Agora que as coisas ficaram mais tranquilas para o bando Lee, eles recebiam visitas constantes de seus amigos, nunca apenas por eles como costumava ser antigamente, mas mais pelos seus filhotes, os mais velhos e os recém-chegados, e as visitas eram sempre regadas com muito carinho.

Os amigos também auxiliavam o bando enquanto estavam em suas casas, e as escolhas de quem seriam os padrinhos dos quadrigêmeos foi feita pelo bando.

[...]

— Jin, sério eu não me aguento com esses seus filhotes lindinhos, quero morder todos eles, colocá-los em uma cestinha e levá-los para mim — O Ji Chang Wook segurava a Mi-sook que estava agarrada ao seu indicador. — Olha só a Sookyah que lindinha ela é amor.

Ele a mostrou para o Kim Seon-ho que segurava o Kyung-ho e ambos pareciam ser os tios mais babões do mundo.

— Ela é linda, mas Chang, amor, qual deles não é? Olha a boquinha encarnada do Minho aqui no Kyung-ho. — Os dois alfas os olhavam com ternura. — Jinzinha vocês capricharam mesmo na produção, eles são perfeitos.

A Jin-ah que trocava o Sun-woo sorria com aqueles dois babões.

— Vocês dois estão impagáveis com essas carinhas babonas. — Ela terminou de trocar o bebê e se virou para seus amigos. — Hora de trocar o colinho, Chang me passe a Mi, vou dar banho nela agora, fique com o Sun e sinta o cheirinho de banho recém tomado desse filhote risonho.

Eles trocaram e o Chang tinha um sorriso enorme no rosto.

— Olha esse solzinho, — O sorriso do alfa mal cabia na boca. — Vocês acertaram em cheio nos nomes de todos eles, mas o Sun para mim é o campeão de significado, ele brilha Jinzinha, sabia disso? O seu bebê brilha como o sol.

— Será que é agora que devo dizer que ele puxou ao seu papai? — o Felix entrava com uma bandeja farta para servir seus amigos. — Ou eu seria muito presunçoso?

Os alfas visitantes sorriram.

— Bom, contra fatos não há argumentos vida. — A Jin-ah sorriu para seu alfa que foi logo a ajudar.

— É nossa irmã tem razão Lixie, você pode se gabar, pois o Sun é a sua cara, apesar de eu achar que ele tem os olhinhos do Channie, mas enfim.

— Acredita que eu também acho isso Kim? — O Felix sorria largo. — E acho que ele tem as mãozinhas iguais às do Innie também, olha só os dedos longos dele, — Ele colocou sua própria mão no ar — Eu não tenho dedos longos, inclusive o próprio Innie vive me zuando por ter mãos pequeninas.

— Pequeninas… — o Chang olhava extasiado. — Dá para não ser tão fofo assim, alfa? Que saco… se o Sun tiver toda essa fofura eu não vou resistir.

— Irresistível será quando o Sun mostrar as sardas igual ao pai dele, aí quero ver quem ficará vivo depois disso amor.

O Felix e a Jin-ah sorriam com seus amigos.

— E por que ele já não tem? Deveria ter, não?

— Ah, sobre isso, o Hyungsik explicou que se ele for mesmo ter sardas, será só depois de seus três aninhos.

— Hum, entendi, esperarei ansioso por isso.

O Felix já estava dando banho na Hae-won e ela se mostrava muito confortável com o alfa.

— E tem mais essa, olha essa menininha, que coisa mais perfeita. — O Kim Seon-ho não se aguentava. — Sabe amor, eu discordo de você, para mim o nome que mais combina aqui é o da Hae-won, jardim a beira-mar… — Ele seguia olhando. — Perfeito para ela não acha?

— A verdade amor é que eles fizeram um excelente trabalho com essas crianças, da fabricação aos nomes, essa que é a verdade.

Os pais estavam se divertindo com os amigos e agora só faltava o Kyung-ho tomar banho.

— Vamos trocar? — A Jin-ah trocou com o Kim Seon — Vamos lá bebê preguicinhas sua vez de se banhar.

[...]

Quando o casal de alfas já estava saindo, o Felix e a Jin se entreolharam cúmplices.

— Maninhos…

— Hum?

— O Lixie e eu queríamos saber… — Ela os olhava e consegui sentir a curiosidade do casal aumentando.

— Meu deus Jinjin fale de uma vez mana?

— Hum… não, fale você vida, faça as honras amor.

O Felix sorriu.

— É que queríamos saber se vocês nos dariam a honra de ser padrinhos do Sun.

O casal de alfas automaticamente levou suas mãos a boca, estavam nitidamente surpresos, mas ainda mais felizes, então eles se olharam e balançaram suas cabeças como se concordassem com algo.

— É claro que aceitamos, Lixie, você sabe que sempre falamos disso, não é amigo? Será uma honra para nós, não é amor?

— É, sim, meu Chang tem toda razão, estamos lisonjeados, e aceitamos o convite com alegria, — Eles pegaram o Sun no colo e o mimaram. — Nosso Sun é o nosso solzinho de amor e alegria.

O Felix e a Jin-ah ficaram muito felizes, eles já tinham decidido isso ainda na gestação da ômega e todo o bando concordou com a escolha deles, afinal aquele casal de alfas sempre foi muito amigo de todo o bando e sempre foram um apoio para o Felix quando eles chegaram em Mid Vallien, assim como sempre foram os maninhos da Jin-ah, fora que também eram seus padrinhos de casamento.

— Bom, já que falaram nisso… — O Chang começa a falar e automaticamente a Jin-ah e o Felix ficam em alerta. — Precisamos contar uma coisa.

