Hyun e Yeonju escrita por phmoreira


Capítulo 6
Capítulo 6: omelete de geladeira




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/811012/chapter/6

O expediente já estava acabando, o que significava que Hyun e Yeonju iriam se ver logo, de alguma forma isso os deixava animados, mas também preocupados tentando entender esse sentimento novo em seus corpos. havia passado dois minutos do horário para ir embora quando Hyun olhou no relógio do monitor. ele e ela se levantaram quase que ao mesmo tempo, talvez um esperasse o outro, ou apenas tenha sido coincidência. ele pegou seu casaco como de costume e ela se virou colocando a alça da bolsa no ombro.

— te vejo essa noite então?- perguntou ele.

— sim, sim! - respondeu ela de forma tímida.

— Ok, estarei lá umas 18h pode ser?

— Tudo bem, precisa de algo?

— Não, não, pode deixar que eu levo tudo.

Ambos partiram para seus destinos. Yeonju  estava animada em recebe-lo em sua casa, mas havia lembrado que precisava arrumar o apartamento e verificar se precisava de alguma coisa, precisava se arrumar, afinal não iria recebê-lo de calcinha e blusa, por mais que por um lado em seu interior uma vontade sugira de recebê-lo assim.

15:50 quando Yeonju chegou em casa. Assim que chegou, se deparou com a bagunça, sua reação primária foi largar a bolsa e colocar a mão na cabeça diante do furacão que estava naquela sala. sobre a mesa da cozinha estava Haruki que lambia sua pata e olhava pra ela com uma expressão de que não estava nem aí.

— Meu deus, eu moro em um chiqueiro!

logo ela começou a arrumar tudo que podia, primeiro amontoou todas as peças de roupas em uma imensa torre sobre o sofá, depois enquanto enchia uma jarra com água na torneira da cozinha para regar as plantas que ainda não estavam mortas, ela limpava o chão correndo de um lado para o outro.

16:14 quando Hyun chegou ao mercado, aparentemente estava tudo tranquilo para ele, já havia feito a lista mental do que precisava preparar e começou pegando uma cesta para colocar os produtos. Porém assim que chegou a primeira prateleira notou que havia falta de produtos os quais eram extremamente importantes para sua receita. rapidamente pensou em outro prato que pudesse aproveitar e começou a ir aos corredores procurando o que precisava. a música de fundo do mercado era tranquila e ele curtia cozinhar então todo o processo de comprar e selecionar os ingredientes até o preparo era algo que ele gostava em segredo.

16:30 A casa já estava quase pronta, Yeonju havia terminado de limpar a sala e organizar a cozinha, a montanha de roupas estava já na máquina e ela agora colocava ração para o gato enquanto pensava em qual roupa usar. vasculhou o guarda roupa, olhou duas vezes na pilha de roupas, mas nada era bom o suficiente, pensou em pegar alguma roupa emprestada de suas amigas, mas tambem nao daria tempo. precisou voltar mais uma vez no guarda roupa para experimentar alguma coisa. ela não sabia o porque, mas queria usar uma roupa íntima mais provocante e a maioria era simples ou foca com desenhos. pegou então uma que se lembrou de ter ganho em uma despedida de solteira de uma amiga. era uma renda preta, com laço e fio dental. o sutiã por sua vez era meia taça sem bojo, valorizava as curvas naturais do seu corpo e mantinham um certo charme ao mesmo tempo que provocava. optou por um vestido florido que havia comprado uma vez em um brechó. ele era lindo e com um grande laço na cintura.

