Sonic The Hedgehog: Academia Morbius escrita por Alface
Jully: Esse lugar é muito mais fascinante do que eu pensava, são os seus robôs que fazem a limpeza!? — perguntou enquanto via um robô faxinando os corredores
Robotnik: Eles fazem a limpeza geral, menos nos dormitórios, pois isso fica a cargo dos pirralh- eh quer dizer, dos alunos — tossiu
Jully: Está certíssimo! isso é ótimo, quem sabe assim minha filha aprende a ser mais organizada, o quarto dela é uma verdadeira zona lá em casa — comentou
Robotnik: Afinal, onde está a sua filha? Ela não ia vir conhecer o internato com você?
Jully: Inicialmente sim, mas ela não gostou muito da ideia e acabou escapando ontem a noite sem que eu percebesse — respondeu num tom sério
Robotnik: E a senhora não se preocupa? — perguntou curioso
Jully: Não, ela deve ter ido se esconder na casa da amiga denovo, ela vai voltar, caso não volte por conta própria, mando o pai dela ir buscá-la — falou como quem já estava acostumada com a situação
Robotnik: Claro, vejo que a senhora sabe lidar bem com as birras de sua filha, mas não se preocupe, com pouco tempo aqui ela já vai se tornar outra pessoa — riu
Jully: Eu conto com isso senhor, porque eu sei que este internato é o ideal para disciplinar e educar os filhos, principalmente aqueles filhos que precisam de um pulso mais firme
Jully: Minha menina é um doce, mas é muito difícil de lidar sabe — continuou
Robotnik: Como assim? — perguntou
Jully: Bom, ela não tem muitos limites, quer que tudo seja do jeito que ela quer, não aceita um não como resposta e se for preciso, até nos manipula para o que lhe convém — respondeu com os olhos baixos
Robotnik: Nossa, parece um problema — comentou
Jully: Talvez eu não tenha tido esse pulso firme que ela precisava, por isso achamos que o melhor era trazê-la para cá — levantou os olhos
Robotnik: Pode ter certeza, para mim não tem problemas tão grandes que não possam ser reduzidos a pó, aqui nessa instituição, a sua filha vai andar na linha — sorriu
Jully: Espero que sim senhor, amanhã vou trazê-la para fazer a matrícula — deu um leve sorriso esperançoso
Jully passou cerca de meia hora conhecendo as áreas do internato e depois voltou para casa, radiante por tudo que viu, e Robotnik se dirigia de volta para sua sala
—
Orbot: Senhor, temos problemas no quarto 03, o tatu não quer sair — disse nervoso
Robotnik: Tinha me esquecido completamente disso, mandei vocês tirarem ele de lá e mandarem pra outro quarto, é tão difícil fazer algo tão simples? — continuou andando
Orbot: Mas senhor, ele se recusa e não conseguimos força-lo a sair, ele é muito forte — comentou
Robotnik: Porque vocês são tão inúteis? Eu sempre tenho que fazer tudo — seguiu no caminho do quarto 03
—
Mighty: Eu não vou sair daqui, esse quarto aqui é meu — Mighty estava deitado em sua cama, enquanto vários robôs tentavam retirá-lo a força, sem sucesso
Knuckles: Correção, esse quarto é nosso, ou melhor, ERA, porque hoje, ou sai você ou saio eu, já falei com o diretor e ele está de acordo — disse com os braços cruzados
Mighty: O que? sai você então ué, quem tá incomodado é você, eu tô ótimo aqui — continuou imóvel
Knuckles: Não Mighty, você vai sair, não vou mais continuar compartilhando o quarto com alguém que só me causa problemas — disse
Mighty: Eu não vou sair daqui, se quiser que eu saia vai ter que me obrigar, pois como pode ver, eles não podem fazer isso — disse olhando para os robôs que continuavam tentando retirar Mighty da cama, sem sucesso
Knuckles: Humf... — encarou Mighty rangendo os dentes
Orbot: Acalmem-se todos, o diretor está aqui — tentou evitar que uma briga começasse
Robotnik: O que você fez seu tolo? eles iam brigar — sussurrou
Orbot: Mas- — foi empurrado para trás
Robotnik: Então, qual o problema? não estão conseguindo tirar esse fedelho da cama, precisam que eu chame mais dez robôs? incompetentes! — disse olhando para os robôs, que desistiram de tentar puxar Mighty
Mighty: Não adianta, eu não vou sair, não vejo motivos pra trocar de quarto quando esse já me serve bem — se levantou
Robotnik: Garotinho, como posso explicar de uma maneira que você entenda? EU-MANDO-AQUI — falou em pausas
