The Namikaze Sage Mother. escrita por Dragão Mors


Capítulo 4
4- O Hokage e Tobirama.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo com ponto de vista diferente, dessa vez é sobre o ponto de vista de Tobirama.
Não é um capitulo antigo sob o ponto de vista dele e sim continuando do capitulo passado.
Ficou bem mais longo do que achei que ficaria, mas eu não quis dividir em 2. Espero que gostem.

Tenho uma duvida, será que mudo a faixa estaria para 16+? Não sei se esta pesado demais para 13+



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Tobirama POV

—Sensei você vai novamente na casa na Namikaze san? -Hiruzen me disse me olhando de maneira estranha. Eu apenas suspirei de saco cheio.

—Não aconteceu nada entre nós. Foca em aprender a resolver a papelada. -Eu tentei cortar o assunto.

—Ela parece ter uma quedinha por você desde de sempre. Os olhares que ela dava... -Hiruzen continuou. Eu seguirei o suspiro.

 -Talvez você devesse se preocupar mais com a sua vida intima, Biwako não anda nada feliz com suas escapadas.

Mencionar a esposa de Hiruzen fez ele finalmente parou de querer se meter na minha vida. Continuamos com a papelada até o final da tarde quando eu deixei um clone continuando a rever e fui para casa. Assim que cheguei chamei Danzo e Kagami pela marca da ANBU, ambos chegaram rapidamente.

—A Kiri e Kumo traíram a aliança... – Kagami me atualizou da situação. Isso é ótimo. Suna e Iwa não se dão bem isso nos dá uma folga na linha de frente.

—O Daimyo quer que nós damos um fim no Daimyo de do país da Água pois ele... -Danzo relatou.

 Assim que eu os dispensei Kagami saiu, mas Danzo ficou. Com um acena com a cabeça sinalizei para ele falar.

—Descobri que o pai do filho da Namikaze é de Kumo. Kaminari Kenji era um jounin infiltrado...

—Danzo, eu já sei disso... – Expliquei a Danzo a situação. - ...Enfim. Minato Namikaze é filho de uma cidadã de Konoha e ele próprio é um cidadão de Konoha. Não precisa ficar espionando-os.

—Mas uma pessoa que não se importa de interagir dessa maneira com gente de fora poderia trair a vila! -Danzo disse preocupado.

—E o que uma garota civil que não se mete em assuntos do mundo shinobi faria? Os Namikaze eram uma família nômade antes de resolverem morar aqui na vila. Yako é extremamente anti-social. Tirando a mim e o garoto dos Hatakes ela não se preocupou em fazer amigos. Eu já sanei todas as minhas duvidas sobre ele faz tempo. -Não sei o motivo de ele se interessar por ela agora. – Lembre-se essa vila foi construída na base da confiança entre os clãs ninjas e os moradores civis.

—Mas sensei você não colocou os Uchihas na policia para mantê-los sobre controle?

— Claro que não. Isso para apaziguar os ânimos já que no fim os clãs votaram pelo Hashirama como Hokage e ele decidiu que eu seria o seu sucessor. Você realmente acha que eu confiaria um cargo tão importante se não confiace no trabalho deles? Seria desastroso se a nossa polícia fosse problemática ou corrupta. Isso apodreceria Konoha de dentro para fora. -Eu expliquei.

—Meu irmão fundou essa vila para que as crianças pudessem crescer seguras e poder aproveitar a própria vida ao invés de morrer antes mesmo de completar 10 anos. Na minha época a expectativa de vida era praticamente de 30 anos de idade, mas isso só se fosse capaz de sobreviver até ali, a maioria das crianças era assassinada antes da primeira década de vida. Apesar de eu não morrer de amores pelo o clã Uchiha eu não odeio o clã em si, fora que as crianças que nasceram nessa vila não são como nós que a fundamos, elas não possuem o sangue dos outros clãs nas mãos dela. – Eu disse me lembrando como Itama e meus pais morrem para Uchihas e como eu mesmo matei vários, incluindo o ultimo irmão de Madara. – É contraditório, mas mesmo desconfiando das pessoas precisamos confiar nelas. Foi por que os Uchihas confiaram e meu irmão que foi possível começar essa vila. Em mais uma ou duas gerações não importara de qual clã a criança seja eles irão formar uma amizade mais profunda com outros clãs do que a que nós possuímos agora. Finalmente o nosso passado sangrento realmente terá acabado.

—Mas Madara nos traiu... -Ele começou, mas eu o interrompi com a mão.

