O Diário da Secretária escrita por Adnoka


Capítulo 6
️05. O sócio minoritário.


Notas iniciais do capítulo

E neste capítulo teremos a nossa participação especial!

Espero que curtam! (leiam as notas finais por favor).

Boa leitura!



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A semana se iniciou comumente igual para todos, o Seungmin não se lembrava como foi para em sua cama, já o Yang sabia exatamente como havia ido parar na cama do Jisung que se encontra nas nuvens por finalmente ter beijado seu crush.

Os modelos voltaram para continuar com as fotos para campanha e ninguém conseguiu arrancar dos dois, o que aconteceu com eles no fim do Happy Hour.

A Yoon decidiu que seguiria como se nada tivesse acontecido entre o Changbin, seus chefinhos e ela e contou apenas para seu diário tudo o que se lembrava e também tudo que estava sentindo e pensando.

[...]

Uma reunião foi solicitada pelo Bang Chan, e estranhamente com todos que estavam no Happy Hour, porém em etapas.

Eles falaram primeiro com o Seungmin, e os modelos.

— Tivemos um insight neste final de semana, e queremos fazer uma campanha na nossa filial em Busan.

Os três olharam sem muito entender e o Minho continuou.

— É que vamos precisar de vocês lá, queremos que o Kim faça um catálogo das nossas joias e queremos fotos em alguns ambientes de lá, inclusive na nossa filial, por isso estamos falando com vocês, pois será necessário se deslocarem.

— Entendi, — O Seungmin disse — vai ser uma boa, em Busan tem lugares lindíssimos, praias, dá para elaborar algo bem legal.

Os CEOs se animaram com a aceitação do fotógrafo.

— Tenho certeza que suas ideias serão incríveis Kim, pensei em levar o Yang também, ele é designer, mas também sabe muito de fotografia, e poderia ajudar.

— De fato Senhor Bang, e seria de muita ajuda, mas ele está trabalhando muito em seu projeto para finalização do seu tempo de treine, não sei se seria uma boa tirá-lo de seu foco.

— É desse projeto que depende a contratação efetiva dele, não é?

— Isso mesmo Senhor Lee.

— Certo, falaremos com ele.

— E quanto a vocês dois? Tudo bem viajar pela empresa? Como são os rostos contratados da nossa marca, vocês praticamente serão essenciais em todo o trabalho de divulgação que fizermos.

— O Bang tem razão, e não se preocupem, tudo será custeado pela empresa, viagens, acomodações, alimentação, e o que precisarem, claro se estiver dentro da normalidade contratual, será dado a vocês.

— Por mim tudo perfeito, senhores, só me digam quando, e estarei pronto.

— Faço minhas as palavras do Lee, estou à disposição de vocês.

Tanto o Bang quanto o Lee Minho notaram uma seriedade nos dois, mas nada comentaram, apesar de o Minho estar se coçando para perguntar se eles ficaram na sexta, ali não era hora nem lugar para isso, então ele se segurou.

— Ótimo, então meus queridos, arrumaremos tudo e a Yoonah enviará os e-mails e memorandos a vocês comunicando data e hora de nossa viagem.

Por enquanto estava tudo indo bem.

[...]

— Mas senhores, — o Yang parecia desesperado — tenho um projeto em andamento e...

— Se acalme Yang, nós sabemos do projeto, você o continuará, fique tranquilo, mas falamos com o reitor da sua universidade e o coordenador do seu curso e iremos contratá-lo oficialmente agora mesmo, você continuará com seu horário e projeto até o fim do semestre, mas já com os benefícios de um cargo efetivo, e seu projeto servirá apenas para a conclusão do seu curso, então continue se empenhando igual okay?

O queixo do jovem estava no chão, mas ele estava tão feliz que mal se cabia em si.

— Vamos ficar pouco tempo em Busan e pedimos a sua liberação no curso, você não terá faltas, pois estará em campo, será bom para você pequeno Yang, e será tudo por conta da empresa, então não se preocupe com custos.

— Senhor Bang, Senhor Lee, eu nem sei como agradecer por essa oportunidade.