Robotnik: Infelizmente a mãe de uma novata soube das briguinhas de vocês e consentiu que eu deveria fazer essa troca — disse desapontado
Mighty: Ué, mas você não acabou de dizer que VOCÊ que manda aqui? porque a opinião dessa mãe deveria fazer diferença? — debochou rindo
Knuckles: Chega Mighty, porque uma vez na vida você não coopera? — disse cansado
Mighty: Você tá se divertindo né? era isso que você queria mesmo! — respondeu num tom alto
Knuckles: Claro que era, eu que fui pedir, mas isso não tem haver com você, tem haver comigo, é pro meu bem, fico bem melhor longe de você Mighty — se virou
Mighty: Que amigo você é... — olhou com raiva
Knuckles: Amigo? quem te disse que somos amigos? mesmo que isso fosse verdade, você já provou que sua amizade seria como uma facada pelas costas — revidou o olhar
Mighty: .... — olhou para o chão arrependido
Robotnik: Terminaram o showzinho? anda logo rapaz, não tenho tempo pra perder com vocês dois aqui, é só uma troca de quarto, não precisa desse drama todo — fez sinal para que Mighty o seguisse
Mighty: Tá, vou pegar minhas coisas... — foi em direção ao seu guarda-roupa, derrotado
Robotnik: Tem 10 minutos — apontou para o seu relógio
Mighty pegou todas as suas coisas e guardou numa pequena mala, em seguida se dirigiu para fora do quarto, sem olhar para Knuckles
Robotnik: E você, arruma essa bagunça, você não tá na sua casa — disse fechando a porta
Knuckles: Sim senhor... — olhou pensativo para o quarto agora deserto
—
Robotnik: Aqui, esse vai ser o seu quarto, juízo com seu novo colega — jogou as chaves e saiu
Mighty: Humf... — pegou as chaves, abrindo a porta em seguida
Ray: -Ha, quem é você? — disse um gato amarelo, que estava desenhando em sua mesinha quando Mighty abriu a porta
Mighty: Oi, eu sou Mighty, eu vou ficar aqui nesse quarto agora... — respondeu
Ray: Sério? eu não sabia, meu nome é Ray, seja bem vindo — estendeu a mão, sorridente
Mighty: Valeu... — apertou a mão dele, sorrindo de leve
Ray: Você não é novo por aqui, eu já vi sua cara antes, você trocou de quarto? — perguntou curioso
Mighty: Poisé, foi uma surpresa pra mim também, qual dessas é sua cama? — apontou para a beliche
Ray: Ah, é a de baixo, pode ficar com a de cima, mas se quiser a de baixo não tem problema, a gente pode trocar — sorriu
Mighty: Não, não, tá ótimo, chega de trocas pra mim por hoje, eu só quero dormir — deixou a mala no meio do quarto e se jogou na sua nova cama
Ray: Haha, tá bom então, se precisar de alguma coisa, me fala — voltou a desenhar
Mighty: Você desenha é? — olhou lá de cima
Ray: Ah, eu gosto de desenhar pra passar o tempo, nada demais — respondeu modesto
Mighty: deixa eu ver um aí — pediu uma das folhas que ele havia desenhado
Mighty: Nossa — olhou surpreso — Cara, tá muito irado, você fez isso aqui sozinho? — perguntou
Ray: Bom, é né... Não é como se a galera daqui curtisse muito isso de se juntar pra desenhar — respondeu cabisbaixo
Mighty: Ah... — devolveu a folha — bom, deixa eu tentar — pulou da cama e se sentou ao lado de Ray
Ray: Sério? Você quer desenhar comigo? — perguntou empolgado
Mighty: Claro, vamos ver se no fundo eu não sou um Picasso reencarnado — sorriu, estralando os dedos e pegando o lápis em seguida
Ray: Você não quer dizer da Vinci? porque Picasso era mais um escultor do que pintor — riu
Mighty: Da no mesmo — começou a rabiscar — anda, desenha aí também, se você ficar só olhando o meu eu vou errar
Ray: Tá bem haha — sorriu alegre
—
No dia seguinte, Robotnik estava em sua sala, pronto para fazer sua rotineira ligação para conseguir atrair novatos, então sentou em sua cadeira e verificou uma lista em seu caderno com vários contatos em potencial
Robotnik: cadê, cadê... aqui, família Rogues, isso — enquanto discava o número no telefone, bateram na porta, entrando logo em seguida
Orbot: Senhor, temos novat- — foi interrompido
Robotnik: Orbot, quando se bate na porta, você precisa esperar que eu consinta que você abra! — gritou
Orbot: Perdão senhor — voltou, fechando a porta e batendo denovo
Robotnik: Entra logo seu idiota, oque você quer? — pôs a mão no rosto impaciente
