Atlântida: O Motim escrita por Lee George


Capítulo 6
A dinastia




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/810510/chapter/6

Poseidon estava prestes a acabar com Ragendra, quando ele foi atingido por um poderoso raio de energia verde. O poderoso Deus foi lançado para trás, enquanto a água ao seu redor ficava cada vez mais agitada.

Poseidon se recuperou do golpe e olhou para cima, buscando o que o havia atingido com tamanha violência. Ele viu uma imensa baleia nadando em sua direção, a baleia que o general Ragendra havia transformado em uma arma de guerra ainda estava viva, e em condições de retornar a batalha.

A baleia disparou outro raio de energia verde, que atingiu Poseidon em cheio. Ele foi lançado para trás novamente, cada vez mais longe de seu adversário, lançando um gemido de dor ao ser atingido pelo golpe.

Os soldados mais leais de Ragendra apareceram, montados em golfinhos usados como montarias para a guerra, rapidamente trocando golpes com Poseidon. Eles estavam armados com armas e armaduras especiais com um intenso brilho prateado, que podiam resistir aos poderes de Poseidon.

Ragendra acordou e viu a cena. Ele sorriu, satisfeito. Ele sabia que estes soldados dariam a vida para protegê-lo e para atingir a sua ambição de ser o rei de Atlântida, sua manipulação os havia atingido de tal forma que os jovens soldados o viam como uma espécie de salvador, mesmo sem ter certeza do que eles estariam sendo salvos.

"Eu sabia que você não seria capaz de me derrotar", gritou ele para Poseidon. "Você é apenas um Deus de uma época passada, e eu sou o general de Atlântida, o homem do presente e do futuro!"

Poseidon estava furioso. Ele não conseguia acreditar que Ragendra havia sobrevivido ao confronto e que ainda era capaz de gritar e organizar as tropas leais ao seu motim. Ele se levantou, limpando a areia do fundo do mar que estava em sua armadura e começou a lutar contra os soldados de Ragendra.

A batalha foi feroz e sangrenta. Poseidon estava lutando com todas as suas forças, mas ele estava em desvantagem numérica.

Os soldados de Ragendra estavam ganhando terreno. Eles começavam a empurrar Poseidon para trás, e ele estava começando a se cansar de resistir a tantos golpes simultâneos das armas atlantes.

Ragendra recuperou o seu fôlego, animando-se com a luta entre Poseidon e seus fiéis soldados. Ele viu que os soldados estavam ganhando terreno e então buscou a sua espada, que estava caída no fundo do mar, ao seu lado.

O general lançou-se em um ataque com toda sua força, nadando em alta velocidade até onde Poseidon estava. Ao aproximar-se, ele desferiu uma série de golpes no Deus.

Fosse uma pessoa normal, esses golpes não afetariam Poseidon, mas Ragendra vestia uma armadura especial, que lhe dava a capacidade de ignorar os poderes de um Deus e lutar de igual para igual.

Poseidon tentou defender-se, mas Ragendra estava determinado a derrotá-lo. Ele desferiu golpes poderosos, que deixaram Poseidon ferido. Por um breve momento, os soldados que acompanhavam a batalha, tiveram certeza de que Ragendra não tinha apenas dois braços, eles podiam ver com clareza seis braços atacando o Deus dos Mares, tamanha era a velocidade do general.

Após um último e poderoso golpe disparado por Ragendra, que atingiu o rosto do Deus e lhe arranjou dois dentes, Poseidon afundou, exausto. Ele estava sangrando e com dificuldade para respirar.

Ragendra sorriu, triunfante. Ele havia derrotado Poseidon, e agora seria coroado o governante de Atlântida por direito.

Ele se virou para os soldados e disse: "Vocês são os verdadeiros heróis desta revolução. Vocês salvaram Atlântida de um destino guiado por um velho decrépito, que só levaria o nosso povo à miséria!"

Os soldados gritaram em uníssono, orgulhosos, enquanto jogavam suas espadas e lanças sobre as cabeças. Eles haviam cumprido seu dever, e haviam ajudado a proteger o seu comandante e seu motim.