— Por favor, nos contem alfas. — O Felix pediu ansioso.

— Bom, lembra da nossa ideia de uma barriga amiga?

— Sim, lembramos… — Agora era a Jin-ah quem quase tinha um treco de ansiedade.

— Aconteceu, estamos “grávidos” — eles fizeram ao mesmo tempo, as aspas com seus dedos. — Da nossa amiga da época da facu a dois meses. — O Kim Seon-ho estava completamente enrubescido, mas levava em seu semblante o sorriso mais lindo que a Jin-ah acredita ter visto de seu amigo querido.

— Kim, Chang, meu deus, eu… — A Jin-ah queria gritar de alegria, por saber o quanto seu casal de amigos desejou por isso, mas tinha naquele quarto, quatro bebês recém adormecidos, inclusive um deles agora no colo de seu padrinho Kim Seon-ho então não poderia arriscar. — Vem aqui Chang, abrace sua amiga.

Eles se abraçam e os quatro amigos choram juntos.

— Nem preciso dizer que vocês também serão os padrinhos de um dos nossos filhotes, não é?

— Um dos? Como assim conta isso direito alfa. — O Felix estava radiante.

— É que como foi feita via vitro, pedimos para fecundar um óvulo com cada um de nossos espermas, então serão dois, um meu e um do Chang.

— E a amiga de vocês aceitou isso? Gêmeos?

— Na verdade, foi ideia da Bella.

— Ah, entendi, caramba, que legal vocês merecem demais. — O Felix parou para pensar. — Mas você não prefere a Jin e o Minho para serem os padrinhos de um deles? Por ele ser o alfa líder do bando?

— Não Lixie, vocês não entenderam, — o Chang sorriu largo. — Todo o bando Lee serão os padrinhos de um deles, ainda vamos falar com o Minho, mas sei que ele topará, pois nós dois já falamos uma vez com ele sobre e ele me pareceu até gostar da ideia.

— E de quem será o apadrinhamento do outro bebê? — O Felix perguntou sorrindo por adorar novidades.

— O bando Kang é claro, não queremos ter um Jeff magoado com a gente nunquinha.

— E nós amamos aqueles três tanto quanto amamos vocês, então nos pareceu mais justo fazer assim.

— E quando foi que vocês dois ficaram tão fofos? — A Jin-ah perguntou ainda abraçada ao Chang. — Obrigada pela honra, amigos, sério, eu amei a notícia e acreditem em mim o Jeff vai pirar de alegria.

[...]

Uma semana depois.

— Jura Jinzinha? Eles vão ser papais? — O Jeff estava eufórico pelos seus amigos. — Safados, não me falaram nada, deixa eles comigo.

— Mas amor, — O Kang sorria para seu beta enquanto ninava o Kyung-ho em seu colo. — Faz mais de uma semana que não os vemos, deve ter sido por isso que não nos contaram.

— Telefone existe mesmo para? — O Jeff cruza os braços. — Não, eles não serão perdoados tão facilmente.

— Amor, eles serão nossos padrinhos de casamento, — o Hyungsik falava sorrindo largo. — Deixe de drama, eles com certeza têm seus motivos para não ter nos falado nada ainda.

— É maninho, eles descobriram essa semana que deu certo e contaram para nós, eles vieram aqui antes de ir viajar para buscar a Bella que é a barriga amiga do bebê deles.

— Ela deve gostar muito deles né? Na verdade, que cabeça boa eles três tem para fazer algo assim.

— Pois é Kang, essa amiga deles não quer ter filhos, mas ela os ama tanto que por eles ela passará por uma gestação, e pelo que me dizem a Isabella virá morar aqui de vez e pretende ser chamada de titia pelo filho deles, então vai ficar tudo em casa, digamos assim.

— E eles vão registrar mesmo como filho deles?

— Uhum, já estão os três dentro do programa de adoção e eles já possuem o aval, por ser uma barriga amiga o processo é mais rápido.

— Estou feliz por aqueles cabeçudos, mas eles ainda me pagam.

— Esse é o nosso beta Kang, faz drama por todos nós três juntos.

— E a gente ama nosso dramático!

— Olha, vocês estão na minha casa, dá para se afastar do meu irmão mais novo? Eu ainda tenho ciúmes do Jeff com vocês, vai entender…

O Minho entrou no quarto da casa dois onde estavam, ele trazia pizza para eles.

— Oi, maninho, obrigado por me defender desses tarados.

O Kang e o Hyungsik estavam de olhos arregalados e então todos sorriram.

— Me poupe dos detalhes maninho, já disse, meu alfa acredita mesmo que você é nosso irmão, assim como eu, e somos ciumentos.

Ele deixa as pizzas e vai lavar as mãos.

— Como estão meus filhotes e minha ômega excelente?

— Estamos bem amor, estávamos aqui falando sobre o filho do Kim Seon e do Chang.

— Ah, aqueles dois apaixonadinhos, eles foram buscar a amiga, não é?

— É sim.

— Eles estão tão felizes, eu estou muito feliz por sermos os padrinhos do filhote deles.

A Jin-ah fazia gestos para que ele não falasse nada sobre aquilo, eles estavam escondendo de proposito o fato de serem dois bebês e de que o casal de alfas chamaria eles para apadrinhar o outro, mas o alfa não pegou.

— E tem mais isso? — O Jeff olhou indignado — Você ia me contar quando Jin-ah Maria?

— Jeff não me chame assim, eu odeio e você sabe.