Orbot: Temos novatos, e com mala e tudo — disse nervoso
Robotnik: Sim, sim, a filha da senhora Jully não é? chegou cedo, mas tudo bem, deixe-a entrar — guardou o caderno
Orbot: Não é a senhora Jully senhor, é outra pessoa e aparentemente está com dois filhos — apontou para porta
Robotnik: Estranho, não me avisaram nada, infim, deixe-os entrar — abriu um sorriso largo
Orbot: Vocês precisam bater primeiro e depois eu abro — sussurrou encostado na porta
Amélia: O quê? — respondeu num tom abafado do outro lado
Robotnik: ORBOT, ABRE ESSA PORTA — gritou
Orbot: Sim senhor... — abriu, saindo logo em seguida
Entraram na sala uma ouriço rosa, que vestia uma roupa executiva, seus olhos eram azuis e usava uma trança em seu cabelo. Estava acompanhada de dois ouriços mais jovens, uma se parecia com ela, era uma ouriço rosa, de olhos verdes e cabelos médios, que usava uma tiara vermelha em seu cabelo, vestia um vestido preto com detalhes rosa, meias longas e um cinto dourado com um casaco vermelho por cima, enquanto o outro era um ouriço azul, de olhos verdes, que estava usando apenas uma jaqueta preta com detalhes vermelhos, luvas e botas normais
Robotnik: Pois não, ao que devo o prazer dessa visita? Senhora... — estendeu a mão
Amélia: Amélia, muito prazer — apertou a mão dele
Amélia: Eu sou a mãe dessa moça tão linda — pegou nos ombros de sua filha, que se sentou na cadeira na frente da mesa de Robotnik
Amélia: E sou também tutora desse rapaz — O rapaz se sentou na outra cadeira — eles eram alunos da Schoolhouse, foram transferidos para cá — continuou
Robotnik: Ah, são os transferidos... não achei que fossem vir hoje, ainda tem uns trâmites para resolver, mas vejo que já trouxeram até as malas...— observou as malas na porta
Amélia: O senhor não foi avisado que viriamos hoje? Puxa, mas eu pedi para minha filha ligar avisando, até dei o número de telefone, eu sou muito ocupada e não tive tempo de ligar pessoalmente — coçou levemente a cabeça
Robotnik: Bom, como se chama sua filha? — olhou para a moça, que estava emburrada na cadeira em silêncio, enquanto pegava seu caderno de registros
Amélia: ... Desculpe, se chama Amy, não recebeu nenhuma ligação realmente? Família Rose... — perguntou esperançosa
Robotnik: Aqui não tem nada, eu teria anotado — vasculhou em seu caderno
Amélia: Puxa... — olhou feio para a filha
Amy: Rum.. — deu de ombros
Robotnik: Infim, não importa! — jogou o caderno para trás
Robotnik: A matrícula vai ser feita agora mesmo, vamos resolver o que está faltando e já lhe darei seus quartos também — disse com um sorriso confiante
Amélia: Que bom! por um momento fiquei preocupada de não ser possível sem agendamento prévio — pulou alegre, batendo palmas
Robotnik: Claro, não se preocupe... — parou, reparando o rapaz que estava sentado
Robotnik: Porque está sem roupas rapazinho? — perguntou para o ouriço azul
Sonic: Não estou sem roupas, não está vendo a jaqueta? — pegou na gola para mostrar
Robotnik: Aqui na Academia Morbius todos usam vestimenta completa, depois de vocês dois se instalarem trate de vestir uma calça — apontou para ele
Sonic: Calça? mas eu odeio usar calças... — cruzou os braços
Amélia: Desculpe senhor, Sonic não sabia das regras de vestimenta — olhou preocupada
Robotnik: Tudo bem, depois vemos isso, agora o mais importante é fazer a matrícula, vou pedir que a senhora me passe alguns documentos e informações, depois eu vou verificar quais são os quartos disponíveis para esses dois — disse pegando alguns formulários
Amélia: Está perfeito! — disse sorridente
Amy: Eu não quero nenhum quarto pequeno, já vou avisando — disse mexendo em seu celular
Sonic: Posso ficar sem calças no meu quarto? — perguntou
Robotnik: Não, você vai usar calças o tempo todo! — respondeu rangendo os dentes para os dois
Robotnik: Aqui, preencham esses formulários — entregou os papéis
Amélia deu os documentos necessários para a matrícula e os ouriços preencheram os formulários, em seguida precisavam tirar uma foto 3x4
Robotnik: Fique parado — gritou
Sonic: Calma, eu tô me preparando.. — disse enquanto testava várias poses e expressões
