Rainbow 5 escrita por Lee George


Capítulo 13
A apresentação no Shopping Center




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809855/chapter/13

Com a semana passando rapidamente, uma nova manhã despertava em tons de rosa e dourado sobre Seul, iluminando o alojamento das Rainbow 5 como um palco preparado para mais um dia de desafios e harmonias. O som suave dos pássaros infiltrava-se pelos recantos do alojamento, onde as integrantes, uma a uma, começavam a emergir de seus quartos.

Lea, cuja energia parecia revitalizada, estava entre as primeiras a se mover. Seu sorriso irradiava uma vitalidade há muito ausente, e a melodia de um cantarolar animado escapava de seus lábios enquanto ela se dirigia à sala comum. As roupas coloridas exibiam um novo brilho, e seu entusiasmo era contagioso.

Ao entrar na sala comum, Lea encontrou Sun e Jia ensaiando alguns passos de dança simples, em frente ao grande espelho que pendia decorando a sala. O som dos sapatos e o piso vibrando em conjunto, criando uma sinfonia pré-ensaio que antecipava o retorno à rotina musical. Sing, com seu jeito descontraído, praticava alguns acordes em sua guitarra, adicionando uma melodia suave ao ambiente.

"Lea, você está com uma energia incrível hoje!" Sun exclamou, notando a transformação da colega.

Lea riu, os olhos brilhando com uma chama renovada. "Acho que finalmente estou superando a frustração daquela foto horrível. Não vou deixar que essas sombras estraguem o que amamos fazer."

Jia assentiu, sorrindo com aprovação. "É assim que se fala, Lea. Estamos aqui para criar arte, não importa o que aconteça lá fora."

Enquanto a sala se enchia com a atmosfera elétrica da música, Di permanecia à margem, observando o cenário com uma expressão pensativa. Sua voz, normalmente cheia de confiança, estava silenciosa. Sun, notando a inquietação de Di, aproximou-se dela com cautela.

"Di, você parece distante. Está tudo bem?" Sun perguntou, sua voz suave carregando uma preocupação genuína.

Di piscou como se voltasse à realidade, um sorriso forçado brincando em seus lábios. "Sim, está tudo bem. Só não dormi direito, acho."

Jia lançou um olhar significativo para Sun, indicando que havia mais do que simples cansaço nos olhos de Di. No entanto, antes que pudessem aprofundar a conversa, Sing interveio com seu tom descontraído, lançando um desafio a sua rival.

"Ei, pessoal, vamos animar isso! Temos um dia cheio pela frente. Di, vai perder o ensaio?" Sing provocou, balançando a cabeça de um lado para o outro com um sorriso brincalhão.

Di forçou um riso, tentando dissipar a tensão que pairava. "Não mesmo. Vamos nessa."

À medida que os acordes se intensificavam, o ensaio começou a tomar forma, mas a sombra que envolvia Di permanecia inabalável. Sun e Jia trocavam olhares preocupados, enquanto Sing, alheia ao turbilhão emocional, mergulhava de cabeça na música.

Ao longo da manhã, o contraste entre as integrantes tornou-se mais evidente. Lea, vibrante e cheia de vida, irradiava otimismo, enquanto Di, apesar de seu talento vocal indiscutível, parecia perdida em pensamentos sombrios.

No intervalo entre as músicas, Sun dirigiu um olhar de preocupação a Di. "Di, estamos aqui para você, sabia? Se quiser conversar..."

Di sacudiu a cabeça, um leve tremor em suas mãos enquanto segurava o microfone. "Não é nada, Sun. Só estou passando por um momento difícil, mas vou superar."

Jia, não satisfeita com a resposta evasiva, aproximou-se de Di quando Sing foi pegar água. "Di, não precisa enfrentar isso sozinha. Somos mais do que colegas de banda, somos amigas. Se há algo te perturbando, compartilhe. Pode aliviar o peso."

Di olhou nos olhos preocupados de Jia, um conflito evidente em seu olhar. "Eu aprecio, Jia, mas isso é algo que preciso resolver por conta própria. Não quero arrastar vocês para isso."

Antes que Jia pudesse insistir, Sing voltou, interrompendo a conversa séria com seus comentários. "O que estão tramando aqui, meninas? Vamos manter essa energia lá em cima!"

O ensaio prosseguiu, cada nota ressoando nas paredes do alojamento. No entanto, mesmo a música animada não conseguia dissolver completamente a nuvem que pairava sobre Di. O dia, que começara com promessas de renovação, agora se desenrolava como uma partitura complexa, cheia de nuances e emoções inexploradas.