Os outros abaixaram as orelhas, eram raras às vezes que a ômega ficava realmente brava, mas quando ela ficava ninguém a olhava nos olhos.

— Aí desculpe maninha linda meu amor todinho. — Ele olhou para os outros e sussurrou. — “Tô fudido”.

E a Jin-ah agradeceu por conseguir encerrar o assunto, afinal seus amigos queriam fazer surpresa para o bando Kang.

[...]

A visita foi tranquila e eles comeram as pizzas depois que o Hyunjin se juntou a eles.

[...]

— Agora que meu gatão lindão se juntou a nós, temos uma pergunta para nossos padrinhos. — O Minho falou fazendo carinho nos cabelos do Jeff.

— Pode falar maninho, antes que eu desmaie.

— Bom, como sabem, o Sun-woo será apadrinhado pelo Kim Seon-ho e pelo Ji Chang.

— É sabemos sim, mais uma das milhares de traições que descobri hoje.

— Jeff sem drama, você ainda não foi perdoado por me chamar daquele jeito.

— Eu te amo maninha. — Ele fazia uma carinha fofa para a Jin-ah.

— Também amo você, agora escute meu alfa.

Um “uuuuuh” foi ouvido no quarto e a própria Jin-ah não se aguentou e riu junto aos seus maridos e amigos.

— Como eu estava dizendo, Jeffinho, você será o padrinho dos quatro filhotes, pois esse foi o seu desejo desde sempre, mas isso vai rolar assim; O Kang e você serão padrinhos do Kyung-ho, você e o Hyungsik serão padrinhos da Mi-sook, você e a Martha serão os padrinhos da Hae-won, e o Sun terá um trio de padrinhos, isso claro se todos aceitarem assim.

— Minho eu serei o padrinho do seu filhote! Claro que aceito meu amigo, aliás eu que estaria dando chilique aqui se não me escolhessem, — O Kang abraçou seu amigo — Será uma honra alfa, obrigado.

— Eu estava fazendo uns cálculos aqui, — O Jeff pegou todos de surpresa — Gente, porque o meu Bin-hozinho não tem padrinhos?

A Jin-ah sorria, seu maninho era muito avoado.

— Eu já comentei isso com você Jeff maninho, o Han não liga para essas coisas, e apesar de não sermos religiosos o apadrinhado vem por cultura de religião, então eles não quiseram.

— Mas e o Innie? Ele concordou de boa?

— Ele é outro que não liga, não percebeu como o Bin-ho oscila o tempo todo em tratar vocês como titios e dindos?

O Jeff franziu o cenho.

— Ah, eu não posso aceitar isso, vou ter uma conversa séria com esses betas.

— Aproveite e os convença a deixar o Bin-ho ser batizado junto com esses quatro dorminhocos aqui, eu já implorei e eles não arredaram o pé.

— Deixa comigo Jinnie maninho, deixa comigo…

— Acho que vai rolar uma dr de betas, e eu começo a sentir muito pelos meus amigos. — O Hyungsik falou e a Mi-sook começou a chorar no bercinho. — Ah, eu posso segurar minha afilhada Jinnie? Jin-ah?

— Claro que sim.

Ele foi até ela e a pegou, automaticamente a menininha parou o choro.

— Ela já reconhece o Dindo. — Ele falou todo bobo e o Minho sorriu.

— Tão babão Hyungsik, você já foi melhor, ela só parou por ter disso tirada do berço amigão.

— Ah, Minho nem vem, ela me adora, tá, e olha só a sua carinha olhando sua filhota, você não tem moral alguma para falar que sou babão.

— Verdade gatinho, — A Jin-ah se aninhou nos seus dois alfas — Nenhum deles pode falar nada de você Hyungsikssi, pois eles são os maiores babões quando se trata dos filhotes, sejam quais forem.

— Jin, não me chame de senhor — Ele ria para a ômega — Não porque não gosto, mas porque você fica fofa me chamando assim.

O Minho vai até o ouvido da ômega e sussurra.

— Ele está certo, você fica irresistível assim, minha gatinha.

A Jin-ah ruboriza se denunciando para os demais, e o Hyunjin a beija por não resistir.

— Ah, pode parar a patifaria aí seus apaixonadinhos, temos crianças acordadas aqui.

O Jeff fez todos sorrirem.

— Bom, já que estamos aqui, Minho… — O Kang olha para o alfa líder. — Vocês sabem que serão nossos padrinhos de casamento, não é? Tipo, não tem como não serem.

— Ainda bem que você pensa assim Kang-Tae-oh, senão eu teria que lhe dar uma lição.

O Kang sorriu, mas algo dizia ao Minho que ele estava nervoso.

— E vocês já marcaram a data? Sem pressão alguma, eu juro, mas é que esse meu irmãozinho aqui é meu protegido, sei lá porque, mas ele me causa isso, então estou de olho em vocês dois. — O Hyunjin apontava para o Kang e o Hyungsik — Não enrolem meu irmãozinho.

— Eu amo que a Jin-ah me trouxe um bando inteiro de irmãos protetores, ciumentos, e, — Ele deixa um selar na bochecha do Minho e outro na do Hyunjin. — Possessivassos.

— Essa palavra nem existe amor.

— Existe se eu a usar Hyungyah. — Eles trocaram um selar fofo.

— Então estamos para marcar a data Jinnie, mas antes… — O Kang parecia sem jeito. — Lino, podemos conversar lá fora, por favor?

O alfa sabia que tinha algo, então apenas acenou que sim e os dois saíram do quarto.

— O que foi que vocês dois fizeram? — O Hyunjin perguntou sério.

