The Big Break: Guns & Roses escrita por Arley cristian


Capítulo 6
A garota perfeita




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Nós dois fomos até a casa dele de carro. Foi uma viagem rápida, pelo menos para mim. Eu acabei dormindo no banco do carro. Não sabia dizer se foi por que eu não consegui dormi nada naquela cela da delegacia ou por causa da minha falta de sono nos dias anteriores. Acho que um pouco dos três.

 E eu novamente sonho com ela. Dessa vez ela estava com um vestido azul e apresentava um leve sorriso.

 - você fez bem. Você a salvou. Estou muito orgulhosa de você mas, precisava ter sido tão violento?...

Era a voz da minha irmã doce e serena como quase sempre só que dessa vez ela parecia levemente decepcionada.

—espera oque? Não eu fiz o que precisava ser feito e aquele cara mereceu isso certo? E além do mais ela está segura agora.

—Você a salvou mas, você fez isso por ela?

Bem quando eu tento falar alguma coisa todo o cenário da nossa casa começa a se desfazer. Eu estou acordado de novo.

Quando eu abro os olhos Claus está balançando meu braço para que eu acorda-se.

 - Boa tarde cinderela, desculpa ter que te acordar mas, chegamos.

 Eu esfrego meus olhos. E dou alguns tapinhas no meu rosto. Abro a porta do carro e saio. Ele toma a frente e abre a porta da casa dele para que eu pudesse entrar.

 Sua casa é “humilde” não tinha nada de mais e nada de menos uma casa normal. Com dois andares quatro quartos uma cozinha uma sala e talvez dois banheiros. Ele me pede para sentar e esperar um pouco. Logo após isso ele sobe para o segundo andar da casa, fica lá por cerca de cinco minutos e depois desce.

—Então você gostaria de alguma bebida?

—Café.

—Mas, é uma e meia da tarde.

—bem forte e com açúcar.

—Então tá, você quem sabe.

Depois que ele prepara o café ele me dá uma caneca que eu encho ela toda e tomo um gole.

—(suspiro) A inspiração na forma de uma caneca. Então do que você quer falar?

—Tá você por algum acaso é irmão de Sara Brody?

—Sim eu mesmo. Porquê?

— Cara como esse mundo é pequeno. Sua irmã já estudou com a minha.

—Serio?

—Sim inclusive (sua expressão muda para uma mais triste) sinto muito pelo oque aconteceu.

— E.

—Eu imagino como deve ser a sensação de perder alguém tão próximo.

—é horrível. Agradeça a Deus por você não ter passado por isso.

— mas, o que aconteceu exatamente?

—Como é?

— meio que eu não sei a causa da morte dela. Minha irmã tinha falado que ela tinha sido atropelada. Porém, outras pessoas me disseram que foi um latrocínio e outras que ela caiu. No final parece que foi tudo muito incerto?

— Aé... Sabe cara a coisas que você não precisa saber.

—como assim? O que aconteceu?

—Eu apenas não quero falar sobre isso...

—mas, por que?

Eu olho para ele e fico em silêncio por alguns segundos.

—Tá bom, eu entendo.

—tem mais uma coisa. Quem era aquele cara? Tipo agora que meu sangue esfriou. Eu me sinto meio mal.

—Cara. Fizera pouco em tê-lo deixado todo quebrado desfigurado irreconhecível até pra mãe.

—Gosto do fato de você odiar ele. Agora quem é ele?

—ele era um “amigo”.

—Com um amigo desses quem precisa de inimigos?

—É no início até que ele era gente boa. Bem eu particularmente não gostava dele porém ele era como um guarda costas para minha irmã. Ele a protegia de valentões que a zuavam pelo seu problema de fala e outras coisas.

—Antes de você continuar deixa eu te perguntar uma coisa. Qual o nome da sua irmã?

—Espera aí. Como você ainda não sabe?

—É que ninguém me contou e eu ainda não perguntei.

— É Yuri.

—Tá mas como isso aconteceu? como chegou a esse ponto?.

—Eu não sei ao certo. E minha irmã se recusa a falar sobre isso. Mas, tudo começou a mais ou menos um mês. Ela chegou em casa e estava bem estranha. E cada dia que passava ela parecia mais triste. Ela não queria sair de casa nem ir a escola. Até que chegou o dia em que ela. Não suportou mais oque acontecia e me contou tudo.

 Tem um lugar atrás da escola que ele a forçava a ir. Ontem eu tinha planejado junto a ela um plano para o pegar no flagra. O problema é que para mim não bastava apenas fazê-lo ser preso. Eu tinha que garantir que ele não sairia de lá.

—E o que você fez?

— Eu comprei quase meio quilo de drogas e escondi na casa dele. E fiz uma denuncia de tráfico para polícia. Roubei o telefone dele e mandei um monte de mensagens para os colegas de classe dele para ir tomar cerveja.

—... Eita poha. Espera aí por que vocês simplesmente não denunciaram ele? Ou por que ela não te contou oque estava acontecendo desde o início?

—Chantagem. Tanto física quanto emocional. Ele a ameaçou a corta a garganta dela caso ela conte a alguém. Além que ele tinha dois telefones. O que eu roubei e outro que ele guardava vário vídeos e fotos dela.

—E ele ia posta na internet e enviar para todo mundo caso ela não colaborasse, eu presumo.

— Bingo. Felizmente acabou, e se tudo der certo ele pega mais quarenta anos de prisão com o pior tipo de pessoa do mundo.

— e que dia vai ser o julgamento dele?

—É hoje, e é possível que amanhã já vão está comendo o cu dele na prisão.

—Caraca.