Ragendra então se virou para Calliste, que ainda estava inconsciente. Ele sabia que ela seria a chave para o seu futuro. A ideia de um casamento com a princesa não lhe desagradava, esta poderia ser a chave para acalmar os antigos nobres sobreviventes do massacre ocasionado pelo motim, para que aceitassem a sua ascensão ao trono, garantindo a continuidade da linhagem de Poseidon, de alguma forma. O general então ordenou que alguns soldados a carregassem consigo até o palácio.

Ragendra e seus soldados andavam de volta para o palácio de Atlântida. Alguns soldados puxavam Poseidon e Calliste. O outrora poderoso Deus dos Mares agora era arrastado pelo fundo do mar, com seu sangue manchando as águas profundas.

Ragendra planejava executar o antigo rei de Atlântida dentro dos domínios da cidade, para que toda a população pudesse ver e não restasse dúvidas sobre o seu controle sobre o reino. Já Calliste, ele queria que a população a visse derrotada e humilhada, com a coragem da semideusa quebrada, ele esperava que isso impedisse que mais alguém se erguesse para enfrentá-lo, e que Tritão não desejasse colocar a vida de sua filha em risco, desafiando-o pelo trono.

Aproximando-se do palácio, Calliste começa a recuperar os sentidos. Ela abriu os olhos e viu que estava sendo arrastada por soldados. Ela olhou ao redor e viu Poseidon, ferido e sangrando, também sendo arrastado por soldados.

Calliste sentiu um nó na garganta. Ela não podia acreditar no que estava acontecendo. Ela havia sido derrotada, e Ragendra também havia derrotado o próprio Poseidon para tomar o controle de Atlântida.

Ela olhou para o homem que a havia derrotado, ele nadava na frente da procissão, abrindo caminho entre os peixes que se amontoavam no mar. Percebendo que a princesa estava acordada, ele sorriu para ela, mas um sorriso cruel e cheio de malícia.

"Você está prestes a se tornar a minha rainha", disse ele. "E você vai me obedecer em tudo."

Calliste não respondeu. Ela apenas olhou para ele, com ódio profundo.

Aproximando-se do palácio, era possível ver o povo atlante se aglomerando para ver o que estava acontecendo. A população da cidade, que já sofria com os confrontos e as mortes causadas pelo motim, agora se reunia em massa para saber se os rumores eram reais.

O mar de rostos preocupados e assustados se estendia até o horizonte. Alguns choravam, outros gritavam, e outros apenas olhavam em silêncio, sem acreditar no que estava acontecendo.

No meio da multidão, Serena nadava lentamente, disfarçando a dor que seu corpo sentia. Ela usava um sobretudo escuro com capuz, para esconder seu rosto e os ferimentos que havia sofrido durante a batalha e a fuga da masmorra.

Ela havia sido uma das poucas a escapar da traição de Ragendra. Para ela, não era possível que Ragendra, um atlante nascido e criado dentro do reino, pudesse voltar-se contra o lendário rei de Atlântida, Poseidon.

Serena sentiu a sua pressão sanguínea cair ao ver Poseidon sendo arrastado, ferido e humilhado. Somente após isto, ela percebeu que a princesa também estava sendo carregada pelos soldados, amarrada e com o sangue coagulado de seu nariz quebrado manchando o rosto cor de ébano.

Serena sentiu uma raiva e uma tristeza indescritíveis. Ela não conseguia acreditar na cena a sua frente, e que a princesa estava nas mãos de Ragendra sem que alguém pudesse salvá-la.

A jovem serva do palácio sabia que tinha que fazer alguma coisa, mas não sabia o que. Ela estava sozinha e desarmada.

Ela olhou ao redor, procurando por alguém que pudesse ajudá-la. Mas todos pareciam estar em estado de choque, assim como ela. Alguns poucos soldados próximos pareciam animados, como se estivessem esperando por isto por toda uma vida.

Serena respirou fundo e se preparou para enfrentar Ragendra. Ela sabia que seria perigoso, mas ela não podia deixar a princesa nas mãos dele, estava decidida a fazer o que fosse preciso para salvar Calliste.

