“Faltou empatia…

Foi o que concluí após anos de desentendimento. 

Seus sentimentos eram tão distintos dos meus, mas eu não percebi.

Me emocionei por você, mas você nunca se emocionou por mim.

Você sorria e eu sorria junto. Você chorava, e eu chorava junto. Mas o contrário nunca aconteceu.

Muitos se perguntam como a nossa amizade se rompeu, engraçado que são os mesmos que não compreendiam como ela havia começado. 

Duas pessoas tão distintas, era isso, além da longa jornada escolar que nos unia…

Antes eu suportava todas as fofocas que faziam sobre a nossa amizade inquebrável, mas você não dava a mínima importância. 

Hoje você não aguenta as fofocas sobre nossa amizade quebrada, mas agora, quem não se importa sou eu.

Porque me tornei alguém tão triste e isolada enquanto estava sozinha, porém tão social e feliz diante de qualquer um?

Você era a “popular” aquela com quem todo mundo queria estar e conversar. 

E eu era a solitária, aquela que estava ao seu lado desde o início e você nunca quis enxergar.

Hoje você está solitária, sem mais ninguém para te seguir, e eu? Estou seguindo em frente, porque nunca precisei da sua evidente falta de empatia.”