Say Yes escrita por Arin Derano


Capítulo 1
Capítulo único




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Era para ser um sábado como qualquer outro: Miya abriria a loja às oito da manhã, mudaria a vitrine trocando três ou quatro discos e decorações do lugar e esperaria, no banco alto do caixa, pelo fim da noite para fechar e passar no restaurante familiar do bairro antes de voltar para casa.

Mas é claro que se fosse um dia como todos os outros, essa história não seria contada.

Começou ao entardecer, quando as primeiras gotas de chuva caíram. A princípio, parecia uma chuva de verão daquelas que acabam em uma hora ou menos.

A atendente da loja de CDs e vinis desviou o olhar para a rua, vendo pedestres e turistas correndo para lá e para cá e alguns parecendo não se importar em se molhar. Ela sorriu, imaginando quais seriam suas realidades e o que os levou a saírem na rua justo na hora da chuva. 

Assim que desceu o olhar para o balcão, no qual organizava um conjunto de vinis de rock alternativo em ordem alfabética, escutou a porta abrir e bater com estrondo, fazendo a parede próxima tremer.

Olhou para a origem do som e viu uma garota ao pé da porta, deixando a porta aberta apoiando com seu próprio corpo, tentando tirar seu headset da cabeça com uma mão e ainda guardar seu mp3 no bolso enquanto segurava um pacote de salgadinho aberto na outra. 

Miya ficou sem reação por uns segundos sem saber o que fazer. Devia ajudar? E se a pessoa não gostasse? Antes que deixasse sua cabeça pensar demais, largou os discos, contornou o balcão e foi em direção a ela, segurando a porta.

Olá, seja bem-vinda! disse, no automático. Deixa que eu seguro isso para você   Ela segurou a embalagem para a outra com a mão livre.

Ela tinha a pele marrom, os cachos castanhos presos em um rabo de cavalo alto. Usava óculos redondos que no momento estavam na ponta de seu nariz, e Miya sentiu seu coração dar um descompasso quando os olhos castanho-escuros cruzaram com os dela. A desconhecida vestia um macacão jeans e uma blusa de manga ¾ amarela por baixo. Em seus pés, calçava all-stars jeans do mesmo tom da roupa. Várias pulseiras decoravam seus dois pulsos e brincos de bolinha dourados destacavam-se em suas orelhas.

Ah, oi. Obrigada agradeceu assim que notou que a outra segurava a porta para ela entrar. Em algum momento ela conseguiu guardar o mp3 e arrumou seu headset descansando em seu pescoço depois de limpar os dedos na própria roupa   Ah puxa, eu nem perguntei se a loja já estava aberta, mil perdões. 

  Está aberta sim, fique à vontade a atendente deu espaço para ela passar.   Ah, aqui.   ela estendeu o pacote de salgadinho.

  Obrigada, de novo. Ela abriu um sorriso, envergonhada, e arrumou seus óculos.   Ei, já provou esse sabor? É simplesmente magnífico.

Miya olhou com atenção para a embalagem e sorriu.

  Já sim, é meu preferido.

A única coisa ruim é não ter esse salgadinho no mundo todo. Todo mundo deveria provar isso aqui! Ah, espera, pode entrar com alimentos aqui? Me desculpa de novo, eu entrei correndo por causa da chuva e…

  Pode sim, só peço para limpar a mão antes de tocar nos discos e CDs. Qualquer coisa, a porta atrás de você é um lavabo, se preferir lavá-las. 

A garota virou para trás e notou a porta estreita atrás de si. Decidiu rapidamente comer o resto de seu lanche, virando todo o pacote na boca. Feito isso, procurou com os olhos por um lixo e encontrou um ao lado do caixa, dirigindo-se ao lavabo logo em seguida.

Miya a acompanhou com o olhar, pensando em como a garota era um tanto peculiar. Voltou para trás do balcão em sua tarefa de antes e sua atenção não demorou muito para voltar a garota, que tinha aberto a porta com muita força e feito tanto barulho quanto mais cedo.

