Na quietude da manhã, a praia desperta,
Com seus segredos guardados na areia macia,
O mar sussurra histórias de uma era remota,
E a brisa canta uma melodia suave e fria.

Ondas beijam a costa com carinho incessante,
Traçam na areia versos que o vento apaga,
Gaivotas dançam no céu em um balé constante,
Enquanto o sol, tímido, ao horizonte se alarga.

Crianças risonhas moldam castelos temporários,
Sonhos de areia que o mar cedo vai levar,
E os pescadores lançam seus olhares visionários,
Nas águas profundas, na arte de pescar.

O dia se desfaz em um crepúsculo dourado,
Cores vibrantes tingem o firmamento,
E o mar, agora calmo, num azul prateado,
Abraça a noite com suave acolhimento.

Assim é a praia, um poema vivo e eterno,
Onde a natureza escreve sua ode singular,
E cada grão de areia, cada onda no inverno,
Conta uma história de amor ao vasto mar.

As estrelas surgem, como jóias no céu escuro,
Refletindo no mar, um brilho de enigma e paz,
A lua cheia desenha um caminho puro,
Sobre as águas serenas, onde o mistério se faz.

O murmúrio das ondas é um sussurro antigo,
Uma canção de ninar para a noite sem fim,
E os coqueiros, balançando em seu abrigo,
Guardam os sonhos daqueles que vêm até aqui.

Na margem, fogueiras brilham com ardor,
Rodeadas por risos e histórias a contar,
Fantasmas de marinheiros, lendas de amor,
Ecoam na noite, misturando o real com o imaginar.

A praia, agora envolta em um véu de mistério,
É um santuário de paz, de meditação,
Onde o tempo parece parar, sem critério,
E o coração encontra sua mais pura expressão.

Assim se encerra um dia, e começa um novo,
Na eterna dança entre terra e mar,
A praia, testemunha de cada renovo,
Continua a sua poesia a cantar.