— Agradeça-nos com o seu melhor trabalho, auxilie o Kim, e aproveite para estudar um pouco sobre as joias e como gostamos de trabalhar com elas.

— Farei isso senhores, muito obrigada mais uma vez.

Faltava apenas um dos amigos da secretária agora.

[...]

— Entendo, e acredito mesmo que vai ser uma campanha incrível, mas sou um contador senhores, em que eu poderia os ajudar nessa viagem?

— Exatamente por ser contador que precisamos de você, Jisung, quero que você acompanhe de perto os fluxos de caixa, entradas e saídas da nossa filial.

O Lee falou e o Jisung prestava atenção.

— Estamos desconfiando de um caixa dois muito mais minucioso do que algo que você pegaria daqui. — O Bang falou mais sério do que o costume, e o Han entendeu a gravidade do problema. — E se isso for constatado por você faremos uma mudança no quadro gerencial da filial de Busan.

— Certo, tudo bem então, me digam quando iremos e se houver um caixa dois eu pegarei.

— Temos certeza que sim, Jisung você é excelente no que faz.

— Obrigado, senhores.

— A Yoonah te passará certinho data e hora da viagem, e não se preocupe com as custas okay? Será tudo por conta da empresa.

— Certo, vocês são CEOs incríveis, eu já sabia que não haveria com o que me preocupar.

— Então estamos acertados.

Todos já estavam no esquema que eles prepararam, então faltava apenas a principal, o real motivo dessa comoção toda a Busan.

[...]

 

Tudo foi arrumado com minúcia pelo Changbin e quando eles informaram suas intenções para a Arya, puderam sentir o alívio vindo da secretária deles, eles só não poderiam revelar a ela que sabiam seus motivos.

— Mas os senhores precisam que eu também vá? E quem ficará aqui para cuidar das coisas?

— Já falei com o Cha Eun-woo ele assumirá enquanto estivermos fora.

Aquele nome fez a secretária gelar.

— Mas ele não está em Londres?

— Na verdade, voltei ontem. — O citado falou entrando na sala e a Arya se sentiu enfraquecer. — Olá, minha doce Yoonah, sentiu minha falta?

A careta do Minho era aparente e o Bang Chan se sentia como ele apesar de não demonstrar.

— E aí meus queridos, então vão todos trabalhar em Busan?

— Sim, Eun-woo e você cuidará das coisas aqui enquanto estivermos fora.

— Podem ficar tranquilos, manterei vocês diariamente atualizados assim como faço de Londres.

— Perfeito, vamos te passar tudo, pois viajaremos amanhã.

— Está bem vamos lá.

— Com licença, senhores.

A Arya ia saindo da sala.

— Vamos beber juntos depois, Arya? Eu realmente senti sua falta.

Ela apenas riu sem graça e acenou saindo de lá o mais rápido que pôde, e assim que saiu do ponto de visão da sala do Bang foi correndo direto para o banheiro.

— E agora mais essa? Trouxeram minha paixão antiga de volta.

Ela se olhava no espelho para ver se estava bonita.

[...]

Quando o fim do dia chegou, tudo já havia sido passado para o Cha Eun-woo saiu da sala dos CEOs e foi diretamente para a mesa da secretária.

— Achei que seríamos só você e eu aqui nos próximos dias, mas soube que você também vai nessa viagem. — Ele a encarava intensamente e ela mal sabia como se sentir. — Vamos jantar? Queria muito conversar com você antes da sua viagem.

— Pode ser Eun-woo, mas não posso demorar, preciso arrumar minhas coisas.

— Tudo bem, eu te levo em casa depois.

— Então vamos de uma vez.

O Minho teve que ser segurado pelo Changbin quando o Eun-woo pousou sua mão nas costas da Arya.

— Péssima ideia ter trazido esse...

— Esse o que Minho? Ele sempre foi nosso amigo, também esqueceu?

— Esse lindo! Cara ele tá ainda mais bonito, como pode?

Os outros dois riram da cara dele.

— Será que era dele que ela falava no diário, — O Changbin falou pensativo. — Era por ele que ela estava apaixonada?

— Será Binnie? Olha aí, o que eu disse? Essa foi uma péssima ideia...

