~Após o Channie ter saído de seu quarto~

Tomo meu café da manhã me visto e saio do quarto dele, o dia parece estar bem bonito então sigo para fora da mansão que tem uma vasta área aos arredores também.

“Tudo aqui é enorme” penso e enquanto caminho vejo que há quadras esportivas mais à frente. Sim, quadras no plural e todas cobertas.

E o que vejo a seguir muito me anima.

Ele me vê chegar então para seu “bate bola” e passando a mão pelos cabelos “um costume muito sexy que ele tem” ele acena para mim e vem em minha direção dando seus “pulinhos” costumeiros o que eu acho a coisa mais fofa deste mundo.

— Oi minha pequena, que honra ser meu dia hoje. — Ele deposita um selar em meus lábios enquanto me segura e me gira no ar.

— Bom dia Minnie!

O dia está bem bonito, o sol deixa os arredores com um brilho indescritível, mas nada brilha mais em meu olhar que o sorriso deste vampiro fofo que é o Seungmin.

— Fui no seu quarto ontem, mas você não estava — Ele me encara e percebendo meu rubor ele sorri. — Me abandonou princesa, senti sua falta — ele me abraça e eu dou um leve tapinha em seu peito.

— Assim você me mata de vergonha Minnie, preciso me acostumar com seu jeitinho logo.

— E não acostumou ainda? — Ele me olha franzindo o cenho e eu só consigo pensar em como ele é lindo.

— Você curte basquete? Que interessante... — Pergunto pra mudar de assunto e tentar me livrar da tensão que eu mesma me impus.

— Basquete, beisebol, sim eu curto muito. — E lá está aquele movimento de alisar esses cabelos, será que ele tem dimensão de quão sexy fica ao fazer isso? Deve saber, certeza que está apenas me provocando.

— Incrível, — Falo pois realmente é o que penso. — Sabia que eu fui medalhista de basquete na época da escola?

— Nem brincando! — Ele sorri nitidamente tirando uma com a minha cara eu o olho fazendo um beiço de pura manha e ele dá um largo sorriso e pelo rumo da prosa eu constato que não sobreviverei a este dia sem me derreter toda por ele.

— Você duvida? Vamos jogar então?

Eu mal termino de falar e já estamos em um “contra” e é óbvio que minhas chances contra ele são nulas afinal além de eu ter jogado a muito tempo atrás ele bem; é um vampiro habilidoso, aparenta ser bem competitivo (assim como eu) e com certeza não irá pegar leve comigo, mas mesmo assim nós vamos brincar, ele faz seus dribles fazendo caretas fofas para mim e depois da sua sei lá “trigésima cesta?” ele se aproxima de mim com a bola jogando-a para mim que estou próxima a linha de três pontos, pego-a com a minha habilidade me viro em direção a cesta lançando a bola que bate certinho na tabela e entra fazendo um delicioso “chuá” então me viro completamente empolgada para o Seung que já está bem atrás de mim.

— Minnie você viu só? Eu ainda levo jeito! — Estou com um sorriso largo no rosto o que faz com que ele me olhe com tanta ternura que faz automaticamente meu coração disparar e logo penso que posso usar a desculpa de ter corrido muito durante o jogo caso ele pergunte algo sobre as minhas batidas descompassadas.

— Minha princesa manda muito no basquete! — Ele mal termina de falar quando deposita selares em meus lábios e eu o respondo com todo carinho que tenho. — Quer dar uma enterrada? — Ele diz com uma expressão repleta de dualidade e eu não sei bem o que eu pensei quando ele falou isso com a sua voz quase em um sussurro e tão próximo do meu ouvido, mas também não tive tempo para nada.

Ele coloca a bola na minha mão.

— Vire-se princesa. — Eu sorrio para ele e me viro assim como ele me disse para fazer.

Ele então pega em minha cintura e me leva até próximo a cesta com uma fluidez e agilidade que me fez arrepiar.

— Pronta? — ele dispara com uma voz baixinha em meu ouvido com seu corpo tão próximo ao meu que eu tenho certeza que vou derreter em suas mãos.

— Sim! — Eu mal termino de falar ele dá um salto ainda com as mãos em minha cintura me levando até a cesta onde só me resta enterrar a bola e isso faz a adrenalina do meu corpo ir aos céus e quando dou por mim estamos no chão novamente e agora estou de frente para ele então eu, sem aguentar estar tão próxima a ele e devido a adrenalina do momento simplesmente decido por beijá-lo.