17:10 Hyun  ja havia comprado quase tudo que precisava, faltava apenas uma lata de ervilha. assim que chegou ao corredor dos enlatados viu que só havia mais uma lata o qual ele precisava, porém a sua frente haviam várias pessoas espalhadas pelos corredores, do outro lado do corredor, uma senhora também admirava a lata de ervilha e seus olhos se cruzaram como se ambos estivessem em uma savana caçando o mesmo animal. como se fosse um sinal de largada, a musica do mercado começou a tocar e ambos saíram em disparada até a lata. A senhora passava pelos clientes como se os anos de experiência tivessem lhe dado a maestria de uma ninja, Hyun até jurava ter visto ela dando um mortal por cima de um rapaz que escolhia a melhor sopa em lata. Porém o rapaz era inteligente e rapidamente calculou o melhor trajeto entre os obstáculos para conseguir pegar o prêmio. ambos corriam em direção a lata, ele acelerou o carrinho e andou pelas prateleiras enquanto se apoiava com o carrinho, ela por sua vez pegou velocidade e pulou dentro do veículo indo em direção a prateleira. no momento em que ambos se aproximaram Hyun viu que a senhora chegaria primeiro, então usou sua última cartada, jogou seu carrinho contra ela e pulou na prateleira. seu plano funcionou e a senhora fora de encontro com o veículo que se chocou e jogou todas as compras para o alto. ele caiu com tudo na prateleira, mas conseguiu pegar a lata. ela porém ficou soterrada por uma pilha de compras enquanto as rodinhas giravam no ar. Hyun comemorou, mas sua comemoração durou pouco quando notou que havia conseguido a lata, mas todo o resto havia sido destruído.

— Droga! de volta à estaca zero!

17:34 Yeonju havia saído do banho, a roupa estava pronta sobre a cama, estava no banheiro terminando sua maquiagem quando a porta tocou. ela achou que pudesse ser Hyun, tratou de correr para ver pelo olho mágico, mas era Ha-jun e de certa forma aquilo lhe deu um alívio, pois não estava pronta ainda. ela briu a porta de roupão e comprimentou o rapaz que mais uma vez ficou envergonhado ao vê-la.

— sim  Ha-jun, em que posso ajuda-lo?

— senhorita Yeonju! boa noite, desculpe incomodá-la, mas fiz um pouco de sopa e gostaria de saber se aceita um pouco, sobrou.

— Obrigada  Ha-jun, mas vou estar passando.

— Claro, claro, desculpe incomodá-la. tenha uma boa noite. 

O rapaz logo se virava para ir embora, mas Yeonju talvez por estar com fome ou por pena decidiu aceitar o alimento, ele era um bom amigo por mais que às vezes tentasse dar encima dela, ela sabia que ele tinha um coração bom e só tentava agradar.

— Espere Ha-jun, acho que vou aceitar a sopa, está com um cheiro muito bom!

— Obrigado, foi eu mesmo que fiz!

Ela pegou o pote com a sopa e colocou na geladeira, tratou de voltar ao quarto para se arrumar, mas assim que chegou Haruki estava sobre o vestido lambendo a pata.

— não acredito! saia daí agora mesmo! - gritou ela.

17:50 A fila estava imensa e metade das coisas que Hyun ja havia acabado, com ele apenas uma lata amassada de ervilhas e alguns ovos e presunto. todos os caixas estavam lotados e devagar, a única fila que demonstrava ter algum movimento era o de idosos e para sua surpresa a próxima na fila era a mesma senhora do embate passado. Hyun puxou um óculos escuro que estava exposto em uma parte do mercado e se aproximou dela com as mãos no bolso tentando disfarçar.

— Ó minha senhora, que tal ajudar um pobre jovem.- sussurrou ele.

— cinquentinha na minha mão!

— Como é?

— eu gaguejei? cinquenta ou vai pro final da fila.

— Mas que velha muquirana é você em!

— subiu para sessenta agora.

— Como é a velha carcomida?

— Eu vou gritar e os seguranças vão te expulsar, quer ver?

— Ta! ta! calma, eu pago os sessenta.

— Agora é oitenta!

— A senhora tá tentando se aproveitar de mim só porque já tá no bico do corvo né!

— Seu guarda! - tenta gritar a idosa, mas tem sua boca calada por Hyun.

— Tá bom! cala boca veia, eu to pegando a grana já!

Um segurança se aproxima desconfiado do rapaz na fila preferencial e pergunta a senhora se está tudo bem. Hyun rapidamente passou o dinheiro por trás das costas e entregou a mulher, que tossiu um pouco e fingiu que ele era seu neto.

— Está tudo bem seu guarda, esse é meu netinho, vamos netinho, passe para o lado de lá para empacotar as compras enquanto eu pago a moça do caixa.

— Eu vou é empacotar você sua velha ordinaria. - respondeu ele sussurrando.

