Parte 1

Violet D’arc emburrada caminhava pelo corredor da grande academia de magia Tryning. Ela desejava encontrar seu mestre, no qual queria exigir uma explicação sobre certos acontecimentos desgastantes. 

Aleister Crowley sabia que era questão de tempo até a bela garota de 14 anos chegasse em seu escritório. Ele possuía conhecimento sobre a insatisfação e sabia que ela não era a única a pensar daquela forma. Ele acolheu um jovem garoto, ou melhor um plebeu como aluno. No entanto, ao colocar papeis da gaveta sobre a escrivaninha, ele escutou o bater na porta e de imediato a porta abriu. O que abriu a porta não foi Violet, mas sim a própria magia do mago primordial pronto para conversar com sua aluna. Era inevitável. 

A bela garota possuía um vestido vermelho e em sua cintura carregava a bainha com espada. Com cabelo longos e olhos azuis, ela era tão bela quanto sua falecida mãe. Ela era da nobreza, mas não somente isso, como filha de Leoni D’arc, um dos 8 magos da Rosa-cruz e líder da cidade de Hessen possuía um grande poder magico e político na cidade.  

— É estranho de se pensar que o grande mago tenha se sensibilizado com um plebeu. — disse Violet olhando fixamente para seu mestre.  

Ela podia ver a aparecia de um velho de cabelo grisado vestindo um manto preto e um chapéu pontudo. Ao fundo, a grande janela de 2 metros de largura que dava o privilégio de ver toda a cidade de  Hessen. Aquele homem imponente, não era nada mais nada menos do que o mago primordial, o verdadeiro e único, no qual até hoje contam suas histórias mesmo se passando 300 anos. Hoje ele gostava de viver como um professor de magia, mesmo em sua aparecia frágil, era o mago mais forte do reino de Valor e não só isso, como também líder da Rosa-cruz.  

— Por você ser jovem, ainda não consegue ver as coisas com meus olhos. — respondeu desabotoando os botões interno do manto negro.  

— O que você deseja dizer com isso? 

— Ele poderá ser a proteção ou a destruição desse reino, no qual nem mesmo os Rosa-cruz poderá impedi-lo. — o mago primordial colocou seu manto sobre a cadeira revelando suas vestimentas. 

Ele estava usando sua roupa tradicional, um blazer com o brasão de uma rosa-cruz que era a junção de duas rosas populares no reino de valor, rosa de Lancastre (vermelha) e rosa de York (branca).  

A expressão de emburrada da garota foi trocada por medo e anseio, pois a expressão seria do mago, ela sequer cogitou uma mentira ou brincadeira. E realmente, ele não era alguém que levava as coisas na brincadeira e, inclusive ele tinha bons olhos para alunos, pois ao longo da história muitos magos poderosos passaram por seus ensinamentos.  

— O que você quer dizer com destruição desse reino? —  

O silencio percorreu pelo local e por alguns segundo o mago fechou seus olhos, talvez querendo dizer algo ou esconder algo, mas no final desistiu de seus pensamentos e desabotoou seu blazer, não só isso pois também tirou a camisa branca que vestia.  

— Me refiro a isso. — Estando sem camisa, ele abriu seus braços.  

Violet levou a mão na boca e deu alguns passos para trás, perplexa com o que estava vendo. A cicatriz diagonal vinha do peito esquerdo a barriga. O mago primordial possuía muitas magias defensivas, se existisse algo que pudesse quebrar essas barreiras seria um verdadeiro monstro.  

— O que... — sussurrou... 

— A destruição não seria uma metáfora, mas sim literal. Poucas vezes durante minha vida fiquei tão perto da morte como contra ele. Como sabem eu lutei contra os magos puros, lutei incansavelmente por dia, semanas e anos, mas contra Twilight foi diferente. Ele só tinha 12 anos quando fez isso em mim. 12 anos!