Meus braços envoltos em seu pescoço e eu me certifico de colocar força o suficiente para traze-lo ainda mais para perto de mim se é que isso é possível e ele com suas mãos em meus quadris faz o mesmo quase que simultaneamente fazendo com que nossos corpos estejam em completo contato, no início nossas línguas travavam uma pequena guerra para estabelecer o ritmo do beijo mas logo encontraram com paixão a sintonia perfeita e agora entre estalos e leves gemidos vindos dos dois estamos em uma intimidade de dar inveja a quem quer que visse a cena.

O beijo do Minnie intenso, mas de uma forma delicada, ele me faz sentir em cada mínimo detalhe que tudo o que está acontecendo entre nós dois agora vem com um amor profundo que apenas nós dois entendemos, em seus braços eu me sinto tão bem que poderia ouvir o som do universo, e esse pensamento me trouxe sensações que não soube bem explicar, como se fosse algo implícito entre ele e eu. Ele era meu universo e não havia dúvidas que eu era o dele também.

Estou completamente entregue a ele, mas aos poucos em minha mente tudo se escurece e eu começo a ter um vislumbre do que acredito que será uma nova visão, um novo tormento, estou consciente de que está vindo, mas não reprimo e quando me dou conta já não estou mais ali com ele...

“— Minnie você está tão lindo!

Parado em frente a mim o Seungmin está todo trajado com roupas muito elegantes e claras o que deixam o ar jovial em seu rosto ainda mais ressaltado, o cabelo sem estar alinhado como era de costume, mas que nós dois preferimos e então em um movimento já tão conhecido por mim ele passa a mão pelos fios terminando com o balanço habitual de sua cabeça e ao finalizar ele me encara.

— Minha princesa Alice, — Ele se aproxima já me abraçando e depositando um selar em meus lábios — Nada neste mundo, me escute bem nada; é mais belo que você não há mensuras para a tamanha maravilha que é poder contempla-la.

— Você não deveria ser tão galanteador assim Minnie, isso não é justo. — Estou com minhas bochechas pegando fogo e ele dispara beijinhos intercalados nelas me fazendo ficar ainda mais bobinha por ele.

— Vem comigo vamos sentar ali. — Ele aponta para debaixo de uma linda árvore que tem um pouco mais distante da casa e segurando firme em minhas mãos começa a correr até ela.

— Pelos deuses como gosta de correr esse menino! — Falo em voz alta; sorrimos e agora já embaixo da árvore nos sentamos, ele senta encostado no tronco daquele belo exemplar e eu encostada nele.

— Feche os olhos, — Ele me pede e eu assim o faço — Sabe o que eu queria? — Ele sussurra em meu ouvido, e eu balanço a cabeça em negativa. — Eu queria poder ouvir o universo!

Eu sorrio e aperto os braços dele que estão em volta do meu corpo quando ouço gritos, gritos do Seungmin.

— Me soltem seus imbecis! Soltem ela! Tirem suas mãos nojentas dela!

Eu abro meus olhos e não estamos mais onde estávamos, estamos em um salão até que parecido com o salão principal da Mansão SKZ, mas nitidamente não era lá, Seungmin está no centro sendo segurado pelo pescoço por um vampiro enorme e com mais uns cinco vampiros extremamente fortes tentando contê-lo enquanto ele que está visivelmente bem ferido se debate furiosamente; tem dois brutamontes ao meu lado que por fim me encontro em frente a ele presa em uma das largas colunas do lugar e vindo em minha direção ela a mesma mulher que vi nas outras visões. A que eu sei que tem o intuito de me tirar para sempre deles, de tira-los para sempre de mim e esse pensamento me dói muito mais do que o tapa que ela acaba desferindo em meu rosto.

— Eu vou matá-la Seungmin, vou matá-la agora e de novo e você não poderá fazer nada. — No breve instante que consigo colocar meus olhos nele ele está com um semblante que se mistura entre puro ódio e horror.

— Me diz Valentinne, o que você quer para parar com isso?

Desta vez eu escuto a voz do Seungmin falar nitidamente o nome dela; então era Valentinne... Ao mesmo tempo que sei que já conhecia este nome também me parece ser a primeira vez que eu o ouço e com esta impressão vindo à tona junto com milhares de sensações sinto que vou vomitar a qualquer momento.

