The Way I Loved You Taylor's Version escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 1
The Way I Loved You


Notas iniciais do capítulo

Simplesmente a minha música preferida do Fearlees, perdendo apenas para Mr. Perfectly Fine diretamente do cofre, mas enfim, eu não consegui descrever nem o apego emocional que tenho a música, mas me deixou de coração quentinho aqui, então fiquem com essa one maravilhosa.

Boa leitura!



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Ele devolveu o casaco aos ombros da ruiva e abriu um sorriso singelo para a mesma, com seus olhos acinzentados que pareciam nublados ele a observou. Ela não estava muito aberta a contatos naquela semana, reduziu a despedida a um beijo na bochecha e um sorriso de canto, deu as costas e entrou na portaria com certa pressa.

Ela estava em paz, tranquila depois de uma semana cheia de demais problemas para resolver com Roxy no trabalho, deixou o celular silencioso pelo menos pelo fim de semana, não queria ter contato com nada.

Ela entrou no apartamento pensando sobre a noite que tivera ao lado de Scorpius, até a porta do carro ele abriu gentilmente e permitiu a ruiva passar segurando em sua mão como se fosse uma princesa, era assim que ela se sentia ao lado dele, como uma princesa, muito bem mimada por ele, não chegou nem a ver a conta final daquele restaurante que tinha vista para toda a Londres, ela não ousou perguntar porque afinal era isso que Rose merecia, era o que ela esperava dele.

—  A noite foi boa, Rosie? - Perguntou a voz sonolenta de Dominique sentada na sala assistindo algum desenho animado

— Até demais, Nick – Rose respondeu suspirando

A prima franziu o cenho desconfiada

—  No que está pensando?

— Nada, nada mesmo – Rose disse passando direto para o quarto.

Ela não queria falar com ninguém, pois estava com medo demais de desatar a falar sobre o que pensava, que martelava em sua cabeça, ela perderia todo o amor próprio se confessasse?

Ela estava por um fio de desmanchar aqueles sorrisos forçados e falsos.

A verdade é que Scorpius era perfeito para ela, ele era tudo que sempre sonhou e um pouco mais, mas por qual motivo aquilo era tão vazio?

Por que ela sentia falta de brigar, se estressar, chorar e surtar, desabafando com Dominique às três da manhã?

Ela sabia que era errado, mas não conseguia evitar a falta que sentia.

 

 

[...]

 

 

Ela saiu irritada pela porta, bateu a mesma, em um surto de raiva, ela não percebeu a chuva, sua mente latejava, seus olhos seguravam as lágrimas, ele tinha feito mais uma vez, por que ele não podia segurar? Ela sabia que eles não tinham nada, não podia sentir ciúmes dele, mas seu sangue corria tão rápido pelo corpo que deixava sua cabeça quente, estava tão perdida em seu ciúmes particular quando viu a atendente se inclinar deixando um papelzinho e ele aceitar de bom grado, ele estava do outro lado do balcão, afinal eles não tinham ficado muitas vezes, não tinham intimidade o suficiente para cobrar nada um do outro, porém ele a conhecia desde que ela nascera.

Infelizmente ele conhecia bem Rose, ele a viu trocar as fraldas e começar a usar saltos altos, viu ela se tornar jovem e criar vários sonhos, viu a mesma passar todas as fases do colégio com glória, viu a primeira palavra dita pela ruivinha e a última que ela pronunciou naquela noite, antes de sair furiosa para fora.

Rose não estava contando com a chuva torrencial que caiu em questão de segundos, só fizera colocar os pés para fora do bar e recebeu a chuva.

Antes que Rose entrasse no carro ela ouviu as passadas pesadas nas poças de água no chão, ela sabia que ele estava ali, ela não queria virar para olhar, não queria que visse suas lágrimas.

— Vai embora, James! - Ela exclamou segurando a voz para não embargar

— Rose, por favor – ele começou segurando nos seus ombros, ela ainda estava de costas pra ele, relutante – Eu não queria...

— Claro que queria, James, você pegou – Ela disse amargamente - não sei porquê estamos discutindo isso, não temos nada

— Rose, não diga isso.

Ele apertou seus ombros a fazendo virar frente a frente, a chuva era forte, eles estavam falando alto, Rose gritara desde o primeiro momento.

— Por que não, James? - Rose insistiu franzindo o cenho

Ele se aproximou ainda mais dela envolvendo sua cintura.

— Você sabe que ela não me interessa, ninguém mais me interessa, Rosie – Ele passara a falar baixo, de tão próximos ela podia escutar e sentir os batimentos do coração do garoto contra seu peito, ele respirava forte, ofegando.