— Lino se acalma, criatura, amanhã ela não estará mais perto dele. — O Bang Chan falou mais sério. — Mas se querem saber, aposto que era sobre ele sim, aquela declaração.

— E agora eles saíram juntos, se não me engano eles vão jantar.

— Não podemos fazer nada, deixem que eles conversem, o cara estava em Londres esse último ano todo, eles não devem ter emplacado um romance.

— Não sei não... o Eun-woo a olhou de um jeito... — O Minho tinha sua mente fervilhando. — Parecia estar com saudade do toque dela.

— Minho, suas teorias da conspiração não estão ajudando em nada, se você continuar, eu vou atrás deles e a tiro de perto dele agora, então por favor, apenas pare.

— Não, vamos lá! Nós três contra um amor antigo? Já ganhamos!

— Parem os dois, vão para a casa e se aprontem para amanhã, eu os pegarei bem cedo, estejam prontos.

O Changbin saiu de lá batendo o pé.

— Dos três acho que ele é o que mais quer ir arrancar ela das garras do Eun-woo. — O Minho disse assustado pela reação do amigo. — Fiquei com medo, tenho dó do Eun-woo caso o Binnie queira ir tirar a Yoonah das mãos dele.

— É, eu também Minho, agora vamos sair daqui, viajaremos amanhã e o motivo principal dessa viagem irá precisar de nós inteiros aos seu lado.

[...]

No Jantar.

 

O Eun-woo a levou a um restaurante que eles tinham o costume de ir no passado, desencadeando nela todo o tipo de sentimento e libertando as lembranças que ela tinha daquela época.

— Sente-se Yoonah — Ele puxou a cadeira para ela e ela se sentou agradecendo.

— Vamos pedir? Conversamos melhor enquanto esperamos.

— Tudo bem, pode ser.

Eles fizeram o pedido, ele disse a ela para pedir o que quisesse e assim ela o fez.

— Por onde podemos começar? — Ele a olhava com um lindo sorriso nos lábios o que a desconcertou um pouco. — Me conte, como você está?

Ela o olhava incrédula, não dava para acreditar que ele ia agir tão normalmente assim.

— Na verdade, eu estou muito bem, trabalho muito, tenho minha vida, mas acho que não tenho nada de muito novo para te contar Eun-woo.

— Ah, jura? Soube que você ficou com o Jisung algumas vezes...

— Mas como? — ela arregalou os olhos — Como soube disso?

— Eu sempre sei tudo sobre você, Yoonah.

— Esquisito demais Eun-woo, mas tirando sua estranheza, como você está?

— Estou bem, trabalhando muito, deixando tudo em Londres na mais perfeita ordem, mas nada de mais aconteceu na minha vida nesse último ano.

— Duvido... — Ela o olhou semicerrando os olhinhos, mal sabia ela que ele amava ver ela fazer aquilo.

— Essa carinha... que saudades que eu estava em poder te ver de pertinho, — Ele sorria ainda mais. — Mas acredite, nada de diferente do que se acontece na vida de um sócio minoritário que quer fazer seu nome.

— Entendo, com você sempre foi o trabalho em primeiro.

E aí estava exposto o elefante branco daqueles dois.

— Como se com você fosse diferente, não é?

Ambos sorriam, apesar de tudo era bom para ambos estarem se falando de novo.

— É, acho que é isso... somos muito parecidos.

Um silêncio palpável se instalou entre eles e por sorte os pedidos chegaram, depois que o garçom se retirou o Eun-woo resolveu colocar de vez as cartas na mesa.

— Preciso que me escute Yoonah, você não precisa me perdoar, mas preciso que me ouça.

Ela arregalou os olhos, aquilo realmente estava acontecendo, ela sentia seu corpo inteiro tremer, ela nunca imaginou que eles teriam essa conversa.

— Irei te ouvir.

Foi só o que ela disse.

— Certo, quando a proposta para ir para Londres veio até mim, eu conheci o dono da empresa, até então eu não fazia ideia de quem ele era, mas ali naquele momento eu soube que precisava fazer aquilo, foi na mesma época que me tornei sócio minoritário da SBL JOIAS, foi uma garantia que ele me deu por estar o ajudando a tornar o sonho dele e de seu pai internacional, afinal a filial de Londres foi a nossa primeira fora da Coreia.

