Eu devia saber .

Eu não ia ficar naquela paz e tranqüilidade para sempre . Não . Claro que não . É óbvio que não . Tinha que acontecer alguma coisa .

Eu tinha que  ter um pesadelo .

De novo .

Nele , eu corria . Havia uma tempestade desabando atrás de mim , quando ouço uma voz : - Corra . Se salve . Eu fico ... – a voz se interrompe fazendo um gemido de dor – aqui – diz ofegando .

Eu nunca iria deixar alguém morrer por mim .

Dei meia volta , procurando o dono da voz . Vi uma figura deitada no chão com uma aparência sofredora . E num espasmo eu o reconheci : Peter .

“ Não ! “Era só o que eu tinha em minha mente . “ Não , ele não !”

Corri até ele com desespero . Ele não ! Ele não ! Mas era . Não havia dúvida disso quando avistei os cabelos loiros já conhecidos .

Me ajoelhei a seu lado , e falei:

- Não , não , não ! Resista , resista !

E eu congelei . Porque uma voz , cortante e fria como gelo , disse :

- Ele não irá resistir . E você também não .

E tudo ficou escuro .

Mas o meu maior desespero foi-se a seguir :

Eu não estava acordando .