— Acho que nada Jinnie, mas sinto o meu alfa um pouco nervoso esses últimos dias.

— Eu não faço ideia do que seja, maninho.

— Eu tenho uma ideia do que possa ser. — A Jin-ah disse pensativa. — Nem vem Jeffinho, não vou falar nada, deixa ele conversar com o meu alfa, vai ficar tudo bem.

[...]

Eles desceram até a sala e o Minho notou que as mãos do Kang estavam trêmulas.

— Sabe o que acho legal em você Kang-Tae-oh?

O Kang encarou o Minho meio perdido.

— Não sei não.

— O seu jeito todo respeitoso, você é um grande alfa Kang, por favor não tenha medo de se abrir, eu sou seu amigo, e já passamos essa linha de uma amizade rasa faz tempo não acha?

— Claro que sim, você tem razão… Sabe o que é? — O Kang apertava seus dedos os estalando de tão nervoso. — Eu ainda não marquei meu beta e meu ômega, mas quero fazer isso antes do nosso casamento.

O Minho abriu um largo sorriso, isso era bom demais na visão do alfa.

— E qual o seu receio afinal? Você acha mesmo que eles vão negar? Que eles não querem ser marcados por você?

— Eles querem mesmo, não querem? — O Kang sorria nervoso — Eles realmente me querem como o alfa deles, não é?

— Você está parecendo o Hannie, todo inseguro.

— Inseguro, o Han?

— Ele era e muito, hoje não mais, bom, meu amigo me diga em que posso te ajudar e eu o farei, na verdade, coloco todo o meu bando a sua disposição se quiser.

— Não, por favor, não incomode seu bando Minho, na verdade, eu quero algo simples, farei isso em casa mesmo, em um momento só nosso, mas é que eu nunca marquei ninguém, e é claro que você sabe disso, — Ele tremia de nervoso. — Pelos deuses, eu vou morrer.

— Hey amigo, se acalme sim? — O Minho pegou as mãos do Kang e as segurou, e com seu polegar foi acalmando o alfa. — Me diga Kang, você tem uma boa conexão com seu lobo?

— Tenho sim, alfa.

— Ótimo, isso é muito importante… Agora me escute bem, você irá finalmente marcá-los, eles serão oficialmente o seu bando, você tem certeza que é o que quer? Marcas são para sempre meu amigo.

— Isso é para me acalmar Minho? — O alfa citado sorriu e continuou afagando a mão de seu amigo — É claro que eu os quero, por todos os deuses existentes, eu os quero para sempre comigo.

 — Perfeito amigo, e o seu lobo? Ele também os quer? Ou vocês estão em conflito com isso?

— Não Minho, meu lobo os quer tanto quanto eu os quero, pode acreditar, não há dúvidas sobre isso.

— Então o que você tem que fazer é relaxar, e deixar seus instintos falarem, — O Minho olha nos olhos do Kang. — Amigo marcações são completamente instintivas, prepare o cenário que desejar, prepare seu ômega e seu beta da melhor forma possível, e seja algo acordado, ou uma cerimônia surpresa, saiba que eles serão os astros do evento, você estará ali como o alfa deles, para amá-los, servi-los e se os lobos deles permitirem, marcá-los.

— E se eles não permitirem?

— Eu não acredito nem um pouco nisso, você já viu como aqueles dois o veneram?

— Puxa, sempre que penso na cerimônia parece que vou vomitar.

— Eu te entendo bem, passei por isso todas às vezes que marquei os membros do meu bando.

— Todas?

— Sim, todas, sem exceções.

— Nossa.

— A marcação é algo intenso e único, é valioso amigo, e é sim uma responsabilidade.

— Claro, eu sei bem…

— Sei que sabe, mas deixa eu te perguntar, você já conversou alguma vez sobre isso com eles?

— Já, sim, na época que o Hyung entrou para nossas vidas, o Jeff quis esperar para termos certeza que ficaremos juntos, e eu gostei disso. Mas hoje acho que ele se arrepende.

— Por quê?

— Porque eu tenho certeza que ele já queria estar marcado.

— Entendi, bom amigo então chegou a hora.

— Me ajuda a montar um cenário adequado amigo?

— Mas é claro que ajudo.

— Obrigado irmão.

— Deixa o John ouvir isso. — Os dois sorriram o e o Minho o abraçou — De nada maninho.

[...]

Um mês depois.

Era noite de lua cheia, o momento perfeito para um acontecimento importante entre seres de multigênero como eles eram, e com o Jeff e o Hyungsik fora, pois estavam trabalhando o Kang arrumava o quarto para a cerimônia de marcação, quarto esse que ele mesmo chamava de o seu lugar, alfas geralmente não possuem lugar de conforto, a não ser que queiram mesmo, e o Kang sempre quis, era onde ele entrava para ficar só, quando ele sentia que precisava, nem o seu ômega e nem o seu beta podiam entrar lá, mas naquela noite ele os levaria para o seu lugar e o faria se tornar o lugar do bando Kang.

[…]

— Está lindo Seung, suas habilidades com flores só melhoram com o tempo.

— Que bom que gostou amigo, fiz com todo amor, vocês merecem demais, e o meu maninho Jeff ama flores então…

— Sabe, o Hyung ama flores ainda mais, ele é um ômega tão doce, o meu Jeff adora presenteá-lo com lindas flores.

— Eu sei, é de mim que ele as compra esqueceu?

Os dois sorriram descontraídos.

— E assim terminamos — O Channie fala terminando de aprumar a belíssima cortina de seda branca na enorme janela do lugar do alfa. — Está do seu agrado Kang?