O estúdio de dança reverberava com o som suave dos pés das integrantes das Rainbow 5, uma sinfonia de movimentos coreografados que ecoava nas paredes. O ensaio de dança era tão crucial quanto a harmonia musical, e as garotas se dedicavam a aperfeiçoar cada passo, cada gesto, para oferecer uma experiência completa em seus shows.

Lea, que momentos antes estava transbordando de entusiasmo, liderava a coreografia da banda com uma energia contagiante. Seus movimentos fluidos combinavam-se com a cadência da música, criando uma fusão de som e movimento que capturava a essência da Rainbow 5. O estúdio transformara-se em um palco improvisado, onde as notas musicais dançavam com os passos graciosos das integrantes.

No entanto, mesmo no meio dessa coreografia vibrante, Di parecia estar presente apenas fisicamente. Seus movimentos, antes tão precisos e cheios de paixão, agora eram mecânicos, como se sua mente estivesse em outro lugar. Uma sombra persistente pairava sobre ela, obscurecendo o brilho que normalmente emanava dos ensaios.

Ao final da sessão, quando as integrantes recuperavam o fôlego, o gerente da banda adentrou o estúdio, interrompendo o silêncio com uma voz marcante. Seu olhar atento varreu a sala, avaliando o desempenho das garotas.

"Ótimo trabalho, como sempre, meninas. Mas temos um compromisso esta tarde que exige nossa atenção total", anunciou ele, sua expressão séria revelando a importância do evento iminente.

Sun, Jia, Lea, Sing e Di dirigiram seus olhares ao gerente, atentas às palavras que delineariam a próxima etapa de sua jornada musical. O gerente, um homem de meia-idade com uma postura autoritária, entregou folhetos aos membros da banda, revelando os detalhes do evento.

"Estaremos na reabertura do shopping center na parte sul de Seul. É um evento importante para nós, e temos que mostrar nosso melhor para atrair mais atenção", explicou o gerente, suas palavras carregadas de expectativas.

Sun, agora liderando as garotas como a voz principal, assentiu com determinação. "Entendido, vamos dar o nosso melhor. Este é um grande momento para a Rainbow 5."

As integrantes, apesar da ansiedade que o novo compromisso gerava, aceitaram a responsabilidade com um misto de empolgação e nervosismo. O gerente, após suas instruções, deixou o estúdio, deixando as Rainbow 5 diante da perspectiva desafiadora que se desenhava no horizonte.

Di, entretanto, permanecia distante, seu olhar perdido em pensamentos desconhecidos. A reabertura do shopping poderia ter sido uma fonte de animação, mas a sombra em seu coração parecia crescer mais densa, obscurecendo a alegria que geralmente acompanhava tais eventos.

Sun se aproximou de Di, preocupação marcando suas feições. "Di, o que está acontecendo? Você parece estar em outro mundo."

Di piscou, como se retornasse à realidade, e forçou um sorriso. "Nada, Sun. Só estou cansada. Vamos fazer desse show um sucesso, vamos dar o nosso melhor, como sempre."

Sun, apesar de sua liderança firme, percebeu a lacuna na resposta de Di. A tensão era palpável, mas com o evento iminente, o tempo para aprofundar a conversa era escasso. Elas teriam que confiar umas nas outras e superar os desafios que surgiam em seu caminho.

Com o estúdio de dança agora em silêncio, as Rainbow 5, com seus destinos entrelaçados, começaram a se preparar para a apresentação que aguardava nas asas do futuro incerto.

O alojamento das Rainbow 5 transformou-se em um turbilhão de atividades, enquanto as garotas se preparavam para o evento na reabertura do shopping. O ambiente pulsava com uma mistura de antecipação e tensão, um eco dos desafios que enfrentaram em seu show de estreia ainda reverberando em suas memórias.

Madame Celestia, a estilista da empresa, entrou no alojamento com uma aura de elegância exuberante. Seus olhos atentos examinaram cada integrante da banda enquanto ela distribuía roupas mais casuais, adequadas para a ocasião. A estilista, conhecida por seu gosto refinado, assegurou que cada peça destacasse a individualidade das garotas, transformando o alojamento em um camarim efervescente de mudanças de roupas e risadas nervosas.

Sun, assumindo o papel de líder com graça, reuniu as garotas para uma breve reunião antes de começarem os preparativos. Seu tom era firme, mas o brilho determinado em seus olhos revelava a confiança que ela buscava inspirar nas demais.

