Mágico Espelho Meu

Meu passado, então vamos falar do meu passado. Minha mãe se chamava Cora e meu pai Henry, minha mãe dizia que o amor era apenas uma distração, uma distração do poder, riqueza e conforto. Já meu pai sempre me ensinou a amar e acreditar em meus sonhos. Um certo dia sai pela tarde ao encontro do meu verdadeiro e único amor, Daniel, estava tudo bem, sempre nos encontrávamos escondido por conta da minha mãe, ela não aceitava, não entendia que eu o amava, que aquele era meu futuro e minha felicidade.

Vi um cavalo desgovernado e uma menininha pedindo ajuda, não pensei duas vezes em cavalgar e salvá-la, assim fiz. Ela me disse que se chamava Branca de Neve. O rei ficou tão agradecido que me pediu em casamento, não dera tempo de recusar o pedido, pois minha mãe já havia aceitado por mim. Após o rei ir embora, sai correndo contar para Daniel o que havia acontecido, combinamos de fugir antes do casamento, nos abraçamos e nos beijamos, quando Branca nos flagrou…

Convenci Branca para não dizer nada ao rei e à minha mãe, ela deu sua palavra que não iria dizer. No dia seguinte Branca foi manipulada pela minha mãe e acabou contando o nosso segredo. Quando eu estava junto a Daniel, pronta para ir embora com ele, minha mãe nos encontrou, ela arrancou o coração dele e o matou. Acabou com uma parte de mim, vi meu verdadeiro amor morrer e não pude fazer nada. Meu coração se partiu e deixei de ser a Regina boazinha que as pessoas em meu redor conheciam, descobri que quem tinha contado era Branca, então um desejo, um prazer avassalador de vingança subiu a minha cabeça, mesmo que eu não queria se parecer minha mãe, não pude evitar. Mas de uma coisa eu tenho certeza, fui melhor que ela!

E depois a história, vocês sabem. Só não sabem o que vou contar agora, então prestem bem atenção, pois minha nova história começará agora.

| Dias Atuais

Nosso Mundo, Storybrooke |

Agarro o travesseiro, em meu corpo o suor estava tomando conta, então tomo consciência, me sento rapidamente na cama e vejo ao redor. O relógio marcava 01h da manhã, ainda confusa me levanto da cama, coloco um hobe e saio do quarto em direção a cozinha.

Na minha cabeça estava me questionando: "Será que foi só um pesadelo ou realmente eu sonhei que tinha deixado de ser a Rainha? Será que realmente deixei minha vingança para dar espaço ao amor? Como se houvesse uma nova maldição? No passado lancei a maldição das trevas que levou todos da floresta encantada a Storybrooke. Será que alguém tão poderoso quanto a mim lançou 

outra maldição? E agora afetando-me?"

Fui interrompida pela voz do meu filho Henry me chamando.

— Mãe? Está tudo bem? – Perguntou o garoto de cabelos castanhos, seus olhos tinham um pigmento caramelizado, sua pele tão branca que se ele ficasse no sol por ao menos cinco minutos, ficaria como um tomate.

— Henry? O que faz acordado a esta hora?– Digo surpresa ainda tentando digerir tudo que estava acontecendo comigo.

— Mãe, eu perguntei primeiro.– Disse ele dando umas pausas.

Pensei um pouco antes de responder, então respondi:

— Eu… ah… eu estou bem, senti sede e resolvi descer. – Falo medindo as palavras, tentando encontrar uma bela desculpa para não dizer a verdade.

— Que coincidência, descia pelo mesmo motivo… – Disse Henry enchendo um copo de água, levando até a boca.

— Henry. Você por acaso lembra do que aconteceu ontem? – Ele me entrega um copo também e enche de água.

—Sim, mãe. Ontem você me levou à escola, depois almoçamos juntos, você disse que iria trabalhar como sempre e assim seguimos como todos os dias. – Ele respondeu mesmo sem entender o motivo da pergunta.

É, cheguei a conclusão que foi apenas um pesadelo, continuo sendo a rainha, mesmo que ninguém além de mim saiba.

Nesse momento me senti um pouco triste, não sei o motivo, em seguida me veio uma felicidade imensa. Eu sou a Rainha Má, tenho o meu filho, vivemos uma vida normal, o que mais poderia pedir?

Imediatamente dou um sorriso de orelha a 

Orelha, abraço Henry.

— Eu te amo, Henry. –Digo feliz, ainda abraçando ele.

— Mãe, você está estranha, mas… eu também te amo. – O garoto riu e saiu do abraço.

— Vem, vamos para a cama, você precisa dormir, mocinho.

Rimos juntos, terminamos de beber a água e fomos para meu quarto, Henry tinha decidido que iria dormir comigo, não pensei duas vezes em aceitar.

Já deitada de novo e com meu filho nos braços, penso:

"Se isso for um sonho, pode ter certeza que não quero nunca mais acordar"

Em meio aos pensamentos adormeço.

No dia seguinte, Regina se levanta, faz sua higiene matinal, se arruma, quando ela sai do banheiro, o seu filho já não estava mais na cama, ela vai até a janela e aprecia a vista, onde dava para ver as ruas, a torre com o relógio, os carros transitando, como um dia 

normal.

Vou ao quarto de Henry e o vejo quase pronto 

para ir à escola.

— Bom dia, filho. – Digo indo ajudar ele a pentear seu cabelo.

— Bom dia, mãe. Dormiu bem? Está mais feliz que os últimos dias. – Disse Henry animado.

— Oh… estou feliz mesmo e dormi muito bem, obrigada, me diga você, dormiu bem? – Termino de ajeitar o cabelo dele e lhe dou um beijo na bochecha.

— Ótimo mãe. – Ele sorriu.

Após o menino terminar de se arrumar, ambos desceram, tomaram café e saíram, Regina levou Henry à escola e foi para seu escritório. "O escritório da prefeita"

Os funcionários estranharam o meu jeito simpático de cumprimentar e realmente até eu estou me estranhando, fui até minha sala e quando abri a porta me deparei com uma surpresa…