas e ele ainda todo vestido. Comecei a resolver esse problema despindo-o de sua camisa branca social, logo depois tirando também a sua calça jeans, revelando uma cueca boxer vermelha. Mordi os lábios... vê-lo assim ainda me deslumbrava.

 

Começamos a nos beijar e eu resolvi fazer algo a mais... ousar um pouco mais, como nunca havia feito.

 

Edward PDV

 

Bella afastou-se de mim, contra a minha vontade. Soltei um muxoxo de insatisfação ao sentir seu corpo se afastando do meu.

 

Então ela me surpreendeu: suas mãos foram em direção as alças de seu sutiã, as descendo até que saíssem de seus ombros.

Depois suas mãos foram para suas costas, terminando de soltar a peça do corpo, fazendo ela ir ao chão e liberando seus belos seios.

 

(...)

 

Depois que tiramos o resto de nossas roupas entramos na água. Estava na temperatura ideal. Nadamos um pouco, até eu não agüentar mais vê-la daquele jeito e a puxei para mim. Prensei-a contra a parede da piscina e comecei a beijá-la. A fricção de nossos corpos e o contato com a água só deixava tudo melhor.

 

Nos amamos ali, dentro daquela piscina, mas de repente ouvimos um barulho e uma luz da casa foi acesa.

 

Olhei nos olhos de Bella, e creio que ela viu a preocupação estampada em meu rosto.

 

– Abaixa! – Disse a puxando comigo para baixo. Mesmo confusa não me questionou.

 

Subi um pouco e percebi que já haviam desligado a luz. Bella ainda arfava pesadamente, e eu sabia que quando sua respiração normalizasse, teria que lhe dar explicações, e muitas.

 

– Edward... – Ela respirou, parecia estar se segurando para não matar alguém, que no caso, era EU! – Essa... essa casa não é sua... não é mesmo?!

 

– Er... eu nunca disse que era... – Foi a única coisa que consegui dizer.

 

Bella PDV

 

Por um lado ele estava certo, eu nem havia o questionado... apenas o segui, como a bela besta que sou! Mas quem não seguiria?! Por outro lado, eu queria realmente esgana-lo! Mas como homicídio de homens gostosos não era bem visto pela sociedade feminina...

 

– Seu... seu... paspalho! :x

 

Comecei a estapeá-lo tentando fazer o mínimo de barulho possível. Droga! A gente tinha... eu tinha... feito tudo aquilo na piscina de um desconhecido... Ew!

 

– Idiota! – tapa – Imbecil! – outro tapa – Besta! – E fui saindo da piscina – Anta!

 

– Eu também te amo!

 

– Eu não disse que te amo! :x Oras... vá à merda! – Disse pegando minhas roupas e começando a me vestir.

 

Saí bufando em direção ao muro, já completamente vestida. Pulei ele de qualquer jeito, ganhando alguns arranhões nas tentativas, até conseguir pular o maldito muro.

 

Eu só ouvia o Cullen me chamando, logo a meu encalço. Olhei para trás e vi que ele tinha acabado de pular o muro e terminava de abotoar a camiseta.

 

– Bella, espera!

 

– Não! Eu vou sozinha... e a pé!

 

– Não... não vai não! – Ele segurou meu braço – Bells... entenda de uma vez: eu te amo! Sabe... vc queria fazer algo louco... quer loucura maior que essa?

 

Olhei para ele, no fundo daqueles olhos tão verdes. Ele me olhava implorativo, para que eu o entendesse.

 

Sorri para ele, passando uma de minhas mãos em sua bochecha.

 

– Precisava ser algo tão louco?

 

– Vc queria uma coisa bem louca, então eu não pensei em nada melhor... vc só... ahn... melhorou as coisas... – Ele me lançou um olhar malicioso.

 

– Pode tirar esse sorriso safado da cara! Droga Ed! Eu pensei que a casa fosse sua... E se alguém nos visse?

 

– Mas não viram... e agora... só falta um item!

 

Não... não faltava esse item...

 

(...)

 

Chegamos em casa e ele entrou comigo.

 

– Vamos... risque o décimo segundo item!

 

Fui pegar a lista no meu quarto e a trouxe pra sala. Risquei o décimo segundo item na frente de Edward.

