O que nunca acabou escrita por rangergirl


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hey, cheguei com o capítulo 2!
Boa leitura!



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Como assim? Daniel estava pensando em pedi-la em casamento,? Isso não podia acontecer,estava tudo indo tão bem, não maravilhosos como ela sabia que seria se seunamorado fosse uma certa pessoa que adorava balançar em cipós, mas tudo estava indo bem. Ela passou bons momentos como piloto de verdade. Porém um noivado,seria um passo muito grande,um passo que no fundo de seu coração ela sabia que só queria dar com alguém de seu passado. Seu líder de equipe.  Com quem brigou por um tempo devido a discordância de opiniões. Quanta bobagem mesmo durante esse período, Cole não poupou esforços para ajudá-la. Ela nunca se esqueceria da vez em que depois de uma briga ela teve seu corpo capturado pelo ogro câmera, o ranger vermelho, quebrou seu próprio regulamento de não  ir a lutas sozinho somente para tentar ajudá-la e conseguiu, se não fosse por Cole talvez a piloto ainda fosse invisível e não teria tido forças para derrotar os ogros. 

            O garotod e cabelo pretos pode não saber mas por trás da garota durona com treinamento militar, havia uma medrosa insegura que se escondia a sete chaves ainda se conhece-la,  garoto das selvas a consolou inúmeras vezes com apenas um toque, uma palavra amiga, ou mostrando suas fragilidades e servindo de exemplo para Taylor fazer igual.  Já que não é nenhuma vergonha ter medo, muito menos chorar.

  Deixar suas lágrimas escorrerem era o que  a ex -ranger amarela desejava desesperadamente naquele instante, contudo ainda se encontrava no quartel e sem a presença do seu único e verdadeiro amor,  ainda se sentia insegura e colocava máscaras.  

    Para dizer a verdade, ela colocou a maldita máscara no momento em que entrou para a força aérea, quando ouviu a voz grossa se seu treinador, a garota sensível que sonhava em encontrar o Animarium, desapareceu, foi confinada e proibido de mostrar sua voz, foi somente quando aqueles olhos brilhantes  se aproximaram vindos do cipó é que ela conseguiu sair novamente. Cole a havia libertado da prisão que ela mesma havia se colocado.  Contudo agora sem ele, a garota sensível voltou a se esconder. Como ela queria  libertá-la novamente, porém sem o leão vermelho em sua vida, seria impossível. Assim ela precisava se acostumar. 

Taylor voltou a realidade quando as duas vozes continuaram:

— Nossa ,em casamento?

— Pois é, será que a festa vai ser no quartel? —Indagou Gina como se o futuro noivado fosse dela.

— Se eu fosse você não ficaria tão animada… — Comentou Edgar instigando a curiosidade da águia amarela.

— Por que  não?

— Porque mesmo sua suspeita estando correta, eu duvido que a tenente Taylor aceitaria.

— Como assim? Ela e o tenente Daniel estão juntos há seis meses e parecem se gostar muito.

— Eu não sei, a Taylor tem esse passado misterioso no período em que sumiu. Nunca vamos saber o que realmente aconteceu…

Gina soltou uma risada.

— Ah,  por favor. Não vai me dizer que acredita nesses boatos bobos de que a tenente  Taylor morou em uma ilha no céu.

A águia amarela sentiu seu coração palpitar.

— Não é isso,  mas durante esse tempo ela pode ter vivido um grande romance impossível.  E nunca o superou.

Os olhos de Taylor se arregalaram com a precisão do palpite de Edgar.

— Eu acho que você está lendo muitos livros de romance…

— Ah me deixa.

Entre risos, os dois saíram da sala para o alívio instantâneo da loira.

