The Last Werewolf escrita por Thiago_A


Capítulo 5
V. Hidden secrets in a diary


Notas iniciais do capítulo

NO ÚLTIMO CAPÍTULO:
Abro a porta da minha casa, minha mãe nem pai estavam lá. Que alívio. Se eles soubessem que eu fugi do colégio eu estou ferrado. Eles devem estar trabalhando.
Tomei banho e troquei de roupa.
Fiquei pensando na Katie. “Eu vou ou não vou procurá-la?” – pensava. Pergunta difícil.
Decidi que sim. Arrumei uma bolsa com água, comida, lanterna e bacana para acampar. Sai de casa e atravessei a rua ficando na mata, que tinha em frente a minha casa.
“Com certeza ela está enfiada nesta mata” pensei.
Enfiei-me mata adentro. Agora ninguém (nem menos eu) sabia onde eu iria parar!



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A mata estava densa, os galhos estavam atrapalhando a procura pela Katie. Não se via mais nada a não ser troncos e galhos secos e folhas amareladas caídas no chão. Era outono, motivo pela qual da pra justificar as folhas amareladas caídas por todo o caminho percorrido. Nada de flores, nada de folhas nos galhor. Era como se tudo estivesse morto...

 

Eu tentava afastar os galhos que arranhavam a minha cabeça . Apesar de não doer muito, irritava muito, e ardia as vezes. Nada muito preocupante. Mas eu tentava arracá-los de qualquer jeito.

 

Senti algo no meu corpo, como se ele estivesse mudando de lugar ou de forma. Coisas indecrítiveis da adolenscência. E mais um motivo para a minha lista de "Coisas estranhas que aconteceram na vida de um adolescente. Como se os ossos estivessem se ajustando novamente, mas não doía como na primeira vez.

 

Andei ,andei nenhum sinal de pegadas ou qualquer coisa que deixasse parecer que elas estivesse passado por lá. Nada.

 

Já estava me cansando. Eu estava andando muito. Continuei andando sem perder a esperança. O meu corpo me incomodava as vezes. Eu estava literalmente cansado, mas não ia deixar a Katie perdida na mata. Apesar de eu não saber nem se ela está realmente na mata.

 

O sol começara a ser pôr. Luz ofuscante tocava pulpilas, fanzendo-as se contrairem diante de daquela luz tão forte. Eu caminhava tranquilamente, até que achei uma mochila. A mesma que a Katie usava na noite do cinema. Ela podeira estar por perto, nenhuma pegada ou vestígio, só a mochila rosa choque.

 

Eu a abri, havia um celular. O peguei mostrava 92 chamadas não atendidas, todas de sua mãe. Olhava com cuidado. Remexi mais a bolsa e encontrei um caderninho. O abri havia escrito: Diário da Katie Muschesf. Ela, a menina que me apaixonei. Começei a folheá-lo muitas páginas escritas. A última relatava:

 

" 15, de fevereiro. 15:30"

 

"Hoje, na verdade amanhã, é aniversário do meu namorado. Vou lhe cobrir de beijos e abraços!"

 

"Sua mãe está organizando uma festa surpresa para ele, e eu não posso perder. Tenho que estar bem produziada apesar de a festa ser de manhã, assim que ele acordar. Mas vale a pena. Com certeza. Se eu vou estar do lado dele durante a festa, vai valer a pena"

 

Eu abri um sorriso.

 

"Tomare que  tudo dee certo e ele goste do presente que lhe dei. Um enorme coração escrito eu te amo. Tu que eu queria que ele dissesse para mim nesses ultimos dias. Eu estou passando por momentos não tão legais aqui em casa, e acho que só ele pode me ajudar. Eu to precisando muito de seus beijos. O seu lábio doce feito mel."

 

Eu realmente consegui me superar. Em tres anos eu gosto - como sempre gostarei - da mesma pessoa. Alef. Nome um pouco estranho, mas bonito de se dizer. Por que me faz pensar nele. Me faz pensar no nosso primeiro beijo. Na verdade, foi o primeiro dos primeiros beijos que eu dei em um menino. Não que eu já tenha beijado meninas, mas foi porque aquele foi meu PRIMEIRO beijo. E nada mais."

 

"Sentir seus lábios tocar nos meus é como comer chocolate ou tomar suco de maracujá nas horas que os nervos estão descontrolados. Acalma. Talvez eu seja... deixa pra lá."