—Cara eu tenho que te pedir, você deve ser a provável única pessoa que entende qual é a dor de se sentir impotente perante a uma tragédia como essa. Por isso me diga foi errado fazer o que eu fiz?

—Eu não te julgo, teria feito pior.

—Pior quanto?

 Eu me abaixo tiro meu sapato e tiro o canivete que eu tinha escondido dentro dele pra a polícia não pegar. Eu o abro e mostro o resto de sangue que ainda tinha nele. E com um ar de seriedade eu falo para ele.

—Se fosse você no meu lugar e você estivesse com um desse, mesmo que no impulso você teria estômago para finalizar o serviço?

 Claus fica em silêncio por alguns segundos.

—...

—Não precisa responder. De qualquer forma sugiro que vocês se mudem. Não me leve a mal, o problema e que ele vai sair. Ou mesmo que ele não saia ele vai arranjar uma forma de ir atrás de vocês.

—É eu sei e a gente já ia se mudar de qualquer forma. Não é como se pudéssemos continuar aqui.

—É para onde vocês vão?

— Para Chicago. Assim a gente vai ficar mais perto de mãe.

—Vocês moram sozinhos?

—Mais ou menos, o trabalho da minha mãe exige que ela viagem para o outro lado do país constantemente. E a gente já ia pra lá mesmo.

—Entendo e que dia vocês vão?

—Nos vamos daqui mais ou menos duas semanas.

Eu me levanto da cadeira. E olho as horas no celular.

—É eu tenho que ir.

Claus se levanta e segura minha mão em um gesto de comprimento.

—Cara eu ainda não sei como te agradecer, qualquer coisa que você precisa eu te ajudo.

—Me liga um dia antes de você ir embora, tem uma coisa que eu gostaria que você me ajudasse.

—Eu ajudo e só você falar que eu vou

—Obrigado, e só mais uma diga para sua irmã que está escondida espiando a nossa conversa que eu mandei um oi.

Ele olha para trás, solta um sorriso.

—Tá eu farei.

 Eu pego minhas coisas e vou embora. A questão é: em que bairro eu estou?...

 Depois de algumas horas eu finalmente consegui chegar em casa. Meio que eu me recusei a pedir carona para o Claus.

Eu estou cansado, quebrado, sujo e fedendo a suor. Eu abro a porta e lá está minha correspondência. Eu a pego e olho envelope por envelope.

—Conta de luz, conta de água, internet.

Porém no meio de tudo estava um dos itens mais importantes para meus planos. A minha recém tirada carteira de motorista.

 Eu iria precisar dela para ir para o Colorado porém, isso e irrelevante no momento.

 Eu entro para dentro um pouco mais alegre. Vou diretamente para o banheiro e tomo o provável banho mais gostoso da minha vida.

 Bem agora eu tinha alguém para corta a luz da rua da casa dos Deod’oro. Isso me dá duas semanas para concretizar tudo.

 Eu estava com um pouco de sono porém, eu já estava a alguns dia sem treinar. Já era sexta-feira e eu teria o fim de semana inteiro para tentar bater meu recorde de levantamento de peso.

 De repente meu telefone começa a tocar. E eu o atendo, obviamente.

—Alô quem é?

Uma voz feminina e familiar atende o telefone.

—Cara eu estou tentando ligar para você a manhã toda.

—E eu ainda não sei quem é você.

—Sou eu Sabrine seu idiota.

—Ah... Espera aí como você conseguiu o número da minha casa?

—A katelyn conhece um cara.

—isso explica muita coisa.

—Vem cá você Brigou na escola ontem e eu quero saber o porquê?

—Pera aí é Oque!? Como você não sabe?

—A diretora se recusou a pronunciar-se sobre qualquer coisa relacionada. E eu estou curiosa pra saber o motivo.

—Não sabia que você era do tipo fofoqueira. E não acho que você precisa saber o motivo do por quê eu bati nele.

—bateu é uma palavra meio fraca. O certo seria desfigurar o rosto de uma pessoa até que ele fique irreconhecível até pra mãe é um termo mais apropriado.

—Se fosse por motivos pessoais até eu contaria mas, foi por causa de outra pessoa.

—Olha só quem diria então a lenda do cavaleiro sagrado que desceu ao céus e protege os indefesos e oprimidos e real e ele anda de bicicleta.

—É desse tipo de coisa que eu odeio nas mulheres é difícil saber quando vocês estão sendo sarcásticas... Espera aí se você já sabe da história toda por que está me ligando?

—Primeira regra da fofoca: sempre confirme a história com a pessoa que criou ela. Apesar que essa história viajou mais rápido que notícia ruim. Pera aí, essa história é uma notícia ruim.

—Droga a última coisa que eu precisava era de mais uma dor de cabeça.

—Olha pelo lado positivo você meio que virou uma celebridade. Talvez uma lenda. “Olha o que acontece com aqueles que procuram confusão com o aluno quieto “. Aé você ainda tá prisão ou oque?

—... Você já se esqueceu que você ligou para o telefone da minha casa?

—Aé tem isso. Bem de qualquer forma eu tenho que ir agora. Sabe depois da escola na segunda você estaria livre? A gente deveria fazer alguma coisa.

—Sim? Sim, sim com certeza e oque você gostaria de fazer?

—Bora no cinema?

—Sim já tinha um filme em cartaz que eu queria ver.

—Sim, Beleza então até segunda tchau beijos.

—Tchau pra você também até segunda.

 Eu desligo o telefone.

—tá isso foi mais fácil do que eu pensei. Bem de qualquer forma segunda será um dia no mínimo agitado... espera aí uma garota me chamou pra sair?

 


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