A manhã em Seul desdobrava-se em uma sequência frenética de compromissos para as garotas do Rainbow 5. O sol mal tinha alcançado o auge de sua jornada diária, mas as integrantes da banda já estavam imersas na segunda sessão de fotos do dia. O estúdio fotográfico, mergulhado em luzes brilhantes e equipamento de alta tecnologia, servia como palco para a próxima empreitada das jovens idols.

Di e Lea, envolvidas pela aura magnética da sessão, eram o foco das lentes do fotógrafo. No estúdio com chroma key, o cenário mágico que podia ser sobreposto em pós-produção, as duas garotas irradiavam uma energia que transcendia as fronteiras do comum. Seus trajes, uma fusão de moda urbana e elementos futuristas, destacavam-se contra o fundo verde. Di, com seu cabelo branco e olhos expressivos, e Lea, com seus cabelos rosa e sorriso encantador, formavam um contraste irresistível.

O fotógrafo, um mestre na arte de capturar momentos efêmeros, instruía-as com uma mistura de entusiasmo e precisão. "Di, olhe diretamente para a câmera, mantenha esse olhar desafiador. Lea, incline um pouco a cabeça, isso mesmo, perfeito!"

Di, sempre pronta para adicionar uma pitada de sua personalidade, soltou uma risada animada. "Acho que o próximo álbum vai ter que se chamar 'Olhares Desafiadores', o que você acha, Lea?"

Lea, com seu charme delicado, respondeu com uma risadinha. "Acho que seria um sucesso instantâneo. Mas talvez devêssemos focar no momento presente antes de planejar futuros álbuns, Di."

O fotógrafo, imerso em seu ofício, aproveitou a brecha para elogiar as garotas. "Vocês duas têm uma química incrível diante das câmeras. É como se cada foto contasse uma história única."

Di, satisfeita com o elogio, lançou um olhar cúmplice para Lea. "Viu só? 'Histórias Únicas', aí está outro título possível. Acho que estamos no negócio certo, Lea."

Enquanto a dupla continuava a posar com graça e estilo, Sing, sempre pronta para injetar um toque de sarcasmo, não hesitou em adicionar seu comentário característico. "Oh, Di, você realmente acha que um título de álbum vai salvar você de ser a estrela decadente do grupo? Acho que não, querida."

Di, respondendo com uma expressão teatral, fez uma reverência para Sing. "Ah, a estrela decadente é irredutível, não é? Pelo menos eu tenho estilo, o que posso dizer?"

Sing, lançando um olhar debochado, retrucou: "Estilo, ou seria uma combinação excêntrica de cores? Ainda estou tentando entender como você consegue andar por aí sem ser confundida com um cotonete ambulante."

As risadas preenchiam o estúdio, fundindo-se com o som do obturador da câmera capturando cada instante. O ambiente, carregado de energia criativa e da amizade das garotas, refletia a essência das Rainbow 5, um equilíbrio entre o trabalho árduo e a diversão descompromissada.

O fotógrafo, percebendo o clima descontraído, incentivou mais interações espontâneas. "Vamos, garotas, mostrem-me algo especial. Di, talvez um olhar mais intenso. Lea, surpreenda-nos com um gesto único."

A resposta de Sing, sempre afiada, não demorou. "E quanto a mim, fotógrafo? Alguma sugestão para a 'estrela sarcástica'?"

O fotógrafo, sorrindo, brincou: "Sing, talvez um olhar menos sarcástico e mais... intrigante? Mostre-nos o mistério por trás desse sorriso travesso."

O fotógrafo, enquanto agradecia efusivamente Di e Lea pela colaboração na sessão de fotos, revelava seus planos para a próxima fase. "Vocês foram incríveis, garotas! Agora, vamos focar em Sun, Sing e Jia para a próxima série. Estou ansioso para capturar a essência única de cada uma."

Di, carregada de vivacidade, sorriu enquanto se dirigia para o camarim com Lea. "Agora é a vez das outras brilharem. Mal posso esperar para ver o que o fotógrafo vai extrair delas."

Lea concordou, ajustando sua franja cor-de-rosa. "Vai ser maravilhoso, tenho certeza. Elas têm uma energia diferente, mas igualmente fascinante."

Enquanto Di e Lea se retiravam para o camarim, a atmosfera no estúdio se transformava para receber as próximas protagonistas. Sun, Sing e Jia se preparavam para suas fotos, cada uma exalando energia e bom humor.

As duas idols, ao retornarem ao camarim, encontraram Parker Jun, casualmente escorado em uma das paredes. A presença silenciosa dele surpreendeu as garotas, que haviam temporariamente esquecido da figura intrigante.