 

"Na verdade, talvez eu seja muito boba de estar falando estas coisas esquisitas, mas se ler isto - coisa que eu não queria - vai saber como eu me sinto."

 

"Eu quero que ele nunca esqueça esse aniversário, porque eu nunca vou esquecer. Pelo menos é o que eu espero."

 

"A cada dia que passa eu me sinto mais apaixonada por ele. Possa ser que ele não sinta o mesmo por mim. Mas não interressa. Eu amo ele. Quero que ele sinta isso por mim."

 

Eu estava realmente emocionado com suas belas e doces palavras. Eu fui um burro de ter brigado com ela. Logo mais dizia:

 

"16 de fevereiro, dia do aniversário de Alef. 17:30."

 

"O aniversário foi um sucesso. Apesar de eu e o Alef sempre discutir um pouquinho. Coisa de namorados... Na verdade teve vários beijos. Meu e dele. E do Jack e da Jessica, aposto!"

 

"Depois do aniversário ele me convidou para almoçar com ele. Claro que eu não recusei. A Jess e o Jack também ficaram por lá. Nós combinamos de ir ao cinema da cidade a noite."

 

"Com certeza que eu iria não podia perder."

 

O dia escureceu estava dificil de ler. Peguei uma lanterna em minha bolsa e a liguei. Continuei lendo seu diário:

 

"16 de fevereiro. 23:10."

 

"Alef iria chegar atrasado. O motivo eu não sabia, porque ele não queria contar, mas eu fiquei insistindo como sempre. Ele e Jack brigaram comigo, e lembro bem como foi:"

 

"- Mas você ta doido, isso interessa a nós sim! - eu me manifesei - nós somos seus amigos e você tem a obrigação de contar tudo pra nós."

 

"- Katie cala a boca! -  Jack gritava, mas eu ainda tinha mais algo a dizer. - Ele fala o que ele quiser, a vida é dele, que saco!"

 

"Alef me madou um olhar que me feriu e eu retribui com meu melhor olhar de veneno."

 

"Andamos para a pizzaria e sentamos em uma das únicas mesas vazias".

 

"- Eu ainda mereço uma chance de falar com você... - falei com uma voz triste."

 

"Saímos da pizzaria, e brigamos. O que era para ser o dia mais feliz do ano, foi o pior. Ele disse que não me amava mais e que aquela paixão já havia morrido há muito tempo, mas eu sabia que aquilo não era verdade. Eu sabia que ele ainda me amava."

 

"Ele acabou me agredindo. Me empurrou fortemente, e eu caí no chão. Eu estava chorando, e sai correndo dali. Me escondi na próxima esquina e vi Jack chegando perto dele e falando algo. Eu estava chorando, lembrando de suas palavras cretinas."

 

"Sai mancando para minha casa. Arrumei uma bolsa com algumas roupas e sai da casa. Eu vou para casa da minha vó. Mas dei uma parada em uma lanchonete onde estou escrevendo agora."

 

"Eu sei que UM DIA ELE VAI SE ARREPENDER DE TUDO que ele me disse. Eu sei disso. Ainda com essas palavras eu ainda o amo. Não há como negar. Sempre o amarei."

 

Não havia mais nada escrito. Apenas paginas em branco, e mais páginas em branco. Nada além disso. "Ela disse que ia para a casa da avó dela, então devo ir para lá" pensei. Fazia sentindo!

 

Mas claro que ela não está lá. Por que ela deixaria sua bolsa na mata?! Peguei sua bolsa pela alça e senti algo pastoso. Olhei minha mão, para verificar o que era. Sangue. Era sangue. A alça da bolsa estava repleta de sangue.

 

Agora a única probabilidade era: Rapto. Ela só pode ter sido sequestrada.

 

Escutei um barulho de uma respiração grossa e pesada. Olhei para trás o lobo dourado estava diante de mim. Ele era gigante para um lobo. Era quase da minha altura. Tive medo. Já passei por isso antes, eu estava prestes a passar de novo. Eu tinha que encontrar algum modo de fugir daquele enorme lobo. Naquele momento eu não conseguia pensar em mais nada a não ser na Katie.

 

Fiquei imóvel, não conseguia me mexer. Novamente, vozes atormentavam minha cabeça. Apesar de eu não escutar com clareza, tentava com sucesso decifrar.

 

"Venha comigo! Você tem que me escutar, você é um lo..."

 

Escutei um ruído. O lobo virou a cabeça para trás. Vi um rápido vulto passando, provavelmente o lobo também escutara. Ele correu atrás do vulto e sumiu dentre a mata.

