A Liga de Atena: A Ressurreição de Hades escrita por Aldemir94


Capítulo 8
A Nova Missão




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Após o fim da batalha em Uruk, Aethel e sua unidade estavam em péssimo estado; o imperador estava inconsciente, os amigos de Hiro encontravam-se desanimados e feridos, Gwen ainda chorava e Gemma penava para entender a razão de Hades se interessar tanto pelo selo que, milênios antes, pertencera ao grande Gilgamesh.

Seja como for, todos foram levados para o grande palácio, onde receberiam toda sorte de cuidados médicos.

Após poucas horas, Aethel despertou, porém, sequer era capaz de ficar em pé: o rapaz sofria com dores musculares terríveis, que lhe forçaram a morder os travesseiros de penas para não gritar. Além disso, gotas de suor escorriam por sua testa e o coração, por vezes, acelerava.

Apesar disso, pediu que Merlin chamasse Atreu (segundo cônsul do império) e lhe dissesse para deixar unidades especiais das seis forças do império preparadas.

O mago atendeu ao imperador e se retirou.

Vendo-se sozinho, longe dos olhares curiosos do mundo exterior, Aethel começou a chorar.

Passados alguns minutos, Merlin chegou com Atreu, acompanhado por quatro senadores, vestidos com finas togas de linho e ouro.

— Longa vida a Aethel, imperador de Ghalary. — disse o cônsul, seguido por seus amigos senadores, que disseram em uníssono “Salve Aethel, imperador!”.

Com a ajuda de Merlin, Aethel se reclinou na cama e elevou o braço direito, fazendo a saudação romana. O braço estendido era mais um dos muitos legados que aquele império tão vasto havia herdado dos antigos césares da Itália — algo que muito orgulhava o senado e o povo.

Por isso, aquele gesto, embora simples, agradou os senadores, já que Aethel não se levantara para os receber, como mandava o protocolo real.

Muito tempo antes de Aethel, Atreu ou do próprio Merlin, um pequeno navio romano, conduzido por alguns jovens, um velho e um senador aposentado, perdeu-se no mar mediterraneo, indo para além dos pilares de Hércules e chegando até uma ilha rodeada por brumas.

Como essa lhes parecesse suficientemente segura para desembarcar (e como os víveres já haviam se esgotado), os homens desceram de seu barco e exploraram o lugar, até serem surpreendidos por uma pequena unidade de elite ghalaryana.

Como os homens pareciam estrangeiros, os soldados os conduziram até a presença de Numítor II, rei dos ghalaryanos, que os recebeu piedosamente. Gratos pela hospitalidade, os romanos compartilharam a cultura do grande império dos césares com os ghalaryanos, que muito se afeiçoaram a ela.

Se dedico tempo a explanar um pouco sobre a nobre história do império é porque o assunto se mostra mais interessante do que os temas políticos que Atreu os senadores trouxeram para Aethel.

O garoto não estava com paciência para perder tempo com questões menores, como trigo, inaugurações de prédios públicos e efetivação de novos senadores recém eleitos ao corpo principal do senado; para Aethel, a segurança de Mabel e a ameaça de Hades eram de suma importância.

Por educação, deixou que os homens terminassem de apresentar suas questões, até que tudo chegasse ao fim.

Após isso, o rapaz pediu que a Atreu que reunisse unidades especiais das seis forças de proteção do império — marinha, exército (forças legionárias), forças aéreas, forças especiais (para missões secretas), forças temporais (administradas por Merlin e leais ao imperador) e forças espaciais (criadas recentemente, devido às ambições expansionistas de Aethel (e os desejos de Mabel em provar que a Lua era feita de queijo)).

Após isso, os senadores continuaram a conversar entre si, mas o garoto adormeceu.

Passados alguns minutos, Mabel Pines entrou no quarto, acompanhada por Fred, Dipper, Kim Possible, um homem bastante idoso, cuja barba branca chegava-lhe à cintura, e um um homem bem apessoado, de jaleco branco e cabelos curtos e bem penteados.

— Saudações, vossa alteza imperial — disse o homem de jaleco — sou o professor Utônio e venho aqui a pedido da deusa Atena.