—Madara queria a paz, mas não sabia viver sem a guerra. Foi ele como líder do clã que aceitou o acordo com meu irmão, porem antes disso os Uchihas já estavam cansados da guerra eles estavam perdendo a guerra e seriam extintos se não parassem com ela. Madara é apenas um homem entre muitos Uchihas. Olhe para o Kagami seu colega de equipe desde quando você era genin.

Danzo Shimura simplesmente assentiu, mas percebi que ele ainda não entendeu o que eu falei. Internamente eu xinguei o Madara. Sua traição abalou a vila mais do que aparentava especialmente a nova geração que viu ele usando a Kyuubi para atacar a vila.

—Tem mais alguma dúvida? -Queria saber o que mais o incomodava a respeito de Yako.

—Não senhor.

Então ele foi embora.

Essa conversa me abriu os olhos e me entristeceu. Hiruzen ainda é muito imprudente e impetuoso, Danzo é mais cauteloso e contemplativo, mas ele é extremamente desconfiado ao ponto de isso se tornar uma falha fatal...

 

*

 

*

 Sempre que tinha tempo livre ia visitar Yako andava exausta com novo membro na família. Notei que ela se sentia mais segura comigo ajudando por perto. Achei engraçado como ela no começo ela ficou nervosa de como o bebe era pequeno e delicado, não parecia a mesma pessoa que foi cheia de certeza dar à luz ao filho no rio numa tempestade de vento.

—Ele já fica em pé e balbucia! Isso é coisa de filho de ninja? Ele só mama no peito não sei como ele desenvolveu músculos firmes assim tão rápido... – Yako falava nervosa.

—Sim, nossas crianças se desenvolvem mais rápido. Apesar dele ele parecer ser um pouco mais rápido que o normal. – Eu expliquei olhando o pequeno que me observava atentamente com seus enormes olhos azuis balançando os braços animadamente.

—Aaawaaa bubu aaaaa! -Ele vocalizava alegre.

— Ele quer que você o segure. -Yako disse. – Você gosta do tio Tobirama né.

Ela colocou Minato sentado no chão e ele engatinhou até mim, mas considerando que era um bebe de 1 mês isso era impressionante. Ele veio e se segurou na minha perna todo feliz de ter me alcançado. Deu um gritinho e abriu um sorriso banguela. Eu o peguei e ergui no ar, ele ficou todo alegre balançando as pernas e os braços.

—Ele realmente gosta de você. – Yako disse sorrindo. – Você realmente tem jeito com crianças.

Lembrei de quando eu ensinava Itama e Kawarama a praticar katas de taijutsu e a como segurar uma kunai e shuriken pela primeira vez, depois ensinei a como usar.

—Quer que eu indique alguem para cuidar dele quando voltar a trabalhar? – Perguntei curioso.

—Não, não pretendo voltar esse ano. Pelo menos não na loja, os Kage Bunshins dão conta e vou aproveitar isso para cuidar desse carinha aqui. Não quero que ele passe a primeira infância com estranhos por eu estar ocupada demais no trabalho. – Ela disse olhando para o filho com carinho antes de ir para a cosinha..

Ao ver Yako cuidando do filho me deixou curioso, é tão diferente da minha experiencia com a minha família. Em uma família de ninjas ia ser extremamente celebrado o fato de um herdeiro nascer com tanto talento já evidente. Assim que os bebes começam a andar já começam as “brincadeiras” de ninja, que nada mais são que ensinar katas básicos de taijutsu e ensinar a jogar shurikens sem fio. Com 4 a criança já tinha que pelo menos saber direito o básico de taijutsu, saber usar shuriken, kunai e saberem como funcionava algumas missões do clã, aqueles mais habilidosos já sabiam usar um pouco de chakra. Se a criança fosse habilidosa com 5 já iria conhecer o campo de batalha pela primeira vez e se fosse capaz de matar um inimigo já era considerado grande o suficiente para ser um ninja. Graças a isso a maioria das crianças morriam por isso os clãs sempre tinham muitos filhos, por que só 1 entre 5 chegavam aos dois dígitos de idade.

Foi assim comigo, com Hashirama, com os filhos dele e até com a Tsunade e Nawaki. Com 6 anos Tsunade já era genin, graduada.