Ela o ouvia e estava o entendendo, mas estava nitidamente curiosa sobre aonde aquele papo os levaria e ele prosseguiu.

— Eu estava apaixonado por você, mas mal poderia te dar um futuro confortável, então resolvi ir construir um futuro, onde talvez você me aceitasse e vivesse comigo nele, por isso eu fui, sei que pode ter parecido covardia eu ter ido sem explicar nada a você, mas eu não podia fazer isso sabe? — Ele a olhava suplicante, mas ela seguia sem reação alguma. — Eu não queria que você se sentisse presa a mim, e sei que se eu falasse algo para você, você me esperaria esse tempo todo, e eu achei mesmo isso muito injusto, e se não desse certo? Ou se no meio do caminho um de nós arrumasse outro amor? Isso nos magoaria muito e eu não iria suportar, caso, fosse eu a magoar você.

Ele parou esperando que ela entendesse seus motivos.

— É Eun-woo, você sempre pensa nas variantes e calcula os riscos como os chefinhos dizem.

Ela os chamar de chefinhos causou uma estranheza nele.

— Você está gostando de algum deles, Yoonah?

Aquela pergunta a pegou de surpresa, a fez lembrar dos beijos que embriagada trocou com eles, mas ela logo voltou a si.

— Tá maluco Nunu? — Ela sorriu, e ele se derreteu um pouco mais por ela, ele simplesmente amava quando ela o chamava assim. — Ou está querendo virar o assunto para o meu lado?

— Não Yoonah, é só que pareceu que... bom, deixa para lá, — Ele colocou sua mão sobre a dela a alisando com carinho com o seu polegar, ela até pensou em tirar a mão, mas acabou desistindo. — Errei Yoon, e eu sei que mesmo calculando tudo como disse, eu deveria ter feito diferente para melhorar os resultados, mas não fiz, e isso me matou por todo esse último ano que estive longe, acredite em mim.

Ela acabou decidindo ali retirar sua mão dos afagos dele, a puxando de leve, mas sem deixar de sorrir.

— Se arrependeu? Mas ficou sem sequer me mandar um e-mail que fosse por todo esse tempo, não quis me ligar ou mandar mensagens de texto... Nada... — Ela seguiu concentrada, estava cortando sua carne em seu prato. — Talvez Nunu, tenha sido melhor assim.

Aquilo bateu forte no coração do Cha, e ele entendeu que seria difícil eles retomarem sua história, mas dessa vez tentaria algo diferente... Dessa vez ele tentaria de fato.

— Se você puder me dar uma chance, Yoonah, eu gostaria de fazer diferente dessa vez, tentar pelo menos... isso seria bom para os dois não acha?

— Sendo sincera? — Ela falou parando o que estava fazendo e o encarando nos olhos.

— Sim, por favor.

— Não sei se mudaria muita coisa não, mas podemos ser amigos como antes, se quiser, é claro.

— Mas foi da nossa amizade que surgiu o que sentimos um pelo outro.

— E tudo não passou de sentimentos Nunu, não sei como foi para você, mas comigo doeu quando você se foi, doeu muito por que eu pensava que nossa relação estava indo para algum lugar e quando vi eu estava só e sem nenhuma explicação.

— Me perdoe... para mim doeu também, pois tive que escolher, e deixar para trás o meu amor não foi fácil.

— Eu não duvido Nunu, juro que acredito em você, mas um ano se passou, mudamos, e acredito que a amizade para nós será a escolha menos nociva para ambos.

A Arya tinha razão, o Eun-woo sabia disso, mas ele ainda queria algo, e quando fosse levá-la em casa ele pediria isso a ela.

[...]

Enquanto eles conversavam, em uma mesa estrategicamente escondida e muito bem posicionada, o Changbin os ouvia e pelo reflexo de um enorme espelho também podia os ver.

Changbin POV:

Então era mesmo dele a quem ela se referia, minha Yoonah, sofreu tanto quando ele se foi... sofreu e tudo por... droga!

