Um segredo obscuro - Dramione escrita por Aline Lupin


Capítulo 5
Capítulo 5




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Hermione não saiu da pensão em que estava, por um dia inteiro. Havia prometido jantar com os Weasley aquela noite, mas seu estomago se revirava apenas de pensar que veria Gina. Não que não gostasse dela, mas sabia perfeitamente que Gina guardava magoas dela. Magoas que eram profundas. Talvez, ela soubesse de algo. Hermione passou a mão pelo rosto. Não. Ela não sabia, como certeza não sabia.

Começou a divagar sozinha, pensativa, tentando juntar as peças daquele quebra cabeça. Escreveu em um papel quais poderiam ser os possíveis assassinos de Fred. A primeira pessoa que veio a sua mente era Draco Malfoy. Ele parecia estranho. A forma como a perseguiu quando chegou ali só aumentava as possibilidades. Contudo, era apenas um palpite. Riscou duas vezes o nome dele, pensativa. Talvez, não fosse ele. Não sabia de qualquer desentendimento entre os dois. Depois, veio a sua mente Roy, contudo, ele parecia tão abalado. Não teria motivos para fazer algo como aquilo. Ou, ele poderia ser um psicopata em potencial. Colocou novamente o nome de Malfoy e abaixo, Roy, devido a isso. Talvez, os dois tivessem o mesmo estilo. Pensou na família Weasley. Quem poderia ser um suspeito em potencial, mas não conseguia imaginar alguém da família fazendo tal coisa. Descartou a hipótese, pois era algo muito sórdido. Olhou para o papel de novo, sem qualquer pista concreta. Nunca encontraria a pessoa responsável pela morte de Fred. Era uma possibilidade de uma em milhão encontrá-lo, mas não impossível. Pensou que quanto mais ficasse na cidade, talvez, cruzasse seu caminho com ele.

Logo seu estomago torceu, pela fome que sentia. Olhou o relógio do notebook a sua frente. Marcava sete horas da noite. O clima continuava frio, mas era agradável para sair na rua. Foi o que fez. Iria jantar no Lower's. Não era porque queria ver a rotina de trabalho de Roy. Mas, a quem queria enganar. Queria observá-lo de perto.

Seguiu a pé pelo caminho, pois o bar ficava há algumas quadras da pensão. A dona do local era muito simpática, o que melhora o humor de Hermione e deixara a chave da entrada com ela, para caso ela precisasse voltar tarde. O que já era um tanto vantajoso. Não precisaria enfrentar o humor causticante de Gina. Nem ao menos se lembrar de como havia faltado com ela como amiga.

Quando chegou no Lower’s, o local estava cheio, em clima festivo. Havia bandeirinhas de várias cores, penduradas no teto. Reconheceu ser o brasão da família Lower, amarelo e vermelho, com um leão no centro. Era aniversário do local. 29 de setembro. Uma data especial, a qual Hermione participara inúmeras vezes, da festa promovida pela família Lower. Contudo, o velho Lower não estava no local. Somente os clientes e seus funcionários. Achou estranho o fato de a família dele não estar ali, muito menos ele, para prestigiar o evento tão importante.

Pegou uma banqueta vazia, em frente ao bar, pois era a única disponível. Dessa vez, foi atendida por uma moça de cabelos roxos e piercings nos lábios e sobrancelhas. O rosto era em formato de coração e ela lhe parecia estranhamente familiar. Quando a jovem encontrou seus olhos, um reconhecimento súbito tomou conta de seus olhos verdes. Hermione pode ler no crachá dela: Parkinson. Seu estomago de revoltou automaticamente. Não acreditava que poderia ser ela.

— Em que posso ajudar? – ela indagou, secamente.

— Eu...- pigarreou – Quero uma porção de fritas e uma cerveja, por favor.

Estava arruinando sua dieta, contudo, estava cansada de seguir sua lista perfeita. Estava cansada de portar uma máscara de alguém inquebrável. Parkinson a fitou com desdém e saiu de perto do balcão, sem anotar o pedido. Logo em seguida Roy veio até ela, com uma cerveja na mão, recém retirada de um barril de chopp. Ele deixou o copo sobre a bancada, com um suporte de papelão e sorriu de soslaio para ela. Hermione se sentiu agradecida por um rosto amigo naquela cidade.

— Que bom ver você aqui, Hermione – ele disse, parecendo sincero – Veio prestigiar o Lower’s?

— Ah, sim – respondeu, vertendo um pouco da cerveja amarga, disfarçando o fato de que não se lembrava do aniversário. Fazia dez anos que não ia naquele lugar – E cadê o senhor Lower?

O semblante de Roy se tornou triste, de repente.

— Você não soube, não é?

