Home II escrita por llRize San


Capítulo 1
Uma vida perfeita


Notas iniciais do capítulo

Oie :3
Eu de novo, com uma nova fic :)
Essa é uma continuação, pra ser mais exata, é a continuação de Home.

Caso alguém queira ler Home II, sugiro que leia primeiro essas:
1° O Príncipe de Amicitia
2° Home

Só pra avisar, é uma história Mpreg, não curto muito escrever esse tipo de história, mas queria experimentar algo novo e diferente.

Espero que possam me acompanhar nessa nova jornada com nosso querido Arqueirinho Tae Tae :3



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Namjoon sorria encantado enquanto acariciava a barriga de Jin. Encontravam-se em um romântico piquenique, cercados por um campo de grama verde exuberante. Uma majestosa árvore lançava sua sombra sobre o casal, proporcionando-lhes alívio dos raios abrasadores do sol naquele dia escaldante.

Não muito distante, erguia-se o castelo de Somnium, uma estrutura imponente e gloriosa, que havia resistido a inúmeras guerras no passado, mas agora estava envolto por trepadeiras e um mar de flores. O castelo resplandecia em cores vivas e beleza renovada, um testemunho do talento de Jin, um Elfo da Floresta cuja habilidade era dominar a natureza à sua volta.

E ali estava Namjoon, teimosamente mantendo uma conversa com a barriga de Jin.

— Olá menininho ou menininha! Como você está aí dentro? É muito escuro? Muito apertado? Sou o seu pai, Namjoon. Vamos brincar muito quando nascer. Está conseguindo me ouvir?  

— Joonnie, estou no primeiro mês de gestação, acho que ele ou ela ainda não consegue te ouvir. Minha barriga nem aparece.  

— Não importa, quero conversar com nosso bebê todos os dias — Namjoon beijou a barriga de Jin.  

— Sabe que nosso filho será diferente, não sabe? — Jin alisou os cabelos do marido. 

— Não vejo problema nisso, vamos amá-lo de qualquer jeito.  

— Sim, ele vai receber todo o amor do mundo. Será que ele vai nascer com minhas orelhas de Elfo? 

— Será a coisa mais fofa se isso acontecer — Namjoon beijou novamente a barriga de Jin, dessa vez encostando o ouvido — Jin, acho que ouvi algo! Será que é o nosso bebê?  

Jin deu risada.  

— Amor, é meu estômago roncando, eu só estou com fome. Tenha paciência, você vai ouvir nosso elfinho em breve.  

Namjoon suspirou de amor, em seguida, pegou um pedaço de pão de frutas cuidadosamente embalado e uma garrafa de suco de pitaya para servir ao seu marido.

— Sou o homem mais feliz do mundo por ter vocês ao meu lado. Te amo Jin — Namjoon tocou em seu rosto.  

— Também te amo, Joonnie — Jin beijou os lábios de Namjoon com ternura e, em seguida, apontou o dedo para o chão de terra, fazendo surgir uma linda rosa — Pra você, um sinal do meu amor.  

— Obrigado Jin. Não posso fazer uma rosa brotar do chão mas posso te dar muitos beijinhos — Namjoon deu vários beijos no rosto de Jin, arrancando um sorriso involuntário dele. 

No entanto, para quebrar o encanto daquele momento, como era seu costume habitual, Yeontan chegou correndo e pulou em cima de Namjoon, derrubando-o para trás. Taehyung apareceu em disparada, visivelmente sem fôlego, depois de uma corrida desesperada atrás do jovem lobo. 

— Yeontan! Vem aqui agora!  

— O que houve? — Perguntou Jin, acariciando as orelhas do lobo.  

Jin era o único em quem Yeontan não pulava como um louco; ele reconhecia a sensibilidade de Jin. Na verdade, ninguém podia se aproximar de Jin sem que Yeontan ficasse imediatamente alerta para protegê-lo. O jovem lobo tinha um instinto protetor e via Jin como alguém vulnerável, especialmente devido à pequena vida que crescia em sua barriga.

— Yeontan não quer tomar banho.  

— Ele é um lobo. Não precisa de banho — Disse Namjoon. 

— Não! Ele é meu bebê — Taehyung fez bico. 

— Pede para Yoongi te ajudar. Yeontan é mais obediente a ele.  

— O Yoon está dormindo. 

— Acorde ele, oras. 

— Mas hoje é domingo, quero que ele descanse. Ele está trabalhando arduamente no nosso futuro orfanato desde que chegamos daquela longa viagem pra casa dos meus pais... e não quero acordá-lo também porque ficamos acordados até tarde ontem a noite.  

— Nós ouvimos Tae... Nós ouvimos perfeitamente — Jin deu risada.  

