Arya Stark: Um Conto de Ninguém escrita por Pedroofthrones


Capítulo 1
Capítulo 1




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Pela primeira desde que chegara nevava em Braavos.

Será que já neva em westeros?, se perguntou. Mas se ela queria deixar seu passado para trás, isso não deveria importar. Não devia questionar algo assim. Sou Mercy hoje, pensou. E ninguém amanhã. Mas esse amanhã levaria tempo. Muito tempo.

—Mercy!—Gritou Jorhan. Ele era um bravosiano, de 19 anos. Tinha cabelo castanho e olhos azuis. Ele conseguiu emprego com Izembaro há menos de uma quinzena.

Ela não o suportava.

—O quê foi?—Perguntou irritada—Não vê quê eu estou ocupada?

—Fazendo o quê? Vendo a porra da neve, cair? —sorriu. —oh, Mercy...Quer que eu aqueça 'ocê? Tá com frio? Vêm cá! Deixa eu esquentar 'ocê, com meus braços... e a minha língua. —Disse estendendo os braços para ela, e lambendo os próprios lábios sorridentes.

Mercy nunca gostou dele. Na primeira vez que o viu, ele segurou o pau, para ela. Enquanto se lambia como agora. Fora que sempre estava assendiando ela e as outras mulheres pantomimeiras. Isso lembrava ela, do seu antigo eu. De winterfell. De Theon. De Theon e de como ele…

Não, pensou. Ele não me lembra de ninguém.

—É que eu nunca tinha visto neve.–Não era mentira. Não para mercy.

—Oh, Mercy, vêm cá. –Ele se aproximou e ela saltou para trás dele quando ele se jogou a ela. O jovem rapidamente se virou rindo e a agarrou. E depois se jogou sobre ela, dando-lhe um beijo, na Bochecha… Sua intenção era beijar seus labios, mas ela virou a cara.

Ela tentará lutar contra. Mas ele era mais forte que ela. E começou a lhe fazer cócegas. Isso também lembrava...

—NÃO!–Ela gritou furiosa, mas não sabia se para o estúpido rapaz qye a agarrava ou se para suas lembranças.

—SIM!—Ele gritou de volta. —'ocê não vai dizer que não quer, vai?—Ele tinha um bafo de vinho. Deve ter ido ao bar de novo. Ele sempre ia pra lá.

Mercy bateu a própria cabeça contra a dele. Depois, conseguiu chutar o pau e a barriga dele.

O jovem levou uma mão ao nariz e a outra para região entre as pernas, gemendo de dor.

—O quê?—Disse Mercy— "O'cê" vai dizer que não queria?

Apesar da dor, Jorhan a olhou com furia.

—Ora, Sua…

De repente, Izembaro surgiu com um olhar furioso.

—Parem! –Gritou, Izembaro. –O que estão fazendo!? –Perguntou.

—Nada! —Disse Johan na defensiva. —Olha! —tirou as mãos das calças. Para mostra que era uma dor fingida.-Só estávamos atuando! Era um papel bobo de…

—Isso é verdade?–Perguntou Izembaro para Mercy.

—Sim–Respondeu Mercy.

—Ótimo. –Ele respondeu–Espero que não causem confusão!

Ambos assentiram.

—Pode focar tranquilo! –Disse Johan.

—Ah! E tomem cuidado! –Avisou, Izembaro. Arya sabia do quê...Mas Mercy não...

—com o quê? –Perguntou Mercy.

—Alguém matou um dos westerosis.

—O quê?–Perguntou Johan. Ele não sabia do incidente. Ele entrara depois do ocorrido.

—Um grupo de Westerosis vieram para fazer um acordo com o banco de ferro–Explicou Izembaro–Um deles desapareceu durante uma das nossas apresentações faz alguns dias e seu corpo foi encontrado ontem. Não se metam com esses Westerosi, mas também tomem cuidado com algum desconhecido.

—Está bem. –Disse Mercy.

Quand ele se foi, Johan disse:

—Se quiser, 'ocê, pode vir comigo na ida pra casa.