"Este é um evento para nos aproximarmos dos nossos fãs", enfatizou Sun. "Vamos mostrar a eles quem somos além do palco. Cada sorriso, cada palavra, conta. Estamos juntas nisso."

As garotas, apesar de suas preocupações latentes, concordaram com determinação. Enquanto se dirigiam ao espelho, cada uma ajustando os últimos detalhes de sua aparência, uma sombra de ansiedade pairava no ar. O trauma do primeiro show ainda reverberava, deixando cicatrizes emocionais que agora eram ocultas sob camadas cuidadosamente escolhidas de maquiagem e roupas deslumbrantes.

Sing, sempre a mais efusiva, quebrou a tensão com um comentário descontraído. "Mal posso esperar para ver o público nos aplaudir. Pena que não teremos os dançarinos da empresa se apresentando conosco desta vez. Adoraria flertar um pouco."

Sun lançou um olhar divertido a Sing, reconhecendo a necessidade de descontração em meio à pressão. "Foco, Sing. Temos um evento importante pela frente."

Enquanto as garotas se arrumavam, os ecos dos ensaios ainda reverberando em suas mentes, a imagem do show de estreia persistia como uma sombra em segundo plano. Ainda assim, cada uma delas encontrava coragem para enfrentar o novo desafio que se apresentava, alimentando-se da união que compartilhavam como uma verdadeira família.

Madame Celestia, observando o movimento frenético ao seu redor, não hesitou em oferecer palavras de incentivo. "Lembrem-se, garotas, a música é a linguagem universal. Deixem que seus corações se comuniquem com os fãs através da melodia. Este é um novo começo, uma chance de reescrever a narrativa."

Quando as garotas estavam finalmente prontas, seus figurinos cuidadosamente escolhidos e suas expressões uma mistura de determinação e ansiedade, Madame Celestia organizou carros de transporte para levá-las ao shopping. A noite se estendia diante delas, repleta de expectativas e incertezas, enquanto a cidade de Seul parecia aguardar a próxima performance das Rainbow 5 com uma respiração contida.

Os carros, como cápsulas brilhantes, aguardavam do lado de fora do alojamento, prontos para transportar as garotas até o local do evento. O motor ronronava, um zumbido ansioso que ecoava os batimentos acelerados dos corações das integrantes.

A jornada rumo à reabertura do shopping se desdobrava diante das Rainbow 5, um capítulo inexplorado em sua trajetória como artistas.

As garotas viam um imponente prédio ao aproximar-se do objetivo da noite, conforme os veículos cruzavam a cidade. O shopping center que estava sendo reaberto era fruto de uma obra que estendia-se por mais de um ano. Ao descerem dos veículos, a vista do tamanho do estacionamento impressionava as a banda, elas não conseguiam esconder a ansiedade para ver como estava o palco para a apresentação.

A praça principal do shopping revelou-se um palco mais simples do que as Rainbow 5 haviam imaginado. Ao invés da grandiosidade que experimentaram em seu show de estreia, agora enfrentavam uma estrutura modesta: caixas de som, alguns fotógrafos e os frequentadores do shopping formando uma audiência espontânea. O murmúrio da multidão e os cliques das câmeras proporcionavam um fundo peculiar para o cenário improvisado.

Posicionando-se no espaço improvisado, as garotas sentiram os olhares curiosos dos visitantes do shopping. Entre o burburinho, conversas se desenrolavam, e o passado da banda emergia em discussões sussurradas. Alguns estranhavam a mudança na formação, recordando de Di como a líder carismática que, de repente, parecia ter se afastado do centro do palco.

Di, ouvindo fragmentos das conversas, sentiu uma tensão crescer em seus ombros. Sun e Jia, percebendo a inquietação da amiga, sussurraram palavras de incentivo, lembrando-a da força que residia em sua união como banda.

Enquanto a ansiedade percorria o grupo, as vozes se ergueram e a melodia começou. Sing, como sempre, encontrou uma maneira de transformar a situação a seu favor. Durante a apresentação, ela flertava com o público durante os passos da coreografia, jogando olhares provocativos que arrancavam risos e aplausos. Sua energia contagiante provocava sorrisos entre os espectadores, tornando-os cúmplices involuntários de seu charme cativante.