 

12. Fazer a maior loucura da minha vida.

 

– Na verdade foi... divertido!

 

– Sim... foi... – ele me abraçou e logo em seguida me beijou.

 

– Sabe Edward... está quase de manhã... e eu não estou com sono algum... o que vai fazer a respeito?

 

(...)

 

Edward... vc faz isso tão bem.. humm.. nunca pensei que fosse tão bom!

 

– É... mas eu aprendi com a melhor!

 

– Humm... mas tá uma delicia! Quem te ensinou?

 

– Bem, eu aprendi sozinho, mas tem outro jeito de fazer que foi minha mãe que me ensinou...

 

– É... vc tem o dom com as mãos! Eu não consigo fazer... :(

 

– Claro que consegue! Cookies são muito fáceis de se fazer!

 

– Mas os meus sempre dão errado...

 

(...)

 

Depois daquilo Edward me ensinou a fazer os tais cookies especiais. Até que eu consegui faze-los direito... depois da terceira fornada...

 

Comemos alguns e eu peguei a última forma para irmos comer lá encima.

 

Edward PDV

 

Bella levava a fôrma para cima,  e eu ia logo atrás dela, com o suco e os copos. Mas algo estava absolutamente errado, e eu pude notar isso através da sua expressão: dor.

 

Era o que eu via em seus olhos. De repente a fôrma com os biscoitos foi ao chão. Larguei a jarra e os copos e fui em sua direção. Ela segurava a cabeça, como se fosse explodir a qualquer momento e eu a segurei.

 

– O que foi Bella? – Eu estava visivelmente apavorado.

 

– Dói Ed... dói muito! Está pior... pior qu8e da última vez...

 

– Calma bella... calma. Eu vou te levar para o hospital...

 

– Edward...

 

– Sim amor, fala! – Ela começou a afagar meu rosto com a mão.

 

– Eu... te amo... – Então ela desmaiou, e a mão que estava em meu rosto caiu dele. O jeito que ela falou aquilo... parecia uma despedida...

 

Não... Não podia ser!

 

(...)

 

Bella estava na ala emergencial. Meu pai havia ficado responsável por ela, pois eu não estava em condições de fazer nada.

 

(...)

 

Horas e mais horas, que pareciam mais dias passaram-se, até meu pai vir até mim, com a cabeça baixa.

 

– Edward, eu...

 

– Essa cara... Pai, o que aconteceu? Me fala pelo amor de Deus!

 

– Ela... ela... – Será que ela havia... não, ela não...

 

– Não... Ela está em coma induzido, filho... e eu não sei quando ela irá voltar e... nem se irá voltar...

 

Desabei na hora. Meu pai sabia o quanto Bella vinha sendo especial em minha vida, e apenas me abraçou.

 

Depois Jasper chegou, minutos depois de ser comunicado. Expliquei a ele toda a situação... contei também sobre os outros cinco itens da lista de Bella que eu havia visto do outro lado e ele concordou com o que eu faria.

 

Enquanto ela estivesse do jeito que estava, eu cuidaria daqueles itens... eu faria isso por ela.

 

(...)

 

Mabel ia ver Bella sempre que podia, mas o problema era que amanhã ela seria liberada do hospital e teria que voltar para o orfanato...

 

(...)

 

Fui ver Bella em seu quarto. Ela estava pálida e seu rosto não mostrava a mesma vivacidade de antes. No entanto sua expressão me transmitia paz, paz que eu não sentia desde que ela desmaiou em meu colo. Dei-lhe um beijo nos lábios e saí.

 

(...)

 

Os dias se passaram. Mabel estava no orfanato fazia alguns dias e Bella não apresentava sinais de que acordaria. Eu estava agilizando alguns documentos, documentos necessários para quando Bella acordasse.

 

(...)

 

Um mês se passou e o desespero me agoniava em cada dia que passava e eu estava sem ela. Eu visitava Mabel todos os dias no orfanato, mas a maior parte do meu tempo eu dedicava à Bella. Os documentos já estavam prontos, eu só esperava o momento em que ela acordaria...

 

(...)

 

Hoje faziam exatos quarenta dias que Bella estava desacordada e eu estava em casa. Meu pai havia me feito vir, dizendo que me proibiria de entrar no hospital se eu não dormisse e nem comesse direito. Fui contra a minha vontade e agora estava atrasado para ir ver Bella.

