No hospital...

-SHANAROOO!!! Eu não acredito que aquela ruiva idiota resolveu ter neném na MESMA hora que eu! Isso é um absurdo! Eu vou... – Sakura, histérica, na mesa de parto, tentando se levantar.

Shizune, a enfermeira que a atendia – e que também era sua colega e amiga – estava preocupada com o comportamento agressivo de Sakura:

-Nós já demos três doses de sedativo e ela ainda não se acalmou. – falava para Sasuke – Teremos que pedir ajuda profissional... SEGURANÇAS!

Sasuke se assusta, vendo aqueles dois brutamontes entrando na sala.

-Isso é realmente necessário? – perguntou o marido, aflito.

-Bem, se você acha que aguenta com ela nesse estado... – sugeriu Shizune, apontando para a rosada: ela já havia deixado um dos seguranças inconsciente não se sabe como e o outro pedia por favor que ela abaixasse o bisturi.

-Meu Deus. – exclamou Sasuke num abafo, temendo que ela ouvisse.

Nessa hora, a porta se abre. Era Tsunade, que arrastava uma maca contendo outra grávida: uma mulher ruiva de óculos.

-Ô Tsunade, você bebeu?! – dessa vez é o Sasuke que se exalta, erguendo os braços – Quer ver morte aqui?

-Sinto muito, Uchiha renegado, eu sou uma só. – respondeu, deslocando a cabeça do pescoço, por assim dizer – Os outros parteiros desse hospital aparentemente tiraram férias. Argh!! Eu vou demitir todo mundo pela manhã! Onde já se viu...

Quando Tsunade parou de falar, notou que as duas mulheres em trabalho de parto estavam... De pé, em cima de suas macas, uma olhando mortalmente para a outra.

-Ruiva intrometida, o parto é meu...

-Rosada folgada, eu entrei em trabalho de parto primeiro...

-Eu vou ter esse neném primeiro!

-Isso se eu deixar!

-Tsunade-sama, acabe logo com isso! – exclamou Sakura, deitando-se.

-Não! Tsunade-sama, a senhora havia me atendido primeiro! Venha me examinar. – disse Karen, já pronta para ser examinada.

-Ela vai me ver primeiro! – gritou Sakura, irritada.

-Não vai! Eu mereço mais atenção! – exclamou Karen com mais força.

-E você é melhor do que eu? – gritou Sakura, exaltada.

-EPAAAA!!! Parou! – gritou Tsunade, invocada com a discussão – Se as duas não calarem a boca agora eu saio por aquela porta e vocês vão ficar aí!

-Você não teria coragem... – instigou Sakura.

-Não me subestime, magrela. – ameaçou a loira com aquele olhar furioso de quem é desafiado.

Ambas se calam.

Suigetsu entra na sala:

-Por que elas estão gritando tanto? Dá pra ouvir lá do Ichiraku.

-Nem queira saber.

Ao ver que Suigetsu entra na sala, Karen logo grita:

-SUIGETSU, me dê a sua mão! AGORA, seu lerdo!!!

-Sim senhora... – obedeceu, sem querer pagar para ver.

Sakura, que também começava a sentir as benditas dores, berra:

-SASUKE, seu inútil!!! Vem aqui!!! – exclamou, agarrando sua mão quando ele foi.

Horas se passaram... Suigetsu não sentia mais sua mão, temia não poder mexê-la novamente. Sasuke já estava com um olho roxo e alguns arranhões pelo corpo, mas nada que o fizesse desmaiar.

Quem desmaiou foi o Suigetsu quando viu aquela criaturinha vermelha saindo de dentro de sua mulher.

-Sa... San... Sangue... – e caiu igual uma geléia.

-Temos uma bela menininha... – disse Tsunade, dando a bebê para Karen.

-Oh, minha neném linda. É uma pena que o seu pai é um frouxo, mas não ligue, depois ele te vê.

Em seguida, sai o bebê de Sakura:

-E aqui, um belo rapazinho. – falou, entregando-lhe à Sakura.

-Olha que lindinho o nosso bebê, Sasuke! Ainda bem que você é forte, não se deixa abalar por qualquer gotinha de sangue... Sasuke?

Ela fita o rosto de seu amado: ele estava congelado, suando frio e de olhos fechados.

-Sasuke! Nem parece que você trabalha matando gente! Vai me dizer que está com medo de sangue?!

-O quê? Eu? Com medo? Não, eu só... Tem muito sangue? – perguntou ainda com olhos fechados.

E ela revirou os olhos.

Uma menina e um menino... O que o futuro os aguardaria?

Não perca o próximo episódio de... Vida de Casado.