Ragendra chegou até a entrada do palácio, olhando a população que se aglomerava por perto. O general tirou o seu elmo, carregando-o debaixo do braço e olhou atentamente para todos que assistiam a cena, em silêncio.

Ele estava vestindo sua tradicional armadura negra, que neste momento estava suja de sangue e da areia do fundo do mar, bem como o odor de suor impregnava o tecido acolchoado do seu interior. Ele segurava uma espada em uma mão e acenava para a população com a outra.

Serena, que estava escondida na multidão, olhou para Ragendra com ódio. Ela sabia que ele era um traidor, e que ele iria causar muita dor e sofrimento a Atlântida.

Ragendra pediu para o soldado que carregava Calliste entregá-la a ele, ainda amarrada. O soldado obedeceu, e Calliste foi jogada aos pés de Ragendra, como se fosse um objeto, e não uma pessoa.

Ragendra limpou o sangue dos lábios da princesa e lhe deu um profundo beijo forçado. Calliste se recusou a responder, e tentou se afastar, mas Ragendra a segurou com força.

Após se livrar dos lábios de Ragendra, Calliste cuspiu toda a saliva de sua boca. Ela olhou para Ragendra com ódio e nojo.

Ragendra sorriu, satisfeito. Ele imaginava que havia humilhado a princesa na frente de todo o povo e que ninguém ali se arriscaria para salvar a garota.

Então, o general começou seu discurso. Ele disse que era o início de seu reinado, e que Poseidon seria executado antes do por-do-sol.

“Preparem-se, meus fiéis servos! Ainda hoje, executaremos o antigo rei deste lugar e então iniciaremos uma nova era dourada!” Ele gritou com força.

A multidão ficou em silêncio, chocada e horrorizada. Eles não conseguiam acreditar que seu rei e sua princesa estavam sendo tratados dessa maneira.

Serena sentiu seu coração partir-se. Ela sabia que tinha que fazer algo para impedir que Ragendra executasse Poseidon.

Ela lentamente nadou, aproximando-se da cena, decidida a enfrentar Ragendra.

Serena se aproximava de Ragendra aos poucos, ela não queria ser notada. Ela estava escondida na multidão, usando seu sobretudo como um disfarce da sua identidade.

O general continuou o seu discurso, ignorando os atos de violência que os soldados praticavam durante o motim. Ele proclamou-se o novo rei de Atlântida aos gritos, enquanto ordenava que os soldados trouxessem a seus pés o Deus e antigo rei, Poseidon.

“Hoje inicia-se a minha era! Atlântida se curva sobre o seu novo Rei, e o velho deve desaparecer” Disse com a lâmina da espada apontada para Poseidon.

Assim eles fizeram. Poseidon foi arrastado até a entrada do palácio, ferido e humilhado. Ele estava amarrado e amordaçado, e sua armadura estava arranhada e quebrada.

Ragendra continuou o seu discurso com ódio nos olhos, encarando o adversário. Em suas palavras, ele diz que Atlântida será somente o começo, ele irá conquistar o Olimpo e toda a superfície.

“Meus campeões! Sim, campeões, que lutaram bravamente pelo futuro do nosso povo! Não deixem a sua guarda baixa, nossa vitória de hoje não significa o fim da guerra. Hoje conquistamos o nosso reino, mas, enquanto o Olimpo existir, nossa existência será ameaçada! Neste momento, começa a reorganização do nosso grande exército, e nós só iremos parar quando o Olimpo e toda a superfície estiverem sob nosso controle! Iremos continuar até tudo pertencer a Atlântida e ao nosso povo!” Gritava o homem.

Serena ouviu o discurso de Ragendra com horror. Ela sabia que ele era um homem que cumpria suas ameaças, e que ele representaria um futuro sombrio para Atlântida e para o Olimpo.

Ela também sabia que tinha que fazer algo para impedir que Ragendra executasse Poseidon. Ela tinha que salvar o rei e a princesa, sua mais antiga amiga.