— Seja meu Seung! Seja meu, convença seus irmãos a se juntarem a você e se entregarem a mim de uma vez e nunca mais voltem a encostar nessa vadia não importa quantas vezes ela voltar e eu lhe dou minha palavra que ela cairá no esquecimento.

— Nós nunca seremos seus mulher! Mate-nos de uma vez e nos poupe de suas sandices, aposto que nem você se aguenta mais, é patética.

Ouvir as palavras do Seungmin me deram força, encheram meu coração de um amor ainda maior por ele.

— Você é o mais difícil de todos Seung, e isso está me irritando... —Ela fala e sem sequer olhar para mim ela me acerta um soco com tudo no estômago, a força do baque foi tão grande que cuspo sangue e a dor quase insuportável faz meu corpo dobrar no meio, porém enquanto eu vou caindo olho para o rosto da Valentinne e percebo que ela faz uma careta ao limpar o próprio sangue que sai da sua boca. — Você é um cachorrinho teimoso, fofo meu filhote, mas tem muito a aprender e eu vou ensiná-lo, logo estará na minha coleira.

— NÃO A MACHUQUE SUA LUNÁTICA! — Ele fala gritando e está com um semblante assassino enquanto a encara — Eu juro que...

— Jura o que Minniezinho? — Ela não permite que ele termine de falar se virando para ele — Que vai me matar? — Ela para por um instante encarando o vampiro que está em um momento de fúria — Soltem ele! — Ela ordena indo ficar cara a cara com ele — Quer tentar agora mesmo Seung? Sabe o que acontecerá se o fizer? Eu morro e......

O Som da voz dela ao final do que diz para o Minnie sai abafado e eu não consigo mais ouvir o que ela diz e quando dou por mim tudo está escuro e vazio.”

— Minnie — solto um gemido, estou tão dolorida que parece que apanhei de verdade.

— Princesa! Céus, Naty você está de volta meu amor! — Ele está sentado comigo embaixo de uma árvore e eu estou encostada em seu peito.

— Eu a vi, — Ele me encara com o semblante enublado — Eu a vi Minnie, via a Valentinne!

O Seungmin parece que vai vomitar quando me ouve falar o nome dela.

— Céus, me perdoe Naty! Independente dá época de sua visão sempre que ela nos encontrava você sofria muito, me perdoe por favor, eu realmente não queria isso —Ele passa a mão em meu rosto e eu sinto dolorido. — E olha pra isso. — Ele me mostra sua mão com sangue que ele acabou de tirar do meu rosto. — Você está sangrando de novo.

O fato do meu sangue exposto ali não o abala apesar dele ser um vampiro, quando sangrei pela primeira vez quando estava com o Binnie ele também não se mostrou abalado, o Channie menos, acontece que pelos tantos anos de vida deles e a forma como se alimentam dão a eles um alto controle imenso, mas mesmo assim eu ainda me pergunto se eles não se sentem nem um pouco tentados como o Felix por exemplo, que depois do nosso encontro ainda faz menções aqui e ali de querer provar meu sangue novamente.

Ele limpa bem meu rosto e logo em seguida faz menção que vai me levar pra dentro, mas eu o paro.

— Minnie, podemos ficar aqui um pouco mais?

— Tudo que você quiser, minha princesa. — Ele deposita selares em minha testa, nariz, bochecha e para em minha boca.

— Não hesite em me beijar, meu príncipe! — Não sei por que chamei ele assim, mas aparentemente ele amou me ouvir chama-lo desse jeito e me atendendo deixa um selar longo em meus lábios.

— Preciso saber uma coisa... — Digo em um tom tão calmo que o deixa nitidamente curioso.

— Por favor diga, te contarei o que quiser saber.

— Você agora consegue ouvir o universo? — Neste momento ele deixa o sorriso tomar conta de seu lindo rosto iluminando minha vida novamente.

— Eu ouço você! Você sempre foi meu universo.

Preciso dizer que eu derreti completamente ao ouvir essas palavras vindas do belo vampiro que está abraçado a mim?

— Eu te amo Minnie!

— Eu também te amo princesa!

— Agora falando a real eu só estou curiosa com uma coisa. — Falo virando meu rosto para olhar pra ele. — Por que eu estou tão calma? Isso está tão estranho.