— Não sei de nada — Taehyung limpou a garganta e coçou a nuca, envergonhado. Quando saiu, Yeontan o seguiu, pulando como um louco. 

Adentraram o imenso castelo, onde os jardins desabrochavam em beleza e flores, apagando qualquer vestígio da batalha sangrenta que havia ocorrido alguns meses antes. Os passarinhos cantavam e dançavam livremente sob o céu azul, como se nunca tivessem presenciado as flechas que outrora perfuraram os inimigos do Príncipe de Amicitia. O salão principal estava ricamente decorado, com vasos de flores e belas pinturas adornando suas paredes, obras-primas habilmente criadas por Jungkook, o espadachim talentoso que tinha uma paixão especial pela arte.

E, falando nele, Jungkook estava ocupado preparando a mesa para o almoço, seu entusiasmo transbordando, pois ele adorava quando todos estavam reunidos. O agora Rei Jimin, que antes era o Príncipe, delicadamente cortava algumas frutas. Enquanto isso, Hoseok, o Elfo Ruivo que irradiava alegria das profundezas das florestas de Amicitia, tocava uma música animada em sua fiel e inseparável flauta, enchendo o ambiente com notas encantadoras.

— Tae, por favor, vá chamar o Yoon para almoçar — Pediu Jimin.  

— Estou indo, Vossa Alteza — Taehyung o provocou, sabia que Jimin odiava que o chamassem assim.  

Ao chegar ao quarto, Taehyung abriu a porta vagarosamente e entrou de forma discreta. Cuidadosamente, fechou a porta para evitar que Yeontan entrasse e causasse uma confusão no quarto. Yoongi estava adormecido, profundamente tranquilo como um "urso no inverno". Taehyung se aproximou da cama e, com cuidado, debruçou-se sobre ele, admirando o rosto do homem que considerava o mais belo do mundo. A cicatriz em sua pele pálida apenas acrescentava um toque de mistério à beleza de Yoongi, tornando-o ainda mais fascinante aos olhos de Taehyung. 

— Bom dia, Arqueirinho — Disse Yoongi, sonolento — Por que está me olhando?  

— Porque você é lindo.  

Yoongi o puxou para que caísse ao seu lado na cama.  

— Te amo meu Arqueirinho — Com suavidade, Yoongi lhe deu um beijo na testa.  

— Também te amo, Yoon — Taehyung o apertou em um abraço aconchegante — Você precisa levantar e comer alguma coisa, meu amor.  

— Só quero ficar coladinho em você, Tae. 

— Vamos ficar coladinhos o dia inteiro, mas primeiro você precisa comer e depois me ajudar a dar banho no Yeontan. Só você consegue essa proeza. 

— Porque você é um bebê igual a ele, por isso não consegue dar banho nele. 

De repente, uma tristeza pesou sobre Taehyung, e com um suspiro carregado, Yoongi percebeu que algo estava incomodando seu amado.

— Está tudo bem, meu amor? — Perguntou Yoongi, segurando o rosto de Taehyung. 

— Não muito, Yoon. Quero ter um filho com você, mas tenho medo de ser um pai ruim e ele não me respeitar. Acho que não serei um bom pai.  

— É claro que será. Não se preocupe com isso, se precisar corrigi-lo sei que conseguirá. E também, eu sempre estarei ao seu lado para educar nossos filhos.  

— Filhos? No plural?   

— Sim, porque eu quero ter vários filhos com você, meu lindo Arqueirinho.  

Taehyung sorriu.  

— Seremos uma família feliz.  

— Já somos uma família feliz. 

— Mas Yoon, eu ainda não consegui engravidar. Me sinto tão triste e fracassado.  

Yoongi o cobriu de beijos. 

— Não diga isso, vamos com calma, fizemos uma longa e cansativa viagem por Amicitia, não faz nem um mês que chegamos, você é muito apressadinho — Yoongi beijou a pontinha de seu nariz.  

— Sim, você tem razão, estou sendo muito precipitado — Taehyung o abraçou e novamente suspirou com tristeza. 

— Podemos tentar várias vezes. Várias e várias vezes. Terei o maior prazer em ajudá-lo a engravidar — Yoongi riu — Mas primeiro preciso de um banho. Já volto, meu amor.  

Após o banho, Yoongi se vestiu e dirigiu-se ao quarto, onde encontrou Taehyung deitado, abraçando um travesseiro enquanto folheava um livro que encontrara em um móvel próximo à cama. Yoongi sentou-se na borda da cama, tomou o livro das mãos de Taehyung e, com um desejo crescente, lhe deu um beijo longo e audacioso. 

— Acordou animado? — Perguntou Taehyung, sorrindo e mordendo os lábios. 

