Um Pequeno Amor escrita por Natita


Capítulo 1
Capítulo 1 - Uma mensagem




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Seis da manhã de uma quinta-feira.

Pietro Eduardo acorda com o som do despertador no lado da cabeceira á direita. Desliga-o meio sonolento e senta na cama, coçando os olhos. Nunca teve dificuldade para dormir, mas naquela noite tinha que concordar que não foi uma das suas preferidas. Levantou e foi ao banheiro. Ligou o chuveiro e começou a despir seu pijama, encarou seu reflexo no espelho. Era bonito e de boa aparência, cabelos ondulados castanho-escuro e olhos marrons esverdeados. Uma pequena barba crespa no queixo o deixou atordoado.

'' Preciso me barbear.'' pensou ele entrando no chuveiro.

Esfregou-se e enxaguou-se. Mais um dia normal o esperava. Puxou a toalha e começou a se secar. Saiu do box e foi em frente á pia; pegou o creme de barbear e o barbeador. Passou um pouco do creme do queixo para baixo e apanhou o barbeador. Pietro não gostava de deixar a barba crescer, em seu ponto de vista, parecia que ele ficava mais velho do que era. 

Depois de já barbeado e com a toalha enrolada no corpo, saiu do banheiro e abriu o armário pegando suas roupas. Terno cinza, meias brancas, camisa branca e sapatos pretos. Pietro era um cara simplório e modesto, o que já deu para perceber. Já vestido e colocando o relógio no pulso, saiu do quarto. 

Desceu as escadas de mármore branco e foi em direção a cozinha. Elias e Marisa, dois de seus empregados, estavam arrumando a mesa para o café da manhã que continha ovos fritos, pães franceses frescos, suco de laranja, manteiga, geleia de morango e torradas. 

— Bom dia, patrão. Dormiu bem? - Elias cumprimentou Pietro assim que entrou na cozinha. O rapaz era alto e magricelo, tinha cabelos pretos espetados e olhos claros em um rosto simples e simpático.

— Podia ter dormido melhor. - Pietro respondeu ao empregado, sentando-se á mesa. - Mas mesmo assim, bem. Obrigado, Elias. 

Se serviu um pouco de suco de laranja e virou para Marisa, que era ruiva e branquela. Um lenço na cabeça com cabelos crespos e olhos azuis-claros.

— Alguma novidade, Marisa?

— Ah, não senhor. - respondeu ela parecendo animada. - Mas tem uma mensagem em sua pasta de mensagens.

— Hum... é mesmo? - perguntou ele surpreso, não era muito normal ter uma mensagem aquela hora em sua pasta. - E de quem é? De Rafael? Ou de algum outro colega meu?

— Nem um, nem outro, senhor. - respondeu Marisa simplesmente. - É de sua filha, Helena.

Pietro quase engasgou-se com o suco que estava tomando. Virou-se para a empregada com os olhos arregalados.

— Helena...? Minha filha...? - disse ele quase não acreditando no que estava ouvindo. - Como? Quando? 

— Ontem perto das oitos horas da noite, senhor. - Marisa explicou, calmamente. - Ela mandou a mensagem pelo número da mãe. Enquanto o senhor estava em uma reunião e não queria ser incomodado. 

— Pelo número da mãe... ás oito horas... - Pietro estava pasmo. Havia muito tempo que não recebia uma mensagem de sua filha ou esposa. Pensou até mesmo de que a menina não gostava dele e nunca queria vê-lo novamente. Ficou mais admirado, quando percebeu que Angelina deixou que Helena mandasse uma mensagem á ele. 

— Vou ver essa mensagem depois. - disse por fim para Elias e Marisa. - Estarei ocupado está manhã. 

Levantou-se e saiu da cozinha. 

Marisa acompanhou o patrão com os olhos até ele desaparecer subindo as escadas.

— Talvez eu devesse ter dito em uma outra hora que a filha dele mandou uma mensagem, não? - Marisa disse á Elias e pegou uma torrada e deu uma mordida.

— Talvez... - Elias respondeu pensativo apoiando-se em umas das cadeiras da mesa. - Mas uma hora ou outra ele tinha que saber... 

— De fato.

— Mas não entendo... por que Pietro ficou daquele jeito quando você disse que Helena mandou uma mensagem? 

— Ah... - Marisa apanhou mais uma torrada e pegou o pote de manteiga. - Ele tem um pequeno problema com a filha e a esposa. Antes de Angelina se mudar para a casa  da mãe, os dois tiveram uma feia briga e a menina presenciou todo o episódio. Tinha que ver, nunca vi uma criança chorar tanto. E o que deixa a coisa mais difícil é que Pietro se sente culpado pelo sofrimento que sua filha passou junto com a esposa.

— Pobre coitado. - lamentou Elias.

— Pois é. - disse a moça dando mais uma mordida na torrada. - Ele não gosta de falar sobre isso e sempre se questiona se as duas ainda gostam dele.

— Você ainda vai continuar comendo essas torradas?

— É um desperdício de comida. 

Enquanto os dois conversavam na cozinha, Pietro estava mais uma vez em seu quarto, pegando a maleta de trabalho e o celular. Ainda com o seguinte pensamento na cabeça: ''Minha filha me mandou uma mensagem''.

E que mensagem... 

 


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