— Ela é uma moça adorável — disse Aethel — e gosto dela… Mas ela não é uma deusa. Professor, não diga bobagens.

— Ainda tá duvidando?! — Questionou Ron — Aquela garota tem até um cajado mágico de ouro!

— Na verdade, Ron — disse Kim — aquilo é um báculo. É um pouco mais legal que um cajado…

— Charlatã! — disse Aethel — Se ela fosse um deusa, nem precisaria dos meus amplos recursos… e eu não estaria nesse estado de saúde! — encerrou ele, incapaz de evitar expressões de dor.

— Deusa ou não — disse Kim — a verdade é que Hades ainda está por aí e ela é nossa melhor chance de derrotá-lo; precisamos dela…

— Precisam de mim! — irou-se Aethel — Se não fosse por mim, nem haveria “liga de Atena”, selo de Gilgamesh, ou mesmo império ghalaryano! — disse o garoto, fulminando Atreu com o olhar — Fora isso, Mabel e Fred quase foram mortos…

Fred se aproximou e colocou a mão no ombro do rei:

— Aí, fica de boa, cara. A gente tá sabendo que as coisas tão meio tensas pra você. Tipo assim, ninguém devia passar por isso tudo…

— Tem toda razão, Fred — disse Saori Kido, que acabara de entrar na sala — Somos um caso perdido. Aethel, agradecemos por sua ajuda, mas sei que estou sendo um transtorno para você. Por favor, eu sinto muito. Reunirei meus cavaleiros e partiremos. Fique em paz.

Neste momento, Seiya, Hyoga, Ikki, Shun e Shiryu apareceram atrás de Atena (ou Saori, vocês escolhem), curvando-se ante sua presença.

Segurando a mão de Mabel e sorrindo para todos, Aethel disse, da melhor forma que suas forças permitiam:

— Cavalheiros — começou, dirigindo-se aos senadores — Reúnem minha guarda de elite, os hussardos imperiais. Determino agora que, se Saori Kido, seus cavaleiros ou qualquer membro da pomposamente chamada “liga de Atena” deixar as dependências de meu palácio sem a minha autorização, deverão ser, imediatamente, presos. E agora, vamos ao que interessa — disse Aethel, dirigindo-se para os demais — Sinceramente, não dou a mínima importância para essa coisa de Atena, cavaleiros , ou se Saori é, ou não, Atena reencarnada; neste momento, estou mais interessado em Hades… machucar Mabel foi como cuspir no meu rosto: foi um desrespeito comigo. Não descansarei até colocar a cabeça de Hades em uma lança!

Tendo dito isso, Aethel pediu a ajuda de Mabel para se levantar, pois desejava ir até o salão da liga e saudar seus membros.

Com a ajuda de Atreu, Aethel colocou seu traje formal branco, enquanto mordia um pedaço de tecido, mal conseguindo manter-se de pé.

Kim e Ron seguraram o garoto, reclamando de sua teimosia em ficar na cama, ao que ele respondeu que, na condição de imperador, não tinha o privilégio de ficar acamado, quando a saúde lhe exigisse:

— Me deem uma bengala formal, deve haver alguma no armário… Não devo ser visto agonizante, como um mortal.

Como se lembrasse de algo, o garoto olhou seriamente para os senadores, questionando quantas pessoas sabiam de seu estado de saúde, ao que eles lhe comunicaram que apenas os que estavam naquele quarto, além de alguns membros mais velhos do senado.

— Ótimo — disse o rei — Ninguém deve saber que Hades nos derrotou facilmente, nem que eu assim… Vinte chicotadas para quem sussurrar o assunto!

Na verdade, a constituição não permitia a Aethel infligir tais punições aos inimigos, porém, exprimir esses pensamentos em voz alta, de alguma forma, relaxava seu corpo e acalmava sua mente. Além disso, não era como se ele fosse, de todo modo, incapaz de punir alguém com morte ou chicotada, dada sua imensa popularidade e poder.

De qualquer modo, um homem com grande barriga entrou no quarto e ficou na frente da porta, de braços abertos, bloqueando a saída.