Caramba, o lance entre eles foi mais intenso do que imaginei, aposto que se os outros dois estivessem aqui já teriam ido lá fazer alguma coisa para afastá-los, o engraçado é que pelo que ouço ela sofreu exatamente como ela imaginou que seria, e como escreveu em seu diário.

 

O Diário da Secretária:

 

“Eu realmente estou apaixonada.

Não deveria? Não deveria...

Eu vou acabar sofrendo? Acho que sim...

Mas o tanto que me pego pensando se o beijo dele é bom, se estar em seus braços é perfeito como imagino...

Não devo me apegar a essas ideias, mas quando vejo já estou perdida em meus devaneios com “ele”...”

 

Gostar de algum deles é tão ruim assim Yoonah? Seria mesmo uma loucura para você? Ou é porque você gosta mesmo é de mim?

Não, não deve ser isso...

Mas o quê? Por que ele está segurando na mão dela?

E a alisando com carinho? Aaaah Eun-woo por que isso agora cara?

Minha Yoonah é firme, gostei de ver, então se ela tiver que fazer uma escolha ela será firme e sensata.

Eles estão indo embora... e ele vai levá-la... acho que paro por aqui...

Ou posso ver o que acontecerá quando eles chegarem no apartamento dela e aí, sim, ir embora.

Está decidido, é isso que farei.

 

[...]

 

No carro do Eun-woo eles ouviram “As long as you love me” dos Backstreet Boys, eles adoravam aquela música e viviam cantando juntos e daquela vez não foi diferente.

“Who you are... (who you are)

Where you’re from... (where you’re from)

What you did.

As long as you love me…”

Aqueles simples versos pegaram os dois desprevenidos, e quando ele chegou no prédio da Yoonah ele desceu para abrir a porta para ela.

— Não precisa disso, Nunu...

— Precisa, sim, vou te levar em sua porta.

— Mas não...

— Eu preciso disso, Yoonah...

Ele pegou na mão dela e eles subiram rindo, e o Changbin que os seguia estremeceu com o que ele entendeu que o Cha Eun-woo faria, mas não podia fazer nada, então ele esperou.

— Bom, estou entregue, — ela sorriu para ele — Obrigada pela noite Nunu, pelos esclarecimentos e pelo pedido de desculpas, saiba que não há mais nada a ser perdoado aqui, eu o entendi e fico grata por você também ter me entendido.

— Sabe Yoonah?

— O quê?

— Enquanto cantávamos Backstreet Boys no carro, eu pensei no quanto aquela música poderia ser a nossa, “não importa quem você seja, de onde veio ou o que fez, enquanto você me amar... eu não ligarei...”

Ele recitou o trecho da música, e foi se aproximando da Arya.

— Eun-woo... não acho que...

Ele levou o indicador aos lábios dela, a fazendo parar de falar.

— Mesmo que seja apenas esse beijo, me deixe beijá-la, Yoonah, só um beijo e eu vou embora, não quero passar o resto da minha vida sem saber como é poder sentir os seus lábios.

Ela não conseguia mais pensar e acabou cedendo, ela retirou o indicador dele de seus lábios e se aproximou um pouco mais.

— Apenas um beijo Nunu, e você vai embora.

— Está bem.

Ele levou sua mão para a nuca da Arya e a trouxe para mais perto de si, e quando não havia mais espaço entre eles, ele selou seus lábios aos dela enquanto com sua outra mão apertava a cintura da Arya contra seu corpo.

O Beijo ia tomando forma, e as línguas não tardaram em se encontrar dançando juntas em algo que parecia ser a canção certa para aquele fim de noite.

As mãos dela se cruzaram sobre os ombros largos do Eun-woo e ela as repousou sobre o pescoço dele, a pele ali estava quente e ela amou a sensação que sentiu.

Muitas coisas passaram pela cabeça de ambos.

Teria dado certo antes?

Poderia dar certo agora?

Tento entrar no apartamento dela? — Ele pensava.

Deixo ele passar a noite comigo? — Ela pensava.

E quando seus lábios já queimavam pelo toque tão intenso que trocavam e os estalos de suas línguas os levavam a gemidos ali mesmo no corredor onde estavam o ar enfim os faltou, o que para ambos foi um sinal de que aquilo chegaria ao fim e então a Arya colou sua testa a do Eun-woo e disse suspirante.