"Ah, olá, Jun," cumprimentou Di, jogando um sorriso despreocupado na direção dele. "Você está nos seguindo ou algo assim?"

Jun, mantendo sua expressão impassível, respondeu com serenidade: "Apenas passando o tempo. Como foi a sessão de fotos?"

Lea, percebendo a tensão no ar, decidiu quebrar o gelo. "Foi agitado, mas divertido. O fotógrafo está fazendo um trabalho incrível."

Di assentiu, concordando com sua amiga. "Definitivamente. Agora, acho que precisamos trocar de roupas e tirar toda essa maquiagem. Você vem, Lea?"

Lea, aproveitando a oportunidade para se afastar da tensão momentânea, concordou e se dirigiu ao banheiro do vestiário. Di e Jun ficaram sozinhos no camarim, envolvidos em um silêncio momentâneo.

Di, curiosa como sempre, decidiu puxar assunto. "Então, Jun, o que acha da vida agitada das idols até agora? Deve ser um mundo bem diferente do que você está acostumado."

Jun, mantendo seu ar de mistério, respondeu: "Certamente é único. Mas vejo que vocês têm uma maneira de lidar com isso, mesmo quando as coisas ficam intensas."

Di, observando a expressão séria de Jun, sorriu de forma travessa. "Intensa é a palavra certa. Entre sessões de fotos, ensaios e a constante pressão da gestão, parece que nunca há um momento de descanso."

Jun, demonstrando interesse genuíno, continuou: "E como vocês lidam com essa pressão? Vocês se apoiam mutuamente?"

Di ponderou por um momento antes de responder. "Nós tentamos. A verdade é que cada uma tem seus próprios desafios. Às vezes, tudo o que podemos fazer é rir juntas e seguir em frente. Mas há algo mais que você quer saber, Jun?"

A atmosfera no camarim estava carregada de subtexto, uma tensão sutil que flutuava entre eles. O passado misterioso de Jun e sua presença intrigante lançavam uma sombra sobre a conversa, dando um toque de suspense ao ar.

O homem, com sua expressão enigmática, respondeu à pergunta de Di com um sorriso sutil. "Bem, Di, há muitas coisas que eu gostaria de saber sobre você. Talvez eu devesse começar perguntando sobre seus hobbies, suas paixões secretas. Quem sabe o que mais eu poderia descobrir?"

Di, surpreendida pela resposta inesperada, sentiu suas bochechas corarem levemente. Ela, que estava acostumada a ser a provocadora, agora se via do outro lado do jogo. "E-eh, você é bem direto, não é?"

Jun, percebendo a reação de Di, inclinou a cabeça ligeiramente. "Ah, me desculpe se fui muito ousado. Às vezes, não consigo resistir à curiosidade."

Di, ainda tentando se recuperar da surpresa, riu nervosamente. "Bom, sou uma caixinha de surpresas, sabe? Talvez eu revele meus segredos quando você menos esperar."

Jun, habilmente lendo a atmosfera, mudou de assunto. "Mas falando sério, Di, percebo que há algo te preocupando. Algum problema ou apenas o peso da vida de idol?"

Di, desconversando, tentou manter sua expressão despreocupada. "Ah, não se preocupe com isso, Jun. São apenas as pressões normais da carreira. Nada que uma boa risada e o apoio das amigas não possam resolver."

Enquanto isso, Lea retornou ao vestiário, notando imediatamente a atmosfera alterada entre Di e Jun. Ela lançou um olhar curioso entre os dois antes de se juntar à conversa.

"O que eu perdi?" Lea perguntou, tentando decifrar a tensão no ar.

Di, aliviada pela chegada de Lea, sorriu de forma forçada. "Nada demais, apenas a filosofia de vida de Jun sobre descobrir segredos."

Lea, percebendo que havia algo mais, arqueou uma sobrancelha, mas decidiu não pressionar. "Bem, acho que é hora de nos prepararmos para o próximo compromisso. Alguma novidade, Jun?"

Jun, mantendo sua expressão enigmática, respondeu: "Nada além de boas conversas. Vocês estão prontas para o próximo desafio?"

Di, sentindo a necessidade de se afastar da atmosfera carregada, decidiu trocar de assunto. "Com certeza. Vamos arrasar, como sempre."

Enquanto Di se dirigia ao banheiro para trocar de roupas, Jun e Lea ficaram sozinhos no vestiário, cada um com seus pensamentos.

Jun, com um olhar perspicaz, observou Lea por um momento antes de decidir quebrar o silêncio. "Lea, como você está lidando com toda essa situação do stalker? Deve ser difícil para todas vocês."