E de fato era, eu não voltei gritando, não voltei angustiada ou com medo, nem sequer com a raiva que eu sentia na visão; muito pelo contrário eu estava tão calma que poderia dormir com a certeza de que teria lindos sonhos.

— Estranho mesmo é não ter você em meus braços, — Ele me encara e me aperta um pouco mais em seu abraço antes de continuar — Um dos meus dons é manipular sentimentos, e quando te vi aos gritos tanto de dor quanto de raiva eu só te trouxe até aqui, te abracei e fiz o que sei fazer — Ele agora me encara com certa culpa. — Me desculpa usar isso em você, mas nem o Hyunjin nem o Felix ou o I.N estão em casa agora então só eu poderia fazer algo pra diminuir seu sofrimento.

Me pego pensando como se fizesse equações complicadíssimas de cabeça agora.

— O I.N tem a “aura da felicidade” okay ele me deixaria feliz o que tiraria o sentimento ruim, já o Felix... bom, ele poderia me mandar esquecer ou algo do tipo e o Hyunjinnie me curaria dos “ferimentos” me livraria das dores físicas assim me acalmando também certo? — Pergunto e respondo para mim mesma — Certo! Então som dom é? – Eu o encaro e ele solta uma gargalhada o que me faz sentir uma tonta, mas eu não consigo não rir com ele. — É sério Minnie não ri de mim! — faço um biquinho manhoso para ele.

— Tá bom, tá bom, é que eu achei fofa sua analogia ainda mais com essa carinha aí — Ele me dá outro beijinho. — Meus dons são: Audição mega aguçada até mesmo para um vampiro, e o controle das emoções, então caso você esteja muito brava comigo poderei me safar rapidinho ou se estiver triste posso melhorar seu ânimo, mas também posso fazer você morrer de inveja, de nojo, posso fazer você sentir dor e te deixar extremamente satisfeita ou até mesmo muito excitada, mas pensando bem neste último caso nem preciso usar meu dom não é mesmo princesa? — Ele me olha dando uma piscadela com um semblante safado o que me pegou desprevenida e eu enterro meu rosto em minhas mãos em vergonha e ele apenas sorri levantando meu rosto novamente e me encarando com aquele olhar lindo dele. — Enfim emoções, sensações e sentimentos humanos ou não são meu domínio e eu posso sim ouvir o universo, mas graças aos céus eu agora consigo controlar por que até eu aprender o controle sobre isso eu ouvia até as formigas copularem e olha isso foi realmente traumático.

Caímos na risada.

— Você é surpreendente Minnie, não achei que emoções fossem seu forte, não que você seja frio por favor me entenda eu sei que você não é mesmo, mas é todo quieto na sua apesar de bem empolgado então posso dizer que esses dons que vocês têm combinam muito com as personalidades de vocês e isso é legal demais. — Ele faz carinho nos meus cabelos.

— Meus dons dão para fazer estragos irreversíveis Naty, não se iluda. — De todos que mencionaram os males que seus dons causaram o Seungmin com certeza tinha o tom o mais sombrio. — Eu usei e abusei desse controle, fiz coisas terríveis a todo tipo de gente vai por mim, eu agia como um câncer no meio de mortais e imortais porque afinal sentimentos todo ser vivo ou caminhante morto tem acredite.

— Sua era sombria foi intensa, dá para ver, mas hey — coloco minhas mãos em seu rosto e o faço me olhar nos olhos — Está no passado, eu acredito que agora você esteja, hum, mais consciente? E que vai pensar duas vezes antes de voltar a aquilo tudo seja lá o que tenha sido; certo? — ele faz sinal de positivo com a cabeça ainda em minhas mãos.

— Eu mudei e voltei a ser como era antes da transmutação, na verdade todos nós mudamos e voltamos por você, não poderíamos ser “monstros monstruosos” — Ele faz o sinal de aspas com as mãos. — E acreditar que você nos aceitaria em sua vida então o Channie apesar de todo trabalho que teve não desistiu de nós, nos resgatou um por um, nos limpou e nos instruiu em outras palavras, nos colocou na linha novamente e tudo por você, tudo para que no fim você pudesse estar com os caras que escolheu amar sem que amedrontássemos ou envergonhássemos você.

— Você é tão maduro né, mas também setecentos e tantos anos, nossa Minnie você é tão velho! — Ele me olha incrédulo com o que eu acabei de dizer e começa a fazer cócegas em mim que me contorço inteira pois morro de cócegas.

