- Então quer dizer que vocês sabem o que é amor? – Disse o moreno que finalmente havia se recuperado do êxtase que lhe havia proporcionado.

- Amor...? Claro que não, apenas queremos liberdade, é pedir demais? – Disse o loiro se sentando na cadeira próxima.

- Não liga pra ele estrangeiro, Uru tem medo de se apaixonar – Disse Kazuki em um tom de deboche.

 Yuu estava pensativo, estava começando a se arrepender seriamente por ter testado sua máquina em si próprio.  Estava analisando os dois andróides que estava em sua frente, eram bonitos, mas com o humor totalmente opostos. Kazuki parecia ser mais ousado e alegre do que Uruha, aquele loiro havia lhe chamado atenção, mesmo que seja um pouco rude, mas por trás daquilo, ele conseguia enxergar uma pessoa doce.

- Hein estrangeiro, como você é distraído! – Disse o ruivo sorrindo ao perceber que o cientista estava no mundo da lua.

- Meu nome é Shiroyama Yuu, me chame de Aoi.

 Pela primeira vez Uruha olhou nos olhos de Aoi, e lhe deu um sorriso sincero, se levantando.

- Parece ser uma pessoa boa Yuu, irá nos ajudar?

- A-ajudar?

- Mas é claro, se é mesmo do passado, não conseguirá mais sair daqui. Seu passado foi apagado... Você não existe mais na sua época, agora você também pertence a essa era.

 Era tantas informações para guardar de uma vez, não conseguia pensar. Mas uma coisa que lhe deixava assustado era como Uruha sabia de tudo aquilo.

                         -*-

- ME SOLTA POR FAVOR SHINJI! PARA COM ISSO! – gritava o loiro se debatendo, tentando a todo custo escapar dos braços de um moreno.

- Cala a sua boca, sua puta maldita! – Dizia Tora enquanto levava o loiro para uma cela. – O senhor ficou muito decepcionado com você, vai ter que ficar na solitária. – Dizia com um sorriso de canto.

- POR FAVOR SHINJI, VOCÊ SABE PORQUE EU NÃO QUERIA MAIS FICAR AQUI! – mas o moreno não lhe deu atenção, apenas abriu uma cela, jogando o menor ali mesmo.

- Vocês...Me deixem a sós com o senhor Sakamoto... – Disse em um tom frio, sem ao menos olhar para os guardas que haviam lhe seguido para deixar o loiro na solitária. Os guardas apenas se retiraram em silencio. Tora foi se aproximando do menor, que havia se encolhido em um canto daquela cela, se abaixou, segurando firmemente o rosto  deste, apertando com força, fazendo com que Saga soltasse um gemido dolorido.

- O que você estava pensando Takashi? Que o senhor não iria atrás de vocês? Que vocês estariam livres se fugissem dele?? – Disse o moreno com o rosto muito próximo de Saga, o fitando friamente.

 O loiro o fitava do mesmo modo, não tinha medo de Shinji, apenas sorriu maliciosamente, aproveitando a aproximação do moreno, lambendo os lábios do mesmo lentamente, sem parar de fita-lo.

- Foi um gravíssimo erro. O que irá fazer comigo tenente Amano..? – disse em um tom ousado, sentindo um sorriso brotar nos lábios do tenente.

- Quem tocou em você lá fora..? – Disse o moreno, puxando o loiro para que este se sentasse em seu colo.

- Não deixaria ninguém me foder, além de você Tora... – Disse simplista, se ajeitando no colo do mesmo.

- Você é um idiota Takashi, por que não me avisou que iria escapar? Por que não falou para eu ir com você? – Tora foi surpreendido com uma gostosa risada do loiro, abraçando-o fortemente.

- Shinji, você é o tenente do senhor. Não queria que soubesse de nada para que ele não fizesse nada com você... – disse acariciando a face do tenente.

- IDIOTA! Poderia ter morrido!

- ... Desculpa

- E os outros...?

- Escondidos, eu deixei que os guardas me pagassem... Não queria ficar mais tempo longe de você...

- Estúpido, não mudou nada nesse um mês foragido.

- Não fala assim Shinji! Você sabe porque voltei... – disse sorrindo gentil, colando os lábios levemente com a do mais alto, que logo o afastou.

- Podem nos ver aqui.

- Ora,ora... Tenente Amano com medo de ser pego fodendo um prisioneiro? – riu o loiro após receber um leve soco em seu próprio ombro. – Está fingindo ser bem fiel ao nosso senhor...

- Tenho que fazer isso. Senão você sabe Takas...

Mas foi interrompido pelo loiro que havia lhe puxado novamente para um beijo, mas era um beijo diferente, era um beijo de saudade, de carinho, será que ambos estavam descobrindo realmente o que era amor?

-  Me desculpe por ter te preocupado, tenente.

Continua...