— Como não estaria Channie? Você fez um trabalho excelente amigo, obrigado.

A cortina estava posta em um varão de madeira todo entalhado com lobos e flores, e ela tinha suportes de madeira também, um imponente lobo no centro e flores em seu entorno e um de cada lado segurava a seda branca deixando que a luz da lua entrasse no quarto.

— Realmente, o Kang tem razão, meu denguinho, está perfeito.

O Channie beijou o Seungmin.

— As flores também ficaram um arraso, e a cama? — O Lixie e o Minho arrasaram nos lençóis escolhidos para essa noite.

— Realmente. — O Kang falou olhando todo o quarto. — E essa pintura do Jinnie? — Na maior parede do quarto o Hyunjin fez uma floresta linda com um altar embaixo as árvores, não era uma pintura pesada, era delicada, perfeita. — Nem precisamos sair daqui para ter um ritual nos campos.

— Nosso anjo lindo como sempre arrasou.

— É, eu amei o presente.

— Bom, terminamos, vamos para casa chamar o Minho, ele vai te preparar.

— Está bem, mais uma vez obrigado amigos.

— Boa sorte Kang.

[...]

No consultório a Jin-ah havia ido buscar o Jeff, como ainda estava de licença maternidade, ela não estava trabalhando, e ela estava eufórica em como tudo rumava certinho para a surpresa que ela julgava ser mais que merecida para seus amigos, o Jeff sem saber de nada pediu para o Hyungsik passar no consultório de psicologia para ir com ele e a Jin-ah tomar um sorvete antes de irem para casa, e o ômega topou, o que era perfeito.

— O que tanto você fala nesse celular Jinzinha? Hoje vai rolar um lovezinho soft? Ou está mais para um red lights insano? — A Jin-ah sorriu balançando a cabeça negativamente. — Hum pela carinha de quem está aprontando, é um red lights insano, certeza.

— Dá para você parar de ser bobo maninho?

A ômega sorria.

— Ué e desde quando você esconde essas coisas do seu melhor maninho de todos?

— Não tem red lights insano, coisa nenhuma — Ela se sentiu ruborizar e o Jeff caiu na risada — e você tem que parar de dar esses nomes para essas coisas.

— Nossa, que coisa, uma mãe ainda fica tímida quando o assunto é sexo? Você é tão doce e pura Jin, por isso todos nós caímos de amores por você maninha.

— Fora o fato que a minha maninha é uma grande fofa.

O Hyungsik chegou e abraçou a Jin-ah e depois foi beijar seu beta.

— Oi, meu amor.

— Oi, bonitão.

— Bom, vocês se importam se eu chamar o Binbin, o Hannie e o meu pãozinho para tomar sorvete com a gente?

— Opa, claro que não, quanto mais, melhor maninha. — O Jeff falou ainda abraçado ao ômega. — Tá cheiroso amor, que delícia.

— Amorzinho a Jin tá aqui, se contenha.

A Jin-ah sentiu a ficha caindo e ficou perplexa com a audácia de seu melhor amigo.

— Vocês fazem amor aqui no consultório? Sério isso Jeff?

— Sim, aqui rola uns red lights do bom amiga, e eu te aconselho a tentar também, quando eu não estiver, claro.

O Hyungsik cobriu o rosto de vergonha.

— Meu senhor… Vamos embora, o Bin já está chegando com os outros, vamos descer e esperá-los lá embaixo.

[...]

Quando o ômega chegou a Jin-ah pediu para o Hyungsik seguir o carro do Changbin e ele concordou.

[...]

— Ué, a sorveteria não fica para lá, meu Sikssi? Para onde o doido do meu maninho Binnie está indo?

— Não sei não, Jeffinho, acho que para a casa deles, devem ter esquecido algo.

[...]

Quando chegaram na frente da casa da Jin-ah, ela pediu que o casal descesse do carro e entrasse com ela.

[...]

— Pensei que íamos a uma sorveteria — O Jeff disse se jogando no sofá. — Mas meu espirito idoso gostou mais da ideia de ter um sofá para me esparramar, não vou mentir.

— Acontece maninho que você não vai se esparramar coisíssima nenhuma.

— Ah, é? E por que não? Vai me colocar para lavar louça de novo? Hoje eu passo para o meu Sikssi.

— Nada disso, cunhadinho, — O Han falou sorrindo. — Você vem comigo e com o Innie.

Ele olhou confuso e se sentou melhor no sofá.

— E você Hyungsik, meu cunhado ômega também vem com a gente.

Os dois casais pegaram suas respectivas vítimas e as levaram para o andar de cima, cada um deles foi para um dos quartos e fecharam as portas.

[...]

— Mas o que está acontecendo aqui? — O Jeff olhou curioso — A propósito eu ainda não me dei por vencido, tá, eu serei o padrinho do meu Bin-hozinho, nem que seja só eu.

— Estamos pensando sobre tudo o que nos disse, Jeff e você tem razão, betas já sofrem muita desigualdade, e isso pode virar algo incomodo lá na frente para o nosso bebezinho, porém admita que se estruturarmos bem a cabecinha do Bin-ho nada disso será necessário huh?

— É vocês também têm bons pontos, mas vamos lá por favor sim? Já sabemos como será o batismo dos quadrigêmeos e não tem vinculo algum com religiões, então o meu betinha fofo pode entrar na dança também né? Vamos lá maninhos, por favor?

— Estamos decidindo junto ao nosso bando, mas hoje o assunto aqui não somos nós, e sim você cunhadinho lindo, você e seu ômega no outro quarto.

— E que diabos está acontecendo aqui, alguém vai me dizer?