Desculpa! ela pediu de imediato e fechou a porta com cuidado dessa vez.   Eu sou meio desastrada, foi mal. 

  Sem problemas A atendente abriu um sorriso, lembrando de seu primeiro dia que fez a mesma coisa.   Essa porta é mais leve mesmo. 

A garota assentiu e começou a analisar os CDs e vinis dispostos em ordem alfabética e por gênero nos balcões. Ela olhava em silêncio, vez ou outra pegando um CD e lendo seu verso baixinho. 

Miya aproveitou a deixa de quando foi devolver o conjunto de vinis organizados para puxar assunto.

  Procura por algo em específico?

Não exatamente. Gosto de lojas de CDs, e quando percebi que tinha uma no caminho nem pensei duas vezes ela sorriu. Tem algum CD aqui que seja raro de encontrar?

Miya pensou por um instante. Era engraçado como não fazia muito tempo que trabalhava ali e já sabia onde estavam guardados todos os itens da loja. Ela se aproximou da turista e tirou, do balcão atrás dela, um CD com uma capa vermelha, estendendo para a outra.

Frank Zappa? É difícil de encontrar os CDs dele hoje em dia mesmo, ainda mais do outro lado do mundo.   Ela sorriu e leu as músicas do álbum na contracapa.

  Meu chefe diz que é um dos últimos CDs dele do país, mas eu não confio muito nele. Ele insiste em tentar vender esse CD por um preço mais alto, mas até agora ninguém quis nem pagar o valor padrão que cobramos aqui por ele, quem dirá mais alto.

Interessante. Vou levar! anunciou, empolgada de repente. 

Sério?   Miya olhou para ela, incerta.

  Juro! Tem mais algum CD que você recomenda? 

Hmm… Miya foi até perto do caixa e voltou com um CD de capa branca.   O pessoal tem procurado com frequência por esse. 

  Miki Matsubara? Eu conheço essa cantora! Ela cantou aquela música… Stay with me, Mayonaka no doa wo tataki… cantarolou baixinho.

Miya assentiu, surpresa. 

Essa mesma. Sua pronúncia de japonês é muito boa.

Obrigada. Aprendi um pouco antes de vir para cá, posso ser desastrada mas uma estadunidense sem noção eu não sou. 

A menor riu, e a garota reafirmou.

  Mas é verdade! Deve ter vindo muita gente que não sabia falar nada e você quem teve que se virar, não é? Sua pronúncia de inglês é ótima também.

Obrigada… Mas a loja é em uma avenida movimentada e tem muitos CDs e vinis estrangeiros também… 

  Mesmo assim, deveria ser um dever para todo estrangeiro aprender um pouquinho do idioma para onde está indo… A propósito, qual seu nome? O meu é Summer. A garota se abaixou, em reverência.

  Kimura Miyake, mas pode me chamar de Miya   ela fez o mesmo, sorrindo.   E eu concordo.

Horas e assuntos diferentes se passaram e a chuva tinha ido embora. No lugar, o sol iluminava as avenidas movimentadas de Tóquio e as pessoas voltavam a circular.

  Eu ainda prefiro o último filme. A cena do “Eu sou o seu pai” foi histórica.   A estrangeira tinha achado um CD da trilha sonora de Star Wars e então, quando percebeu, tinha virado uma discussão sobre qual era o melhor filme da saga.

  Se você diz… Miya respondeu, recebendo um revirar de olhos divertido da outra. 

  Ei, você não tem horário de almoço?   Summer indagou, preocupada.

  Tenho sim, mas eu trago obentô  para...

  Posso te pagar um lanche?   Ela interrompeu.

A pergunta deixou a garota menor sem saber como reagir. 

  Por favor! Eu gostei de você! Digo, gostei da sua companhia! Digo… Você me entendeu.

Miya riu. Além de bonita ela também era divertida.

  Está bem, desde que eu possa recomendar o lugar e você não falar nada para o meu chefe.

  Você quem manda!

~~

Esse é o melhor lámen que eu já comi na vida   Summer elogiou assim que tomou o último gole do caldo. 