Lea, momentaneamente atingida por memórias desconfortáveis, engoliu em seco antes de responder com uma voz suave. "É difícil, sim. Mas temos nos apoiado mutuamente. Não podemos simplesmente ignorar o esforço de todas as garotas da banda."

Jun, com um sorriso leve, respondeu com um tom galante. "Vocês são realmente admiráveis, enfrentando desafios tão intensos com tanta coragem. Especialmente você, Lea. Fico impressionado com a força que vejo em você."

Lea, corando com o elogio inesperado, murmurou um agradecimento. "Oh, bem, obrigada. Nós apenas tentamos fazer o nosso melhor."

Jun, com um toque de charme, continuou: "E, só para constar, você fica ainda mais bonita quando está envergonhada."

Lea, agora com as bochechas coradas, sorriu timidamente. O galanteio de Jun misturou-se com a atmosfera carregada do vestiário, criando um momento fugaz de descontração em meio à pressão constante da vida de idol.

Enquanto isso, Di retornou do banheiro, mudando o foco da conversa. "Estão falando de coisas interessantes sem mim?"

Jun, mantendo seu tom descontraído, respondeu: "Apenas compartilhando algumas observações sobre a coragem e a beleza que encontramos no caminho das Rainbow 5."

Di, com seu jeito brincalhão, riu. "Bem, pelo menos alguém está apreciando o esforço, né?"

Lea, ainda se recuperando da surpresa, concordou com um aceno de cabeça. "É bom ter um pouco de reconhecimento."

O vestiário, por um breve momento, viu as tensões diminuírem, substituídas por uma camaradagem momentânea entre as garotas e Jun.

O vestiário estava repleto de uma mistura de risos e conversas, uma pausa momentânea na agitação da agenda das Rainbow 5. Enquanto Di, Lea e Jun compartilhavam breves momentos de descontração, o som de passos se aproximando indicava a chegada de Sun, Sing e Jia.

Sun, com sua serenidade característica, empurrou suavemente a porta do vestiário e entrou acompanhada pelas companheiras. O olhar dela capturou imediatamente a cena informal entre Di, Lea e Jun, e ela soltou uma risada leve.

"O que estamos perdendo aqui?" perguntou Sun, com um sorriso.

Sing, com seu toque de sarcasmo habitual, respondeu antes que qualquer outra pessoa pudesse. "Aparentemente, estamos perdendo um show particular do Di e do novo amigo dela."

Di, rindo, fez um gesto dramático com as mãos. "Ah, por favor, não exagerem. Estávamos apenas conversando."

Jia, estudou a atmosfera do vestiário antes de lembrar a todas sobre o próximo compromisso. "Pessoal, ainda temos aquelas vinhetas para gravar. Devíamos nos apressar e ir até o local das gravações."

Jun, percebendo a transição do clima descontraído para o próximo compromisso, tomou a iniciativa. "Eu posso ajudar com isto, se quiserem. Minha moto está do lado de fora, e podemos chegar lá rapidinho, poderia dar uma carona para a Di e ganharmos tempo, o que acham?"

Di, inicialmente hesitante, olhou para Lea, que acenou com um sorriso encorajador. Com um encolher de ombros descontraído, Di concordou. "Por que não? Vamos nessa."

O grupo se despediu brevemente no vestiário, e Di e Jun saíram juntos. Do lado de fora, a moto de Jun estava estacionada, destacando-se contra o cenário urbano de Seul. Di, com um misto de empolgação e nervosismo, subiu na garupa da moto.

"Espero que você saiba dirigir isso direito, Jun," brincou Di, agarrando-se à cintura dele.

Jun riu. "Não se preocupe, você está em boas mãos."

Com um rugido suave, a moto partiu, deixando para trás o estúdio e levando Di e Jun em direção ao próximo compromisso. Enquanto isso, no vestiário, as outras membros da banda se preparavam para a próxima etapa agitada do dia, com uma mistura de curiosidade e especulação sobre o encontro casual entre Di e o enigmático investigador particular.

O ronco suave do motor cortava o ar enquanto a moto de Jun se movia habilmente entre os carros que preenchiam as ruas movimentadas de Seul. Di, agarrada à cintura dele, sentia a vibração da máquina e o vento fresco contra o rosto. Enquanto percorriam o trajeto até o local das gravações, Jun percebeu uma oportunidade de se aproximar de Di.

"Então, o que acha das outras garotas da banda?" Jun perguntou, mantendo a voz audível sobre o barulho do tráfego.