Hermione negou com a cabeça, confusa.

— O que houve? – indagou.

— Bom...- Roy se aproximou dela no balcão, parecendo querer confidenciar um segredo – Isso precisa ficar aqui – sussurrou em seu ouvido – Houve uma morte na família dele. Algo sério.

Hermione anuiu com a cabeça. Não sentira nada com aquela notícia, mas automaticamente a palavra “meus pêsames” saiu de sua boca. Roy balançou a cabeça, comprimindo os lábios, parecendo chateado, como se uma nuvem negra pairasse sobre sua cabeça. Logo, ele se afastou, pois um cliente o chamava. Hermione ficou ali, com sua cerveja, pensativa. Como a morte poderia ser algo tão corriqueiro no mundo, mas tão dolorosa, para algumas pessoas. Para ela, era algo que nunca a comoveu. Contudo, Fred era o único que conseguiu comovê-la. Nem mesmo sua mãe, que ficara doente, precisando que ela voltasse para casa, a comoveu. Na verdade, não sentia nada por sua família. Verteu mais um gole de cerveja, sentindo-se um tanto miserável e cruel. Mas, era o que ela sentia e não poderia afastar aquele sentimento. Depois de anos de acusações frias, sobre o quanto ela decepcionava sua família, Hermione começou a criar uma casca, para se proteger de qualquer emoção.

Ficou ali, pensativa, esperando que a batata viesse. O que não aconteceu. Fazia vinte minutos que estava esperando. Parkinson a evitava a qualquer custo e começava a acreditar que teria que ir embora, com a barriga vazia. O que ela não esperava, era que Malfoy chegasse no bar, gerando um burburinho de satisfação nos clientes que ali estavam. Ela não pode deixar de evitar de olhá-lo. Ele estava muito atraente aquela noite, com os cabelos loiros jogados para trás, raspados dos lados, deixando-o com um ar de bad boy. Vestia uma calça jeans escura, camisa com mangas, de botões, preta e uma bota de couro, de cano baixo. Parecia um tanto comum, contudo, ele tinha um ar de importância, a qual todos reconheciam. Ele fora cumprimentado por muitas pessoas próximas, o que gerou certa revolta em Hermione. Ele era um maldito mimado, rico e que tivera muito dos seus crimes impunes. Crimes esses, para ela, como espancar seu amigo, Harry, quase até a morte, além de raxas que fazia na rua, com seus amigos, o qual gerou grande estragos pela cidade. Claro, o dinheiro sempre pagava tudo, inclusive, apagava seu histórico de valentão.

Ela virou o rosto, focando apenas na sua bebida. Um prato de fritas fora servido a sua frente, no mesmo instante. Se deparou com o olhar frio de Parkinson, que não pronunciou uma palavra sequer. Hermione temia tocar na batata. Pensava qual peça aquela mulher poderia pregar, mas pegou a batata, mordendo com hesitação. A fome que sentiu era voraz. Não conseguiu deixar de atacar as batatas. Agora, pouco importava se Parkinson tivesse cuspido no prato.

— Parece com fome – escutou a voz de Malfoy ao seu lado.

Ela jurava que havia alguém na banqueta ao lado. Mas, parecia que a pessoa, a qual ela não identificou, havia saído. Ela suspirou, com irritação. Aonde ela ia, ele estava lá. Era como uma perseguição, de gato e rato. E não estava achando engraçado aquilo.

— Você não me ouviu, não é...- ele sussurrou, muito próximo dela.

Ela se afastou. Sua orelha comichava, pela voz dele. Uma voz aveludada, mas em tom de advertência. Ela o mirou, fulminando-o. Ele não parecia impressionado. Na verdade, um sorriso repuxou seus lábios.

— O que você quer, Malfoy? Veio me aterrorizar? Quebrar meu carro? Me matar?

Ele riu, sardonicamente.

— Viu, é disso que estou falando. Você é muito teimosa – zombou.

— Então, você admite que fez tudo isso? – ela o acusou, segurando com força a caneca.

Segurou o ímpeto de atirar a bebida contra ele. O olhar dele, no entanto, parecia indiferente. O que inflamava mais sua raiva. O que havia de errado com aquela cidade? Por que a queriam fora? Que perigo ela representava?

— Eu não admitiria nada do tipo. Não costumo usar esses meios para assustar alguém – sua resposta fora fria e quase certo desconforto nela. Desviou o olhar, para a própria bebida. Sentia o olhar dele queimando sobre ela, como se esperasse algum tipo de reação. A qual não veio. Ela sabia muito bem como ele agia. E sabia o quanto ele poderia ser agressivo, quando provocado.