— Vamos banhá-lo, vesti-lo e prepará-lo.

— E para que seria?

— Não podemos dizer nada.

Nesse momento o Chan entrou no quarto.

— Demorei muito?

— Não, amor, agora podemos começar, nós betas vamos preparar nosso cunhado beta, não vou chorar, mas to querendo. — o Innie abraçou o Jeff e recebeu um beijinho do beta.

[...]

No outro quarto os ômegas do bando Lee já haviam falado por alto o que faziam ali.

— Vocês vão me preparar… — Ele sorria tímido — Bin, se a Jin-ah me ver nu, ela vai se apaixonar ainda mais por mim.

— Engraçadinho, ela não precisa de outro ômega, pois já tem a mim, e não há nada aí que o meu não seja maior.

Os três sorriam descontraídos.

— Não se preocupe Sik, o meu Binbin é quem vai te banhar, eu só cuidarei junto a ele dos toques finais.

[...]

Tudo aconteceu de forma tranquila, tanto o beta, quanto o ômega foram cuidados por seus amigos, e não entendiam ao certo o que estava acontecendo, pois nem de longe o que os esperava passou por suas cabeças.

[...]

Enquanto isso, o Minho cuidava do Kang na casa do alfa que realizaria a cerimônia de marcação.

Os outros alfas não estavam ali em corpo presente, pois tinham as crianças para cuidar, mas eles mandavam suas boas vibrações para o Kang por uma chamada de vídeo.

“ — Kang Tae-oh, você está lindo, meu alfa líder fez um belo trabalho.

— Obrigado Jinnie.

— Você dará um grande passo hoje Kang, e não pense por nenhum momento que não está pronto para isso, pois você está.

— Valeu Lixie.

— E você está tão lindo quanto o Jinnie falou, está perfeito e hoje você tomará de vez seu ômega e seu beta para si, trate-os com excelência, apesar de eu saber que você já os trata assim, apenas continue sendo o seu melhor para eles.

— Pode deixar Minnie, obrigada meninos.

— Bom, vamos deixar nosso alfa terminar aí, e Minho, volte logo amor, pois temos muitos filhotes com saudades do seu cheiro aqui.”

A ligação se encerrou e o Minho encarou o Kang.

— Você está mais que pronto, quando eles chegarem se entregue a eles, conecte-se com seu lobo e você saberá o que e como fazer, não tem uma liturgia a seguir, apenas faça, você é o alfa deles e eles são o seu bando.

— Obrigado Minho, por tudo, todos os aconselhamentos e a força que me deu em todo esse tempo de preparação.

O Kang foi para abraçá-lo, mas hesitou.

— Pode vir, estou com um inibidor de cheiro, meus amores que estão cuidando dos seus também estão, nenhum cheiro além dos de vocês serão sentidos pelos seus lobos.

Sem se aguentar com tamanho o cuidado de seu amigo, o Kang o abraçou, ele tremia, e nesse momento seus lobos falaram.

“Você é o alfa deles, os tome para si, seja confiante e os proteja”. — O lobo do Minho falou.

“Assim eu farei, os protegerei e amarei com todo meu ser”. — O lobo do Kang, já bem mais calmo e no controle, respondeu.

— Kang, eu vou agora, você está mais que pronto.

— Mais uma vez obrigado Minho.

— De nada amigo, e não esqueça, esse é o amor que o destino tinha para você, e você o merece, tome-o para si.

— Pode deixar Minho.

[...]

Quando o Hyungsik e o Jeff ficaram prontos, o Channie e a Jin-ah os levaram para casa.

— É o que estou pensando, não é Jin?

— Não sei Sik, mas logo você saberá, então apenas relaxe mano.

— O que você acha que é amor? — o Jeff perguntou aflito.

— Você não desconfia de nada meu amor?

— Acho que sim, mas não consigo acreditar.

— Vem cá meu bebê, vamos fazer como nossa maninha nos disse, vamos relaxar.

O Jeff deitou sua cabeça no peito do Hyungsik e a Jin-ah que os olhava pelo retrovisor deixou uma lágrima cair, mas logo a secou para não ser pega.

[...]

— Chegamos cunhadinhos do coração. — O Channie estava eufórico, ele amava surpresas e aquela era uma das boas. — Desçam e entrem, o alfa de vocês os espera.

Eles não conseguiram dizer nada apenas deram olhares gratos aos seus amigos que retribuíram os olhares com todo o carinho do mundo, o Jeff ainda segurou a mão da Jin-ah que por sua vez beijou a mão do beta muitas vezes fazendo o Hyungsik e o Channie se encherem de ternura.

Depois o próprio Channie beijou a mão do Hyungsik e assim eles se foram.

[...]

— Cumprimos nossa missão fofinha e eu preciso te dizer, você a cada dia que passa está ainda mais preciosa meu amor, eu te amo tanto.

— Eu também te amo muito, meu fofinho lindo, forte e protetor. — O Channie sorriu meio sem jeito — Não pense que não o observei todo esse tempo amor, você é o melhor beta que existe, cuidadoso, amoroso, responsável e muito leal, eu me espelho em você e se os deuses me permitirem, um dia serei uma ômega digna desse beta maravilhoso chamado Christopher Bang Chan.

O beta sorria feliz, mas estava pensativo, então ele deu partida no carro e eles saíram dali.

— Como você pode achar que precisa se espelhar em mim? Ou você acredita mesmo que eu também não a estava observando? — A Jin-ah o encarou, nitidamente envergonhada. — Eu também me espelho em você minha fofinha linda, me espelho em seu belíssimo coração, você é mais que perfeita meu amor, é excelente e eu a amo com todo meu ser.