  Não é? Eu poderia viver só disso.

As duas tinham voltado para a loja assim que receberam seus pedidos. Miya nunca tinha ficado tanto tempo fora da loja e preferiu voltar. Summer não viu problema algum e até se encarregou de levar as sacolas, por mais que ela própria tivesse medo de tropeçar com qualquer coisa que fosse e derrubasse toda a comida em um intervalo de tempo de uma caminhada de duas quadras. 

Assim que chegaram, Miya limpou o balcão do caixa e Summer não se incomodou de comer de pé, por mais que a menor tenha insistido para ela se sentar em sua cadeira.

  Como você consegue tomar isso aí? Miya apontou para o copo de plástico da estrangeira, com uma limonada cheia de gelo já pela metade.

  Ah… Eu tomo desde criança. Não sei explicar, eu gosto da sensação que dá na boca.

Interessante. Eu não posso julgar, consigo comer uma colherada de wasabi sem fazer careta. 

Isso é sério? Vamos ter que sair de novo, então. Preciso ver isso.   Summer brincou, e as duas riram.

  Só se pagar para mim de novo   Miya rebateu, e apesar da expressão divertida de ofensa que Summer fez, ela riu. 

— Qualquer coisa para ver isso.

As duas terminaram de comer e, enquanto Miya insistiu em levar o lixo para fora, uma dúvida surgiu na mente da morena.

  Você é daqui de Tóquio mesmo?   perguntou assim que a menor voltou e lavou suas mãos.

  Na verdade eu sou de Himeji, mas venho trabalhar para cá na temporada. 

  É a cidade do castelo? Summer perguntou e Miya assentiu. Quero muito ir para lá em uma próxima viagem. Okinawa também…

  Eu fui para lá quando era criança, mas só consigo me lembrar do mar de lá. É de um azul tão bonito, e olha que nem gosto tanto de praias.

  Deve ser mesmo. Hoje é meu último dia aqui em Tóquio, amanhã eu vou para Osaka de trem-bala e ficar mais uns dias antes de voltar para casa   A turista anunciou, sua expressão ficando melancólica de repente.

  A paisagem durante a viagem é linda Miya tentou animá-la  E tem bastante coisa para fazer em Osaka também. Tem uma franquia daqui da loja lá. 

  Legal! Mas aposto que não tem uma atendente tão legal quanto a dessa Summer elogiou e conseguiu ver a outra corando antes de virar o rosto.

  Só fiz meu trabalho.   disse, indiferente.

  Seu trabalho é sair para almoçar com os clientes que acabou de conhecer? Summer abriu um sorriso ladino.

  Se forem bonitos e pagarem meu almoço, por que não?

A estrangeira fez uma expressão surpresa divertida.

  Eu não acredito ni… Espera. Você me acha bonita?

Miya percebeu o que disse e sentiu seu rosto esquentar ainda mais. Por sorte dela, um cliente entrou bem na hora que pediu para alguém aparecer e ela poder processar o que disse sem precisar olhar para a tal garota bonita. 

A turista passou a observar a outra disfarçadamente enquanto atendia, o que não foi por muito tempo. O senhor de meia idade procurava por um CD que a loja já não tinha mais, deu uma olhada rápida pela loja e foi embora.

Não conseguiu fugir de mim dessa vez!   A mais alta anunciou confiante.

Miya revirou os olhos e sorriu. Apesar da vontade de se esconder da vista dela antes, realmente não queria fugir. Queria poder parar o tempo e ficar ali com sua companhia, sem preocupações.

  O que você fez de divertido aqui em Tóquio? ela perguntou, pegando a estrangeira de surpresa. 

  Ah… É meu quinto dia, e basicamente fiz tudo de mais turístico que tinha para fazer, provei todos os salgadinhos apimentados, dei notas para cada limonada que tomei… mas o que me marcou mais até então com certeza foi Akihabara.

  Se você gostou de lá deve ter um anime preferido, não é? 

Hmm… Summer pensou, suas ideias entrando em conflito. Gosto muito de Sailor Moon, mas eu assisti Cowboy Bebop antes de vir para cá e gostei bastante também.

