A Morada das Sombras escrita por Caroline Ishida Date


Capítulo 1
Capítulo Único




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A noite caía sobre a cidade envolta em densas nuvens carregadas. O vento uivava pelas ruas desertas, ecoando um som sombrio e melancólico. No coração do vilarejo, erguia-se uma imponente fortaleza, conhecida por abrigar segredos obscuros.

 

A masmorra, escondida nas profundezas da fortaleza, era um lugar temido por todos. Suas paredes eram de pedra fria e úmida, cobertas por musgo e teias de aranha. O ar era pesado e denso, como se a própria escuridão tivesse encontrado um refúgio ali.

 

Ao adentrar na masmorra, podia-se sentir o arrepio percorrer a espinha. O som de correntes rangendo ecoava pelo corredor estreito, enquanto uma fraca luz da tocha revelava sombras dançando nas paredes. As celas, com grades enferrujadas, pareciam conter as histórias mais tristes e torturantes.

 

No fundo da masmorra, uma cela especial atraía olhares curiosos. Diziam que ali residia um prisioneiro enigmático, cujo nome havia sido apagado da memória daqueles que o conheciam. A única coisa que restava era um homem pálido, de olhos profundos e expressão vazia. Sua mente estava quebrada, perdida em um labirinto de lembranças distorcidas.

 

A cada noite, quando o relógio badalava a meia-noite, os gemidos de sofrimento do prisioneiro ecoavam pela masmorra. Lamentos de uma vida perdida, desespero que se mesclava com as sombras que dançavam ao seu redor. Sussurros sussurravam pelos corredores, como se os próprios espíritos dos torturados buscassem libertação.

 

A masmorra tinha uma aura de tristeza e desespero que penetrava nas almas corajosas o suficiente para se aventurarem por lá. Era um lugar onde as esperanças morriam e o medo florescia. O passado assombrava aquele lugar, prendendo-o em um eterno ciclo de dor e angústia.

 

Dizem que, na calada da noite, quando a lua brilha em seu esplendor, é possível ouvir o eco do prisioneiro solitário, cantando uma melodia triste e assombradora. Seus lamentos penetravam no coração daqueles que se atreviam a ouvi-lo, deixando-os com um sentimento de inquietude e melancolia.

 

A masmorra continuava a guardar seus segredos sombrios, perdidos nas profundezas do tempo. Um testemunho silencioso de vidas que foram quebradas e histórias que foram esquecidas. E assim, ela permaneceria, um monumento à escuridão e à crueldade, envolta em um véu de mistério e pesar.


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