— Isso é o que você diz pra todas elas? - O encarou profundamente

James suspirou

— Não tem outras, eu juro.

Ela queria acreditar, ela queria muito confiar naquelas palavras, mas ela sabia a verdade, sabia que se ele voltasse aquele bar ia aceitar novamente algum contato, ou até mesmo aproximação.

Mas seu cabelo bagunçado, seu cheiro inebriante, seu toque quente mesmo debaixo de toda aquela chuva, sua respiração em seu rosto, exatamente acima de seu nariz, deixava ela paralisada, atônita a tudo ao redor.

— Eu não posso mais passar por isso – Ela torceu o nariz levemente passando pela primeira vez naquela noite um ar de tristeza – Encontre alguém que aguente esse tipo de situação, James

Ela tentou se desvencilhar, mas ele a puxou para ainda mais perto, como se fosse possível, pronto, ela sabia que a partir dali não podia mais fugir, na verdade, ela não queria fugir agora, com o coração quebrado e errante no peito.

— Eu não consigo ficar sem você, Rose, você sabe disso.

Ele disse colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha, ela fechou os olhos já sabendo o que viria em seguida.

— Você me deixa louco, Rose – Ele sussurrou antes de tomar os seus lábios em um beijo alucinante

Rose arrepiou da cabeça aos pés cedendo de uma vez ao gosto de menta que sua boca tinha, sua sanidade agora estava fora do seu alcance.

Rose tateou a porta do carro nas suas costas a medida que o beijo se tornava desesperado, o moreno desceu a mão até a barra de sua camisa encontrando o caminho pelo seu corpo, tocou em suas costas, sua pele, ela arrepiava a cada toque.

A ruiva finalmente conseguiu abrir a porta do carro e o puxou para dentro pela gola da camisa, ele fechou a porta traseira atrás de si e deitou seu corpo por cima do dela, ela mal podia esperar por aquilo, o alvoroço do seu beijo a fazia querer estar naquele momento para sempre.

 

[...]

 

E fora com aquelas lembranças que Rose passou a madrugada acordada, com os pensamentos turbilhando e o coração a mil no peito, ela ainda podia sentir a raiva que liberara naquele dia, era uma loucura, eles estavam sempre nessa montanha russa maluca, altos e baixos que reviravam sua consciência até o dia presente, ela praguejou baixinho.

Seu coração a queria lembrar só as partes boas, escondia o fato de Rose ter passado noites a fio chorando, as brigas que nunca terminavam porque ele sempre convencia ela, mas já faziam cinco anos, já faziam cinco anos que ela tinha deixado ele pra trás, quando finalmente decidiu se abrir para que Scorpius tivesse uma chance ela voltara a sofrer como se tivesse 21 novamente, como se ainda estivesse lá, isso se dava ao fato de ter esbarrado com James na casa da avó a duas semanas e não conseguir mais esquecer seus olhos castanhos.

Em um ato impulsivo naquela madrugada, que ela sabia que deveria ter ido dormir pois nada de bom acontece após as duas da manhã, Rose pegou o celular sem pensar muito, com o coração disparado, a última mensagem tinha sido de Hermione perguntando se estava tudo bem, ela mal deu atenção a mensagem da mãe já digitando o nome dele na barra de pesquisa.

“Você ta ai?”

Ela digitou rápido se arrependendo logo em seguida, desligou a tela do celular e fechou os olhos com força, suas mãos suavam.

Seu coração palpitou junto com a vibração do celular, dando sinal de vida, ela sentou na cama imediatamente agarrando o celular e ligando a tela

“Estou, Rosie, você ta em casa?”

Rose perdurou, ela sabia o que ia acontecer, ela sentia em suas entranhas, seus dedos foram mais rápidos que seu pensamento.

“Estou”

Ela já sabia, ela não esperou uma resposta por mensagem de volta, ela se enrolou em seu roupão e saiu do quarto, espiando a porta de Dominique para ver se estava bem fechada e a mesma dormia pesadamente.

Ela não ia receber uma mensagem porque James não era de mensagens, ele costumava agir antes de pensar, as borboletas invadiram o seu ventre quando ela escutou a campainha tocar, ela estava perdida porque sabia que era exatamente daquele jeito que ela amava ele.


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Notas finais do capítulo

Muito Obrigada por dedicar seu tempinho lendo mais uma de minhas ones, prometo que virão várias pela frente.

Espero que tenham gostado, vejo vocês na próxima!



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