    Então eram essas as fofocas que circulavam  no quartel?  Todos a  achavam   uma garota fria, traumatizada e incapaz de aceitar um pedido. Droga. se sua mente estivesse no comando,ela mesma  já  teria pedido a mão de Daniel e eles viveriam felizes para sempre pilotando e trocando experiências, contudo seu insolente coração  intrometido,  a fazia desejar o impossível. Os lábios de Cole, seu sorriso, seu toque , o qual mesmo sem sentir por anos ela reconheceria de longe. Que idiotice. Era tão injusto ela não poder calar seu coração e pedir que a deixasse em paz. 

       Em meio a suspiros ela foi até a porta, depois de ter certeza que Edgar e Gina já estavam longe ela caminhou até seu local favorito do quartel, o cantinho de Edgles. Ao ver a piloto o cão idoso soltou latidos de alegria e deitou em sua perna.

— Oi meu amigo, e então como estava a comida hoje, boa? 

Mesmo não tendo o dom de ouvir  os animais, Taylor adorava conversar com o mascote da força aérea, ele parecia entendê-la mais do que qualquer um ali.

— Fico muito feliz em saber da sua bola nova, sei que não te levo para caminhar a um tempo amigão,  mas minha vida está tão agitada se você soubesse.

Como se a entendesse, o cão deu um latido suave.

— Eu sei. Seu maior problema é esperar a próxima refeição. Eu queria a sua vida, vocês cachorros só sentem, não tem nada de complicado. Sabe uma vez eu conheci um humano que era assim, para te dizer a verdade ele é a melhor pessoa que eu já conheci.

Mais uma vez, o animal deu um latido.

— Eu o amava, na verdade eu ainda o amo, mas não pode contar para ninguém é nosso segredo certo?

O cão assentiu com a cabeça.

— Ótimo, sei que posso confiar em você. Por isso mesmo te trouxe um presente! Exclamou antes de tirar do bolso um avião de borracha.

— Eu sei que você fica olhando aviões e queria andar neles, por isso te trouxe esse brinquedo! Não é a mesma coisa que voar, mas  tenho certeza que irá se divertir.

Sempre que Taylor trazia um presente. Edgles abanava o rabo e começava a  pular em empolgação, mesmo sendo idosos, tinha muita energia, porém naquela tarde,ele continuou parado.

— Você não quer morder seu brinquedo novo? — Indagou acariciando as orelhas do amigo canino.

— Isso é estranho, mas você só está cansado né? Eu sei que aqueles cadetes idiotas sempre exageram quando passeiam com você. 

Agora eu preciso ir  senão vou ter que dar explicações para o Daniel, eu não quero isso.  Não se esqueça meu amigo, o que conversamos hoje fica entre nós.

O cachorro saiu de perto de Taylor fechando os olhos para adormecer. Outra atitude incomum, porém novamente Taylor concluiu que era só cansaço.  

— Eu volto amanhã prometo!

Por sorte o caminho de volta para casa era automático, por que Taylor não conseguia se concentrar na estrada, mesmo que suas mãos estivessem firmes no volante.

Casamento, Daniel vai me pedir em casamento e se eu não aceitar todos no quartel vão continuar achando que sou uma garota fria com um passado traumatizante, poderiam começar a investigar e descobrir o Animarium Não. Por mais que conheça boas pessoas, Taylor sabia da ambição das forças armadas. Se elas descobrissem a ilha secreta , seria um desastre.  O mundo nunca mais seria o mesmo, os humanos começaram a explorá-lo,  seriam capazes até de trancar os zords  em jaulas para pesquisas. Seu coração doía somente em pensar nessa possibilidade, por isso mesmo sabia o que precisava fazer. Quando Daniel se ajoelhasse em sua frente, deixaria que ele colocasse o anel em seu dedo, mesmo que isso acabasse com suas chances de voltar a vivenciar a verdadeira felicidade. 

