THE HOGWARTS POST; luna lovegood escrita por proudofdraco
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— É uma péssima ideia. – Ginny debateu, se jogando em sua cama e ficando ao lado da garota de trajes verdes. Fitou o teto do dormitório grifinório ao lado da amiga sonserina, que havia insistido em passar a noite às escondidas ali com ela – Luna provavelmente vai achar que você é mais uma que quer humilhá-la. A coitada sofre bullying até do vento.
— Bullying, Weasley? Eu acho ela completamente genial.
— Bom... – concordou Gina, parecendo pensativa – Se isso te faz feliz, ela sabe que você existe, não precisa chamar a atenção dela assim. Ela até torce por você no Quadribol.
A garota de cabelos cacheados levantou quase em um pulo, ficando sentada na cama e fitando em choque a ruiva ao seu lado.
— Ela torce?!
— Torce. Disse que você voa como um lindo hipogrifo.
— Ela disse?! – questionou quase em surto – E por que não me contou isso antes?
— Porque eu te conheço, Black.
— Me conhece? – perguntou Lyra, levantando da cama e olhando para a amiga com uma sobrancelha arqueada. – Ah, lá vem..
O dormitório quase vazio significava que as outras companheiras de quarto de Ginny também tiveram a mesma ideia de Black: passar a noite com as amigas. Então, apenas as duas estavam ali, discutindo o plano infalível da garota de cabelos escuros. Black andou de um lado para outro, afrouxando a gravata em seu pescoço e jogando a capa em cima do baú a frente da cama de Ginny.
— Vamos ser sinceras, Lyra. Você é uma cópia de seu pai nos anos escolares, ele mesmo disse isso.. Te conheço o bastante para saber que seu ego é grande demais, o que te faz ser um pouco.. Bom, exageradamente egocêntrica.
— Isso não é um defeito.
— É tão egocêntrica que não vê nenhum defeito em si mesma.
A sonserina riu fraco, negando com a cabeça em sinal de descrença. Olhou para a Weasley deitada, a vendo brincar com uma das mechas de seu cabelo ruivo.
— E o que isso tem a ver com Luna?
Ginny se sentou na cama, respirando fundo e pensando em como dizer aquilo à amiga de uma forma que não a magoasse.
— Black, você se atrai por muitas pessoas.
— E?
— E não se compromete com ninguém.
— A suja e a mal lavada! – exclamou Lyra.
— Não, não. Somos diferentes! Eu não assumo compromisso porque o idiota que gosto não se toca. Já você é porque não tem coragem o suficiente para enfrentar alguém caso tome um fora.
— Então porque você não confronta o idiota que não se toca, Ginny?
— Não vem ao caso!
— Só diz que quer o meu irmão, já tá na cara já.
A ruiva se calou, emburrada. Aquilo não era sobre ela e Potter, era sobre Luna. Sobre sua amiga doce e pura na mão de sua melhor amiga... desapegada.
— "Tomar um fora".. Onde já se viu? Tá maluca, Ginevra?
A grifinória gargalhou. Sabia o que viria a seguir: o super ego de Black atacaria novamente.
— Eu nunca tomaria um fora. – continuou convencida, provando o pensamento de Ginny – Eu só não vou atrás de ninguém porque romances são toscos. Tô ótima do jeito que eu tô.
— Ou porque você é covarde.
— Não foi o que seu irmão disse semana passada. – resmungou, raivosa
— Como é que é?! – a Weasley gritou, agora fazendo Black gargalhar e pedir que abaixasse o tom de voz com um gesto: já era madrugada – Está falando sério? Qual deles?
Lyra continuou aos risos, tentando conter o barulho e não acordar o resto de Hogwarts ao ver a feição indescritível da amiga. Ela realmente não gostava de ir atrás das pessoas a qual se atraía, mas porque não queria se envolver seriamente com ninguém, e não porque não tinha coragem. Tinha coragem quando precisava, com àqueles que, assim como ela, também não queriam nada sério.
— Bom, o último foi George.
— O último?! Beijou quantos irmãos meus?
— Bom, pelo o que eu entendi, Fred e George tentaram me enganar pra que eu pensasse que eram um só, mas eu sei diferenciar os idiotas.. E não fomos ao baile juntas, Ginevra?