Ele tinha cabelos castanhos, presos em duas tranças com laços negros, pele clara e usava uma calca grande com listras verticais azuis e brancas, que era presa por um cinturão de couro e bronze.

Por fim, o grandalhão usava um capacete de metal com pequenos chifres; esse homem era um gaulês e se chamava Obelix.

Sem esperar mais, o grandalhão pediu que Aethel voltasse para a cama e, ante a recusa do garoto, pegou-o no colo e o levou de volta, provocando a indignação do monarca.

Como, porém, Mabel começou a rir, o rei apenas se resignou; não teria como, no estado em que se encontrava, fazer frente a uma muralha ambulante como Obelix.

— Muito bem, Obelix — disse o idoso.

Pela primeira vez, Aethel deu atenção ao ancião, que vestia um tipo de toga branca, capa vermelha e um cinto, onde se via uma foice de ouro.

— Me desculpe, mas… — disse o rei — Você é algum tipo de mago, como Merlin?

— Eu sou um druida — disse o ancião — E me chamo Panoramix. Eu vim para ajudar seus esforços de guerra com a minha poção. E agora, que Obelix o deixou mais calmo, vamos a questão principal: a localização do próximo selo. De acordo com informações que reunimos com Gaston e com a unidade de inteligência da liga de Atena, descobrimos que o próximo selo está no Egito, e não é só isso: descobrimos um acampamento clandestino perto da pirâmide de Djoser onde, aparentemente, há presença de trabalho escravo.

— Eu vou até lá — disse o rei — junto de meus hussardos e vou trucidar os lacaios de Hades…

— Negativo! — disse Kim — Precisamos de um plano de ataque e, além do mais, você não está em condições de lutar.

Aethel fez menção de se levantar de novo, mas desistiu quando viu o olhar reprovador de Obelix. Resignado, o jovem rei decidiu que deveriam enviar dois grupos que, juntos, poderiam lidar com os espectros e libertar os escravos:

— Não sei até onde os espectros chegaram, ou porque estão procurando esses selos antigos — disse Aethel — mas, de acordo com o general Blue, não podemos permitir que Hades pegue eles. Por isso, quero que uma missão seja enviada até o Egito. Kim, você deverá liderá-la, está me entendendo? Leve alguns soldados com você e… — disse o imperador — Leve também alguém que possa se infiltrar no meio dos espectros e roubar seus planos; alguém que seja capaz de ver e ouvir tudo, sem ser detectado… Uma fada poderia ser útil, mas, o pó mágico as torna fáceis de encontrar.

Fred perguntou se as fadas poderiam deixar de usar o pó mágico, mas Aethel disse que era mais complicado do que parecia. Antes, porém, que tivesse a chance de explicar alguma coisa, uma vez o interrompeu.

— Isso não adianta de nada — disse uma garota de cabelos castanhos, que acabara de entrar no quarto — Sem pó mágico, as fadas não podem voar e ficam vulneráveis.

— Além do mais… — disse Mabel, de olhar cerrado para a nova garota — Só o Aethel aqui entende a língua das fadas…

A nova garota ajeitou os óculos redondos, enquanto tirava fiapos do suéter laranja e sorria para o rei, um pouco corada.

— Que bom te ver de novo, Aethel — disse ela.

— Velma! É sempre bom te ver aqui… — disse o rei — Pensando bem, acho que você deveria voltar para casa. As coisas estão ficando difíceis por aqui.

Velma disse que não se importava e que seus amigos também estavam prontos para ajudar, porém, como o garoto insistisse ela apenas disse que ninguém ali tinha escolha sobre ajudar Atena ou não:

— Se Hades vencer, ninguém vai estar seguro, Aethel, independente de onde a gente esteja.

— Deve estar certa, Velma — disse o rapaz — sempre está. Ou será que isso é só depois de você ficar adulta? Desculpe, mas às vezes fico meio confuso… Pois bem, Kim Possible, conheça Velma Dinkley; ela e seus amigos farão parte do segundo grupo, responsável por resgatar os escravos… E quero também um grupo de camundongos (aqueles que vi na sala de comando) para ajudar. Sobre a equipe de combate aos espectros, leve Obelix e mais alguém que achar melhor. Mas tente não ultrapassar dez ou doze pessoas.