— Mas, se não quer aceitar meu conselho – ele continuou, em tom amistoso, mas não sabia se seu olhar dizia o mesmo. Não se atreveu a fitá-lo nos olhos – Eu ofereço minha amizade.

Dessa vez, ela precisou olhá-lo com a atenção. Estava surpresa pela trégua que ele estava oferecendo. Não havia o menor indício de que ele estar zombando dela. Seu olhar era sincero.

— Por que somente agora você oferece sua amizade? – perguntou, lembrando-se do passado. Da omissão dele. Dos seus amigos que continuamente faziam bulliyng com ela. E a forma como ele friamente se recusava a participar, mas também, se recusava a defendê-la.

Ele deu de ombros.

— Acho que ajudar não me custaria nada, apenas isso – ele respondeu.

— Custaria sim. Você quer algo em troca – ela o acusou. Pensava no que ele poderia querer dela.

— Você não percebeu o que vem acontecendo nessa cidade, Granger – ele disse, em tom sombrio – Não sabe que o filho do senhor Lower morreu, sabe?

Ela negou com a cabeça, surpresa. Roy havia sido muito suscinto ao dizer, a morte de um parente, sem se aprofundar no assunto. Mas, a morte do jovem Noah era novidade para ela.

— Quando foi isso? – perguntou.

— Ontem, por volta das onze horas – respondeu, não parecendo emocionado com a situação. Na verdade, falava como se fosse falar do tempo – O que me faz pensar que existe um padrão nisso.

— Que padrão?

Ele a fitou com a sobrancelha arqueada.

— De que existe alguém dentro da cidade cometendo crimes, contra jovens desajustados. Afinal, o corte na garganta de Noah era igual ao de Fred Weasley.

— Como você pode saber disso? – perguntou, desconfiada, deixando a cerveja sobre o balcão. Não estava mais interessada em beber aquela noite. Precisava estar lucida.

— É meu dever saber, afinal, sou o prefeito da cidade, Granger. Você não fazia ideia, não é? – ele a provocou. Hermione o fulminou, o que o fez sorrir largamente – E minha preocupação é apenas com a segurança dos habitantes desse lugar. Inclusive, com a sua.

— Você não está preocupado com ninguém, apenas consigo mesmo e com sua carreira política – ela atacou.

Ele se apoiou no encosto da banqueta, parecendo muito à vontade. Nada ofendido com suas acusações.

— Chame do que quiser, Granger. Ambição política, ou não, é meu dever cuidar dessa cidade.

Nunca o vira tão concentrado e confiante, em todos os anos que precisou conviver com ele. De um rapaz rico e mimado, preocupado com festas e sua própria aparência, ele havia se tornado um homem que se preocupava com sua comunidade. Contudo, ela não confiaria nele nunca. Não importava quem ele se mostrasse ser. Não importava que ele pedisse desculpas por tudo que fez, ou não fez, no caso dela. Sua omissão era o que mais doía em seu íntimo.

— Então, me diga, senhor prefeito, o senhor já tem um suspeito? – provocou ela.

Ele pareceu meditar sobre a pergunta.

— Não sei, mas as duas vítimas tinham relação com uso de drogas. O que pode ser uma evidência de retaliação, mas, não há muitas conclusões a tirar no momento. E espero que fique entre nós essa conversa. Não quero causar pânico geral – ele disse, em tom baixo.

— Se pretende não causar pânico, por que está me contando tudo isso?

Era estranho ele ser tão aberto naquele momento. E ter atitudes estranhas em relação a ela. Sua perseguição, mesmo que fosse movida por preocupação, a fazia desconfiar das boas intenções que ele parecia ter.

— Achei que deveria saber, afinal, você não mora aqui há anos. E isso deveria fazê-la querer ir embora.

Quanto mais escutava aquelas palavras, de ir embora daquela cidade, ela desejava ficar. Sua teimosia falava mais alto, naquele momento e quase pensava em adiar sua volta a Londres. Apesar de que não poderia. Tinha um evento importante em breve.

— Não tenho para indo ir, prefeito – ela disse, em tom irônico, quando falou sobre seu cargo – Tenho meia semana pela frente. Então, vai precisar me aturar mais um pouco.

Ele lhe deu um sorriso sardônico diante das suas palavras.

— Não me importo em aturá-la mais um pouco. Mas, fica por sua conta e risco. Depois, não tente me processar, se algo a mais acontecer com você – falou de forma irônica – Mas, voltando a questão de não ter aonde ir, você poderia sair da cidade. Ir para outro lugar. Se for questão de dinheiro, eu mesmo posso pagar suas despesas em outro hotel.