São muito bons, você tem bom gosto! Miya elogiou.   Já viu “Meu Amigo Totoro”? 

A mais alta fez uma expressão estranha.

  Claro, claro, já sim.

E sobre o que é?   A atendente perguntou novamente, desconfiada.

Hm… é sobre… Summer murmurou, tentando achar uma resposta.   Tá bem, tá bem. Não vi.

Suas risadas ecoam pela loja e, quando Miya recupera o fôlego, pergunta:

  Por que não disse a verdade? 

  Você não é a primeira que me pergunta desde que cheguei aqui, e me sinto mal de não ter visto esse filme antes. Parece ser bem popular. Summer desviou o olhar para o chão, envergonhada.

  Bem, é popular, mas tá tudo bem se você não viu! Eu tenho uma fita cassete do filme, sempre trago ela comigo quando venho para cá. Se quiser, posso ir buscar e te entregar assim que a loja fechar.  propôs.

  É uma ótima ideia, mas… Se você sempre traz ela com você deve gostar muito do filme não? 

  Eu gosto, mas posso comprar outra mais tarde, e aí você fica com uma lembrança a mais. Ela sorriu, olhando nos olhos da estrangeira.

  Eu não vou esquecer esse sorriso tão cedo. pensou em voz alta.

Miya riu de leve, sentindo as bochechas esquentarem mais uma vez.

— Está flertando comigo, Summer?

Ela desviou do olhar incriminador da menor, observando a avenida pela vitrine.

— Talvez…   a mais alta suspirou.   Olha, Miya, eu estava pensando…

A porta da loja se abriu, e um grupo de adolescentes entrou. Miya os recepcionou e Summer sentiu uma breve onda de alívio. Não estava pronta para o convite que ia fazer ainda. Quem sabe os minutos que os adolescentes ficassem ali fossem suficientes para ela se preparar.

~~

Os adolescentes demoraram bem mais do que Summer esperava. E logo depois deles, vieram clientes e mais clientes. Ela ficou feliz pela nova amiga, mas sua ansiedade só foi aumentando conforme as horas passavam.

Quando percebeu, o sol já estava se pondo e logo a loja fecharia também. Summer sentiu um peso sair dos ombros dela quando o último cliente saiu e Miya suspirou assim que ele passou pela porta.

Você me deu sorte, muito obrigada!   ela agradeceu.   Não vem tanta gente assim em um mesmo dia já tem uns dias. Vou pedir para meu chefe te contratar.

Fico feliz que ajudei! Agora você pode pagar um almoço a morena brincou.

Ah, era por isso então?   as duas riram.   Eu estava pensando em te convidar para ir em um restaurante aqui perto antes de ir buscar a fita. Sempre vou lá nos sábados, o yakiniku deles é o melhor. 

O rosto da estrangeira se iluminou. Era como se a menor tivesse lido sua mente. 

Claro, claro! Vamos! a empolgação dela fez a menor arregalar os olhos, surpresa.

Minha companhia é tão boa assim?   ela perguntou, e Summer assentiu com a cabeça várias vezes, quase desfazendo seu rabo de cavalo.

Cinco minutos antes do horário da loja fechar, Summer pagou pelos seus novos CDs e Miya começou sua rotina de fechar a loja: retirou as bandeirinhas da loja da calçada, fechou o caixa e, depois de Summer se oferecer para varrer o chão e quase derrubar duas caixas de vinis no processo, Miya retomou a tarefa de onde a outra parou e encerrou seu dia de trabalho. 

  Deixa eu adivinhar… Vai pedir limonada para acompanhar?   A japonesa perguntou assim que trancou a porta da frente. A estrangeira sorriu.

  Óbvio. Tem wasabi lá? 

Tem. Você não vai se esquecer disso até ver, não é?

  Não mesmo!