— Tenho uma queda por arqueiros lindos.

— E quem seria esse arqueiro lindo?

— Não existe no mundo outro arqueiro lindo, só você. Na verdade você é o homem mais lindo do mundo e...  

— Blá Blá Blá — Foram interrompidos por Jungkook — Só estamos esperando os dois bonitos para o almoço. 

Yoongi jogou um travesseiro em Jungkook, mas ele se desviou. 

— Já estamos indo. E da próxima vez, bata na porta. 

... 

Após o almoço, cada um seguiu para suas ocupações. Namjoon, como líder da guarda real, instruía os recrutas mais jovens, ensinando-os a manusear espadas e outras habilidades. Jin dedicava seu tempo aos jardins, uma atividade que adorava, cultivando frutas e verduras para distribuir aos menos afortunados. Hoseok, por sua vez, divertia-se brincando com Yeontan, agindo como uma verdadeira criança, o que, de certa forma, ele ainda era. Apesar de seus quase 327 anos, Hoseok mantinha a mentalidade de um adolescente de quatorze anos, com a energia de um garoto de sete. 

O recém-coroado Rei Jimin, acompanhado de seu leal escudeiro Jungkook, dirigiu-se ao local onde estava sendo planejado o novo orfanato para crianças abandonadas. Yoongi estava entusiasmado com esse projeto, pois sabia o quanto as crianças desfavorecidas precisavam de um lar adequado e de educação de qualidade. Sua paixão por essa causa era alimentada pelo desejo fervoroso de assegurar que nenhuma criança tivesse uma infância tão horrível e cruel quanto a que ele próprio teve. Embora Yoongi tenha insistido em acompanhá-los, Jimin ordenou-lhe que descansasse naquele dia.

— Tae, faça Yoongi descansar por hoje, amanhã ele pode ir lá.  

— Sim, Alteza mais linda do mundo — Taehyung riu — E Jungkook, cuida do meu Jimin!  

— Vou cuidar, não se preocupe. Sou o melhor espadachim do sul, esqueceu?  

— E eu sou o melhor espadachim do mundo inteiro — Yoongi o encarou.  

— Isso é convite para um duelo? — Jungkook sacou a espada. 

Jimin revirou os olhos e puxou Jungkook pelo braço.  

... 

Naquela noite, Taehyung dormia tranquilamente no peito de Yoongi. Após horas de amor e intimidade, ambos estavam exaustos e satisfeitos.

Taehyung acordou ao ouvir Yoongi murmurando palavras ininteligíveis. O rosto de Yoongi estava coberto de suor, e sua expressão denotava dor, como se estivesse tendo um pesadelo terrível e estivesse sofrendo intensamente. Taehyung tocou suavemente o peito de Yoongi, sentindo-se preocupado e com uma vontade avassaladora de chorar ao ver o seu amado sofrer daquela maneira.

— Yoon? — Chamou baixinho.  

Yoongi estava num sono profundo, preso em algum lugar escuro de sua mente.  

— Yoon? — Taehyung queria chorar, pois Yoongi não acordava.  

 Yoongi murmurou algo novamente, Taehyung se aproximou mais para tentar ouvir. 

— Você não vai me dominar... pare de me seguir... Saia da minha mente... — Disse Yoongi aleatoriamente, golpeando o ar. 

Taehyung tentou tocar o peito de Yoongi novamente na esperança de acordá-lo, mas foi interrompido quando a mão de Yoongi se fechou com firmeza em torno de seu pulso. 

— Não toque em mim!  

Yoongi, agindo instintivamente, empurrou Taehyung para fora da cama, fazendo com que ele caísse no chão, confuso e sem entender o que estava acontecendo. A dor aguda de bater nas costas contra a parede o atingiu, e ele olhou para Yoongi, que permanecia imóvel, olhando para o vazio. Taehyung, incapaz de conter as lágrimas, começou a chorar, suas bochechas banhadas pelas gotas que caíam de seus olhos.

Yoongi o olhou confuso, sonolento e perdido.  

— Tae? O que houve? — Yoongi se levantou da cama e agachou-se para abraçar Taehyung — Tae, por que você está chorando? E por que está no chão?  

— Você não se lembra?  

— Não. Eu estava dormindo, acordei e vi você no chão, chorando. Me diga o que houve, meu amor — Yoongi o abraçou ternamente, Taehyung engoliu o choro e tentou conter as lágrimas.  

— Yoon, não se preocupe, está tudo bem, eu apenas caí da cama. 


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Notas finais do capítulo

Sim, gente, Yoon é um meio Elfo Noturno, e eles não são lá muito bonzinhos não...
será que o amor poderá vencer a escuridão? (falei bonito kkkkk)



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