Serena olhou ao redor, procurando por uma arma. Ela precisava de algo para se defender de Ragendra e seus soldados, mas não conseguia pensar em uma arma que lhe favorecesse. Caso optasse por usar uma espada, mesmo se não estivesse ferida, não seria capaz de ferir nenhum dos soldados no caminho até o general.

Ela encontrou uma das bestas mágicas do exército, escorada em um caixote próximo. Algum soldado descuidado o deixou ali enquanto escutava o discurso de Ragendra e acabou esquecendo de prestar atenção em seu armamento.

Serena sorriu. Ela sabia que a besta mágica era a arma perfeita para derrotar Ragendra. Um disparo certeiro, e este pesadelo acabaria.

Ela se aproximou da besta mágica e a pegou, sorrateiramente. Ela olhou para ela com determinação. Ela estava pronta para enfrentar Ragendra, mesmo que fosse a última ação de sua vida.

O discurso de Ragendra continuava, inflamando os soldados contra os seus inimigos pessoais. Ele falava com raiva e ódio, e seu discurso era uma mistura de mentiras e promessas vazias.

Serena escondeu-se atrás da multidão, em frente a escadaria de uma das casas próximas ao palácio. Ela estava escondida em um canto escuro, protegida pelas sombras de uma soleira, onde não seria facilmente vista por Ragendra.

O discurso tornou-se uma sucessão de gritos enraivecidos. Ragendra estava cada vez mais exaltado, e sua voz ecoava pelo pátio do palácio, ao extremo de deixar o seu elmo cair e não preocupar-se em pegá-lo novamente.

Serena esforçou-se ao máximo para levantar a besta e apontá-la na direção de seu alvo. Ela não tinha certeza de como operar o equipamento e cada centímetro que erguia a arma causava-lhe uma dor lancinante, mas as lembranças do tempo em que viveu como uma serva da família real e sua amizade com Calliste a fortaleciam.

Ela fechou os olhos e respirou fundo, ignorando a dor que lhe tomava. Ela sabia que essa era sua única chance de salvar Poseidon e Atlântida.

Ela apertou o gatilho da besta, e um grande flash de luz percorreu o caminho de sua posição até o general, enquanto este falava.

Ragendra caiu no chão, com um grande buraco em sua garganta. Ele tentava gritar, mas não conseguia. O sangue escorria por seu pescoço, e ele começou a afogar-se em seu próprio sangue enquanto tentava inútilmente estancar o ferimento usando as suas mãos.

A multidão ficou em silêncio, chocada com o que havia acontecido. Eles não conseguiam acreditar que o homem que discursava raivosamente agora estava agonizando em frente ao palácio.

Serena abriu os olhos e olhou para a cena. Ela estava chocada com o que havia feito, mas ela sabia que era necessário. Ragendra a olhou nos olhos uma última vez, antes de dar um grande suspiro e parar de mexer-se definitivamente.

Os soldados leais a Ragendra olharam-se, espantados e com raiva. Eles não conseguiam acreditar que alguém seria corajoso para atacar e ainda matar seu líder na frente do exército inteiro.

Ao verem a mulher com uma besta, soldados começaram a nadar em sua direção, empunhando suas espadas, com expressões de puro ódio em seus rostos. Serena preparou-se para morrer ali, abrindo os seus braços de forma e esperar os golpes que tirariam a sua vida.

Calliste, em um esforço desesperado, desamarrou os seus braços e conseguiu impulsionar o seu corpo para golpear alguns destes soldados, os desmaiando com sua força.

Serena viu a princesa libertar-se das amarras e atacar os soldados, e ela sentiu um alívio. A jovem não estava sozinha e este não seria o seu fim.

Os soldados restantes ficaram apavorados com a força de Calliste. Eles largaram suas armas e nadaram com pressa, buscando carruagens e golfinhos para fugirem para longe da cidade.

A multidão gritou, comemorando, enquanto Calliste esforçava-se para soltar Poseidon das amarras que o prendiam. Eles estavam felizes por Poseidon ter sido libertado, e eles estavam gratos a Serena por salvar Atlântida do futuro sombrio de desenhava-se.

