Erased escrita por Othinus


Capítulo 6
Novo "deus"




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Parte 1 

Atualmente existem quatros grandes potencias: Ímpeto, Kodomo, Kurayami e Valor. Apesar de cada um possuir sua própria cultura, dentre as 4 potencias, apenas Kurayami se tornou um império. 

Com o passar dos anos, no reino de Ímpeto, a adoração a um deus chamou a atenção do reino de Valor. Uma vez por ano, ocorre o festival do "novo deus" na capital de Ímpeto, Bugres, gerando mistério. Com a chegada iminente do festival, Astralion viajou do reino de Valor para poder apreciá-lo pessoalmente. 

Ao entrar na cidade de Bugres, as grandes construções encheram os olhos de Astralion, no qual apenas tinha vistos tais coisas em livros. A infraestruturas era de uma cidade subdesenvolvida demonstrando ter um padrão de vida maior do que a de Valor. Era comum durante a chegada do festival os habitantes usarem máscaras de figuras abstratas e ou animais para encobrir os rostos. Astralion usando uma máscara branca e observava ao redor ao tempo que esperava seu acompanhante e o motivo maior de tal visita ao reino de Ímpeto. 

— Você poderia ter ido direto para a mansão... —   

Ele olhou para a figura masculina em sua frente. 

O homem em sua frente era August Heaven, um nobre de grande importância no reino. 

Ele estava vestindo com um conjunto azul composto por um terno e blazer masculinos. Seu rosto estava coberto por uma máscara branca, através da qual seus olhos azuis eram visíveis, assim como seus cabelos pretos e longos. August segurava uma sombrinha que usava para se proteger dos raios de sol. 

— Queria ver com meus próprios olhos a beleza da cidade. — Disse Astralion tirando a máscara de raposa do rosto. 

O jovem mago estava sério e olhava fixamente para a figura em sua frente. 

— Venha comigo. —   

Ele o seguiu. 

Dentro da mansão, em seu escritório particular, August tinha a presença do mago de Valor. Ele sabia que mesmo novo, nele havia um talento eminente. Astralion observava as pinturas enquanto bebia chá. 

— Não precisa ser nenhum especialista, mas seu poder como mago é digno de excelência. É notável que seu poder pode ser equiparável como os membros do alto esquadrão de valor. —  

August observava a figura masculina, analisava dos pês a cabeça, mas tinha ciência que para ele está ali significaria não apenas turismo, mas algo mais.  A muito tempo August vem tentando recrutar Astralion para o seu lado, pois sabia das hostilidades que o mago enfrenta em Valor. 

— Agradeço o elogio. É de fato eu ser comparável aos membros do Rosa-cruz, mas ainda tenho muito o que evoluir para que eu possa derrotá-los. Além disso, vi aqui para responder sua proposta. —  

Ele colocou a xicara sobre a pequena mesa de perna curta e olhou na direção do nobre. 

— Oh... — se aproximou. 

— A imponência do mago primordial está se esvaindo, é notável que ele não é mais o mesmo.  Prière está emergindo coisas estranhas.  Você deseja que eu me alie a você, farei isso sobre certas circunstâncias. —  O mago de Valor ficou em pé. 

— O que tem a dizer? — 

— A hostilidade do Rosa-cruz cresceu, temo que eles atentem alguma situação que possa ocasionar minha morte. Antes que isso venha acontecer, quero um abrigo. —  

— Se eu lhe der isso, você abandonara suas raízes e se tornar um mago de império!? —  August olhou para o mago de cima a baixo. 

— Exato. Não estou pedindo muito. — Ele estendeu uma das mãos. 

O mago de Ímpeto sorriu.  

De fato, não era uma existência grande, ele estava mais preocupado com a própria segurança, pois mesmo se ele pudesse lutar contra Rosa-cruz, a desvantagem numérica ainda era um problema. Se aliando ao reino de Ímpeto, um ataque contra Astralion deveria ser com calma e calculada. 

Ele sabia que, com a força de Astralion, seus objetivos estavam mais próximos de acontecer. 

Após apertarem as mãos, um círculo de magia com runa magicas surgiu. 

— Normas da casa. — August comentou. 