 

O medo passou e sentei no chão. Não daria para eu voltar para casa naquela hora, estava muito tarde. Provavelmente ela estaria muito preocupada e eu não teria explicação para dizer porque eu estaria fora durante tanto tempo.

 

Teria que durmi na mata. Procurei um local apropriado, o pior que não havia. Começei a montar uma cabana, próximo de onde eu estava, para passar a noite. A bateria da lanterna havia acabado, tornanando o trabalho mais difícil. A lua cheia iluminava a mata, ajudando um pouco.

 

Terminei de montar com muito esforço, já estava com muito sono. Já estava quase dando 11(onze) horas da noite. Entrei na bacana e peguei o diário de Katie. Não dava para ler direito mas a luz da lua passava pelo pano fino da bacana.

 

Começei a ler desde o início. Aquele diário era bem antigo a primeira página dizia:

 

"1 de Janeiro de 2007"

 

No ano que a conheci.

 

Ela contava como foi sua festa de fim de ano e o que esperava para o colegial do ano de 2007:

 

"A minha festa de fim de ano foi bem legal, eu me diverti muito, apesar de ter sido quase queimada pelo fogos de artifício. Fora isso, foi um sucesso."

 

"Queria que meu próximo ano do colégio fosse o máximo de especial. Também queria conhecer algum menino legal, a qual me apaixonasse. Queria dar meu primeiro beijo..."

 

Ela continuava a falar sobre suas prévias para o ano. Li algumas páginas e fechei o diário. Já estava perto da meia-noite. Resolvi dormi. Pus a cabeça em um pequeno travesseiro (que estava em minha mochila) e dormi. Um sono sem sonhos, tranquilo até o momento que eu acordei.

 

Ainda estava de noite. Olhei para o relógio: 23:59:50

 

...51...

 

...52...

 

...53...

 

...54...

 

...55...

 

...56...

 

...57...

 

...58...

 

...59...

 

...00:00:00

 

Começei a me contorcer e gemer. Algo estava acontecendo comigo. Meus ossos saiam do lugar. Eu fiquei girando no chão, me contorcendo de dor. Olhei para minhas mãos estavam peludas. Fiquei de quatro² como um cão furioso. Estava maior que o normal e a dor era imensa não sabia se iria aguentar. Preferiria morrer, do que passar por aquilo, mas eu estava sem controle, fora de mim.

 

² - posição de um lobo ou outro animal com quatro patas. Não encontrei outra palavra para subistituir a gíria então vai ficar assim.

 

Não sabia o que estava acontecendo.  Minha visão ficou embaraçada. E eu estava literalmente mudado.

 

 

~~~~~~~~~~//~~~~~~~~~~

 

 

NOTA DO AUTOR:

 

Como ocorre a primeira transformação:

 

1. Tem que apresentar os seguintes sitomas ditados na lista "Coisas estranhas que aconteceram na vida de um adolescente"

 

2. Para apresentar os sintomas ditados na lista ditada acima é necessessário ter algum ancestral (parente) da raça.

 

3. A primeira transformação ocorre quando todos os sintomas aparecem e o indivíduo está sob a luz da lua cheia as 00:00:00 (meia-noite em ponto)

 

Coisas que ocorrem durante/depois da primeira transformação:

 

1. É dolorosa pois é a primeira! Mas logo depois o indivíduo se acostumará com a mudança ocorrida no corpo dele.

 

2. A visão fica embaraçada, pois a visão de um lobo não é igual a humana. Mas depois da transformação ele terá (sempre) a visão de um lobo.

 

3. O indivíduo fica confuso durante e após a primeira transformação, pois por um momento perde a consciencia. E esqueçe de algumas coisas(temporáriamente).

 

4. O indivíduo age de acordo com os instintos lobisomens, que a maioria devem conhecer. Vou citar alguns: Ao ouvir um uivo vai até o local do uivo. O uivo funciona como um alerta de: perigo, comida, batalha, etc.; O modo defensivo(protetor) com pessoas conhecidas/amigos; O modo agressivo, na questão de alimento; etc.

 

P.S.: Ele possui parente lobisomem que será descoberto depois.


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Notas finais do capítulo

Gente, nem terminei de escrever o 6 já postei o 5. OBG por lerem e houve uma coisa triste:

A história: Reviews Faz Bem!! foi deletada, triste eu sei, mas mandei um ticket pedindo para restaurá-la! Bjos.

Reviews???



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