— Não me chame de Ginevra. – ordenou em tom raivoso – O que foi? Não me olhe desse jeito, Lyra. Acabei de descobrir que você passou o rodo em metade da minha família.
— E bem que você queria passar o rodo na minha. Não estávamos falando do Potter bem agora? – reclamou Black, fazendo a amiga corar – Quanto drama... Pode ficar tranquila. Você, Ron, Fred e George eram os únicos da lista.
— O Ron?! Tá, Black. Agora eu com certeza não quero que você se envolva com a Luna.
A sonserina riu fraco, balançando a cabeça e trazendo certo ar maléfico ao local. A ruiva revirou os olhos e viu a dona dos cabelos longos e encaracolados a fitar. Odiava aquela áurea sonserina que ela emanava mais que tudo no mundo.
— Como se você fosse me impedir.
Ginny não respondeu, apenas viu a sonserina se deitar novamente ao seu lado e se cobrir, a olhando. Quando voltou a falar, havia pensado segundos o suficiente pra ver se era a coisa certa a se dizer.
— Só quero dizer que Luna não é de ter relacionamentos assim, e que não quero minhas duas amigas se machucando.
— Pode dizer o que realmente quer dizer. Que eu não presto e vou destruir o coração da coitada, e blá blá.
— Você não é assim, Lyra. É por isso que só se relaciona com pessoas com ideias iguais a sua. Você se importa com os outros.
— Então vai me dar a benção, senhora dona da razão?
— Só quero que pense melhor. – explicou.
— Então sai do meu caminho.
Ginny bufou, virando de costas pra amiga e tentando manter a calma. Brigar não adiantaria de nada.
— Boa noite, Lyra. – disse em um suspiro. – Não pense que estou fugindo do assunto. Durma, amanhã é outro dia.
Não demorou muito pra que ela pegasse no sono, diferente de Black. Não era a primeira vez em que pensava sobre o jornal, na verdade, fazia mais de um mês que havia tido essa "ideia genial". E passou mais de trinta e uma noites mal dormidas pensando se era o que realmente deveria fazer. Se sentia mal, porque nunca havia passado a noite acordada pensando em alguém, e odiava ver que estava realmente acontecendo de uma maneira recorrente até demais.
Se levantou da cama após ver que a Weasley adormecera ao seu lado, agarrada a um travesseiro e com os cabelos ruivos bagunçados em seu rosto. Pegou escondido uma das penas enfeitiçadas que a amiga usava para escrever os longos textos escolares e, em diferentes papéis, fez vários rascunhos. Passou algumas horas ali, pensando no que escrever, e viu que não poderia fazer aquilo sozinha nem se quisesse.
Saiu do dormitório feminino e invadiu às escondidas o dormitório masculino, se deparando com Fred e George sentados no chão e apoiados a uma das camas, ainda acordados.
— Isso é invasão de privacidade. – disse George, rindo.
— Preciso dos meus garotos.
Black segurava uma pequena caixa em uma de suas mãos, já a outra portava sua varinha. Se sentou de frente para os irmãos e, ao colocar a caixinha no chão, a viu quase triplicar de tamanho e se abrir, em forma de um baú.
Os ruivos estranharam, aproximando os rostos do objeto e analisando o conteúdo dentro dele: diversos papéis sendo rapidamente preenchidos por letras e mais letras de um texto que Black havia rascunhado umas noites antes.
— Um jornal? – perguntou Fred, confuso
— Um jornal. – confirmou ela, sentando também ao chão e fitando a fabricação dentro do baú aberto, junto aos gêmeos – Preciso de conteúdo. Tenho ideias mas preciso de outras opiniões.
— E o que ganhamos com..
— Dez por cento da venda total. Cada um. – ela interrompeu Fred – E se me ajudarem a vender ganham mais uma comissão extra.
Os gêmeos se entreolharam, e um sorriso rapidamente surgiu no rosto dos dois ruivos. Black os olhou, feliz, sabendo que teria a ajuda dos amigos.
— Feito. – falaram em uníssono.
— Ideia ótima, Lupin. – falou Fred com um sorriso.
— Ideia magnífica. – concordou George. – E o idiota que ousar discordar..
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