— É melhor você ir Nunu...

Aquilo devastou a ambos, de diversas formas.

— Tem certeza? Não posso mesmo entrar Yoonah?

— É melhor não... melhor pararmos por aqui.

Eles se afastaram lentamente, mas não sem que o Eun-woo desse um último selinho na Arya e enquanto o fazia deu mais um longo aperto em sua cintura, o que quase a fez desistir de ser prudente e o deixando entrar de uma vez em seu apartamento.

— Se é assim, boa viagem amanhã Yoona. — Ele disse mais pesaroso do que quis soar, e beijou a mão dela em um gesto lento, como se não quisesse deixá-la. — Se cuide, promete?

— Prometo, sim, e se cuide também, já, já tudo voltará ao normal para você.

A verdade é que o Eun-woo não queria voltar a uma realidade onde não tinha os beijos dela.

— Vou me cuidar também.

Ela foi até ele e deixou um selar em sua bochecha.

— Boa noite, Nunu.

— Boa noite, Yoonah.

Ela entrou e foi tomar um banho, e antes de começar a arrumar suas coisas ela pegou seu diário que havia trazido consigo para casa e escreveu em suas páginas...

 

O Diário da Secretária:

 

“Hoje, enfim eu beijei “ele”, depois de tanto tempo...

E sim, seu beijo era exatamente como eu sonhava, seu toque, seu cheiro.

Ele é um sonho de tão bom, juro...

Eu nunca imaginei que isso aconteceria, estou em um mix de euforia e tristeza... Sim tristeza...

Pois não se engane querido diário.

Nós não ficaremos juntos, já está decidido...”

 

“Talvez tenha sido uma decisão errada, talvez eu devesse tentar com o Nunu, mas com meu pai do jeito que está, romance é a única coisa que se passa em minha mente agora.

Amanhã eu irei para Busan com a equipe da SBL, um milagre, nem precisei falar com os chefinhos sobre me afastar.

Espero conseguir tirar um tempo para ver meu abeoji!”

[...]

Pelo tempo que o Cha Eun-woo havia demorado lá em cima o Changbin temia que ele fosse passar a noite com ela, ele nada poderia fazer se isso ocorresse de fato, e teria que ir embora sabendo que sua Yoonah estava nos braços de outro, mas quando ele viu o Eun-woo aos prantos saindo do prédio dela ele entendeu o que poderia ter ocorrido, e agora se sentia triste pelo seu amigo, mas aliviado por saber que ele ainda teria uma chance.

— Me perdoe Eun-woo, mas eu sei que você vai encontrar um amor perfeito para você em breve.

O Cha Eun-woo entrou em seu carro e partiu sem sequer notar a presença de seu amigo por perto, e o Changbin remoeu dentro de si por mil vezes se deveria subir e ver como a Arya estava, mas decidiu não fazer nada, ela gostava do Eun-woo e precisará desse tempo sozinha.

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Notas finais do capítulo

Insight:

/'ɪnsajt/
substantivo masculino
1.
clareza súbita na mente, no intelecto de um indivíduo; iluminação, estalo, luz.


Tem mais definições mas a que se encaixa no contexto deste capítulo é essa.

아버지 - "Abeoji" - É pai em coreano.

O que acharam do "rolo" entre a Arya e o Eun-woo?

Muito provavelmente acabou mesmo por aí tá... a não ser que minha mente vagueie um pouco mais. (cenas dos próximos capítulos).

E sim, o Changbin espionou tudo, nessa Fic. ele é assim, é quase que instinto dele.

E os chefinhos da Arya arrumaram tudinho para poder ir com ela até Busan, no próximo capítulo veremos o que vai rolar por lá.

Será que os modelos ficaram juntos? Que mistério né?

Bom, é isso! Vejo vocês na próxima att.

Não esqueçam de me ajudar com o engajamento da Fic, não apenas nessa mas em todas que forem ler.

E também não só nas minhas, engajem bastante em todas as obras que lerem, isso ajuda muito e incentiva demais o escritor.

Obrigada por ler "O Diário da Secretária"

Beijoka da Adnoka!



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