Um sentia ao outro e o amor reinava dentro daquele carro, então ambos tiraram seus inibidores e puderam ao mesmo tempo, desfrutar dos seus cheiros e descobriram juntos que estavam bem intensos.

— Channie, antes de voltarmos para a casa um, vamos dar uma fugidinha e namorar um pouco?

— Só você e eu pequena?

A Jin-ah estremeceu, sempre que o Channie a chamava de pequena era por estar desejando-a intimamente.

— Só você e eu, meu amor.

— Então hoje vai ter mesmo red lights?

A Jin-ah gargalhou alto pela insinuação e a carinha safada do seu beta.

— Vou proibir você de trocar mensagens com o Jeff, eu juro.

O Channie sorria claramente se divertindo com aquilo tudo.

— Tudo bem, minha ômega, mas você não me respondeu…

A Jin-ah apertou seus lábios com força se sentindo queimar e lentamente ela os foi soltando, deixando seus dentes apertarem seu lábio inferior e o Channie já estava enlouquecido pela visão que tinha em seu espelho retrovisor.

— Sim, Christopher, hoje vai ter red lights, e você já sabe que eu não vou conseguir te deixar em paz. — Ela falou em seu tom mais desejoso e o Channie se arrepiou inteiro.

— Por favor, Lee Choi Jin-ah, não me deixe em paz, e eu vou fazer você sentir o meu amor.

[...]

Quando os dois entraram em casa, o Kang os esperava no pé da escada e quando ele os viu, seu coração errou as batidas.

— Como vocês estão lindos, tão perfeitos… — Ele caminhou até eles, e segurou em suas mãos. — Meu beta, — ele olhou nos olhos do Jeff e beijou sua mão. — Meu ômega, — ele repetiu o gesto com o Hyungsik. — Vocês são tudo que há de mais perfeito nesse mundo para mim.

Ambos vestiam roupas claras, calças de pano leve folgadas no corpo e blusas também de pano leve o que daria um ar mais natural ao momento que teriam em breve, e o alfa deles estava igualmente trajando roupas claras, mas as dele era em bege quando as dos outros dois eram brancas, todas tinham detalhes em renda, eram roupas muito bonitas e rebuscadas.

Os cabelos dos três estavam com os fios soltos caindo sobre o rosto deles, mas de forma organizada, não descabelados e o Kang pegou dois lírios brancos e os colocou com carinho nos cabelos de cada um deles.

— Lírios brancos simbolizam a pureza do corpo e alma, assim como a inocência, o amor incondicional e a lealdade e eu acredito que é isso que, se me permitirem é claro, faremos hoje, de forma simples, mas com todo meu amor, eu separei essa noite de plenilúnio para que vocês recebessem finalmente a marca do alfa de vocês, então meus amados, se me quiserem receber, sob a luz desse farto luar eu os tomarei definitivamente como meus e espero com todo meu coração que vocês me marquem de volta.

Os três tinham lágrimas em seus olhos, e os olhos do Kang se tornaram cinza, demostrando aos dois em sua frente que seu lobo compactuava de sua decisão.

O Jeff estava para explodir e o Hyungsik não estava diferente, mas o lobo do Jeff não queria tomar a frente em nada, afinal ele era só um beta.

— Jeff, meu querido — O Hyungsik o olhou com ternura, seus olhos tinham a cor rosa em suas irises, mostrando que seu lobo também estava ali. — Você deve deixar nosso alfa o marcar, e depois que ele marcar a mim, eu também o marcarei, você me marcará, e por fim nós dois marcaremos nosso amado.

O lobo do Jeff estava relutante em assumir.

— Por que eu primeiro Hyungsikssi?

O ômega olhou para seu alfa o induzindo a responder ao beta.

— Porque você é a força do nosso amor Jeff, foi o que nos uniu, e nossos lobos querem que você saiba o quanto é importante para esse bando que hoje estará se consolidando.

Assim que as palavras do alfa cessaram, os olhos do Jeff ficaram amarelos como ouro.

— Nos leve ao lugar preparado alfa, estamos prontos para lhe pertencer pela eternidade.

O Kang sorria largo, seu lobo não se aguentava em excitação, e assim como dito ele os levou para o seu lugar.

— Por favor, entrem no meu lugar.

Beta e ômega estavam completamente extasiados, tinha de tudo ali, flores, uma linda mesa de frutas e sucos, o quarto estava lindo, e apesar de nunca terem entrado ali, eles entenderam que tudo havia sido arrumado para aquele momento, e acharam muito mais que perfeito cada mínimo detalhe.

— Olhem para a lua, ela está nos contemplando essa noite.

Eles olharam e sentiam seus corpos eletrizados.

“Vou marcá-lo em sua nuca, meu beta” — O lobo do Kang avisou ao lobo do Jeff.

O Beta simplesmente se ajoelhou e deixou sua nuca amostra, uma forma de entrega, submissão, mas também sinal de lealdade.

“Nada me fará mais feliz do que levar em meu corpo a marca do meu alfa, pois você é exatamente tudo que eu sempre sonhei.” — O lobo do Jeff respondeu exatamente o que o pensamento do beta trazia em sua mente.

O Hyungsik se sentiu o ômega mais privilegiado por poder ver aquele momento.

O Kang se ajoelhou atrás do corpo do Jeff, quase o cobrindo por inteiro, e tirou a blusa do beta, com cuidado para que o lírio não caísse de seus cabelos.