A magia lançada por August Heaven garantia que, Astralion a partir daquele momento segue como um fiel soldado do reino de Ímpeto impedindo assim qualquer intenção maligna perante eles. Se caso qualquer atitude hostil ocorresse, mesmo que fosse em pensamento, a magia entraria em ação e deceparia a cabeça de Astralion. Sabendo da magia lançada, a partir daquele momento, ele não poderia recuar. A magia lia suas verdadeiras intenções, mas ele não tinha nada a temer. Estava decido. 

— Quando a confiança for estabelecida, a magia será retirada. — Disse o mago de August. 

Astralion percebeu a empregada entrando no escritório. August tinha fama de ter apenas a mais bela como emprega e a beleza exorbitante da empregada era inigualável. 

—Leve nosso convidado para o quarto. — Disse o senhorio. 

Astralion seguiu a empregada em silêncio. Enquanto caminhavam, nenhum deles proferiu uma palavra. No entanto, o Mago de Valor detectou a presença de magia restritiva sobre ela. Era possível que todos os que trabalhassem perto de August Heaven estivessem sob essa restrição, evitando traições. 

O quarto de hóspedes era simples, com apenas um pequeno guarda-roupa, uma cama e uma escrivaninha. Ao adentrar o local, Astralion deitou-se na cama e ficou olhando para o teto, perdido em seus pensamentos. Recapitulava o motivo de estar ali. Sobre si, a magia de restrições fluía no qual agora era um aliado forte de Ímpeto. 

Astralion sentiu alguém se aproximando, então olhou em direção a porta e em seguida a batida foi ouvida. De alguma forma, a energia que aquela pessoa emitia era anormal, lembrava até mesmo de um membro do rosa-cruz. 

  Parte 2 

Astralion olhava a figura masculina em seu quarto, era estranho de imaginar que a energia de um garoto de apenas 12 anos de idade. O mago de sentiu receio na aproximação daquela criança. 

A criança estava em pé, com uma a mão direita no peito e com um sorriso sombrio no rosto. Ele havia se apresentado para Astralion. Seu nome era Eminence.  

— Sou filho de August Heaven. Eminence é meu nome. — 

Ele possuía um longo cabelo preto que estava na altura dos joelhos possuindo franja dividida para moldar ambos os lados e um sorriso sombrio em seu rosto. Aparentemente um sorriso sarcástico, apenas para dar uma boa impressão. Vestia um blazer prata aberta de gola alta sobre uma camisa preta de manga comprida e calças largas com sapatos marrons. 

— Foi por minha causa que meu pai te chamou para se aliar a nós. Venha comigo, tenho algo que você gostaria de ver. —  

Astralion assentiu. 

Em seu interior sentia que aquele garoto escondia um secreto, mas não só isso, pois até onoken se incomodou com a presença de Eminence. Até mesmo teve que controlar a fúria de Onoken. Eles caminharam até um quarto escuro, ao simples gesto do pequeno garoto as luzes acenderam. Um quarto simples, mas que ao fundo havia uma grande pintura de Aleister Crowley. 

— Aleister Crowley... — Sussurrou Astralion se aproximando. 

A pintura tinha mais de dois metros de altura no qual retratava sua batalha contra os magos puros. Em suas mãos estava seu livro de encantamento enquanto seus oponentes possuíam armas diferentes, armas não existentes em valor ou em qualquer outro reino. 3 “magos puros” usavam exoesqueletos que serviam como armadura que protegiam seu corpo por completo, mas não só isso, outros 2 na imagem ao fundo estavam borrados, porém que demonstrava característica de arma que lançavam projétil.  

—Quando eu era mais novo, meus pais viviam contanto história sobre o mago primordial e sua batalha. Eu amava ouvir. Eu pedi para fazerem essa pintura baseado nos contos que eu li. —  

— É fascinante... — Astralion comentou. 

— Existem mais mistérios do que fatos quando se tratam deles. Agora diga-me, você sabe o motivo de chamarem eles de “magos puros”, não é? — 

— Eles têm outro nome, mas chamamos de “magos puro” por terem sido os pioneiros no caminho da magia. — respondeu Astralion. 

 

— Bugres destinou todo seu investimento por respostas. De onde eles vieram, para onde foram, quem eles realmente são... Foram essas perguntas que nos movem ao longo dos anos. —  

 — E o que descobriu? — O mago olhou para o garoto, esperava uma resposta. 