   Ao passar a chave pela porta, Taylor voltou a ser uma criança  desejando estar no colo de sua mãe ,receber um carinho nos cabelos enquanto escutava pela milionésima vez a lenda  sobre uma certa ilha escondida no meio das nuvens. Por um instante a garotinha assustada tomou conta enquanto a ex-ranger amarela conhecida por ter enfrentado ogros sozinha de maneira corajosa deitava em sua cama abraçada a uma almofada  que logo ficou molhada pelas lágrimas que por um milagre ela permitiu escorrer.

Era engraçado, todos a viam como alguém corajosa, inquebrável.  Porém ninguém a enxergava como realmente era, medrosa, cheia de inseguranças.  Desesperada por um abraço, bom pelo abraço de um certo alguém para o qual ela correria sem pensar duas vezes se tivesse a chance.

Anestesiada pela tristeza que assolava em seu coração e consumida pela terrível ideia de trocar alianças com alguém além de Cole, a águia amarela  fechou os olhos. Quando deu por si, suas narinas foram entupidas pelo cheiro das árvores que conhecia também seus ouvidos se alegraram e  reconheceram o som das águas que sempre a relaxavam .Não podia ser, ela estava de volta ao Animarium. Mas como?   Ao passar os dedos pelos braços, ao invés de sentir a textura grossa  de seu camisete amarelo, se deparou com a fineza de um delicado cetim  branco .

— Ah aí está ela .Pronta para o seu grande dia? —Indagou empolgada uma doce voz que ela reconheceria em qualquer lugar.

— Princesa Shayla? Eu estou de volta? Porque os Ogros retornaram ? Onde está meu morfador?

Contudo ao invés de responder às suas perguntas. A ex mentora deu uma leve risada.

—  Ah  querida…  Essa  tensão é normal,  toda noiva passa por isso!

Uma ruga surgiu na testa da loira enquanto ela tentava compreender a situação.

— Noiva? Espera, isso quer dizer que … Ah não! Se eu estou me casando aqui,eles descobriram o Animarium princesa, precisamos esconder os zords! —  Ela colocou a mão na cintura desejando estar usando uma calça.  Porque vestidos precisavam  dificultar tanto uma fuga.

Suas mãos separadas puxavam as da guardiã, porém essas não se esforçaram o mínimo para ajudá-la.

—Do que você está falando Taylor? — A princesa se soltou com uma incrível facilidade.

— Meu noivo, ele é militar.

A doce mulher de fios castanhos ondulados a encarou como se estivesse delirando.

— O que? Até onde eu saiba ele veio da selva ,adora se balançar em cipós e nunca machucaria uma mosca.

Um sorriso automático se formou em seus lábios, não podia ser.

— É sério?

— Sim minha amiga!  Ah, desde o primeiro momento eu soube que o que vocês compartilhavam era especial.

—  Ele me trouxe de volta à vida! — Admitiu se permitindo ter esperanças.

— Eu sei! Ele diz o mesmo! É tão bonito. Ah, a cerimônia nem começou e eu já estou emocionada, vem vamos logo todos estão esperando. —  Apressou  a entregando um buquê de flores amarelas.

Com as pernas tremendo, Taylor deu o braço para a princesa e ambas caminharam devagar até o centro do Animarium onde Alyssa, Dany e Max a admiravam. Ela os olhos lançou um olhar amigo,  aquelas eram as únicas pessoas com a qual desejava compartilhar aquele momento.  

       Sentindo o coração a mil por ora em seu peito, a piloto tomou a  coragem de  olhar para frente. Seu corpo arrepiou ao constatar que ele estava ali, esperando, mais bonito do que nunca,  a faixa havia indo embora e dado lugar a um cabelo cortado envolto por um gel.  A roupa vermelha rasgada havia dado lugar a um terno cinza impecável.  Cole estava maravilhoso, porém Taylor sabia que se casaria com ele mesmo que o garoto das selvas estivesse usando um pedaço de lixo.  Ao som da flauta do zord servo  tocada por Merrick, a ex-ranger amarela chegou ao seu destino.  Os dedos  de Cole tocaram as suas mãos e se encaixaram como se tivessem sido feitas uma para a outra. 

