The Evil Within escrita por llRize San


Capítulo 4
O Mal Interior


Notas iniciais do capítulo

Olá meu amor :3

Só pra avisar, o capítulo é um pouco mais tenso.



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Jimin vivia em uma casa de apenas um cômodo e um banheiro, localizada no meio de uma densa floresta de difícil acesso. A única maneira de chegar lá era por transporte aéreo. Todas as janelas e portas eram trancadas com grades, um reflexo de como havia passado toda sua vida com Joon Gook, pai de Victor, sendo "treinado" para ser o escravo perfeito de seu filho.

Apesar do isolamento, o lugar era ao menos confortável e limpo, com uma boa cama e cobertores quentinhos para o frio. Jimin se alimentava bem, recebendo comida e água potável todos os dias de alguns subordinados de Victor. Essa atenção, no entanto, não era uma forma de demonstrar afeto. Para Victor, Jimin era apenas um brinquedo, um brinquedo frágil que precisava ser mantido saudável para ser um servo útil.

Jimin estava dormindo, agarrado ao Senhor Coelho, seu inseparável coelho de pelúcia que o acompanhara durante toda a adolescência. Mesmo após onze longos anos, o Senhor Coelho ainda estava inteiro, embora faltasse um olho, tivesse algumas espumas saindo aqui e ali, e estivesse todo encardido. Ele era o amigo confidente de Jimin, que sentia que o Senhor Coelho o entendia, mesmo sendo um simples objeto velho.

Jimin acordou ao ouvir uma canção que odiava. Alguém estava assobiando a música que tanto lhe causava medo. Quando ouvia essa melodia, sabia o que viria a seguir.

Victor tinha o hábito de cantarolar ou assobiar "Twinkle Twinkle Little Star" quando estava com Jimin. Era incrível como uma inocente música infantil podia se tornar tão assustadora.

— Quando o sol escaldante está desaparecido — V cantarolou quando entrou no quarto, olhando fixamente para Jimin — Quando não há nada que brilha... então você me mostra um pouco de luz, e brilha, brilha, durante a noite…

Victor sorriu, Jimin olhava fixamente para o chão, ainda abraçado ao Senhor Coelho.

— Jimin, Jimin, Jimin, estou muito feliz hoje. Até trouxe um presente para você.

Jimin levantou os olhos vagarosamente para olhá-lo. Nunca tinha ganhado um presente antes. Victor tirou algo do bolso, e Jimin não entendeu muito bem o que era. Com sua típica voz doce e calma, Victor o chamou. Jimin se levantou da cama e foi até ele. V se aproximou e colocou o "presente" no pescoço de Jimin. Para sua decepção e tristeza, o presente nada mais era que uma coleira de cachorro.

— Perfeito! — Disse V com um sorriso maléfico — Essa cor combina com você. Jimin, você é meu animalzinho de estimação. Meu cachorrinho. Gostou do presente?

Sem dizer nada, Jimin forçou um sorriso e balançou a cabeça em afirmação.

— E como você me agradece?

Jimin desmanchou o sorriso, e começou a desabotoar a blusa. 

— Bom menino — Victor sorriu. 

...

Victor comemorava sua mais nova posição na presidência, mas os acionistas não estavam nada satisfeitos com essa situação. "Parabenizaram" Victor com ódio no olhar, mas ele adorava isso. Amava estar entre leões famintos, mas o que mais lhe dava prazer era domar esses leões. V gostava da sensação que o poder lhe trazia, adorava subjugar outros; para ele, todos eram inferiores e deveriam lamber seus pés.

Porém, sua alegria não durou muito tempo.

Em um dia comum da semana, enquanto organizava papeladas e assinava documentos, Victor recebeu uma ligação anônima encomendando um dos seus “produtos”. O comprador exigiu que V fizesse negócios pessoalmente, por isso marcou um encontro em um lugar isolado e longe de tudo.

— Senhor, esse lugar é muito perigoso — Disse seu assistente — Talvez seja melhor levar um de nossos homens.

— Todo negócio tem seus riscos. Vou sozinho, sei me cuidar — Victor carregou sua arma e a guardou na cintura — Se em vinte minutos eu não aparecer, vá até lá.

...

V, com seu longo casaco preto e luvas de couro, aguardava seu suposto cliente. Estava no estacionamento de uma escola abandonada, um lugar escuro e com um mau cheiro. Victor estava impaciente; o cliente estava dez minutos atrasado. Do outro lado do estacionamento, viu os faróis de um carro se acenderem e se dirigirem em sua direção.

Victor manteve uma postura ereta enquanto aguardava, sempre exalando um ar de poder, de alguém invulnerável. Porém, a realidade é que ele era apenas um simples humano. De repente, o carro parou e V olhou confuso, sem conseguir enxergar o motorista. O carro ligou novamente e, dessa vez, saiu derrapando, levantando fumaça entre os pneus.

— Mas que porra é essa? — Foi a única coisa que deu tempo de Victor falar.

O carro avançou em sua direção, e o motorista claramente queria vê-lo morto. Victor tentou correr na direção oposta, mas isso apenas piorou a situação. O carro o atingiu violentamente, lançando-o contra a parede de concreto. A força do impacto foi devastadora, e Victor desmaiou enquanto o motorista fugia, deixando um rastro de poeira e fumaça para trás.

...

Victor acordou em um quarto desconhecido, mas sabia que era de um hospital. Seu corpo estava totalmente imobilizado, e ele não conseguia se mover. Não sabia se a paralisia era efeito do analgésico que gotejava em sua veia através de um acesso ou das pernas engessadas que limitavam seus movimentos.

Ao ver Victor abrir os olhos, seu assistente, que estava ao seu lado, levantou-se num pulo, visivelmente aliviado.

— Senhor, não se mova, seu corpo está muito machucado.

— O que houve? — Perguntou V, sonolento.

— Atropelaram o Senhor, tenho certeza que foi um de nossos acionistas. Já mandei averiguar isso.

— Onde estou?

— Não se preocupe, Senhor. Ninguém sabe desse lugar. Os médicos daqui são todos nossos, são de confiança. Tomei o devido cuidado para que isso não chegue à imprensa.

— Fez certo. O que houve com minhas pernas?

— Precisou de cirurgia para recuperar os danos. Graças aos nossos bons médicos o Senhor voltará a andar normalmente.

— Isso vai levar muito tempo?

— Alguns meses.

— Merda! — Victor fechou o cenho — Por quanto tempo eu dormi?

— Por três dias, Senhor.

Victor ficou em silêncio por um momento, fitando o nada, tentando organizar seus pensamentos. Seu assistente, atento e pronto para executar qualquer tarefa que ele ordenasse, aguardava pacientemente, ansioso para saber quais seriam as próximas instruções de seu chefe.

— Não posso aparecer assim diante daquelas víboras.

— Creio que não há o que fazer, Senhor.

— Sempre tem uma solução — Victor sorriu, e seu sorriso refletia toda maldade de seu coração. 

— O que faremos, Senhor?

— Primeiramente, vamos fazer uma agradável visitinha à minha adorável mãe e ao meu tolo irmãozinho.


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Notas finais do capítulo

Moço, se for pra atropelar, faça o serviço completo!

Meu coração não aguenta escrever essas partes do Jimin ç.ç



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