O guarda acreditou e voltou ao seu posto enquanto Hyun guardava as sacolas no carrinho, assim que ambos terminaram e foram para o lado de fora do mercado, ele pegou suas compras e entregou o carrinho a ela.

— Toma velha louca!

— Da proxima vez nao se meta com a melhor idade meu rapaz.- disse ela entrando no carro após guardar as sacolas.

— Manda uma abraço pro adão e a Eva quando você ver ele de novo no paraíso sua cobra!

Enquanto carregava as sacolas, percebeu que a lata de ervilha não estava entre elas. olhou para o carro da senhora que cantava pneu e mostrava a lata na mão pela janela do carro.

— Mas que filha da…

17:55 Yeonju estava pronta, cabelos hidratados e cheirosos, roupa passada e sem pelos de gato, seu laço na cintura estava perfeito e a casa estava um brilho, porém ela estava morta de cansada, se arrumar assim não era fácil, e ainda por cima nem sabia o porque daquilo. Agora era apenas esperar que Hyun chegasse, então sentou-se no sofá.

17:56 Hyun atravessa o parque de bike, a sacola de compras quase voava de sua mão enquanto tentava desviar dos pedestres.

17:57 os olhos de Yeonju estavam cada vez mais pesados, ela tentava se entreter no celular, mas o sono parecia vencer. 

17:58 o trânsito estava um caos, e uma chuva se aproximava, se não fosse a bike de Hyun, provavelmente ficaria ali por mais umas duas horas, contudo ele conseguiu atravessar aquele caos. em determinado momento do trânsito viu o carro da velha parado e a lata de ervilha sobre o painel do carro. ele rapidamente pedalou até o carro e aproveitou a janela aberta dela e conseguiu parar a bike ao lado e pegar a lata. a velha arregalou os olhos e não conseguiu fazer nada pois estava presa no trânsito.

— A esperteza ganha da idade! uhul! gritou Hyun  enquanto saia dali.

17:59. Hyun  chega ao prédio as primeiras gotas da tempestade já o alcançaram, largou a bicicleta e mandou mensagem para Yeonju avisando que havia chego, porém ela já estava cochilando e ele olhou no relógio e faltava menos de 1 minuto para as 18:00. ele sempre fora pontual e não iria falhar agora. assim que teve a chance, esperou um morador abrir a porta do prédio e entrou, correu até as escadas e tinha uma vaga ideia de qual andar ela morava, por ter ouvido alguma conversa com as amigas do trabalho. ele correu as escadas, as sacolas de papel já amassadas e os produtos dançando dentro das embalagens. Assim que chegou ao andar, não se lembrava qual era o número, saiu batendo em todas as portas até que finalmente alguém abriu. 

— Oi, em que posso ajudar? -  respondeu Há-jun enquanto olhava para fora de sua casa.

— Mil desculpas, você poderia me dizer onde Yeonju mora?

— Há sim, claro. ela mora ali ao lado. - respondeu ele enquanto se dirigia para a frente de Hyun.

— Obrigado! respondeu Hyun.

— Você é o que dela? perguntou o garoto enquanto parava na frente de Hyun.

— Colega de trabalho, e você é quem?

— O vizinho e melhor amigo dela!

— Prazer, agora preciso ir, obrigado mais uma vez.

— Não! espere, quero dizer. - gritou  Há-jun tentando impedi-lo.

— Olha, podemos conversar depois, preciso mesmo entrar!

— O que trouxe na sacola?

— Meu deus garoto, me deixe passar! 

18:00 Yeonju abriu a porta ao escutar os dois discutindo no corredor, ela encostou ao lado e ficou olhando os dois tentando ter uma disputa de quem tinha o maior ego.

— Vocês dois querem pistolas ou talvez um pedaço de osso?

Os dois pararam imediatamente ao escutar a voz dela. ambos admirados com a beleza dela, sua roupa estava realmente impecável e tirando um pouco de cabelo na boca por estar dormindo no sofá, não havia nada em sua aparência que não deixassem os dois de boca aberta. 

— Olá senhorita Yeonju, esta formidável esta noite!

— Obrigada  Há-jun! - respondeu ela sorrindo.

— Boa noite Yeonju, cheguei no horário combinado, trouxe as coisas para o jantar.- respondeu Hyun arrancando as sacolas de compras das mãos de Há-jun

— Boa noite Hyun, estou vendo, mas está atrasado! Os pratos são seus!