 

(...)

 

Cheguei ao hospital, com todas as multas que tinha direito por excesso de velocidade. Fui direto para o quarto em que ela ficava.

 

Dois sentimentos me tomaram naquele momento: surpresa, por ver o que eu não esperava, e alegria, por aquela surpresa ser a mulher que eu amo, acordada e lendo um livro deitada em sua cama. Assim que me viu tirou os olhos do livro e me olhou... ela deu um sorriso lindo e se virou, pegando algo na mesinha que ficava ao lado de sua cama.

 

– Isso... estava dentro do bolso da calça que veio comigo... a lista... e este item aqui... – Ela desdobrou a lista – o número treze, já era pra ter sido riscado há muito tempo atrás! – Ela dizia enquanto riscava aquele décimo terceiro item da lista. – Eu te amo Edward! :)

 

13. Me apaixonar perdidamente.

 

Corri em sua direção e a abracei forte.

 

– Eu... te amo tanto!

 

Eu a beijava ininterruptamente. Logo ambos nos separamos ofegantes.

 

Eu sorria de orelha a orelha, não só por ela ter acordado, mas para o que eu estava guardando para ela, fazia dias.

 

– Bella... eu tenho uma surpresa pra vc...

 

– E o que é?

 

– É melhor vc ver. Espera um pouco que eu já volto!

 

(...)

 

Fui até minha casa pegar os papéis e depois passei em outro lugar. Cheguei no hospital mais rápido do que deveria.

 

Entrei ofegante no quarto de Bella.

 

– É isso! – Lhe entreguei os papéis.

 

– Papel? ¬¬’

 

– Veja primeiro...

 

Ela abriu o documento e começou a ler. Sem terminar de ler por completo eu já notava que lágrimas escorriam por seus olhos.

 

– Edward, eu não acredito...

 

– Mas é verdade!

 

– Mas aqui está dizendo que ainda resta algo, que ainda falta uma coisa...

 

Bella PDV

 

Aqueles documentos eram... os papéis de adoção de Mabel. Mas ainda não estavam completamente registrados... faltava algo.

 

– Sim, falta uma coisa... Para que possamos adotá-la teríamos que estar em uma união estável...

 

O que ele estava dizendo? Fiquei sem palavras, mas ele continuou:

 

– Bella... eu conheço vc há pouco tempo, mas ao mesmo tempo conheço tudo de vc, e amo tudo em vc! Eu te amo mais do que qualquer coisa, pessoa, ou seja lá o que for que já amei na vida. Vc é como o ar que eu respiro, o mar... o céu... e as.. as estrelas que vc tanto gosta, elas não tem significado algum pra mim se vc não estiver por perto.

Bella, eu estou querendo dizer que, tudo que mais quero é ficar perto de vc, sempre! Do seu lado, para cuidar de vc, pra tudo... porque nós nos completamos mutuamente – Ele pegou minha mão

 

– O que... – Eu estava sem palavras.

 

Então Mabel apareceu no quarto, segurando uma pequena caixinha vermelha. Ela entregou a Edward que piscou para ela, e ela retribuiu piscando os dois olhinhos muitas vezes.

 

– E para estar ao seu lado assim, como eu quero, eu me vejo na necessidade de te perguntar algo.. – Ele ajoelhou-se na minha frente – Vc, Isabella Swan, a mulher que eu mais amo... aceita ser minha esposa?

 

Coloquei a mão que ele não segurava em frente ao escancaramento de minha boca. Ele estava... estava...

 

Lágrimas caiam por meu rosto e eu o abracei.

 

– É claro que eu aceito! – Disse apertando ainda mais o abraço, e logo Mabel juntou-se à nós. Naquele momento eu me senti completa, como nunca antes... eles eram a minha vida, minha família.

 

(...)

 

Alguns dias se passaram e eu pude ir pra casa.

 

Alice já havia começado com os preparativos do casamento, quando eu ainda nem havia dito “sim”...

 

Mabel estava radiante com essa nova família. Estávamos na última prova do meu vestido de noiva, e ela olhava para mim com um brilho no olhar.

 

– Vc tá linda mamãe!