Após refletir um pouco o rei orientou Kim a levar, ao menos, dois dos arqueólogos de Gemma:

— Eles ajudaram a encontrar o selo de Gilgamesh, então, devem ser úteis… Certo vamos todos então. Kim, peça a Richie Rich que prepare o avião e me espere. Dentro de algumas horas, estarei com vocês.

É claro que Todos cercaram o leito do rei, determinados a impedir que ele participasse da expedição, porém, ele lembrou-lhes de que, se o avião era de Richie, todo o patrocínio da expedição vinha dos recursos ghalaryanos:

— Portanto — disse o rei — eu é quem estou pagando por tudo; aquele avião não vai decolar, a menos que eu esteja dentro dele!

— Cara! — disse Dipper — Você é teimoso demais! Será que não entende? A gente só não quer que você se machuque mais ainda! Fala sério! É tão difícil assim entender?! Você vai ficar aqui, junto da Mabel e da senhorita Atena, deu para entender agora? Ou quer que a gente escreva?!

Ante a surpresa do imperador, Ikki (até o momento em silêncio), decidiu se pronunciar:

— Você é um grande guerreiro — disse o cavaleiro de fênix. — No entanto, ir para a batalha neste estado não é coragem, apenas estupidez. Se Hades o matar, ficarem em desvantagem, você sabe disso. Eu compreendo o que você está sentindo. Na verdade, eu também me sinto assim; meus irmãos e eu quase não saímos do palácio, porque precisamos proteger Atena, mas isso não quer dizer que a gente também não queira ir para a linha de frente.Tudo fica pior, quando Atena decidi ir para o meio do combate, antes da hora adequada…

Após fazer algumas ponderações, Aethel se deu por vencido, ante as palavras de Ikki.

Embora aborrecido, o rei pediu que todos se retirassem e seguissem com suas determinações, garantindo que não lhes causaria mais incômodos, porém, ainda solicitou que Kim lhe mostrasse a lista de escolhidos, antes de seguir para a missão.

Após isso, pediu que Atena sentasse próxima a ele:

— Atena, Ikki tem razão. Sua presença no meio de uma batalha é imprudente, por isso você também vai ficar aqui… — disse o garoto, que logo tocou um pequeno sino perto da cômoda.

Em questão de instantes, uma funcionária do palácio apareceu, pronta para ouvir as ordens do rei.

— Senhorita — disse Aethel para a moça — Por favor, pode nos trazer chá e bolinhos? Nossa convidada, Saori Kido, está com fome… Pensando bem, traga também um pote com mel, por favor.

A mulher correu para a cozinha, enquanto Aethel começou a conversar com Saori sobre qualquer coisa sem importância, por mera educação.

Ela lhe contou sobre o dia em que enfrentou Poseidon, com seus cavaleiros, enquanto Mabel (que ainda estava no quarto), falou sobre quando visitaram o tio-avô com seu irmão, Dipper, ainda no ano passado.

Após pouco mais de uma hora, Kim chegou com uma lista, onde estavam reunidos os membros da expedição.

— Os escolhidos para a missão estão aqui, vossa alteza, esperando a sua aprovação.

Aethel pegou o documento e o analisou, com cuidado:

 

LISTAGEM DE MEMBROS:

 

 

Kim Possible;Ron Stoppable;Rufus;Scoobert-Doo (cachorro);Salsicha Rogers;Velma Dinkley;Daphne Blake;Fred Jones;Bernardo (camundongo);Bianca (camundongo);Basil (camundongo).

 

 

— Tem alguns nomes que não conheço — disse Aethel — Mas está tudo bem. Porém, quero que leve Pedro e Chang para essa missão. Quero que eles cuidem da parte arqueológica e… — ponderou o rei — Você vai precisar de músculos também, por isso, quero que leve Obelix com você, junto de Ikki e Hyoga e… Não sei, escolha mais algum guerreiro qualquer, que aguente a batalha. Se Hades vai pegar pesado, então nós também podemos. Pena que a lista vai ficar um pouco cheia.