Serena desabou em lágrimas. Ela estava exausta e traumatizada, mas estava grata por ter sido capaz de salvar Calliste e o seu rei, Poseidon.

Alguns dias se passam desde o motim de Ragendra, enquanto o reino se reergue daquele pesadelo.

Serena está sob cuidados psicológicos, traumatizada pelos eventos. Ela está vivendo em uma cama de hospital, com os olhos vendados para ajudar a evitar as alucinações que insistem em afligi-la. Ela tem pesadelos constantes com o dia em que Ragendra e Dimitrios a atacaram e feriram quase mortalmente.

Calliste ainda está se recuperando dos ferimentos, com um grande curativo no rosto. Nestes dias, ela passou boa parte de seu tempo treinando com sua espada. Ela está determinada a se tornar uma guerreira mais forte, para proteger Atlântida e seu povo, honrando os ensinamentos de Theltor.

Poseidon retornou seu lugar  no trono da cidade, usando seus poderes para revigorar o seu corpo. Ele está cansado, mas está feliz por estar vivo e agora tem a certeza de que existem herdeiros capazes de cuidar de seu amado reino.

Ele ainda está pensando no futuro de Atlântida, e em como ele pode reconstruir o reino. Mas agora sem as maquinações de Dimitrios e Ragendra para manipulá-lo contra inimigos imaginários.

Neste dia, Calliste é chamada para a sala do trono. Ela entra, ainda um pouco fraca, mas caminhando em um ritmo determinado.

Poseidon olha para ela com carinho. Ele sabe que ela passou por muito, mas ele também sabe que ela é forte.

"Calliste," ele diz, "estou orgulhoso de você. Você foi corajosa e destemida. Você e Serena salvaram Atlântida, se vocês não tivessem intervindo, o plano do general Ragendra teria dado certo."

Calliste sorri. "Obrigado, vo… majestade," ela diz. "Eu só fiz o que era certo."

Eles conversam por um tempo sobre o futuro de Atlântida. Poseidon diz que Calliste será uma boa rainha, e ela diz que se esforçará para ser uma princesa melhor.

"Eu quero ser uma rainha justa e benevolente," ela diz. "Eu quero que Atlântida seja um lugar seguro e próspero para todos." Por um momento ela pensou em algumas coisas que Ragendra disse em seu discurso e que poderiam fazer mais para ajudar os mais pobres da cidade.

Poseidon concorda. Ele diz que ela terá todo o seu apoio.

No final da conversa, Calliste pede algo a Poseidon.

"Eu quero que você me permita escolher meu futuro marido," ela diz. "E eu quero que ele seja da superfície."

Poseidon fica surpreso. Ele imaginava que esta situação toda faria a princesa esquecer destes sonhos infantis.

"Por que você quer tanto se casar com um humano da superfície?" ele pergunta.

"Porque eu quero conhecer o mundo acima," ela diz. "Eu quero ver novas coisas e aprender novas culturas. Nossos povos precisam se entender, não precisamos viver com medo dos nossos vizinhos, podemos encontrar uma forma de nos apoiar simultaneamente."

Poseidon pensa por um momento. Ele sabe que Calliste é uma jovem inteligente e independente. Ele também sabe que ela tem um grande coração.

"Está bem," ele diz. "Você pode escolher seu futuro marido."

Calliste sorri. Ela está feliz por ter o apoio de seu avô para poder encontrar a melhor versão de si, antes de tornar-se a rainha de Atlântida.

Ela se levanta para sair, mas antes de sair, olha por uma janela do palácio. Ela observa o horizonte por um breve momento.

Ela vê algo se movendo, mas está tão longe e parece tão pequeno para ela, que a princesa não presta tanta atenção e ela retorna a sua rotina.

Ao longe, fora dos domínios de Atlântida, um meteoro cai no oceano.

Uma grande rocha, cheia de cristais roxos. A onda de energia que se propagou deste ponto foi gigantesca, porém, desta vez, os batedores de Atlântida estavam ocupados, ajudando na reconstrução do reino, para ver isto.

Contudo, seja o que este meteoro for, a princesa Calliste agora estará lá para proteger o povo atlante.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Atlântida: O Motim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.