O herdeiro e a sobrevivente escrita por Senhorita Rodrigues
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem! Critica e ideias construtivas serão ouvidas e quem sabe atendidas...
Bem aqui estou eu de volta para minha querida Lisboa, depois de sete anos morando em Paris onde me formei em gastronomia. Não sei se fiz a escolha certa em voltar pois não tenho boas recordações, mas a saúde do meu pai me obrigou. Ele mora com minha tia que é quem o ajuda no restaurante e com a casa. Minha mãe morreu com câncer quando eu tinha dezesseis anos foram tempos difíceis. Minha tia ficou viúva e veio cuidar do meu pai quando fui estudar fora. Aqui estou eu parada dentro do taxi em frente à minha casa que não mudou em nada.
— Moça está tudo bem? - pergunta o taxista
— Sim! Desculpa! - falei saindo do taxi
Peguei a minha mala e caminhei até o portão que na mesma hora foi aberto por meu pai.
— Minha pequena! - disse ele me abraçando
— Papai! - foi só o que eu conseguir dizer retribuindo o abraço
— Como eu senti sua falta pequena. - disse ele
— Eu também! Como o senhor está? - Perguntei
— Estou bem! Só a idade que não ajuda. - disse ele
Meu pai me levou para dentro de casa e fui bem recebida por minha tia Cândida que fez várias comidas gostosas e claro tive que resumir meus sete anos longe de casa. Como estava cansada me retirei para o meu quarto que estava como eu deixei. Coloquei a mala no canto e abrir a janela e fui mexer no celular quando ele tocou.
— Alô - atendi
— Você esqueceu de contar para sua melhor amiga que está de volta? - perguntou Charlote
— Quem está falando? - perguntei
— Não acredito que você esqueceu de mim! - disse
— Desculpa Charlote atendi sem olhar quem era. - falei
— Essa eu deixo passar! - disse ela – Quando você chegou? Voltou de vez ou vai embora de novo? Já arrumou emprego? - disparou Calma Charlote
— Eu já fui interrogada pela minha tia. - falei
— Eu cheguei hoje, não sei quanto tempo vou ficar ou se vou em bora de novo e não tenho emprego ainda. - respondi
— Bom sobre o emprego posso falar com Miguel se ele consegue um trabalho no laboratório para você lá na Alpha Albuquerque. - disse ela – Miguel acabou de ser promovido a gerente do RH.
— Nossa que bom parabéns! - falei – Bom sobre o emprego vou pensar e depois eu te falo. Ok!
— Depois a gente combina de se ver para você conhecer sua sobrinha. - falou ela – E só para você saber que Diogo mora nos Estados Unidos caso seja esse o motivo de não querer o emprego.
—Caso eu mude de ideia eu te aviso e depois combinamos a visita. Beijos! - falei desligando
Charlote como sempre direta ao ponto e claro tocando na ferida. Sete anos sem ouvir esse nome, sem saber se está casado, se tem filhos, se está bem. Levantei da cama e fui organizar minhas roupas no guarda-roupas e quando eu estava quase terminando eu encontrei a caixa de recordações da minha época de adolescência. Quando eu abro a primeira foto que vejo é minha com Diogo do dia que ele me deu a pulseira combinando com a dele que representava nosso relacionamento. E mesmo depois de tudo que aconteceu eu nunca tive coragem de tirar.
DO OUTRO LADO DO OCEANO...
Estava arrumando minhas malas quando meu pai me ligou. Ele está me obrigando a voltar para Portugal para gerenciar a empresa de lá já que ele vai se aposentar.
Hello – disse atendendo o telefone
— Diogo meu filho conversa comigo direito. - disse ele - Quando você vai chegar?
— Estou embarcando hoje. - respondi – Exatamente daqui duas horas então se o senhor puder me deixar acabar de arrumar minha mala eu agradeço. - falei
— Ok! Não vou te incomodar! Sua mãe e eu estamos morrendo de saudades de você e do Tomás. Até mais! - falou desligando
Acabei de arrumar minhas malas e as do Tomás quando meu assistente e melhor amigo José entra no meu quarto.