— Majestade — sorriu Kim — Nesse caso, posso fazer algumas sugestões?

O monarca fez que sim e a garota começou a falar:

— Junto dos que o senhor falou — disse Kim — Eu sugiro também os senhores Asterix (amigo de Obelix), Kuririn e o senhor Noir Stardia. Com certeza, esses últimos já devem bastar.  

— Eles servem — disse o rei — Sejam quem forem, já devem ser suficientes para manter a sua equipe viva, senhorita Possible; que tudo corra bem e que Deus os proteja — disse Aethel, enquanto Atena desejava sorte para o grupo.

Após isso, Kim partiu, pronta para chamar os membros da equipe e seguir viagem.

Aethel tentou dar mais alguma atenção para Saori, mas foi interrompido pelo professor Utônio, que voltara com uma xícara de chocolate quente:

— Mil perdões, majestade — disse o professor — Minhas meninas também querem ajudar na missão.

— Se as coisas saírem do controle, dou ordens para que elas partam. — disse o rei — Por hora, melhor que fiquem aqui. Quem são elas?

— São três meninas adoráveis — sorriu o professor — Se chamam Florzinha, Lindinha e Docinho, são a luz da minha vida.

Aethel olhou para Saori e Mabel e, fitando os olhos no professor, perguntou se seria prudente enviar crianças para uma missão perigosa, ao que Utônio sorriu, dizendo que suas filhas viviam salvando a cidade onde viviam.

— Elas são queridas por todos, lá, onde moramos — disse o professor —. Sabe como o povo as chama? “Meninas superpoderosas”... 



***

 

Enquanto Kim reunia seu grupo, alguém, muito longe dali (na verdade, no mundo onde o anel de Gilgamesh foi encontrado) gritava com um grupo de guerreiros esqueletos, furioso com os atrasos.

— Nos perdoe, senhor Radamanthys — pediu um deles — Estamos fazendo o possível mas…

Sem esperar, o juiz esbofeteou o esqueleto, ordenando que ele ficasse calado.

Em seguida perguntou se os “reanimados” estavam dando algum problema.

Eles negaram, mas disseram que temiam traições por parte deles, ao que Radamanthys os tranquilizou, dizendo que esse perigo não era relevante:

— É claro — disse o juiz — Não há como nos traírem, porém, isso não quer dizer que serão mais úteis do que os outros… Mas como a senhorita Pandora insiste, devemos usar os poderes deles.

Após fazer um sinal com as mãos, os esqueletos saíram e Radamanthys se viu só, no interior da tenda de pesquisas.

O espectro pegou um caderno e folheou, tentando se distrair, porém, foi interrompido por um dos reanimados, que entrou na tenda sem permissão.

— O que você quer, Raditz? — perguntou o juiz.

— Os escravos estão murmurando. Se eu matasse alguns deles, as coisas seriam menos irritantes…

— E nós teríamos menos trabalhadores — completou Radamanthys —. Portanto, escavar esse pedaço de deserto seria ainda mais demorado; quase me arrependo de salvar sua vida.

O saiyajin não gostou da reprimenda, porém, como não desejava punição, apenas perguntou porque havia outros reanimados além dele:

— Nappa é um grande guerreiro, sem dúvida — disse o saiyajin — Mas porque trazer aqueles outros? Parecem tão fracos! Aquele tal de Yagura, por exemplo, parece mais um garotinho patético!

O juiz olhou para o saiyajin com tamanha severidade, que ele preferiu ficar em silêncio.

Após fazer algumas ponderações, Radamanthys disse que o senhor Hades não trazia fracos de volta do reino dos mortos; se os reanimados falavam, não era por questão de força, mas por serem “molengas demais”, disse o juiz.

Após isso, o espectro dispensou Raditz, enquanto mergulhava em seus pensamentos.

“Dessa vez, o senhor Hades terá a vitória final” sussurrava Radamanthys, com os olhos cheios daquela confiança de quem sabe, no fundo do coração, que a vitória já lhe pertence…


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