Delírios do rei tirano escrita por Madoro to Amesu


Capítulo 1
(I)moral


Notas iniciais do capítulo

“Como assim, tia Madoro? A senhorita trouxe Shakespeare para nós?”
Pois sim, meu caro leitor! Apesar disso, não tema, pois para a sua sorte careço do eruditismo do grande William Shakespeare… T . T
Sendo assim, o modesto soneto a seguir foi redigido em uma linguagem acessível, não possuindo também qualquer resquício de Spoilers.

Então, sem mais delongas, boa leitura!



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Pergunto-te, sincero amigo meu

Donde quer que estejas a repousar

Tua jovem alma, enfim, aquiesceu

Dos males que o consegui libertar?

 

Sortudo o és por do Elíseos observar

Enquanto a mim só amargor restou

De ter sua alma a me atormentar

Por todo sangue que se derramou.

 

Entretanto, necessário se fez.

“Legítimo herdeiro”, não permitirei

Que retire a alegria do escocês

Deflagrando o terror que silenciei.

 

Ó, Bruxas, entendo a minha missão:

Findar deste mundo a perversão!

 

~*~

 

I ask thou, sincere and best friend of mine

Wherever your young soul is resting from

Have you finally acquiesced and shined

Away from the great evils that will come?

 

Lucky you are from the Elysées to see

Only bitterness remains on my head 

To have your soul constantly torment me

For all the blood that has yet to be shed.

 

However, very necessary it was.

For the "rightful heir," I won't allow

To invalidate my actions and laws.

No, my beloved Scotland, I will never bow.

 

Yes, only now I came to understand:

Perversion shall shatter with my own hands!


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Notas finais do capítulo

Se tiveres o olhar atento, talvez tenha chegado a pensar que esse soneto possui uma formatação peculiar. Bem, você está certíssimo!
O soneto shakespeariano, apesar de seguir a regra dos 14 versos dos sonetos tradicionais, costuma ser redigido em decassílabos (basicamente, são contadas 10 sílabas tônicas em cada verso. Sinta-se à vontade para verificar depois se assim o quiser), posteriormente distribuídos em 3 quartetos (estrofes compostas por 4 versos) e 1 dístico (estrofes compostas por 2 versos).
Quanto à temática, podemos dizer que a essência da tragédia de Macbeth gira em torno das vicissitudes humanas, pois até o mais nobre dos corações não está imune de ser seduzido pelos prazeres do mundano. Afinal de contas, a semente da maldade é inerente em qualquer ser humano, bastando tão somente um pequeno estímulo para regá-la e verás teu coração corrompido por completo.
Em diversos momentos da trama, Macbeth entra em conflito consigo mesmo devido a todas as atrocidades que cometera tão somente para atingir seus fins e/ou evitar que viesse a ser destronado, sem se dar conta, porém, de que o maior responsável por sua ruína foi ele mesmo. Os fantasmas de seu passado constantemente o atormentavam e pouco a pouco ele foi enlouquecendo, perdendo-se nesse doce canto da sereia que lentamente o transformou em um vil e impiedoso tirano.
“Mas o que ele fez de tão ruim assim, tia Madoro?” - Boa pergunta, meu caro leitor! E não há melhor forma de descobrir se não lendo a obra original!
Sou suspeita para falar, já que estou completamente apaixonada pelo livro, haha
Mas ainda assim, posso garanti-lo que vale muito à pena a leitura. Os ganhos vocabulares, culturais e morais são inestimáveis.

Enfim, obrigada por ter lido até aqui.
Kissus e até a próxima! ❤️



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