 

A olhei surpresa. Era a primeira vez que ela me chamava assim.

 

– Como me chamou?

 

– Opa... desculpa! – Ela abaixou a cabeça.

 

Saí do pedestal em que estava e me abaixei até ficar de sua altura.

 

– Não querida, não peça desculpas... eu... adorei! – A abracei – Eu... te amo... filhinha! – Ela apertou o abraço.

 

Logo nos separamos, ela passou a mão em minha bochecha, secando uma lágrima que escorria.

 

– Tá! Agola levanta daí, senão vai amassar todo o vestido!

 

– Vc anda conversando demais com a Alice... ¬¬

 

– A tia Lice é legal! :D

 

Terminei a prova do vestido e fui para minha casa junto com Mabel. Eu só veria Edward amanhã, no altar.

 

Edward PDV

 

– Edward, se acalma! – Jasper repetia pela enésima vez, mas eu simplesmente não conseguia. Em algumas horas eu estaria unido definitivamente à Bella.

 

Alice e Esme haviam ido até a casa de Bella para ajudá-la a arrumar-se e Jasper e meu pai ficaram aqui comigo. Eu já estava todo vestido e o carro havia acabado de chegar...

 

(...)

 

Chegamos à igreja e eu me coloquei no meu lugar aonde eu esperaria por Bella.

 

Um tempo depois a marcha nupcial começou e eu pude ver a pequena Mabel, agora nossa filha, entrar na igreja toda vestida de branco e com uma cestinha toda adornada nas mãos.

 

E depois eu a vi, e agora parecia ser só eu e ela ali naquele lugar. Eu jamais tiraria aquela imagem da minha cabeça. Bella estava ainda mias linda do que já era, mesmo vestida simplesmente. O vestido completava a extrema beleza que já possuía. Seu sorriso era esplêndido, penso que era um reflexo do que eu tinha em meu próprio rosto.

 

Pareceram séculos os minutos que ela demorou a chegar até mim. Jasper a entregou à mim, ele deu um beijo na testa de Bella e eu pude perceber balbuciarem um ao outro um breve “eu te amo!”. Agora ele me olhava.

 

– Faça-a feliz!

 

Sorri para ele, aquilo era o que eu mais queria...vê-la feliz.

 

Nos ajoelhamos perante o padre.

 

– Essa igreja... ela é linda! – Bella sussurrava para mim.

 

– Ela já foi um castelo... na verdade ainda é. Seu nome é “Burg Matrissé”, Burg significa Castelo, em alemão.

 

– Edward, vc...

 

– Shhh amor... – Pisquei para ela, agora ela sabia.

 

O padre continuou com o falatório, até chegar na parte que mais nos interessava:

 

– Vc, Edward Masen Cullen aceita esta jovem, Isabella Marie Swan como legitima esposa, para amá-la e respeitá-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os seus dias, até que a morte os separe?

 

Senti um arrepio percorrer todo o meu corpo, e notei que Bella também tremeu. Ela abaixou o olhar, mas eu ergui seu queixo com o dedo.

 

– Sim, eu aceito! – E ela colocou a aliança em meu dedo anelar.

 

– Vc, Isabella Marie Swan aceita este homem, Edward Masen Cullen como legitimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza por todos os seus dias, até que a morte os separe?

 

Bella PDV

 

Aquele estava sendo o dia mais feliz da minha vida, eu amava Edward demais. Mas eu estava pronta para prendê-lo a mim?

A morte ia incondicionalmente nos separar, então pra que tudo aquilo?

 

Olhei para ele, aqueles olhos tão verdes, e agora implorativos e pude enxergar porque... porque eu o amava e ele me amava, e aproveitaríamos todos os dias que restavam para nós. Sorri para ele, que relaxou sua expressão na hora.

 

– Sim... eu aceito :) – Disse sorrindo e logo depois ele colocou a aliança em meu dedo.

 

– Então, com o poder investido em mim, eu agora os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva!

 

Então nos beijamos, completamente apaixonados.

 

– Eu agora os apresento, o Sr. E a Sra. Cullen!

 

E nós saímos da igreja, com todo o arroz que tínhamos direito nos cabelos.

 

O carro estava esperando na frente da igreja. Era o volvo de Edward, todo enfeitado e com diversas latinhas penduradas e com um grande “Just Married” desenhado no vidro de trás.