Ele olha no relógio e são exatamente 18:01 quando ele atravessa a porta do apartamento. Logo imagina se o vizinho tinha algum plano com ela para que ele se atrasasse de propósito. Ele entra, deixa as sacolas em cima da bancada e mais uma vez pede desculpas pelo atraso. 

— Tudo bem, o que irá fazer de bom para nós? ela pergunta.

— Bom, preparei uma receita de pato com molho e legumes na manteiga, porém alguns imprevistos me fizeram perder o pato e os legumes.

— Bom… nesse caso o que sobrou?

— um pouco de cheiro verde, presunto e uma lata de ervilha…

— Quer pedir algo para comer? ela respondeu de forma engraçada.

— Não, não, me deixe ver apenas o que podemos fazer.

— Bom, se quiser olhar a geladeira e ver o que pode aproveitar. respondeu ela enquanto pegava uma garrafa de vinho.

— Vou ver, se me permite.

Ele foi ate a geladeira e quando abriu viu alguns ovos que pudesse aproveitar, um pouco de manteiga e alguns cogumelos.

— Já sei o que fazer!

— Conte então  senhor chefe de cozinha!

— Há uma receita que aprendi quando mais novo, sempre fazia quando tinha fome mas não tinha muito o que comer, acho que ficará do seu agrado.

— Matando a minha fome já basta, vamos ver então.

— Se chama Omelete de geladeira, basta eu acrescentar o que tiver na geladeira e esta pronto!

— Falando assim não parece nada delicioso!

— Não é questão de quais ingredientes se tem, mas de como combiná-los! vou mostrar.

Hyun rapidamente colocou seu avental, pegou uma faca da cozinha e uma tábua ao lado e começou a cortar e fatiar. Parecia que ele fazia aquilo por prazer, cortar, fatiar, separar os ingredientes, cozinhar parecia ser uma forma dele se expressar e se soltar e talvez Yeonju tentasse disfarçar, mas estava tão admirada em vê-lo cozinhando, quanto ele ao vê-la na porta com o vestido. 

Frigideira ligada, fogo médio, apenas para deixá-la quente. em seguida em um recipiente ele coloca os ovos, são dois para cada, joga sal, pimenta do reino, orégano e o cheiro verde. mexe tudo com um garfo, colocar o presunto, um pouco de cogumelos que quis saltear na frigideira com manteiga e coloca na tigela também. mistura tudo mais uma vez com o garfo, acrescente um pouco de noz moscada, enquanto Yeonju coloca uma música de fundo. ali, aquela cena, naquele momento os dois estavam conectados, ela o admirava de longe cozinhando, enquanto ela segurava uma taça de vinho e colocava uma música. ele, bebia um pouco do vinho mas voltava sua concentração para o preparo.

— Teria um pouco de fermento biológico?

— Acredito que sim, ali no armário, mas para que?

— Esse é o segredo, minha avó que me ensinou, ajuda a ficar com uma massa fofinha e leve.

Talvez ela tenha achado fofo ele comentar da avó, mas não quis deixar tão perceptível assim, mas não tinha como esconder que achava incrível a facilidade que ele tinha em cozinhar como se sentia à vontade.Ele não demora a achar o fermento e colocar uma pitada na mistura, mexe mais uma vez e coloca na frigideira com manteiga. O cheiro estava realmente muito bom e isso ajudou Yeonju a ficar com ainda mais fome. Em seguida ele pega os pratos, coloca com cuidado o omelete sobre e finaliza com um pouco de queijo ralado e cebolinhas por cima.

— pronto! aqui está! Não é uma carne mal passada, mas acredito que irá gostar!

A mistura de sabor e sensações era totalmente nova para Yeonju. os ingredientes cortados em pequenas porções, combinadas com o tempero que ajuda a levantar o sabor e o queijo que derrete com o calor dos ovos, fazia daquele simples omelete não ter nada de simples e um sabor digno de estrela michelin.

— Olha, preciso admitir! isso aqui está do caralho! - respondeu ela de boca cheia.

 - Fico feliz que tenha gostado! - respondeu ele rindo.