Lea, por sua vez, irradiava uma energia romântica que capturava a atenção de todos. Seus passos de dança, fluidos e cheios de paixão, se entrelaçavam com a melodia, criando uma atmosfera cativante. O público, que inicialmente desconhecia a nova dinâmica da banda, era conquistado pelos movimentos graciosos e pela personalidade vibrante de Lea.

No entanto, as conversas entre os espectadores não passaram despercebidas. Comentários sobre o show de estreia ecoavam, confundindo as narrativas da história da Rainbow 5. Di, ainda abalada pelas sombras de seu passado, sentia o peso das palavras do público.

Ao encerrar a apresentação, as garotas, apesar da apreensão, sentiram uma onda de alívio. O desafio estava enfrentado, e o palco improvisado no shopping se tornou um campo de batalha vencido.

A atmosfera ao redor da Rainbow 5 tornou-se elétrica após o final do show. Fotógrafos se aproximaram para capturar a efervescência do momento, e as garotas se entregaram ao frenesi dos flashes. Poses fortes e sedutoras foram entrelaçadas com risos e sorrisos, uma celebração visual que ecoava através das lentes das câmeras.

O público, envolto na empolgação do momento, reagiu entusiasticamente às poses das garotas. O charme provocante emanado pelas Rainbow 5 provocava suspiros e aplausos, e o ambiente vibrava com uma energia contagiante.

Di e Lea, outrora carregando o peso de preocupações e segredos, agora compartilhavam risadas alegres, como nos dias de harmonia que antecederam os desafios recentes. A alegria visível nas expressões delas irradiava uma esperança tímida de que, apesar das sombras, a luz da amizade ainda brilhava.

Jia, atenta aos detalhes que muitos poderiam perder, percebeu um rosto familiar no meio do público. O investigador Kwon, fardado como policial, observava silenciosamente a cena. Seu olhar penetrante não escapou ao conhecimento de Jia, que compreendeu que sua presença ali estava além do simples papel de espectador.

A troca de olhares entre Jia e o investigador carregava uma comunicação silenciosa. Era uma confirmação sutil de que, apesar da aparente normalidade do evento, havia um guardião vigilante nas sombras, pronto para proteger as garotas de possíveis ameaças. O episódio com o stalker no show anterior ainda reverberava nas mentes de todos, e Kwon estava ali para garantir que a segurança das Rainbow 5 não fosse comprometida.

Enquanto as garotas se entregavam às fotos e ao entusiasmo do público, Jia continuava a observar, ciente de que, mesmo nos momentos de triunfo, as sombras podiam se esconder nas frestas da luz.

No canto discreto do shopping, o investigador Kwon mantinha uma vigília silenciosa, seus olhos treinados percorrendo cada movimento, cada rosto na multidão. O rádio em sua mão emitia sussurros de comunicação com uma colega policial, situada em um ponto estratégico próximo.

"Algo está errado, sinto isso", disse a policial, sua voz transmitida pelo rádio. "Não consigo identificar, mas há uma sensação de que não estamos sozinhos aqui."

Kwon franziu o cenho, sua expressão concentrada enquanto analisava os arredores. "Dê-me mais detalhes. Onde você sente isso?"

A policial hesitou antes de responder. "É como se houvesse olhos nos observando, mas não consigo localizar a fonte. Estou de olho nas garotas da banda, especialmente em Di. Algo parece fora do lugar."

Os olhos de Kwon se estreitaram, sua atenção direcionada para onde Di estava. O semblante dela, agora imersa nas fotos e poses, denunciava uma tensão subjacente. Ele recordava a descrição da garota como alguém enérgica e uma líder natural, mas o que via agora não se alinhava com essa imagem.

"Continue observando, e informe qualquer movimento suspeito. Vou me aproximar das garotas discretamente", instruiu Kwon, sua mente aguçada calculando as possíveis ameaças.

A policial assentiu, mesmo que Kwon não pudesse vê-la. Enquanto ele se aproximava do grupo, seus instintos policiais alertavam que algo mais profundo estava em jogo. A sombra do stalker ainda pairava sobre Di, e as mudanças em sua atitude eram como peças de um quebra-cabeça, aguardando para serem encaixadas.

Enquanto Kwon se infiltrava entre os espectadores, ele se perguntava se o stalker tinha deixado cicatrizes mais profundas do que qualquer um poderia perceber à primeira vista. A verdade, muitas vezes, estava oculta atrás das máscaras que as pessoas usavam, e ele estava determinado a desvendar os segredos que cercavam as Rainbow 5.