— Porque você não atende as ligações do seu pai. - disse furioso – Ele está atras de você e acha que eu estou escondendo algo.
— Desculpa eu já conversei com ele. Não se preocupa! - disse
— Ok! Bom sobre aquele assunto que você me pediu está aqui o arquivo. - falou me entregando uma pasta
— Então vamos eu leio dentro do avião. - falei guardando a pasta
Chegando no aeroporto Tomás estava com a babá me esperando ele tinha vindo na frente enquanto eu acabava de resolver algumas coisas na empresa.
— Papai você chegou! - disse me abraçando - Papai vamos encontrar com a mamãe? - perguntou
— Tomás papai já explicou que mamãe foi embora, sem contar para onde foi. Estamos indo morar com a vovó e o vovô. - falei sem contar a verdade que não era mentira.
— Tudo bem, então! - respondeu
Marina era um dos meus casos na época da escola com quem eu acabei casando depois que ela engravidou. Assim que Tomás nasceu, ela conheceu um milionário do Brasil e foi morar com ele. Ficamos só nos dois. E nunca mais acreditei no amor entre homem e mulher, apenas no amor do meu filho que é a melhor coisa da minha vida. Meu maior arrependimento foi ter me casado com Marina, porque o grande amor da minha vida era outra pessoa. Catarina Gomes quem eu nunca esqueci a pulseira em meu braço afirma isso apesar de tudo o que aconteceu entre a gente. Tirei o envelope que José me deu de dentro da minha pasta e lá estava todas as informações sobre Catarina. Como está bonita! Esses sete anos lhe fez bem! Não tem namorado e nem filhos, recém-formada na melhor universidade da França e mora atualmente em Portugal.
— Ela voltou para Portugal? - perguntei a José
— Sim! Pelo que eu descobrir com Miguel. O Senhor Gomes está doente e com alguns problemas no restaurante e pediu que ela voltasse. - disse ele
— Que tipo de problemas e qual a doença dele? - perguntei
— Miguel não sobre informa qual é a doença só disse ser grave e sobre o restaurante disse ser financeiro e que Catarina está procurando emprego. Ele ofereceu emprego na empresa, mas parece que ela não aceitou. - respondeu – Isso está tudo no relatório, porque pergunta.
—Só estou confirmando. - falei e continuei lendo o relatório
O relatório dizia que o Senhor Joaquim Gomes devia quase um milhão de euros para os bancos e que se recusava a vender o restaurante para pagar parte da dívida e que sua doença era terminal. Acabei dormindo durante o voo sonhei que me encontrava com Catarina. Acordei assustado! Tomás dormia tranquilamente e graças a deus estávamos quase pousando. Fomos recebidos com uma reunião intima em minha casa. Logico que meu pai não ia deixar passar.
— Meu filho que saudades! - disse mamãe me abraçando
— Também estava com saudades mamãe. - falei retribuindo o abraço bem forte
— Vovó - disse Tomás nos separando que foi pego pela avó babona
— Oi, papai! - disse o abraçando também
— Bem-vindo de volta Diogo! - disse
Meu pai tinha convidado meu irmão e minha cunhada, alguns diretores e gerentes da empresa com suas esposas e alguns clientes importantes. Durante a recepção ele me anunciou como gerente geral da empresa onde eu ia administrar o restaurante e gerenciar o laboratório de desenvolvimento de novos produtos. Como eu não tive escolha aceitei sem reclamar. Ia trabalhar junto com meu irmão que era o Diretor da empresa. Os dois filhos trabalhando juntos na empresa como ele sempre sonhou. Depois do jantar fui organizar meu guarda-roupa para distrair minha mente e encontrei uma foto antiga dos bons momentos que tive durante a adolescência, mas fui interrompido por Tomás e acabamos dormindo.
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