Muitas pessoas poderiam estranhar um gesto de proteção vindo de Johan depois de tudo o que ele fez; alguns poderiam dizer que isso mostrava que ele não era um babaca estúpido. E realmente, havia uma verdade em em sua voz e fala… Mas Mercy podia ler sua face. Podia saber suas reais intenções além das que ele deixava claro. Ela sabia que era mais do que apenas protegê-la, isso era apenas uma parte da verdade.

—Prefiro morrer, seu estúpido!

Ele ficou vermelho.

—Mas então, por que 'ocê mentiu?

—Porque, eu não quero confusões! —Disparou. —Agora, vamos com isso.

Eles atuaram o papel de dois órfãos, perdidos na neve. Sem comida e sem casa. E terminava com ela morrendo nos braços dele. Ele a apalpou, Mas ela lhe esbofetou-lhe o rosto.

—Não se atreva a fazer isso na peça!– Ela o ameaçou, enquanto ele botava a mão na área onde ela lhe dera um tapa—Ou farei ainda pior!

Ela saiu de perto dele, totalmente irritada.

Mas ela parou abruptamente quando viu Dunsen, um membro da trupe do montanha. Ela se escondeu rapidamente quando ele passou por ela.

Foi ele quem roubou o elmo de Gendry...

Quando o homem partiu, ela foi até Izembaro.

—O que ele faz aqui? –Perguntou a Izembaro.

—Ele? –Olhou de relance Dunsen que estava tão longe que estava quase sumindo de vista. –Ah, sim... Veio perguntar o que houve, aqui ha uma semana. –Deu de ombros. –Não houve nada. Disse que algum velhote do grupo viu uma garota com ele. Mas eu disse que só tinha você aqui e você estava ocupada no palco. E que já teve um caso assim antes, de um cantor qualquer. Ele foi visto pela última vez com uma vendedora, não com uma jovem pantomimeira.

Mas Mercy não estava no palco quando Raff sumiu...

—Fala do cantor Daeron?

—Esse mesmo, eu acho. Disse que ele morreu igual ao colega dele, e ele viu que não se tratava de ninguém daqui. Um Burro, com certeza. Nem se deu ao trabalho de averiguar muito.

—Mas ele não quis me ver?

—Falei que você não veio hoje–Ele respondeu.

—O quê? Por quê?

Izembaro apebas encolheu os ombros e saiu andando.

Se Izembaro soubesse de fato a verdade sobre Mercy, poderia explicar o motivo dele a ter acobertado. Isso explicaria o motivo daquela família a ter acolhido tão facilmente.

—Ele deve ir na Taverna hoje.-Disse Johan, se aproximando enquanto Izembaro se afastava.-Ele sempre tá lá.

O Deus de muitas faces é bom para mim. Agora, era só fazer o que fez com Raff.

—Oh! Está tão frio! –Disse Mercy, se abraçando.

Johan ficou confuso com a subita mudança de assunto.

Vendo a lerdeza do colega, Mercy o abraçou e perguntou bem baixinho:

—Você ainda pode me esquentar? Você, seus braços… –Chegou mais perto da orelha. –E sua língua? –E abraçou mais forte... E ele retribuiu.

—Sempre. –Ele ochichou de volta.

—Vamos então.

Ele a puxou para si e a beijou, passando com sua língua para entrar na boca dela. Ela a lambeu como fez com Raff. Lhe dava nojo, porém, menos do que com Raff.

—Aqui não. –Disse se soltando dele.

—Certo na minha casa então? Ou na sua?

—Eu...preciso de um copo. Me leva a taverna? –Ela sorriu.

—Devassa. –Ele disse. –É tão suja quanto eu, mas está bem! Vamos! Eu pago!

Quando eles chegaram, Dunsen ainda não tinha chegado. E ela ficou olhando para todos os lados, nervosa. E Johan percebeu.

—--O quê foi, Mercy? –O Rapaz Perguntou com malicia. –Está nervosa por quê? Não me diz quê nunca fez antes?

—Não é isso.- Respondeu. –É que...

E então ela viu Dunsen chegar.