Di, olhando por cima do ombro de Jun, respondeu com sinceridade. "Elas são incríveis. Cada uma tem sua personalidade única, e acho que é isso que torna a Rainbow 5 tão especial."

Jun sorriu, captando a autenticidade nas palavras dela. "Parece que você tem uma boa relação com elas."

"Ah, claro," Di respondeu, mas havia uma pontada de hesitação em sua voz. "Às vezes, as coisas podem ficar complicadas, mas no geral, somos uma equipe."

O investigador, perspicaz como sempre, aproveitou o momento para sondar um pouco mais. "Tenho notado que você parece um pouco afastada ultimamente. Algum problema?"

Di hesitou por um instante antes de responder. "Não é nada sério, apenas... algumas diferenças de opinião, suponho."

Jun, com um tom galanteador, decidiu oferecer seu apoio. "Se precisar de alguém para conversar, estou aqui. Às vezes, é bom ter um ouvido atento."

A resposta de Di foi um sorriso grato, e ela assentiu. "Obrigada, Jun. Às vezes, é bom ter alguém com quem desabafar."

A motocicleta de Jun deslizava pelas ruas, cortando o vento enquanto se aproximava do local das gravações. Di, segurando-se firme, permitiu-se perder no cenário urbano em rápida mudança. Seus pensamentos, porém, estavam longe, mergulhados nas questões que pairavam sobre sua mente.

Observando Di olhar para o horizonte, Jun decidiu sondar mais uma vez. "Há algo mais, não há? Algo que não esteja relacionado diretamente com as dinâmicas da banda, talvez alguma coisa no seu relacionamento com alguém… Sing?"

Di hesitou por um momento, seus olhos revelando uma batalha interna. Finalmente, ela balançou a cabeça, negando silenciosamente a ideia de compartilhar certas verdades. "Não é bem isso, Jun. Sing e eu não somos melhores amigas, mas não nos causamos problemas."

O investigador, percebendo que havia algo mais profundo, pressionou suavemente. "Você sabe que pode confiar em mim, certo? Se há algo te incomodando, estou aqui para ouvir."

Di ponderou por um instante, lembrando-se dos eventos aterrorizantes no parque e do segredo que guardava sobre seus poderes. Ela decidiu não mergulhar nesse território por enquanto. "Não é nada demais, sério. Apenas algumas diferenças normais."

Jun, experiente em ler entre as linhas, não parecia convencido. "Di, há algo que está te incomodando, algo mais profundo. Eu posso sentir isso."

A idol desviou o olhar, tentando manter a compostura. "Às vezes, as coisas ficam complicadas, mas não é nada que não possamos superar como uma equipe."

O vento sibilava ao redor deles, criando um breve silêncio enquanto a moto se movia pelas ruas, chegando a até um grande portão metálico.

O motor da motocicleta ressoava pelo estacionamento à medida que Jun reduzia a velocidade, dirigindo-se para uma vaga próxima ao local de gravações. Di desmontou da moto com graça, retirando o capacete e expondo ao vento seus curtos cabelos tingidos de branco. Quando ela se virou para entregar o capacete a Jun, um gesto simples desencadeou um momento inesperado.

O investigador segurou gentilmente o pulso de Di, aproximando-se dela de maneira sutil. Seus olhos encontraram os dela, e o coração da idol deu um pequeno salto, um misto de nervosismo e antecipação.

"Di," Jun começou, sua voz suave e envolvente, "eu vejo o medo nos seus olhos. Não posso prometer que a vida de uma idol seja sempre fácil, mas o que posso garantir é que estou aqui para impedir que este medo possa atingir você. Ninguém ousará chegar perto de você enquanto eu estiver por perto."

Di, surpreendida pela intensidade das palavras de Jun, ficou momentaneamente sem resposta. Ela não estava acostumada a alguém demonstrar tanta preocupação e proteção por ela. A sinceridade nas palavras do investigador ecoava em seus ouvidos, deixando-a encabulada e tocada ao mesmo tempo.

Quando Jun soltou seu pulso e pegou o capacete, Di, ainda meio atordoada, caminhou lentamente em direção ao local de gravação. O vento continuava a dançar entre os cabelos dela, mas agora havia uma mistura de sentimentos que pairavam no ar.

Antes de entrar, a jovem virou-se uma última vez para Jun. Seus olhos se encontraram, e em um breve instante, mas que a jovem idol sentiu como se fossem vários minutos, ambos compartilharam um entendimento silencioso. Era um pacto não falado, uma promessa que transcendia as palavras. Ela sorriu de forma suave e agradecida antes de desaparecer pela porta, mergulhando no mundo movimentado das gravações e da fama.