— Você é o amor da minha vida, minha alma gêmea, tudo que eu temia que jamais fosse ser possível para mim, reconhecido pelo meu lobo como meu companheiro e agora eu o marco como para sempre meu.

Ele o mordeu.

A mordida queimava, ardia forte, mas era extremamente prazeroso para o beta.

A ligação entre os dois se deu e ambos uivaram para a lua ao mesmo tempo.

O ômega chorava de alegria, então o Kang pegou um colar de flores coloridas e deu para que o ômega o pusesse no beta deles e assim ele o fez finalizando com um selar amoroso nos lábios do beta.

— Agora é a sua vez, meu doce ômega.

“Sua marca também será na nuca, mas você levará outra mais fraca no peito, sou seu alfa e seu verdadeiro amor.” — O lobo do Kang falou com autoridade.

Assim que o ouviu dentro de sua mente o Hyungsik também se ajoelhou e como tinha cabelos um pouco mais longos, o Jeff que estava muito emocionado, pois agora sentia ao alfa e tudo o que ele sentia pelos dois pegou um elástico de cabelo que já estava ali separado para isso e ele mesmo amarrou os cabelos de seu ômega.

— Tão doce nosso ômega, tão lindo.

Assim que ele prendeu os cabelos do Hyungsik ele se afastou para dar espaço ao alfa e antes do Kang ir até o ômega ele deu um selar apaixonado em seu beta.

— Você é tão necessário neste bando, não seríamos nada sem você, meu amável beta.

Agora com sua atenção toda voltada ao seu ômega, o Kang parou de frente para ele lhe desferindo um selar intenso em seus lábios fartos e em seguida tirando sua blusa, e com o mesmo cuidado que teve com o Jeff ele não deixou que a flor saísse dos cabelos do ômega.

— Tão perfeito, tão doce.

O ômega sorriu, um lindo sorriso que derreteu o coração do alfa e do beta que via tudo com amor, e em seguida o alfa desceu seu rosto até o peito do ômega e o mordeu ali, deixando uma marca mais leve.

“A marca do nosso amor completo, para que você nunca mais duvide.” — O lobo do Kang falou ao lobo do ômega, que apenas se submeteu, aceitando sua declaração.

Em seguida ele se colocou atrás do corpo do seu ômega, diferente do Jeff, o alfa não o cobria por completo, pois o Hyungsik era alto e forte.

— Perfeito. — O Kang olhou para o Jeff — Vocês dois são tudo que eu sempre sonhei.

Ambos sorriram pela declaração apaixonada do alfa e o ômega sentou sobre suas pernas se mostrando ainda mais submisso, o que facilitou o alcance do alfa ao seu pescoço, apesar do Kang não precisar, pois também era alto, mas aquilo ajudou a tornar o gesto mais fluido.

“Entrego meu corpo, alma e coração a você meu alfa, me faça seu.” — O lobo do ômega disse manhoso, fazendo o Kang quase perder o controle de seu próprio lobo.

“O tomarei como meu ômega, você levará minha marca e seremos um só, a lua trouxe o meu ômega pertencente para mim, você é minha alma gêmea, o meu companheiro e eu darei minha vida a você como prova de minha devoção.”

Assim que o lobo do alfa finalizou, o Kang se aproximou da nuca do ômega.

— Eu te amo.

E o mordeu.

Mais uma vez ambos uivaram para a lua e o Hyungsik sentia o Kang tão forte dentro de si que ficou surpreso, ele nunca duvidou do amor do alfa por si, mas agora tinha completa certeza, de um amor como nunca o ômega sentiu, era todo seu, dado a ele pelo alfa que o seu coração escolheu.

...

O Jeff colocou o colar de flores o ômega e a sequência de marcações foi feita e agora o Jeff também podia sentir o quanto era amado pelo seu ômega que o marcou no peito; assim como o Hyungsik agora também sentia todo o amor do Jeff por ele.

— Sua vez meu perfeito alfa.

Eles tiraram a blusa do Kang e ambos o morderam simultaneamente, cada um em um dos lados do peitoral másculo do alfa, que uivou forte ao ser marcado por eles.

— Agora somos um!

O Jeff batia palmas e mesmo sem música naquele quarto ele começou a dançar, e como agora eles estavam ligados o Hyungsik e o Kang o acompanharam em sua dança, onde a melodia vinha de suas almas agora ligadas e o ritmo da canção inexistente vinha das batidas de seus corações ritmavam como um só naquela noite iluminada.

...

O Kang sempre teve medo do amor, pois aquele sentimento sempre tão distante nunca pareceu ser para si, como se ele não fosse merecedor, mas agora ele não temia mais.

O Jeff sonhava com o amor, mas apenas o aceitaria se fosse algo perfeito, como sempre idealizou, caso contrário nunca permitiria que ele entrasse em sua vida, e naquela noite ele não teve dúvidas de ter encontrado a perfeição.

E o Hyungsik nunca acreditou no amor por tudo que teve que passar nessa vida, até que encontrou naqueles dois o doce fruto de sua fé, e agora ele era crente do poder que aquele sentimento existente tinha sobre eles.

...

E finalmente estava consumado, o bando Kang se consolidou pela eternidade, e naquela noite aquelas três almas se entregaram a sua nova forma de amor, e os corpos que as possuem se amaram sob a luz do mais belo plenilúnio que Mid Vallien já presenciou.

❉ ❉ ❉ ΑΩβ ❉ ❉ ❉

Música que inspirou o momento RED LIGHTS do capítulo (me desculpem, não resisti): 

https://www.youtube.com/watch?v=k8Y6ZTjmCXs

Stray Kids - Red Lights - (Bang Chan e Hyunjin)