Fiquei encantada de te conhecer escrita por Pinkie Bye


Capítulo 1
Capítulo Único; Uma Addams na folia


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores! ♥
Olha eu aqui de novo, em mais um desafio. Adoro pouco, né? kkkkkk
Fazia tempo que não participava de desafios proposto pelo Spirit, mas vendo o tema desse mês, me deu vontade de escrever mais uma fanfic BBRae (Amo esse casal!) ambientada no Brasil, mais uma vez.
A proposta do desafio era: Escreva uma história de até 1.000 palavras sobre o momento em que dois olhares se cruzam e um amor de carnaval nasce.
E é isso, aproveitem ♥ Boa leitura!



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— VAMOS LOGO RAE, o pessoal tá nos esperando! — Kory disse, puxando a amiga pelo braço.

Rachel definitivamente não deveria ter saído de casa naquela noite. O local era apertado, quente e barulhento. Com músicas obscenas e gente se agarrando sem rodeios. Qual era a graça daquilo mesmo?

— Deveria ter ficado em casa, na companhia de Jane Austen — sussurrou.

— Você reclama demais!

Kory estava com um copo de caipirinha na mão. Fantasiada de Arlequina e se requebrando com a batida enquanto costuravam a multidão, fazendo os sinos de seu chapéu tilintar.

Rachel por sua vez, estava vestida de Wandinha Addams e definitivamente não era sua melhor opção. Como o Rio de Janeiro conseguia ser tão quente mesmo de noite? Além do calor, outro incomodo era o fato de suas botas serem novas, longas, brilhantes e constantes alvos de pisadas.

— Kory! — Uma garota de cabelos longos e rosas presos em marias-chiquinhas, vestida de líder de torcida, gritou, vindo correndo abraça-la.

— Lucky! — Retribui o gesto. — Que saudades de você.

Observou o prédio que iriam entrar, ele era enorme e se localizava em um bairro nobre da zona sul. Teriam que sumir mais de 4 andares de escada para chegar na festa.

— Essa é a Lucky, Rae, se lembra dela? Ela estudou com a gente no Daltro Taquara.

— Não tem como esquecê-la. — Forçou um sorriso.

— Oi, Rae-Rae. Acho que o Halloween chegou muito cedo pra você.

— O mesmo humor ácido de sempre.

— Esse é o meu jeitinho. — Piscou, Rachel revirou os olhos. — Vamos, isso é uma festa, pagamos caro e viemos nos divertir.

Bota caro nisso... — Rachel murmurou.

Elas saíram na frente e Rachel deu uma análise completa no local. Janelas enormes com direito a uma boa vista ao desfile das escolas. Muitas pessoas fantasiadas, bebendo loucamente, rindo alto e pagando mico. Um círculo compartilhando narguilé. Pelo menos o lugar era espaçoso, cheio de poltronas confortáveis, com 3 pares de banheiros disponíveis, com água e comida num preço acessível.

— Até que 400 reais não foi tão caro assim pra isso, numa visão otimista.

— Anda, Rae!

Seguiu as meninas e logo elas estavam virando garrafas, dançando e cantando a pleno pulmões no meio da pista. A música que tocava era “Macetando” da Cláudia Leite e Ludmilla, o hit do Carnaval daquele ano.

Rachel se afastou, sentando-se numa poltrona afastada. Como não bebia nada alcoólico, se contava com uma H20 de limão. Estava se atualizando pelas notícias sobre Lana Del Rey do Twitter pelo celular, ou tentando, afinal seus dados moveis não estavam dos melhores e nem para a organização liberar o bendito Wi-Fi para eles?!

Olhando a pista, viu Kory dançando muito próxima de um rapaz baixo, moreno, musculoso, olhos azuis, sem camisa e com um copo apoiado no cordão, este informando que ele cursava medicina na UFRJ.

Lucky por sua vez estava com seu namorado Wally, que era igualmente gato, a única diferença era que sua pele era mais clara, além dele ser ruivo e alto.

Quem dera tivesse a sorte de chamar atenção dos rapazes que nem elas.

— Vem, Rae! Sai um pouco desse celular. — Kory advertiu.

— Tô bem aqui! Obrigada.

Viu Lucky cochichar algo para Kory e revirou os olhos. Nunca gostou de Lucky, ela sempre lhe soou tão falsa, desde a época do Ensino Médio, onde andava com Tara Markov e Kitten Walker, as versões genéricas de Regina George e seu grupinho de meninas malvadas.

Agora não deveria estar diferente, pelo contrário...

— Caninana! — acusou num sussurro.

— É uma serpente muito brava — Uma voz soou do seu lado.

Deu um pulo e ao olhar, deparou-se com belas orbes esmeraldinas a encarrando. O dono delas era um rapaz, baixinho, cabelos e pele marrons, com músculos em desenvolvimento e uma combinação de roupas despojadas: regata branca e jeans azul marinho.

— Perdão se te assustei.

— Que isso, tô bem.

— Que bom. Gostei da sua fantasia.

— Obrigada. — Puxou uma mecha para trás da orelha.

— A Wandinha sempre foi a minha favorita da Família Addams.

— A minha também, como já deu para perceber.

Desviaram o olhar. Rachel ficou um pouco retraída, ele era um gato. Será que valia a pena investir?

— Também não bebe, suponho. — Ela perguntou.

— Eu bebo, mas hoje tô dirigindo, então — Deu de ombros.

— Finalmente alguém com juízo por aqui.

— Não parece estar se divertindo, gatinha.

Enrubesceu.

— Festas assim me deixam inquieta. Muitas pessoas num lugar só, me dá fobia.

— Então, quer aproveitar o ar puro lá de fora? — Levantou-se, apontando discretamente para a sacada.

— Como vou saber se você é confiável?

— Não tem como você saber. Mas daqui até a varanda tem muitas pessoas observando, não?

Ele foi até a varanda. Rachel suspirou e o seguiu.

A brisa era fria e balançava seus cabelos. Na rua, havia muitas pessoas correndo e se divertindo com os carros alegóricos. Léo Santana soltava o seu brilho naquele momento. Logo mais, começaria o desfile.

— Lindo, não?

— Demais.

Ela sentiu o rosto dele se aproximar do seu, a proximidade era tão intensa que parecia que o mundo ao redor havia desaparecido. Ele colocou a mão no seu rosto, os dedos traçando a linha da sua mandíbula com uma ternura que a fez fechar os olhos. Sua respiração era quente sobre seus lábios, um sopro suave que a fez ansiar pelo contato.

Então, finalmente, seus lábios se encontraram. Foi um beijo calmo. Ele saboreou o momento, a sensação de seus lábios contra os dela.

— Me desculpa — Ele murmurou quando se afastou.

Ela não disse nada, apenas o puxou para outro beijo, mais intenso desta vez. Mal se conheciam, mas naquele momento, a conexão entre eles era inexplicável. Ela não queria desculpas, não queria palavras. Tudo o que ela queria era ele, e naquele momento, era tudo o que importava.

Ao longe, conseguiam ouvir os fogos de artifícios.

O que aconteceria dali para frente era incerto: Se iriam se encontrar mais vezes ou se tudo se resumiria a uma ficada significativa de carnaval, mas Rachel havia prometido a si mesma que iria desacelerar, sem ansiedade. Se fosse para ser, seria.


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Notas finais do capítulo

Rachel de Wandinha é a melhor combinação que existe kkkkkk



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