Orobouros escrita por Malfetto


Capítulo 1
Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

・・⛧.⧽⧽ O Tecelão de Ossos.

Anakin Skeggöld, 19 anos.

?” Norueguês, personifica o puro suco do caos. Anakin foi criado em uma família adotiva por toda sua vida. Atualmente, cuspido num território desconhecido por motivos que ele mesmo desconhece, o rapaz precisa adaptar-se à nova vida. Ele é sarcástico e baderneiro, convencido e de uma lábia gigantesca, mostra-se cômico e problemático ao mesmo tempo.

Intérprete ; Benjamin Wadsworth.



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FUI ATACADO POR UM GRUPO DOIDO DE COSPLAYERS

✧ ✧ ✧

Eu acho que estava sufocando numa imensidão de sombras sem fim.

Foi então quando a luz oscilou em minha visão. Tão longe e ao mesmo tempo tão fácil de alcançar, meu primeiro pensamento foi: "será que eu estou morto?". Lembro somente de ter me desesperado nesse momento e, como se só ali minha cabeça houvesse entendido o que estava acontecendo, comecei a perder a respiração. Um líquido preto e viscoso adentrou minhas narinas e boca, não ajudando em nada meu cérebro a procurar forças ao tentar chegar até o que quer que estivesse do outro lado. Na verdade, me vi mais fraco do que nunca. Tentei nadar, gritar, mas só piorei tudo, como sempre faço.

Então, eu desisti.

Acordei logo depois, deitado na beira do que parecia ser uma cachoeira. Estava suando e minha respiração totalmente desordenada fazia com que meu peito subisse e descesse freneticamente. Levei tempo para me acostumar com a luz incandescente ao meu redor e precisei tapar a maior parte dela com minhas mãos. E por algum motivo que nem mesmo eu entendi, me admirei ao ver minha própria mão contra a luz, como se fizesse um bocado de tempo desde que eu tivesse visto qualquer coisa. Mas eu não lembrava. Tudo o que eu conseguia acessar, eram flashes.

Haviam gritos, dor, caos! Uma angústia tomou conta do meu âmago e eu precisei tocar o meu peito para tentar me acalmar, num ato ingênuo de pura humanidade. E novamente, mais uma surpresa. Meu coração batia. E eu não sabia ao certo por quais motivos isso deveria ser uma surpresa, mas foi. E eu senti uma pontada de alegria ao deixar de lado os lapsos horrendos de uma memória borrada em sangue fresco. Muito provavelmente eu tinha escapado de alguma luta ou uma confusão muito feia.

Algo me dizia que eu era bom em sobreviver.

Com certa dificuldade, tomei impulso para me levantar. Minhas pernas estavam pesadas e era como se eu estivesse muito tempo sem utilizá-las; ou isso, ou provavelmente eu tinha me esforçado mais do que eu poderia para tentar nadar e sair do mar.

Mas... que mar? A confusão me inundou, como as sombras de anteriormente.

Fitei o ambiente ao meu redor com certa curiosidade e não havia nenhum sinal de mar algum; a única forte queda d'água se dava pela cachoeira não muito longe de mim. E eu sequer estava molhado, com exceção do suor grotesco que pingava de todos os cantos. Realmente parecia que eu tinha corrido uma maratona, mas como não lembrava, e não gostaria de ter que me deparar com sensações ruins ao forças as lembranças, deixei para lá. E em vez de focar em detalhes como aquele, eu decidi avançar.

Não sabia para onde ir, mas avancei. Devagar e com dificuldade, praguejando em uma língua que eu assumi ser norueguês arcaico; não me perguntem como eu sabia disso. Eu apenas sentia que era e decidi crer.

Ainda fraco, sem saber do motivo, ouvi barulhos. Gritos, mas em vez daqueles que ouvia em minhas "memórias", esses pareciam de excitação. Talvez pudesse ser atrevimento da minha parte, mas eu quis seguir o barulho de algazarra. Por entre as árvores, me apoiei em um tronco enquanto percebi um grupo de adolescentes com camisas laranjas e armas pontiagudas. 

Imediatamente, me arrependi de ter estado ali.

A primeira coisa que pensei quando vi a cena, foi que poderiam ser algum tipo de grupo estranho fantasiado para festas. Cosplayers. Mas as armas pareciam reais demais para isso.

Meus lábios se entreabriram. Eu ia falar algo, talvez dizer um "Olá, vocês são algum tipo de grupo teatral?", mas fui pego de surpresa quando um dos jovens olhou em minha direção. Percebi seu cenho franzir, como se eu não devesse estar ali. E realmente ele estava certo. Não deveria e sequer queria! Mas então, uma a uma, as armas apontaram-se para mim antes de uma luz me cegar e eu cambalear para trás com o susto, ambas as minhas mãos tapando o rosto.

Se antes a escuridão me abraçava, agora a luz que eu tanto havia buscado, havia acabado de me condenar a qualquer doideira que aquele grupo estivesse fazendo.

— Desgraçado, filho de uma rampeira! - Foi o que consegui dizer.

Não obtive resposta verbal, mas senti um impacto tão grande, que antes mesmo de recuperar a minha visão, eu senti meu corpo pesar e minha consciência ir para longe. Eu estava prestes a desmaiar.

Ótimo, lá vamos nós novamente!


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Notas finais do capítulo

Vejo vocês depois!



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