— Foi o Channie que te pediu para dizer isso não foi? Ele está se vingando de mim. — Ele me pergunta enquanto dá altas gargalhadas.

— Não foi eu juro, juro mesmo — Tenho certeza que vou perder o ar de tanto rir.

— Sei, sei, — Ele também está rindo bastante — Vem vamos entrar o LeeKnow fez seu almoço. — E para surpresa de um total de zero pessoas ele me pega no colo e me leva para meu quarto só que desta vez correndo e saltando para dentro dele pela janela o que me faz dar um grito com o susto que isso me causa.

— Atalhos princesa, muito úteis por sinal — Ele me coloca no chão e segurando minha mão me leva até a bancada onde já se encontrava com uma bandeja com o meu almoço — Vem comer vem, tem coisa pra caramba aqui e você deve estar com fome...

...

O almoço estava ótimo e então o Seungmin e eu resolvemos ficar no quarto o resto do dia, começamos a assistir uma série, mas prestamos zero atenção nela, parecíamos um jovem casal todo bobo e apaixonado que só queria mesmo namorar e aproveitar ao máximo nosso momento juntos.

— Tenho certeza que sempre fomos assim, ou será que estou errada? — O Seungmin faz sinal de sim com a cabeça e fala no meu ouvido.

— Sempre princesa e não há nada que eu ame mais do que ficar assim com você.

Como eu ainda não havia perguntado diretamente como éramos eu apenas resolvi afirmar até por que pela visão que tive antes que pudéssemos falar sobre essas coisas deu pra perceber que era exatamente assim que amávamos, um amor tranquilo mas cheio de carinhos e muito contato físico estando sempre tão emaranhados um no outro que nos tornávamos uma coisa só, e não fora diferente ali no restante do dia que passou sem que nem víssemos, só nos demos conta do cair da noite por exemplo pelo fato dos outro sete lindos vampiros adentrarem ao quarto após uma batida tímida e um baixo pedido de licença dado pelo Han e quando eu vi todos ali me olhando e sorrindo eu pensei estar no céu, quando nesta vida isso seria possível? Era minha pergunta interna e eterna.

— Então, como foi o dia de vocês? — O próprio Han quem pergunta.

— Olhem a cara do Minnie, deve ter sido um dia incrível — Sem que respondêssemos o I.N diz com um sorriso no rosto.

— Ah ela com toda certeza se cansou de ver ele jogando ele está viciado Innie e nem é só em jogos de PC ou console não, agora ele vive lá fora fazendo cestas que nem louco. — Dessa vez foi o Binnie quem falou fazendo todos darem lindos sorrisos.

— Você comeu bem Naty? A comida estava boa? — O LeeKnow me encarava com um risinho fofo pois aparentemente ele tinha certeza que acertou novamente o meu gosto me fazendo panquecas salgadas e doces que eu não vou mentir estavam deliciosas.

Eles nem me deixam responder e continuam a tagarelar, estão animados ao que parece.

— O Seung cuidou bem de você meu amor? O que foi no seu rosto? — O Hyunjin se aproxima tocando meu rosto que estava dolorido o que me faz lembrar da dor que também estou sentindo no estômago.

— Ela teve mais visões, e com mais reflexos físicos. — O Bang Chan que até então apenas dava risinhos olhando para todos ali fala demonstrando que já havia se comunicado com o Seungmin que por sua vez obviamente contou tudo o que houve mais cedo para ele. — Por favor cuide dela anjinho.

Não me lembrava de ter ouvido esse apelido do Hyunjin, mas ao ouvi-lo me sinto tontear, não quero que percebam, mas isso me trouxe uma pontada no peito e me encheu de angustia, parece que nosso anjo que vinha com todo carinho cuidar de mim já passou por coisas muito ruins e eu sentia isso em mim mesmo sem saber explicar direito.

— Agora mesmo, — ele vem até mim e me olha docemente — Só o rosto dói meu amor? — Sem poder negar o incomodo no abdome acabo mostrando a ele que ali também doía. — Certo venha para mim.

E em um abraço vou sentindo os incômodos indo embora aos poucos até desaparecerem por completo.

O Hyunjin faz que vai se afastar por já ter terminado, mas eu não deixo o segurando mais um pouco ali.

— Ta tudo bem meu amor? Ainda está com dor? — Ele deposita um breve selar em minha testa e passando a mão no meu rosto percebe que tem lágrimas ali.