Os dois terminaram o prato quase ao mesmo tempo, então enquanto Hyun terminava de lavar os pratos, como era o combinado, Yeonju trazia do quarto seu laptop para mostrar as ideias que havia tido sobre o vídeo. Logo em seguida ele se aproximou e tirou seu tablet da bolsa.

— Bom, como disse, pensei em fazer algo sobre as sakuras e sobre a influência delas na cultura japonesa.

— E o que pesquisou de bom?

— Bom, tem uma história antiga sobre uma princesa chamada Konohana Sakuya e diz a lenda que a palavra sakura teria surgido quando essa princesa caiu do céu próximo ao monte Fuji e acabou por se transformar na flor de cerejeira. Os japoneses acreditam que ela é uma deusa protetora do monte Fuji vivendo entre as nuvens que pairam sobre o monte.

— Interessante e como pretende mostrar isso no vídeo?

— Bom, pensei em fazer umas tomadas no parque e eu me vestir de princesa.

— E como faríamos o vulcão?

— Faríamos? e quem disse que eu pedi sua ajuda?

— Bom, não pediu, mas estou me oferecendo, gostei da ideia.

Ali ela ficou corada, tentava disfarçar, talvez o vinho já tivesse tido efeito, mas ela estava um pouco mais à vontade.

— E você Hyun, sobre o que vai fazer?

— Bom, eu pensei em mostrar algo com os meus desenhos, captar aquilo que os outros não veem ou não param para enxergar. pegas algumas fotos que tirei e misturar com alguns desenhos e mostrar sobre a beleza da vida que deixamos passar pois estamos muito ocupados com as correrias da vida.

— Posso ver seus desenhos? ela perguntou.

Hyun ficou um pouco relutante em mostrar, mas cedeu e entregou a ela seu caderno preto guardado no bolso de trás da calça. entre anotações e receitas, muitos desenhos se destacavam, algumas paisagens, objetos rabiscos e bikes, mas o que mais chamou a atenção de Yeonju foram seus olhos, seus olhos estavam ali desenhados, varias e varias vezes. não apenas seus olhos, mas seu rosto, seus lábios se misturavam por paginas e paginas.

— Isso é realmente lindo! Você tem talento Hyun.

— Nada, é apenas rabiscos de um peixe.

— Peixe? - ela perguntou.

— Ha, nada demais, apenas uma brincadeira, é meu signo.

— Você realmente deveria publicar isso, está muito bom.

Os dois ficaram ali conversando e planejando por horas como poderiam realizar seus vídeos. O som da chuva ao fundo quase nao era notado pelos dois que pareciam estar em sintonia conversando sobre o trabalho. Hyun estava empolgado, se levantava toda hora e gesticulava com as mãos tentando explicar para Yeonju suas ideias, ela por outro lado estava cansada e com sono, lutava para deixar os olhos abertos e prestar atenção no que ele dizia. Até que finalmente ela cochilou, ele demorou cerca de 9 minutos para se virar e perceber que ela já estava dormindo. tirou o pé de cima da mesa de centro e sem tentar fazer barulho recolheu tudo da sala, deixou tudo arrumado e a pegou no colo para levá-la até a cama sem que ela acordasse. A depositou com cuidado na cama e afastou os cabelos de seu rosto. olhou sua boca por alguns instantes enquanto estava perto, mas sabia que aquele não era o momento para beijá-la. Se inclinou e beijou sua testa e sussurrou.

— Boa noite, linda flor de cerejeira.

Ele se afastou para deixá-la dormir, mas fora impedido pelo doce toque da mão de Yeonju que segurou seu pulso e com uma voz de sono disse.

— Fica!, está chovendo, dorme aqui.

A vontade de dormir ao lado dela era grande demais, sentir seu cheiro, seu gosto, pode descobrir seu corpo, mas não era o certo, não com ela sonolenta e sobre efeito de vinho. sussurrou que ficaria, mas assim que ela voltou a dormir, foi para a sala, deixou suas coisas sobre a mesa e se sentou no sofá. ele olhava para a vista do lado de fora, a chuva estava realmente forte, logo Haruki se aproximou e deitou ao seu lado, como se pedisse carinho. Ele atendeu e afagou suas orelhas enquanto o gato ronronava. ali no sofá ele adormeceu, junto ao felino que o fizera companhia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hyun e Yeonju" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.