Aquela oferta a ofendeu profundamente. Ele achava que o dinheiro poderia comprar qualquer coisa? Com certeza, pensava em silenciá-la. Mas, o que ela poderia saber de tão perigoso? Isso aumentou ainda mais sua curiosidade e teimosia em ficar.

— Não preciso da sua oferta tão generosa, prefeito – replicou ela, em tom irônico – Não se preocupe comigo. Apenas com sua gestão.

Ele a encarou com os olhos apertados. Parecia contrariado. Então, esbouçou um sorriso que não chegou aos seus olhos cinzentos.

— Não diga que não avisei – ele disse, em tom de advertência.

O silêncio se tornou constrangedor e sufocante. De repente, ela não sentia mais vontade de ficar ali. Sua teimosia passara além dos seus próprios limites. Puxou a carteira do bolso da jaqueta de couro e deixou algumas notas sobre o balcão, descendo da banqueta.

— É melhor não sair assim, à noite, Granger – Malfoy disse, a interrompendo – Eu a levo.

Ele não havia pedido qualquer bebida, ela notou, enquanto descia da banqueta. Parecia até mesmo que viera ao bar, para conversar com ela. Engoliu a seco. Não tinha um bom pressentimento daquilo. Ele não estava flertando com ela. Havia um tom de ameaça velada em suas advertências.

— Não, obrigada. Prefiro ir sozinha – ela se virou, mas sentiu o braço dele sobre seu ombro.

Ele aproximou o rosto do ouvida dela. A fragrância da sua colônia ficou evidente, a deixando tonta.

— Eu insisto – ele disse, a fazendo caminhar.

Ela andou com ele, normalmente, mesmo sentindo as pernas enrijecidas. O que ele pretendia a levando embora? Quando saíram do bar, com certeza, sendo observados por muitas testemunhas, era o que ela desejava intimamente, ela se afastou dele, com irritação, mas o medo parecia mais forte. Paralisante, contudo, ela o enfrentou.

— Qual é seu problema? – exigiu, fitando seu rosto sereno.

— Não tenho problemas, Granger. Acho que você apenas precisa de companhia para voltar – ele disse, cruzando os braços – Nunca se sabe o que pode acontecer nessa cidade, à noite.

— Nós sabemos que essa cidade sempre foi tranquila a não ser pela presença de pessoas como você, que gostavam de causar pânico e terror nos outros.

— Tsc...tsc...tcs...quanto rancor guardado, Granger – ele zombou – Nós éramos apenas adolescentes. Somos adultos agora. Sabemos das nossas responsabilidades. E o mundo mudou. Até mesmo essa cidade está mudando. E você não mora mais aqui, quanto tempo mesmo? Dez anos. É muito tempo para uma pessoa. Em uma década tudo se altera, não acha?

Ela não respondeu, comprimindo os lábios. Seu olhar indiferente a irritava. Sua pose de bom moço não a convencia. Na verdade, a fazia pensar o que ele pretendia com tudo aquilo. E se não era ele o perigo naquela cidade.

— Está sem argumentos, Granger? – provocou ele, vendo que ela não dizia nada – Bom, apenas vamos deixar nossas desavenças de lado. Deixe-me levá-la para o local que está hospedada.

Seu tom amável não a enganou, contudo, ela assentiu, mantendo uma distância segura dele. Foi a frente, enquanto ele caminhava atrás dela. Sentia-se encurralada diante da presença dele. O que não queria admitir era que se sentia também, um tanto atraída por sua fisionomia. Ele se tornara de um garoto alto, magrelo e estranho, para um homem bonito e com um ar de superioridade. Respirou profusamente, tentando controlar os próprios pensamentos. Não era o momento de pensar sobre ele o quanto havia mudado. Mas, ele tinha razão. Em uma década, todo uma vida poderia se alterar, se transformar. A vida dela também se transformou. Ela se questionava se realmente fora para melhor.

Parou em frente a pensão, com o molho de chave na mão, para abrir a porta da frente, que era de encontro com a calçada, sem um portão separando.

— Bom, está entregue Granger – ele disse, com um sorriso petulante – Viu, como eu não mordo. Minha companhia até que é agradável, não acha?

Sua presunção beirava a petulância. Ele estava a provocando e sabia disso, pela forma como escondia o sorriso.

— Boa noite, Malfoy – ela disse, controlando sua língua. Era uma adulta e agiria como tal. Não ficaria discutindo de forma irracional com ele.

— Boa noite, Granger – ele disse, em tom tranquilo, se afastando.

Pode escutar os passos dele, ecoando pela calçada. Não pode deixar de se virar, apenas para ver ele partir, assoviando, com as mãos dentro do bolso da calça. Estranhamente, ele parecia menos assustador, agora que ela conseguira estabelecer algum tipo de conversa com ele.


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