A expressão sombria em seu rosto, dava uma sensação estranha em Astralion. O mago queria saber até que ponto Eminence sabia sobre os “magos puros”. 

Em valor havia uma biblioteca destinada aos conhecimentos sobre os “magos puros”, mas que no período de domínio da Elizabeth II foi invadida e os livros contentando informações foram levados. O ocorrido sequer veio a público, mas o autor seque foi descoberto. 

— Não muito, muitas coisas parecem incoerentes. No entanto, com você aqui as coisas estão preste a mudar. Afinal, você como um ex aluno do próprio Aleister Crowley, lutou contra os magos em Prière, não é mesmo? —  

Eminence estralou os dedos e com isso, uma grande pressão em Astralion surgiu causando um enorme peso em seu corpo levando a colocar seus joelhos no chão. Ele colocou as duas mãos no chão e viu o círculo surgindo junto com uma coleira em seu pescoço. A magia de restrição lançada posteriormente estava em ação. Ele não poderia mentir sobre qualquer assunto que Eminence quisesse saber. 

— É verdade, mas com o quais lutei não se parecem em nada com os da pintura... — Mesmo querendo segurar as informações a magia de restrição agia mais forte sobre o mago. 

— Diga. Diga o que Valor tanto temem! HAHAHA — 

Astralion babava e sentia-se sufocado perante a magia. 

Eminence sentia agraciado pelo tormento de Astralion. Para ele pouco importava se ele falasse ou morresse no processo, mas queria causar tormento. 

— Os magos que lutaram contra Aleister Crowley... não eram ... Eles temem... Eles temem que os “magos puros” ressurgem... — Ele sentia dificuldade em falar. 

— O que quer dizer? — A densidade da magia de restrição aumentou ainda mais. 

— Os “magos puros” possuem graus de divisões... Os que eu lutei em Prière era, na verdade, Precursor engenheiro no qual seu ponto forte não são combates, mas sim preservação de estruturas e armas. Eles são o último na divisão... — Astralion, apesar da dificuldade, respondeu. 

— São quantas divisões? —  

Era informações que eles não sabiam sobre os magos puros.  

Eminence se aproximou do círculo criado, olhando o mago de joelhos sentiu-se estigado pela informação. A magia de restrição impedia mentiras, então todas as palavras de Astralion eram puramente verdade. No entanto, antes de ouvir uma resposta, o mago de Valor desabou desmaiado. 

— Tcs! Merda. Acho que exagerei. — Eminence comentou. 

Ele deu leves chutes para ver se conseguia acordá-lo, mas não havia reações. 

Eminence se aproximou da janela e veio olhar a cidade. A mansão por esta localizado em um bom ponto em específico, ele tinha visão de grande parte da cidade.  

— Graças aos livros, nesse festival iremos invocar um deus. Ele sendo engenheiro ou não, pouco importa, pois, sendo um mago puro poderá causar um grande distúrbio nos reinos. —  

Para concluir seu objetivo, ele estava disposto a sacrificar tudo. Se necessário, ele sacrificaria até mesmo a si ou pessoas próximas.  

 

Parte 3 

No sótão da mansão, uma mulher estava nua sobre a mesa. Seus olhos estavam vendados e suas mãos e pés estavam amarrados. Estava desacordada. Ao redor dela um grupo de pessoas usando um manto preto que encobriam toda sua vestimenta. Eles seguravam porta-velas com velas. 

— Irmãos... — A voz foi ouvida se aproximando. 

Seus olhos através das máscaras brancas foram direcionados para Eminence que se aproximava. Só existia ele como criança, os outros eram adultos, inclusive um deles era August Heaven, pai de Eminence.  

Eminence era o líder e em suas mãos segurava uma faca. Ele se aproximou da garota e olhou para seu rosto. Ela era bela, uma turista de algum outro reino. Ele lentamente colocou a ponta da faca entre os seios da garota e pressionou até sair a pequena gota de sangue. Estranhamente, apesar disso, não havia uma reação da garota. Ela estava viva, mas inconsciente. 

— Nosso banquete hoje terá um gosto especial, pois logo iremos ter nosso próprio deus! Aproveitem cada gole de sangue, cada gosto da carne. Temos sangue de Precursor em nossas veias e como seres superior, nossa glória está perto. —  

Ele enfiou a faca vindo a abrir a barriga da garota. O sangue escoria pela mesa e ia para o cálice embaixo. 