Robotnik: Anda logo azulzinho, eu não tenho o dia todo! — gritou
Sonic: Pronto, agora vai.... ATCHI- — espirrou
Robotnik: aaaargh — rosnou impaciente
—
Amy: Eu não gosto de fotos sérias — comentou
Robotnik: É uma foto 3x4 garota, vai ser guardada numa pasta e não enviada para uma agência de modelos — respondeu cansado
Amy: Rum... Meu melhor lado é esse — se virou levemente
Robotnik: É pra ficar de frente menina, é uma foto 3x4! — gritou
Amélia: haha essas crianças — riu desconfortável pela situação
Finalmente depois de ter concluído tudo, Robotnik saiu com a papelada e foi buscar as chaves dos quartos, deixando os ouriços a vontade para conhecer o internato
—
Amélia: Amy, filha, porque você não ligou para o diretor avisando que viriamos hoje? — perguntou
Amy: Mãe, a senhora sabe muito bem que eu não queria estar aqui, não me faça colaborar para algo que eu não concordei — respondeu sem olhar para a mãe
Sonic: Desculpe senhora, se eu soubesse eu teria ligado, mas ela me disse que já tinha feito isso — olhou para Amy com olhar de reprovação
Amy: Sinto muito, o mínimo de oportunidades que eu tivesse para fazer tudo isso dar errado, eu agarraria — cruzou os braços
Amélia: Como se já não bastasse ter sido expulsa e transferida da escola antiga, você não quer nem mesmo que eu te ajude a entrar nessa boa escola? — perguntou chateada
Amy: Mãe, isso não é uma escola, é um internato! São transferidos para cá os alunos problemáticos, você acha que sou problemática por acaso? — perguntou
Amélia: Não é isso querida, mas é um bom lugar, vocês vão se adaptar logo, vão ver — tentou pegar no cabelo da filha
Amy: Eu não vou me adaptar, porque esse não é o tipo de lugar que eu deveria estar, eu não sou uma delinquente — saiu
Sonic: Amy! — chamou — não se preocupe, eu vou atrás dela
Amélia: Não Sonic, deixe-a ir, naverdade com tudo isso não tive tempo de perguntar a você o que está achando da ideia de morar num internato
Sonic: Bom, nós fomos transferidos por minha causa, eu não tenho que achar nada, mas Amy não precisaria estar aqui se não fosse por mim — disse triste
Amélia: Não, vocês dois erraram, não tente defender a Amy, eu sei muito bem o que vocês aprontaram na antiga escola — disse reprovando a conduta dos dois
Sonic: Desculpe, não queria causar problemas pra senhora — olhou para o chão
Amélia: Está tudo bem, vocês são jovens e ainda vão errar muito, e essa foi apenas a consequência de um dos erros, você consegue entender né? é para o bem de vocês — explicou
Sonic: Sim dona Amélia... — sorriu de lado
Amélia: Preciso ir agora, tenho um compromisso e já estou atrasada, já que está tudo resolvido com a matrícula, deixo vocês agora, se precisar de qualquer coisa pode me ligar tudo bem? — abraçou o rapaz
Sonic: Não se preocupe, e eu falo com a Amy — pegou as malas
Amélia: Diga que mandei um beijo e que amo vocês dois, venho visitá-los no fim de semana — se despediu e saiu
Sonic: Até mais! cuidado na volta — acenou
Robotnik: Como assim, a mãe de vocês já foi? — perguntou
Sonic: Ah, o senhor voltou, sim, já foi, tinha um compromisso... ah, e ela não é minha mãe, é minha tutora haha — explicou
Robotnik: Tanto faz, tá aqui sua chave, você vai ficar no quarto 1992 — jogou as chaves
Sonic: Nossa, em qual andar fica isso? — perguntou assustado pela numeração alta
Robotnik: Ah, que eu me lembre fica no penúltimo andar, em algum dos corredores — respondeu desinteressado
Sonic: Ajudou demais, nossa... Sério, você não sabe onde fica um quarto da sua própria instituição? — fez careta
Robotnik: O que você queria? aqui é enorme, não dá pra decorar cada canto, pra isso eu tenho robôs que fazem isso por mim — sorriu, pegando em seu bigode
Sonic: (Que bigode ridículo) — pensou — Tá, e onde eu posso encontrar esses robôs? — perguntou
Robotnik: Procura ué, você quer tudo nas mãos, eu hein — se retirou
Sonic: Aargh — suspirou alto
Sonic seguiu em direção ao elevador, na esperança de encontrar algum robô no caminho pra lá, enquanto isso, alguém estava observando discretamente a chegada desses novos alunos
Shadow: (Transferidos é?) — pensou
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