POV Edward

Prestes a completar um ano e três meses que comecei a pós-graduação em marketing digital, já havia até terminado o curso, cheguei a Espaço Criativo Swan em meu horário habitual para mais um dia de trabalho. Charlie criou um Sub-departamento para a área de marketing digital dentro do departamento criativo e me colocou como gerente desse setor, então tenho minha sala própria.

Como em todos os outros dias cheguei a empresa e fui direto para minha sala, me sentei à mesa liguei o computador, quando ia começar a trabalhar, ouvi duas batidinhas na porta e em seguida Erik entrou.

— Edward, o Sr Swan está te chamando na sala dele. – Me informou.

— Ué? O que será que aconteceu para o Sr Swan me chamar já cedo? –

— Não sei cara, ele não me falou o motivo, apenas pediu para te avisar assim que chegasse. –

— Tudo bem Erik, obrigado. –

Erik apenas fez que sim com a cabeça e  se retirou, se Charlie me chamou tão cedo deve ser urgente então fiz o que me pediu e fui para a sua sala antes de começar a trabalhar.

Assim que o elevador parou no andar da presidência segui para a sala de Charlie, ao chegar em frente a porta dei duas batidinhas de leve e quando ouvi a sua vós autorizando a entrada abri a porta e entrei.

— Me chamou Charlie? – Perguntei andando até a sua mesa, vi que tinha duas mulheres sentadas a sua frente, reconheci uma delas, a esposa de Charlie, Renne Swan, diretora da Espaço Criativo Swan.

— Oi Edward, chamei sim. – Respondeu e apontou para as mulheres a sua frente. – Minha esposa Renne você já conhece, essa é a minha filha Isabella Swan. –

— Bella, esse é Edward Cullen, gerente da área de Marketing digital. – Ele nos apresentou.

A Srta Swan se levantou e veio me cumprimentar, assim que ela se virou fiquei maravilhado com o que vi, ela é simplesmente linda, uma versão mais nova de sua mãe, com um rosto mais angelical, um olhar firme e confiante e aquela boca pedindo para ser beijada.

— Então quer dizer que você será a minha baba? – Ela perguntou ao se aproximar de mim.

— Oi? – Perguntei confuso.

— Isabella, não comece. – Ralhou a Sra Swan com a filha.

— Sente-se Edward. – Charlie falou me indicando uma terceira cadeira que só agora percebi estar lá. – Você deve estar se perguntando que história é essa da baba. – Iniciou Charlie enquanto me sentava na cadeira que ele me indicou.

— Confesso que fiquei confuso. – Respondi simplesmente.

— Na verdade nossa filha foi bem dramática Edward, não ligue. – Renee argumentou e sua filha bufou contrariada.

— O que acontece Edward, é que Isabella é uma hacker. – Explicou Charlie. – E ontem ela foi pega hackeando o sistema da CEA. –

— Wau! – Fiquei tão surpreso com essa notícia que não pude deixar de interromper Charlie. – É uma hacker muito talentosa então! –

— Uma das melhores do pais. – Respondeu Isabella com um sorriso orgulhoso.

— Enfim, ela foi presa e foi um grande transtorno, pois Renne teve que ir até a delegacia para soltá-la. – Charlie continuou. – Nós confiscamos o notbook dela e agora precisamos assegurar que ela não fará mais algo parecido, então resolvemos bota-la para trabalhar aqui na empresa, é ai que você entra, ela vai trabalhar com você. –

Levei alguns segundos para absorver a informação, eles querem que eu fique de olho nela para que não faça nada de errado, agora a história da baba fez sentido.

— Agradeço a confiança Charlie, mas não acredito que poderei ensinar a ela, não melhor que você pelo menos. –

— Você tem feito um excelente trabalho na área de marketing digital Edward, tenho certeza que não poderia ter escolhido alguém melhor para esse departamento e minha filha, além de ser hacker também é recém formada em engenharia da computação, por isso acredito que os dois formarão uma bela equipe. – Completou Charlie. – Acho que vocês dois podem unir forças para fazer a Espaço criativo Swan deslanchar ainda mais.  O que você acha? –

— Fico honrado com a confiança e farei tudo o que estiver ao meu alcance para não decepciona-lo. – Respondi usando meu tom profissional.

