Feriado do trabalhador, tarde quente, um sol pra cada um e Ubaldo no lugar de organizar suas ideias com algo que presta, resolve mais um dia conversar no mural da faculdade. 

Por um breve momento achei que Ubaldo finalmente tivesse iniciado algo interessante.. não! Ubaldo volta a divulgar sozinho no mural da faculdade assuntos soltos, chatos, olhares e opiniões que ele poderia colocar no seu diário. Sabe aqueles diários com cadeado? Então, Ubaldo poderia comprar um diário e colocar todas as baboseiras que pensa no seu diário particular "Meu querido diário!". 

Pleno feriado e Ubaldo segue firme e forte nas suas chatices. O mural da faculdade possui cinco linhas de atualizações e infelizmente Ubaldo ocupa várias dessas linhas com suas cagadas digitadas.

Querida caixa de sapatos, eu sei que cada ser é único e precisa de acolhimento. Eu tento entender as deficiências e vazios que Ubaldo demonstra, mas tenho que admitir que Ubaldo tá cada dia mais insuportável. Eu desejo que um dia Ubaldo foque em alguma coisa realmente útil que tenha início, meio e fim. Que finalmente Ubaldo entenda que o mural da faculdade não é sala de terapia, entenda que quem frequenta a faculdade não tem e não quer saber da vida e da opinião de bosta dele. Ubaldo não cria nada de original. Ubaldo fica batendo na mesma tecla, falando nada com nada todos os dias, todos os dias.

Talvez Ubaldo sinta tesão em divulgar suas baboseiras e inutilidades. Velha e amassada caixa de sapatos, segue mais um bilhete cheio de baboseiras.