Coisas de irmãos escrita por Brenda Porto


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Advinhem quem voltou das cinzas!! Como vocês estão?
Bom, eu estou trabalhando em uma fanfic IzzyxFern que pretendia postar esse mês, mas ainda não terminei.
Entretanto, aconteceu a mesma coisa enquanto escrevia "Respirar". Uma cena ficou muito solta e acabou virando outra história (Entre Roupas e Terapias)
Resolvi postar essa entrada antes do prato principal, pois vejo que não tem muitas fanfics de irmãos, 95% é só namorados.
Então, espero que gostem!
Boa leitura!!



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Já era noite quando Izzy chegou em sua casa.

Após derrotar o monstro Sporix, ter conseguido mais um zord para lutar contra o mal e finalizar a corrida, ela saiu das vistas de seu time e família, correndo até o hospital em que Fern estava, pois havia machucado o tornozelo durante a corrida. A ranger verde esqueceu seu celular com a família e precisou usar o teletransporte para retornar ao seu lar. A porta se abriu antes de Izzy se aproximar da entrada.

— Onde você se meteu? – Foi o Guarda Garcia que abriu a porta e o primeiro a questionar, com a feição preocupada.

A filha não conseguiu responder, apenas abraçou e repousou a cabeça no ombro do seu pai com a respiração descompassada.

— Izzy, está tudo bem? – Rina, a mãe da garota, questionou aflita, que foi respondida com um polegar de sua filha levantado para cima, deixando a genitora mais tranquila. – Vai ao seu quarto, tome um banho e troque de roupa.

— Javier, me ajude... – Carlos chamou seu filho mais velho em tom firme e calmo, ajeitando o corpo de Izzy para que o irmão a receba sem dificuldades.

Javi estava terminando seu jantar e caminhou até a sala com uma expressão meio raivosa, porém, atendeu a ordem do pai e carregou o corpo da irmã com os braços até o quarto.

— Você me fez levar um ultra esporro do papai por voltar para casa sem você! – Javi brigou baixinho. – Nunca mais faça isso!

— Desculpa... – A voz de Izzy ainda estava pesada pelo cansaço.

O repórter suspirou alto, sabia que não conseguiria ficar com raiva de Izzy por tanto tempo. Por fim, deixou a jovem sentada na cama e sentou ao lado dela.

— Tudo bem... – Ele respondeu em seu tom normal. – E a moça?  – Ela tinha avisado ao irmão a respeito do ocorrido e pediu para enrolar os pais enquanto corria desesperadamente ao hospital.

— Ela recebeu alta... vai ficar com o tornozelo enfaixado por um tempo e irá usar muletas... – Izzy suspirou, se recordando da conversa que teve com Fern. Ainda se questionava a razão de ficar tão insegura quando está próximo dela. - Maninho... Posso te fazer uma pergunta?

— Pode, o que é?

— Bom... – A atleta tentou formular as melhores palavras para que ele compreenda. Por mais que fossem unidos desde pequenos, ela nunca se sentiu segura em contar a ele que gostava de garotas. – Quando você está próximo de uma certa pessoa... e te faz sentir umas coisas diferentes... O que você acha que é?

— Coisas diferentes? Como assim?

— Que faz o coração bater mais rápido, o corpo tremer, gaguejar..., mas tudo isso não é.… medo. De certa forma, isso me faz sentir bem...

— Hm... – O músico pensou um pouco antes de responder. – Acho que sei o que é... – Ele abriu um sorrisão, se levantou da cama e correu para o seu quarto, na qual era o cômodo do lado, pegou seu violão e tocou algumas notas antes de cantar, deixando Izzy cada vez mais confusa.

 

WHAT WOULD YOU DO IF MY HEART WAS TORN IN TWO?
MORE THAN WORDS TO SHOW YOU FEEL
THAT YOUR LOVE FOR ME IS REAL

 

A verde ficou completamente chocada ao ouvir o refrão de “More Than Words”, da banda Extreme e entendeu a resposta do ranger preto. E ela tinha certeza de uma coisa: tinha zero possibilidade de estar apaixonada pela sua rival. Era impossível.

Izzy pegou seu travesseiro, usou as poucas forças que tinha e se levantou, caminhando lentamente enquanto o ranger preto cantava alto, despreocupado e confiante em sua resposta.

 

WHAT WOULD YOU SAY IF I TOOK THOSE WORDS AWAY?
THEN YOU COULDN'T MAKE THINGS NEW
JUST BY SAYING: I LOVE YOU!!

 

Izzy estreitou os olhos completos de ódio e jogou o travesseiro contra ele.

— CALA A BOCA, IDIOTA! EU NUNCA MAIS FALO MAIS NADA PARA VOCÊ – Ela gritou sem pensar, sabendo arrependimento posterior em falar aquilo. Em seguida, fechou a porta do quarto dele com força, retornou ao seu para pegar sua toalha para tomar seu banho.

— IZZY ESTÁ APAIXONADA E NÃO QUER ADMITIR! – Javi provocou cantarolando, mesmo com a porta fechada. – E EU NÃO VOU DEVOLVER O TRAVESSEIRO!

— Ah, você vai sim! – Izzy murmurou, torceu bem sua toalha, segurou as extremidades, abriu a porta novamente com toda a raiva e soltou uma das pontas do tecido em direção a lombar de Javi, assemelhando-se a um chicote. Apesar da toalha ser bem fofinha, era dolorosa ao ser utilizada daquela maneira, já que não poderia usar seu sabre naquele momento.

— VOCÊ ENLOUQUECEU? PAAAAAAI! – Javi gemeu de dor e ardência na pele. Foi tudo tão rápido que ele não teve tempo de reação, quase caindo no chão para proteger o violão a todo custo.

— O que está acontecendo aqui? – Era Carlos, tentando falar de forma mais educada possível, mas foi ignorado devido a discussão exagerada de seus filhos e partiu para o grito. - CHEGA! – A voz dele assustou ambos, que fixaram os olhares para a figura mais velha. – Javier, está tarde para você inventar de experimentar instrumentos, vai incomodar os vizinhos... E Isabella, vai tomar banho, jantar e dormir. Estamos entendidos? - Ambos concordaram com a cabeça. – Agora, peçam desculpas, digam que se amam e se abracem.

— Mas, pai... foi ele que...

— Peçam desculpas, digam que se amam e se abracem! – O guarda repetiu a ordem, deixando a sua voz mais firme, interrompendo a atleta.

— Me desculpe... eu amo você... – Os dois disseram em uníssono e se abraçaram por alguns segundos, mas foram suficientes para se provocarem no tom mais baixo que conseguiam.

— Na próxima vez, eu te mato, Javier...

— Não pense que tem tanta sorte, Isabella...

— Agora que está tudo bem, vamos descansar! Amanhã será um novo e belo dia... Boa noite, filho! – Carlos sorriu novamente e puxou Izzy para fora do quarto de Javi.

— Boa noite, Javi. - A estudante murmurou e pegou o seu travesseiro, fuzilando Javi discretamente com o olhar antes de sair do cômodo.

— Boa noite, pai! – Javi retribuiu o sorriso e acenou para os dois.

O músico suspirou alto e sentou na própria cama, usou o silêncio do quarto para falar consigo mesmo.

— Ela está apaixonada..., mas, quem será o cara sortudo?


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Notas finais do capítulo

E aí? Me contem o que acharam?
Me aguardem para mais histórias e aventuras!
Até!!



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