~~

Horas, limonadas e wasabis depois, as duas saíam do restaurante rumo ao apartamento alugado de Miya. Para Summer, tinha sido mais uma experiência inesquecível: um churrasco ao estilo japonês com alguém do país, ouvir dicas dela de como soar como uma nativa e que, em algum momento, Summer começou a contar de como conheceu a Madonna e até dançar algumas coreografias dela antes de sair. 

Mas o que mais ficou marcado para ela com certeza foi Miya degustando de uma porção de wasabi como se não fosse nada, diminuindo o talento com “É só uma raiz forte”. Para Summer, que adora salgadinhos com pimenta, nem consegue imaginar comer uma quantidade dessas de uma vez sem fazer careta.

  Sabe, não acho que é a melhor ideia você levar alguém que acabou de conhecer até a frente da sua casa.

  É um condomínio. São milhares de apartamentos. Até você descobrir qual é, já estarei longe Miya afirmou com convicção.

Summer fez uma expressão de ofensa.

Você vai ver só!

Estarei no aguardo. Miya concluiu. Chegamos. Espera aqui.

Summer aguardou enquanto a menor entrava no condomínio. Realmente, era um prédio alto com várias janelas, típico japonês. A maioria das luzes das janelas acesas e a rua deserta. Era uma sensação boa poder ficar tranquila em relação a segurança, e ela se perguntou como deve ter sido para alguém como Miya crescer em um ambiente assim. Se ela fosse para os EUA, Summer com certeza teria que a ajudar nesses momentos, dependendo do lugar que fossem.

Se Miya pudesse ir com ela… No que estava pensando? Tinha acabado de conhecê-la.

Voltei! ela anunciou com um pacote em mãos.   Embalei para você levar em segurança até sua casa. O áudio só tem em japonês, mas tem legendas em inglês. 

  Obrigada… De verdade Summer agradeceu e, num impulso de coragem, abraçou a outra.   Pode deixar que na próxima vez que vier, estarei falando japonês fluente!

  Estarei esperando por isso   Miya retribuiu o abraço calorosamente. Já fazia um tempo desde que tinha abraçado alguém. Assim que saíram do abraço, um silêncio estranho se instalou.

  Escuta…   as duas disseram em uníssono, e riram em seguida.

  Eu estava pensando   Miya começou, quando Summer insistiu para continuar com um gesto.   Amanhã é meu dia de folga, então se quiser uma companhia até Osaka… Eu não conheço tudo de lá, mas posso ser sua tradutora! 

Inconscientemente, Miya torcia: Diga sim, diga que sim…

Ela viu Summer abrir o maior sorriso que ela já tinha aberto até então, seguido de outro abraço, mais apertado dessa vez.

Sim, sim! Por favor! Eu estava ansiosa para te pedir isso, mas aí já comecei a pensar demais achando que você estaria ocupada ou que não iria querer…

  Eu imaginei   Miya retrucou, confiante.

  Eu sou tão fácil de ler assim?   Summer lamentou assim que saiu do abraço.

  Bem… Eu estava atendendo mas notei você arrumando seu cabelo várias vezes e ajeitar os óculos… Sem falar nas caretas, tinha momentos que achei que você queria ir no banheiro.

A estrangeira murchou e resmungou um choramingo. 

O que importa é que você vai ter que me aguentar por mais um dia! completou.

  Não vejo problema algum. Nos vemos amanhã então? Na estação do trem-bala?

Summer assentiu.

Até amanhã, então! Miya se despediu, e, ao Summer dizer o mesmo, entrou em seu condomínio.

Antes que Summer fizesse seu retorno ao hotel, sua curiosidade foi maior. Sentou-se em uma mureta próxima e abriu o pacote. Ali estava a fita-cassete do filme, com a capa e a contracapa em japonês. Assim que abriu para pegar a fita, notou um bilhete escrito às pressas.

恋する気持ちで~ 

Yours - Yuki Saito

To: レモンガール

From: わさび みや

Ela sorriu. Sabia um pouco do que estava escrito, mas de qualquer forma, iria perguntar a Miya no dia seguinte.

O que ela tinha certeza é que tinha encontrado mais do que só CDs e vinis naquela pequena loja no centro de Tóquio.


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