O gerente da banda andou apressadamente da entrada principal até a praça principal, onde a banda terminava de tirar fotos com o público após a apresentação. Ele ergueu a mão, sinalizando para que as garotas se reunissem ao seu redor. A Madame Celestia, com seu olhar perspicaz, seguiu-o de perto. O cenário vibrante do shopping era agora o palco para outro tipo de apresentação, uma que ocorria nos bastidores, longe dos olhos do público.

"As Rainbow 5 mais uma vez mostraram seu brilho hoje", começou o gerente, sua voz impondo respeito. "Este evento pode ser menor em escala, mas é uma oportunidade para vocês se conectarem com os fãs de uma maneira mais íntima. O público estava receptivo, e tenho certeza de que as críticas serão muito mais favoráveis desta vez."

Sing, com sua habitual ousadia, foi a primeira a responder. "Bem, se depender de mim, as críticas serão positivas até demais. O público me adora, eles sempre me adoraram. Talvez tenhamos ganhado alguns admiradores secretos hoje."

Jia riu suavemente, concordando. "É verdade. A interação direta com os fãs é sempre uma vantagem. Eles se sentem mais próximos, como se compartilhassem um momento especial conosco."

Lea, ainda radiante com a energia do palco, acrescentou: "Os ensaios valeram a pena. Estou feliz por estar de volta."

Di permanecia em silêncio, suas palavras pareciam pesar no ar. O gerente percebeu a tensão e dirigiu-lhe a palavra diretamente. "Daeum, você parece mais reservada hoje. Algum problema?"

Di ergueu o olhar, sua expressão escondendo um turbilhão de pensamentos. "Apenas pensando, gerente. Tantas mudanças em tão pouco tempo. Às vezes, é difícil acompanhar."

Madame Celestia, sempre atenta ao clima, interveio. "A jornada de uma estrela é cheia de altos e baixos, querida. Vocês estão se adaptando a uma nova dinâmica. Isso leva tempo."

O gerente concordou. "Estamos aqui para apoiá-las. O importante é que, como equipe, continuem a crescer. As críticas são apenas parte do processo. Vocês têm o talento e o carisma. Lembrem-se disso."

A conversa continuou, abrangendo desde a trajetória da banda até os desafios individuais. Cada membro expressou suas perspectivas, criando um mosaico de vozes únicas. Mesmo Di, apesar de sua reticência inicial, compartilhou alguns pensamentos, revelando um vislumbre do que se passava em sua mente.

Enquanto a noite caía sobre Seul, as Rainbow 5, escoltadas pelos olhares atentos do investigador Kwon, embarcaram nos veículos que as levariam de volta ao alojamento.

O alojamento das Rainbow 5 estava impregnado com a energia vibrante do dia. O gerente Min Jae, sempre ativo, reuniu as garotas em um canto mais privado para anunciar as próximas novidades.

"Garotas, a agenda está ficando movimentada. Estamos a caminho de mais uma etapa importante. Amanhã, teremos nossa primeira aparição em uma rádio de Seul. Isso significa mais exposição, mais fãs, mais oportunidades."

As garotas, animadas, trocaram olhares cheios de entusiasmo. A perspectiva de alcançar um público mais amplo era como uma chama que queimava dentro delas.

Sing não perdeu tempo. "Rádio? Isso é ótimo! A voz suave de Sun vai conquistar corações, tenho certeza."

Sun sorriu modestamente, enquanto Jia acenava concordando. Lea, no entanto, parecia distante. Seus pensamentos estavam emaranhados como um novelo de fios, e as sombras da noite apenas intensificavam a complexidade de suas emoções.

Após a breve reunião, as garotas se dispersaram para se preparar para dormir. O alojamento, silencioso à medida que a noite avançava, era um refúgio temporário para elas.

Lea, decidindo relaxar com um banho, caminhou até o banheiro. A água quente escorria sobre ela, dissipando a fadiga do dia. No entanto, quando seus olhos encontraram o espelho embaçado, uma sensação estranha a envolveu. Um arrepio percorreu sua espinha.

Ela sentiu que não estava sozinha.

Apesar de estar sozinha no banheiro, uma presença invisível parecia pairar no ar. A jovem, instintivamente, apressou-se em terminar o banho. Cada gota de água que caía parecia ecoar no silêncio do ambiente.

Ao voltar para o quarto, envolta em sua toalha, Lea sentiu olhares imaginários a perseguindo. Uma inquietação pairava sobre ela, mas, ao se deitar na cama, a cansaço do dia a envolveu como um manto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rainbow 5" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.