— Apreciem! — Disse Eminence, vindo a provar do sangue no cálice. 

Após beber do sangue, ele observava seus súditos apreciando da carne e do sangue de garota. O império de Ímpeto havia roubados as informações sobre os precursores e acreditavam que em suas veias corriam sangue de “magos puros”. isso se deve ao fato de relatos que, os próprios haviam aparecido para eles séculos atras trazendo uma criança consigo no qual gerou descentes. 

A figura da garota translucida apareceu no mundo físico. Ela viu seu mestre desacordado, mas não demonstrou sequer preocupação, pois tudo que ocorreu havia sido desejado por Astralion. Ela flutuava no quarto de um lado para o outro, aparentemente verificando cada centímetro de onde estavam. 

A pedra no meio de sua testa estava branca algo que não combinava com a situação.  

— Acorda, mestre boco. Não é hora de tirar um cochilo. — Onoken disse de forma risonha. 

De imediato, Astralion abriu os olhos e lentamente se levantou resmungando. Não havia qualquer vestígio ou sequelas da magia de restrição em seu corpo. Ele caminhou até o espelho da janela, viu a própria aparência e ajeitou o cabelo que estava bagunçado. Ele pensou em invocar seu chapéu pontudo, mas dada a situação preferiu evitar qualquer magia. Olhou para si mesmo sabendo que a magia de restrição ainda estava ativa, então precisava tomar cuidado com o que deveria falar. Contudo, ele havia entendido que a aliança de August era apenas um pretexto para tê-lo por perto e a sua disposição.  

— O que achou? mereço um osca, não? — Disse Astralion orgulhoso. 

— Mestre, assistindo sua atuação me fez perceber que ainda bem que você é um mago, não um ator. Para ser ruim, você ainda precisa melhora. Mestre, pelo menos ele não percebeu. Eu percebi. Sou mais esperta. — Os olhos de Onoken brilharam. 

O mago suspirou em desanimo. 

— Mestre, eu não gosto daqui. Está cheio de gente mortas, me sinto em um cemitério... — Disse onoken mudando a cor da pedra para azul. 

— Tem razão... —  

Ele sentiu empatia por onoken, pois ela tinha razão. Desde que havia chegado na cidade, ele percebeu que mortos e vivos caminhavam lado a lado, estavam usando máscaras para se camuflar. 

Ele abriu a palma da mão direita e um pequeno casulo elétrico surgiu. Aos poucos o casulo cresceu vindo ao tamanho de 30 centímetros, entrando em seu ciclo final a mariposa elétrica surgiu. A mariposa sobrevoava o local e em seguida dissipou-se no ar. 

— Metre, você acha que os desaparecimentos têm ligações com o desejo de invocarem o deus? — Onoken perguntou. 

 — Na verdade, não existem meios de invocarem os precursores. No entanto, se caso eles tentarem a invocação, o que irão invocar é algo fora da curva, algo que nenhum humano possa controlar. — Astralion se sentou no sofá e veio a olhar o quadro de Aleister Crowley. 

A magia de invocação precisa de certas etapas para poder ser efetiva, mas Eminence não tinha total conhecimento de onde os Precursores estão, então ele poderia invocar, na melhor das hipóteses, qualquer coisa semelhante. No pior das hipóteses, ele levaria a ruína do próprio reino. 

— Aquele velho viveu tanto tempo que já deve estar sofrendo por falta de memória. — Completou resmungando olhando a pintura. 

— Mestre? — Onoken se aproximou. 

Seus pês não tocavam o chão. 

— Bom, é melhor eu voltar ao meu teatro, encenar meu desmaio. —  

Ele se jogou no chão. Astralion literalmente se jogou no chão onde havia posteriormente desmaiado. 

A garota translucida chamada de Onoken, olhou tal atitude e balançou a cabeça negativamente. Nem ele acreditava em seus olhos. Aos poucos ela desapareceu por completo deixando Astralion sozinho.  


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Notas finais do capítulo

Sinceramente, eu pensei em escrever mais sobre, mas é melhor dividir para não deixar a leitura cansativa. Vou tentar agilizar para escrever o próximo capitulo quanto antes para irmos à Prière.
Obs: obg pelo os que acompanham.



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