— Será que dá para vocês pararem de falar de mim como se eu não estivesse aqui? – A filha de Charlie protestou. – E como eu fico nessa história toda? Quer dizer que realmente vão voltar a me tratar como adolescente, confiscaram meu notbook, me deixaram de castigo, vão colocar uma baba para me vigiar e agora não vão nem levar em conta a minha opinião? – Ela protestou revoltada.

— Isabella, se você não quer ser tratada como uma adolescente, pare de agir feito uma, pare de fazer birra, pare de achar que o mundo gira contra você. – Percebi que Renne está perdendo a paciência com a filha.

— Tua mãe e eu demos tudo a você Bella, colocamos o mundo ao seus pés e você, desde que voltou de Nova York após se formar só tem aprontado, ter invadido o sistema da CEA foi a gota d’água, agora chega de te dar tudo de bandeja, se você quer o seu notbook e sua independência de volta terá que nos provar que você merece, estou botando Edward para ficar de olho em você porque ele é de minha total confiança e sei que não se deixará enganar por você. –

Após a resposta do pai ela saiu da sala bufando e batendo os pés, igualzinho a uma garotinha mimada.

— Fica tranquilo Edward Bella é inofensiva, quando perceber que as birras dela não estão surtindo efeito ela se acalma. – Me tranquilizou Charlie.

— Apenas seja firme e não seda as chantagens emocionais que com certeza ela vai tentar fazer e dará tudo certo. – Me orientou Renne.

Agradeci aos dois e sai da sala atrás de minha mais nova assistente, a encontrei no hal de entrada do andar sentada em um sofá balançando a perna impaciente, fui até ela e parei bem a sua frente, só então ela me olhou.

— Vamos? – A chamei e segui para a frente dos elevadores.

— Era só o que me faltava! – Ela resmungou ao meu lado.

— Olha só Isabella. – Comecei mas fui interrompido.

— Bella. –

— Oi? – Perguntei confuso.

— Disse para me chamar de Bella. – Esclareceu, nisso o elevado chegou, entramos e apertei o botão do andar do departamento criativo.

— Então Bella, sei que não é uma situação agradável, também me sinto desconfortável com tudo isso, mas acredito que se trabalharmos direitinho podemos fazer dar certo. – Tentei fazê-la ver o outro lado da situação, mas deveria saber que não será um tarefa fácil.

— Que seja. – Ela resmungou em resposta.

Em seguida o elevador chegou ao nosso andar, saímos do elevador e a conduzi até a minha sala.

— Verei com o seu pai para colocar mais uma mesa e computador para você, enquanto isso teremos que dividir esses aqui. –

— Ainda não consigo acreditar que eles me tiraram o computador. – Ela resmungou de novo. – Como meu pai gosta de enfatizar, além de ser hacker sou engenheira da computação, não posso ficar sem computador, é minha ferramenta de trabalho. –

— Acho que agora você ficar resmungando não vai ajudar em nada, o que você precisa fazer é trabalhar e reconquistar a confiança deles, só assim eles te devolverão o seu notbook e até onde sei essa é a primeira vez que vai atuar como engenheira da computação, de modo que ainda não pode dizer que computador é sua ferramenta de trabalho. –

— Não enche, só estou aqui porque eles me obrigaram, mas assim que eles aliviarem o meu lado, vou cair fora. E não pense que aquele notbook é o único computador que eu tenho, tenho mais dois notbooks escondidos em lugares estratégicos, mas é claro que meus pais não sabem, então só estou fingindo esse drama para eles não desconfiarem. – Despejou mal humorada.

— Não acredito que você tem mais dois notbooks. – Sussurrei incrédulo.

— Não fique tão surpreso assim gatinho, posso não ter atuado ainda como engenheira da computação, mas sou haquer faz doze anos, computadores são sim meu instrumento de trabalho, então sempre preciso ter um reserva e o reserva desse. – Olhei espantado para ela que riu de meu espanto. – Apenas não fique no meu caminho e dará tudo certo. – Concluiu.

Essa garota é louca, aonde é que eu fui me meter?