—Eu Tenho que ir ao banheiro!

O Rapaz irritante revirou os olhos.

—Ué, vai então! E rápido!

Ela foi, mas tentou se perder entre as pessoas da taverna e de algumas voltas, para que Johan não a visse desviando do rumo.

Após conseguir, ela "esbarrou" em Dunsen, bem no momento que sua ele ia dar um gole, darramando toda a cerveja preta de seu caneca...

—AÍ!–E ele olhou para roupa suja–Sua puta!

—Oh, me desculpe! –Ela disse–Bem...O que eu lhe posso fazer? –Perguntou de forma engraçada e lenta. Como com Raff.

Dunsen olhou para ela, estranhando o fato dela falar a língua comum.

—Trabalha aqui? É de westeros?

—Oh, não para os dois… –Respondeu.– Mas trabalho para... Ninguém.

Ele franziu o cenho, fanzendo-o parecer mais estúpido.

—Mas posso satisfazer você… Todos falam que se deve fazer isso aos westerosis, principalmente a um senhor nobre. E dessa vez, não terei de cobrar, por mais que saiba que o senhor possa pagar mais que os meus clientes.

Ela sabia que ele iria fingir que era um senhor. Pois quando ela lge chamou assim, ele sorriu com malícia.

—Sério? –Ele perguntou com um largo sorriso–Bom, Então você pode se desculpar fazendo isso. –Levantou, seu queixo–Será que pode?

—Sim! E o senhor pode me aquecer nesse frio!

Ele se levantou e a pegou pulso, levando-a para fora.

—Onde?–Ela quis saber. Tinha que ver se era seguro

—No beco–Dunsen apontou para a direção.-Ali, vê? Não é longe.

Quando chegaram, ele largou o capacete, desamarrou os cordões, e arriou os calções. E a puxou.

—Vem cá, putinha–Seu bafo era podre–, já sabe o quê tem que fazer, certo?-Ele perguntou.

—Sim. –Arya respondeu con seu sotaque nortenho, sorrindo. –O mesmo que fiz com seu colega, Raff, o querido e o ex-patrulheiro e cantor, Daeron. O mesmo que vou fazer com você.

Estava escuro, mas, graças ao seu treinamento, Arya pôde ver o rosto de Dunsen ficar confuso, até finalmente entender e ficar branco, esbugalhar os olhos.

—Mas o quê, você está…?

Ela puxou a lâmina da manga, lhe furou a garganta, torceu, e puxou de volta, fazendo sangue jorrar. E o deixou agonizando.

—Valar Morghulis, estúpido–Ela disse, enquanto ele se debatia em agonia.

Ela teve que deixar o capacete de Gendry lá, e torcer para ninguém o pegar.

Quando voltou a Johan, ele estava beijando e alisando o seio e a bunda de uma puta qualquer. Até que a viu, e se virou para ela. Ignorando a prostituta

—Finalmente! Vamos? –sorriu.

—Não. –Respondeu. –Mudei de idéia. E além do mais, já estou aquecida.

Ele parecia que ia falar algo, mas desistiu.

—Está bem. –Ele diisse bêbado. –Mas eu te acompanho, 'Ocê não está segura a noite.

—Estou bem. E você já tem alguém para esquentar.

—Tem certeza?

—Tenho.- E ele deu de ombros e voltou suas atenções a outra moça.

Ela voltou ao beco e pegou o capacete de touro de Gendry, e o levou para casa consigo.

Devia matar Johan também, pensou. Ela iria para a casa do Preto e Branco amanhã, se o Homem Gentil a deixasse mais dias com Izembaro, ela não pretendia continuar sendo apalpada por aquele idiota.

Quando ela deitou na cama de Mercy, ainda segurava o capacete. Abraçou-o contra si, sentido saudades de Gendry. Saudades da matilha dela.

Na quela noite, teve o mais lindo sonho de loba.

Sonhou que ela e a matilha, mais os corvos, comiam o corpo multilado e enforcado do regicida. Pelo menos parecia com ele, tinha até a mão faltando.


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