 

– Obra de Alice...

 

– Percebi! – Falei rindo.

 

Mas antes de irmos eu precisava fazer algo.

 

– O buquê!

 

Então eu joguei as flores. Eu não sei como, mas mesmo com seu aparente um metro e meio alice conseguiu apanha-lo. Ela olhou para Jasper e corou. Olhei para o meu irmão e pisquei. Os dois eram lindos juntos.

 

Mabel ficaria com os dois durante nossa lua de mel, eles também já gostavam muito dela, e se consideravam seus tios, o que agora eram mesmo.

 

– E pra onde vamos, Sr. Cullen?

 

–Vai saber Sra. Cullen... mas só dentro do avião!

 

– Avião? :o

 

– O quê? Ainda não perdeu o medo de altura? – Ele perguntou sorrindo torto.

 

– Como? Com vc me jogando de um penhasco dentro da água gelada ou de um avião em pleno movimento? Sua mula!

 

– Carinhosa como sempre! 8)

 

E por fim chegamos ao aeroporto da cidade.

 

(...)

 

– Agora que estamos aqui, fala vai!

 

– Tá... o lugar é uma ilha, uma ilha no Brasil. Ela é bem pequena...

 

– Uma ilha? No Brasil?

 

– Sim... O nome dela é Ilha Esme...

 

– Mas... peraí! A ilha tem o nome da sua mãe?

 

– É... meu pai quem deu... Ele encontrou o lugar quando ainda era bem novo, e quando se casou com a minha mãe, fez essa “homenagem” e construiu uma casa lá... ela é bem grande...

 

– Que lindo *-*

 

(...)

 

Chegamos ao lugar, que era realmente lindo. Mas eu precisava fazer algo...

 

– Edward...?

 

– Bells, antes que vc fale, eu tenho que confessar uma coisa... eu li a sua lista... sabe, o outro lado dela...

 

– Edward...

 

– Me desculpa Bells, mas é que ela caiu e eu...

 

– Ed...

 

– Eu não resisti e li...

 

Edward PDV

 

Eu não sabia mais o que dizer, estava com medo que ela ficasse brava.

 

– Vc disse serem coisas impossíveis, aí eu fiquei curioso e...

 

– EDWARD, CALA A BOCA!

 

– o – Fiquei quieto.

 

– Ed... eu já sabia que vc tinha lido tudo...

 

– :o² Já... sabia?

 

– É! Primeiro eu pensei que realmente tinha deixado cair dentro de casa, mas depois notei que não tinha como... e juntei as coisas...

 

– Hummm...

 

– E não tem nada para se desculpar... sabe, foi tudo tão maravilhoso, eu... eu... te amo!

 

Ela me abraçou mas logo parou. Tirou algo do bolso e me entregou.

 

– Agora que eu já risquei o décimo quarto – Ela sorriu para mim – Quero que risque os outros pra mim!

 

Bella PDV

 

Ele pegou uma caneta em uma das gavetas do criado mudo do quarto. Olhei para os itens. E ele foi riscando um por um.

 

Ele pulou o décimo quinto item e riscou o décimo sexto, e eu me perguntei o por que daquilo.

 

16. Ter um filho.

 

Sim... Mabel só veio para completar nossas vidas.

 

17. Me casar em um castelo.

 

Edward havia feito tudo, tudo por mim.

 

– Agora está na hora de realizar seu décimo quinto pedido.

 

Ele dizia já riscando o item.

 

15. Ver a coisa mais maravilhosa do mundo.

 

– Como? Aqui? E por que já riscou?

 

Ele nada disse, e nada deixou transparecer. Passado o silêncio ele murmurou em meus ouvidos:

 

– Feche os olhos, Bella!

 

Mas como ele poderia realizar aquele pedido ali?

Como eu veria algo tão maravilhoso que transpassasse o que eu estava vivendo?

 

Ele foi me guiando até um lugar da casa, eu desci pequenos degraus e logo ele parou; havíamos chegado. Ele destampou os meus olhos e sussurrou novamente no meu ouvido:

 

– Abra-os!

 

Eu abri, mas vi o que não esperava; era um espelho.

 

– Mas isso...