— Eu sei que todos vocês também sofreram por minha causa, — Falo alto para todos ouvirem e busco o olhar de cada um ali — Sei que foram torturados, me viram morrer mais vezes do que deveriam e, e-eu eu sinto muito por isso.

Todos eles vieram até a cama, eles entenderam o que eu estava sentindo, querendo ou não em um dia eu era apenas uma instrumentista levando minha vida solitária e achando que tudo estava okay e no outro todo um universo foi jogado em meu colo, com um milhão de novas informações e alguém que me odiava fazendo questão de deixar tudo mais pesado.

— Ela já sabe o nome dela — O Seung fala a todos os outros o que só tinha dito ao Channie.

— E também pude notar uma coisa na visão de hoje... — Todos eles se voltam para mim me encarando nitidamente curiosos — Quando ela me feriu e eu acabei sangrando, pude ver nitidamente que ela também sangrou e não acho que aquilo foi uma coincidência.

— Não, não é uma coincidência. — O Channie fala estando de cabeça baixa. — Desde a primeira vez que você sangrou e o Hannie entendeu o laço de sangue entre vocês nós começamos a encaixar as peças e entendemos que há coisas muito além de apenas ela poder te rastrear além dos tempos ou ter conexões com seus momentos de visões... — Ele para como quem procura as palavras para me fazer entender.

— Ela sempre nos disse que se a matássemos você também morreria, — O Seungmin interrompe. — Mas achávamos que seria por que ela já havia dado as ordens aos seus capangas que se algo acontecesse a ela eram para se livrar de você na mesma hora e por isso nunca fomos além, o clã dela é muito antigo e poderoso então não podíamos arriscar.

— Mas pelos indícios que tivemos e algumas descobertas que fizemos entendemos que esse laço entre vocês realmente as prende por completo uma a outra. — O LeeKnow continua com uma calmaria invejável, ele encara tudo de forma bem racional e eu o admiro por isso. — Antes não dava tempo de nada pois era sempre a mesma coisa, após de um certo tempo que você estava com a gente ela chegava nos fazia sofrer por fazer questão de te torturar na nossa frente e em seguida a matava, você não tinha visões, não era sua última vida, mas agora com esse novo desenrolar as coisas mudaram e aquela demônia com certeza foi notando que o poder da conexão de vocês duas é ainda maior e mais intenso agora que é onde tudo se rumará para seu real desfecho — Ele me encara para ver se estou o acompanhando em seu raciocínio e vê que estou olhando diretamente em seus olhos e que entendi exatamente o que ele quis dizer.

Não importa o que aconteça, dessa vez não terá volta, não teremos mais uma chance.

— Então agora só nos resta esperar a coisa apertar. — Falo voltando a minha atenção a todos ali.

— Na verdade agora que sabemos destas coisas vamos poder nos preparar. — O Felix diz encarando o nada — Não seremos pegos de surpresa como éramos antes e dessa vez quando ela vier, estaremos prontos.

— Exatamente. — O Channie volta a falar. — Na verdade já é o que estamos fazendo, mas por hora acho que devemos encerrar esse assunto por hoje e ficarmos todos aqui com ela, — Ele olha para mim — O que acha Naty, pelo menos até você dormir todos nós ficarmos aqui com você?

— Jura?! Podem ficar? — A ideia dada pelo Channie levou de imediato meus pensamentos sobre a minha conexão com a Valentinne, afinal seria a primeira vez que ficaria por tanto tempo com todos eles juntos. — Eu não quero atrapalhar vocês.

— Nos atrapalhar? Baby queremos isso desde que você chegou, só não tínhamos sugerido antes para não a deixar desconfortável.

Todos concordam com o Hannie as gargalhadas.

— Se é assim eu vou amar isso, só não garanto que eu vá dormir logo.

— Nunca dorme logo até que apaga e nos deixa falando — O LeeKnow diz sorrindo em seu tom descontraído fazendo com que todos concordem com ele dando deliciosas risadas e eu acabo caindo na risada junto.

E até eu apagar o que demorou sim, acreditem em mim, nós ficamos em conversas descontraídas de todos os tipos com direito até a assistir dois filmes, um da minha e outro de escolha deles e aquele breve sentimento de dor e desconforto que tive um pouco antes se dissipou devido a todo carinho que dei e recebi de cada um deles, aquela sem dúvida estava sendo a melhor noite da minha vida.

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