— Como? — Sussurrou.

—Eu disse que entre nós era mais do que amizade! —Afirmou  aquela voz  firme  da qual ela havia  sentido tanta falta.

Todavia antes que pudessem começar. Animus, na forma de garotinho pipa,  começou:

— Meus caros amigos, estamos aqui hoje para celebrar o amor entre Cole Evans e Taylor Earhardt.  Dois guerreiros que lutaram bravamente para proteger não somente a Terra, mas também nossa querida ilha dos malvados ogros.  Esses dois indivíduos, que compartilharam  alegrias. Tristezas, mas principalmente se consolaram e isso é o verdadeiro sentido do amor. Por isso é uma honra para mim  declará-los marido e mulher. Vamos aos votos.

Sem soltar suas mãos e olhando fundo nos seus olhos, Cole pigarreou antes de começar.

— Taylor, eu cheguei aqui perdido e você me encontrou, quando eu estava triste, você foi a pessoa que me consolou mostrando  a foto do seu esquadrão, me dando esperança no meu momento mais sombrio. Me ensinou a ser mais confiante, e me fez acreditar em mim mesmo novamente quando eu mesmo me lembrava quem eu era. 

Você é minha parceira de luta,confidente, mas acima de tudo é minha melhor amiga com quem eu quero dividir tudo daqui para frente.

Havia chegado sua vez,obviamente a loira não tinha preparado nada,por isso resolveu falar com o coração.

— Cole, meu garoto das selvas. Você diz que eu te encontrei, mas você me salvou, eu era triste, solitária fria, antes de você chegar e com sua gentileza conquistar meu coração.  Ao seu lado eu sou mais leve e uma versão de mim mesma  que me agrada muito mais.  Agora eu sei que tudo bem mostrar minhas fraquezas, pois tenho alguém que as aceita e me ajuda a superá-las sempre. Cole você me mostrou o que é o verdadeiro amor, capaz de mover montanhas. Eu faria qualquer coisa para colocar um sorriso no seu rosto. Porque se você está feliz,eu também estou. Se você fica triste,eu também fico. Somos um só e eu não quero nunca te perder, porque sem você vida não tem mais sentido.

— Muito bem. Cole Evans,você aceita Taylor Earhardt como sua legítima esposa para amá-la e respeitá-la na saúde e na doença até que a morte os separe.

—Aceito!

— Taylor Earhardt. Você aceita Cole Evans como seu legítimo esposo para amá-lo e respeitá-lo até que a morte os separe?

Ela não tinha um pingo de dúvidas.

— Aceito.

— Muito bem,então podem trocar as alianças.

Cole de maneira tímida tirou de seu bolso tirou dois anéis feitos de cipó.

— Você merecia alianças de ouro puro. — Lamentou o ex-ranger vermelho.

— Ei, eu me casaria com você mesmo que as alianças fossem feitas de papel higiênico.

A fala fez o garoto das selvas rir enquanto colocava o anel na mão da noiva e beijava delicadamente seus dedos. Ela fez mesmo.

—Muito bem! Podem se beijar! Exclamou Animus.

Os lábios de Cole eram ainda mais macios do que ela poderia imaginar. Naquele instante Taylor estava leve e sabia que seria feliz. Porém toda essa felicidade desapareceu quando o aplauso de seus companheiros foi substituído pelo toque de seu celular.

Ela abriu os olhos e estava novamente em sua cama. O vestido, a princesa, Cole, tudo havia sido um sonho. Um lindo sonho. Desapontada ela pegou o celular no criado e suspirou ao ver o nome de Daniel piscando na tela.





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Notas finais do capítulo

Ahh, pobre Tay tay, sonhando com o amor perdido.
Até o próximo capítulo
bejos ranger girl



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