 

– Isso é exatamente o que desejou ver amor. Pra mim vc é a coisa mais maravilhosa desse mundo!

 

Ele havia me colocado frente à um grande espelho e me abraçava por trás. Me virei de frente para ele, com lágrimas nos olhos.

 

Encarei o homem a minha frente. Por que eu demorei tanto para encontrá-lo mesmo?

 

Do nada me lembrei de um episódio, uma coisa que eu queria saber, mas antes que eu abrisse a boca para falar, ele começou:

 

– Bella, agora me esclareça uma dúvida... o que vc pediu àquela estrela cadente?

 

– Eu ia perguntar isso... agora...

 

– Nossa... estamos mesmo ligados um ao outro...

 

– Eu... ah! Eu pedi para que, se vc fosse mesmo o meu destino, para que fossemos felizes juntos... E vc, o que pediu?

 

– Simples: Vc!

 

(...)

 

Estávamos na cama, mergulhados em recordações. Eu segurava meu colar com a foto de Mabel e Edward, a minha família.

 

– Adorei esse dia... Tudo foi tão perfeito... as fotos, o passeio...

 

Coloquei minhas pernas por cima das suas, e uma parte da minha coxa ficou à mostra.

 

– Adorei esse dia! – Ele disse apontando para o “E” tatuado na lateral da minha coxa – Te senti como minha desde aquele dia... – Ele sorriu acariciando a tatoo.

 

– Não Ed, eu já era sua muito antes!

 

– Eu te amo, Isabella Cullen!

 

– Eu te amo Edward, mais que tudo!

 

Nos beijamos, mais uma vez nos entregando um ao outro.

 

(...)

 

Edward PDV

 

Nos amamos durante aqueles seis meses o que muitas pessoas não amam em uma vida inteira, e então ela nos deixou.

 

A dor que ficou naquele buraco vazio no coração de quem a conhecia prevalecia, e creio que o meu nunca cicatrizaria.

 

Uma vez Bella me disse algo, logo depois de ter falado das estrelas que tanto amava:

 

– Sabe Ed – O dia estava frio, mas ela se recusou a usar uma blusa – Sinta essa brisa que passa por nós. Ela nos proporciona diversas sensações desconhecidas, e nós sequer sabemos de onde ela vem ou pra onde vai, mas sabemos que ela está aqui. Ela não nos pede permissão para passar por nós, apenas passa. Ela nos invade em qualquer lugar que estivermos... ricos ou pobres, felizes ou infelizes, saudáveis ou... não...

Sabe, ela é como o amor. Ninguém pede para amar, nós simplesmente... amamos...

 

Agora eu entendia suas palavras. Ela foi algo que aconteceu em minha vida, algo maravilhoso, assim como uma brisa.

 

Jasper e Alice chegaram e me abraçaram. Jogaram uma flor no túmulo branco erguido para Bella. Ficaram um tempo e saíram. Eu continuei lá, escrevendo ao lado dela.

 

Mabel veio logo depois com uma flor e a deixou também. Ela trazia Kiara, que agora já estava grandinha. Ela tinha uma flor na boca, que Mabel pegou e também colocou sobre o túmulo.

 

– Papai... depois que telminar estalei espelando em casa... – Ela me deu um beijo no rosto e saiu. Ela sabia o que eu tinha a fazer...

 

Continuei a escrever até a noite vir. Olhei para as estrelas, as estrelas que ela tanto amava e me peguei sorrindo. Ela olhava pra mim.

 

Bella me ensinou, no pouco tempo que ficamos juntos que através de pequenas atitudes podemos fazer grandes coisas, e que, mesmo que os milagres provindos dessas coisas sejam pequenos, bem... estes não deixam de ser milagres!

 

Coloquei a palavra FIM no livro e o fechei.

Estava pronto.

 

Tirei o pequeno papel amarelo do bolso e desdobrei-o.

 

Olhei para o último item, e com um sorriso o risquei.

 

18. Ter uma história só minha. Como as estrelas...

 

– Agora vc tem amor!

 

Senti uma brisa leve passar por mim.

 

Ela estava ali comigo, sempre estaria...

 

 

 

 

 

~ FIM


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Notas finais do capítulo

Detesto a palavra fim gente...

Ai esta a one integralmente!

bjs&bjs e ate uma proxima!