La BellaMassa escrita por Sofia Lovato s2


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Depois de anos sem escrever nada, resolvi reescrever uma história antiga minha que nem final tinha kkkkk

Mas lendo o que eu já tinha escrito, bateu uma nostalgia e resolvi voltar a ativa!

Espero que gostem!



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Seja minha namorada. - ele disse sorrindo

Como é que é?- arqueei uma sobrancelha

Isso mesmo que você ouviu. - ele aumentou o sorriso

Não estão entendendo nada, não é mesmo? Simplesmente, o cara mais popular da faculdade está querendo namorar comigo, sem nem ter trocado duas frases inteiras comigo desde que nos esbarramos. Bom, talvez seja melhor eu contar a história toda do começo para vocês entenderem.

Eu me chamo Diana, tenho 22 anos, faço faculdade de medicina e trabalho como garçonete na pizzaria La BellaMassa. Não tenho a facilidade de fazer amigos, então tenho poucos na minha turma – quase nenhum, estão mais para colegas mesmo. Só tenho um amigo e ele nem é da minha graduação, não sei como consegui essa façanha. O rapaz veio da França para o Brasil estudar numa espécie de intercâmbio, mas se apaixonou pela cultura e diz que seus planos são de ficar por aqui indeterminadamente. Por ser do exterior, acaba sendo bastante popular aqui – como a figura que veio me pedir em namoro, e não ironicamente, são melhores amigos.

—Achei que você já tivesse uma namorada, Henrique.

—Sim, eu tenho. - afirma convicto.

—E tá me pedindo em namoro porquê? - perguntei confusa

—Na verdade, eu não estou mais namorando. - explicou com um sorriso amarelo – Mas pretendo voltar e você é a pessoa certa pra me ajudar!

—Não entendo como isso é problema meu.

—Calma lá, aprendiz de Homem-Aranha do Tobey Maguire. - respondeu sarcástico – Eu sei que você anda com uns probleminhas aí financeiros e eu estou mais do que disposto em ser generoso com aqueles que me ajudam.

—Como sabe disso? - perguntei levemente ofendida

—O seu amigo francês é bastante fofoqueiro quando está bêbado. - disse com um sorriso de orelha a orelha

Maldito francês.

—Não sou acompanhante de luxo, muito menos garota de programa. - respondi firme

—E nem quero que seja, não gosto dessas coisas. - respondeu com a cara brava – Você é amiga do Valentim, jamais te desrespeitaria dessa forma.

Observei o semblante sério de Henrique e entendi que a situação pudesse estar insustentável para ele fazer tal pedido. Seus olhos negros não deixavam dúvida do que queria, mas não estava nem 5% convencida.

—Ainda não entendi sua motivação.

—Eu amo a Luísa. - respondeu sincero – Não aceito como acabou nosso relacionamento e acho que se ela me vir com você, vai ficar com ciúmes e pedir para voltar.

—Tem vários rumores de traições da sua parte, cara. Não sei se foi por isso que terminaram, mas se ela tem um pingo de amor-próprio… Não olha na sua cara nunca mais. E digo mais: não acho um bom plano. - respondi bufando com impaciência

—Eu jamais faria isso com ela.

—Luísa já tá saindo com outro cara, pelo que eu soube.

—Eu também soube. - respondeu cabisbaixo – E é aí que você entra também.

—Tô esperando você me contar seu plano megalomaníaco até agora e eu sinto que só estou perdendo meu tempo.

—O objetivo é fazer ciúmes na Luísa e, de quebra, arranjar um doido pra você! - disse com o maior sorriso que dera nessa conversa inteira

Talvez eu não tenha revirado os olhos o suficiente nesse momento, porque meus olhos ainda estavam no lugar.

—Quem te disse que eu quero arranjar um doido? - respondi indignada – Não somente isso, mas o que te fez pensar que eu quero um doido? Ou além disso, o que faz você pensar que EU aceitaria uma proposta SURREAL dessas?

—Te pago 5 mil por semana. Isso dá uns 20 mil por mês.

—Como é? - surpresa estava, surpresa fiquei. De onde esse menino ia tirar 20 mil por mês?

—É basicamente a minha mesada toda. Então, espero que consigamos fazer isso até o mês acabar.

Eu não conseguia mais responder com tanta surpresa que eu estava. Eu ralo o mês inteiro pra ganhar bem menos que R$2,000 por mês e ele, simplesmente, estava me oferecendo a mesada inteira pra resolver essa situação em 30 dias.

—Sei que precisa Diana. Pagar essa faculdade quando terminar não vai ser fácil e acredito que esses 20 mil vão te ajudar bastante. - respondeu tentando me convencer.

Hesitei por mais alguns segundos, enquanto encarava a imensidão negra dos seus olhos.

—Tudo bem. - respondi firme – Mas nada de beijos exagerados, ok? No máximo, umas bitocas e uns abraços… Para tentar ser convincente, ao menos.

—Diana, você está salvando o coração de um homem apaixonado de entrar numa escuridão nefasta. - pegou em minhas mãos e as beijou, como se sua vida dependesse disso

—Olha o exagero que eu mencionei…

—Perdão – soltou minhas mãos e sorriu pra mim – Obrigado por me ajudar, Diana.

—É uma troca de favores, não esqueça. - respondi ríspida – Mas tem algo que ainda não entendi, Henrique.

—O que seria? - disse já levantando da mesa onde estávamos.

—Por que eu? - perguntei com dúvida genuína, levantando e indo para a porta da pizzaria onde trabalhava – Muitas outras garotas são mais bonitas e bem mais sociáveis que eu. Não entendo porque veio me pedir ajuda.

—Você é a pessoa em quem Valentim confia a vida. - respondeu sério, me encarando sem nem ao menos piscar – E eu confio minha vida a ele. Então, se ele gosta de você a esse ponto, deve ser uma pessoa incrível.

Fiquei sem palavras ao ouvir o que Valentim pensava de mim e, logo, o que Henrique pensava também.

—E Luísa te odeia, com todas as forças. - completou com um sorriso zombeteiro

—É o que? - perguntei incrédula – Por qual motivo? Nunca fiz nada a ela!

—Exatamente. Ela me contou por alto, mas parece que você nunca passou cola para ela.

—Claro que não, cada um no seu cada qual. Imagina se me pegam passando cola pra ela, zero a prova, zero o semestre, perco a bolsa. - respondi como se fosse óbvio. - Ela só é mesquinha, não gosta de bolsistas.

—Não fala assim dela… - argumentou, visivelmente chateado

—Ai, ai… Queria alguém que me idolatrasse assim também, viu?

—Quem sabe esse doido aí que ela está, não seja o seu par ideal?

—Pro inferno com par ideal. Quero ser feliz sozinha, sem precisar de ninguém no meu cangote.

Henrique deu risada e se despediu com um abraço. Quem imaginaria que minha noite no BellaMassa começaria assim?


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo só Deus sabe, mas não tenho a intenção de demorar.



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