—Epa! Ele fez xixi! – Yako colocou o prato de peixe frito na mesa e pegou o filho nos braços preocupada, me tirando dos pensamentos. -Ele parece que funciona em velocidade avançada! Toda hora ta fazendo caca e com fome! Tenho que acordar de hora em hora a noite para dar de mamar e logo em seguida vem a caca! -Ela reclamou energeticamente enquanto trocava ele.

Logo em seguida o garoto pediu o peito e ela se sentou dando de mamar para ele segurando-o com um braço enquanto com o outro beliscava o peixe frito. Eu também aproveitei para comer. Não sei como ela descobriu que esse era meu prato favorito, mas tenho certeza que ela sabe, pois sempre que venho ela geralmente faz peixe do rio Naka frito.

—Não quer aproveitar para tirar um cochilo? -Ela me olhou de maneira questionadora, mas eu insisti. - Você parece estar cansada. Para mim não é problema nenhum daqui uma hora eu te acordo.

—Você também é extremamente ocupado! Não precisa...

—É sério eu realmente não ligo. Acredite se quiser, mas estou mais tranquilo com relação ao trabalho. Agora estou com um assistente de período integral isso já diminuiu muito o meu trabalho. -Disse pensando no Hiruzen que passou a lidar com metade da papelada agora, já se preparando para possivelmente ser Hokage no futuro. Ela me olhou intensamente com seus olhos de cor mar acinzentado, a cor parecia mudar levemente as vezes com um toque de verde, ou azul.

—Me acorda em uma hora ta? Não deixa passar -Ela apertou os olhos como se já soubesse que eu ia deixa-la dormir até estiver completamente descansada.

—Claro em uma hora te acordo. -Menti sorrindo e acenando.

Peguei o bebe Minato e ele balbuciou alegremente sorrindo. Hoje é uma noite bela com a lua cheia iluminando o céu estrelado, resolvi levar o pequeno para fora peguei uma lanterna acendi a chama e fui até o jardim onde tem grama fofinha e coloquei o pequeno nela e a lanterna em uma pedra. Logo Minato começou a ir em direção a lanterna.

—Não! Isso não é brinquedo. – Eu o peguei e coloquei na grama novamente longe da lanterna. Demorou, mas depois de um tempo ele perdeu o interesse na lanterna brilhante e se voltou para a grama.

 Acho fascinante como ele presta atenção em tudo ao redor dele seja de objetos, cheiros, voz a chakra. Logo eu chamei sua atenção espalhando chakra ao redor e fazendo algumas folhas da grama se mexerem como se dançassem. Reparei que o que chamava a atenção dele não era só movimento das folhas em si, mas ele realmente parecia sentir o chakra pois ele logo perdeu o interesse no movimento e passou a ir em minha direção atrás exatamente do meu chakra.

 Quando Yako me disse que o bebe reagia a chakra alheio eu tive minhas dúvidas, afinal sensores naturais são raros. Eu até fiz um teste enquanto ele ainda estava na barriga dela, porem não tinha certeza se era realmente o chakra ou o movimento, pois também reagia a voz e toque. Agora eu tenho certeza de que ele é um raro sensor natural. Se esse pequeno tivesse nascido em minha família todo o clã teria comemorado, pois é perceptível o talento que tem.

—Você tem muita sorte Minato kun. – Eu disse lhe afagando a cabeça.

 Depois de explorar o gramado sob a luz da lanterna por meio hora ele rolou de barriga para cima e começo a balançar os braços em direção ao céu sorrindo como se quisesse pegar a lua brilhante ali no alto. Eu o peguei no colo quando notei que havia se cansado, ele logo adormeceu em meus braços. Fiz um clone para pegar o peixe frito para mim e eu comi enquanto relaxava sob o céu noturno.

 O que Yako faria se o pequeno Minato resolvesse ser ninja? Desde antes de voltar a vila do rito de passagem dos Namikaze eu tinha percebido essa garota. Como não notar quando uma criança sem ancestralidade e treinamento Shinobi passa a brincar com chakra escondido na mata com um controle tão bom para a pouca idade que tinha? Ou quando passa a aprender artes ninjas com um herdeiro habilidoso de um clã? Eu sempre usei minhas habilidades sensórias na vila para checar se haviam estranhos ou gente infiltrada de tempos em tempos, mas isso também me fazia notar peculiaridades. Como auxiliar do meu irmão eu sempre estive envolvido na maioria das negociações. Fui eu também que criei o rank, registro e vários sistemas da vila. Eu conheço o rosto e o chakra de cada ninja que veio morar vila e de cada criança aspirante a ninja, seja da academia ou não.

 Quando ela voltou quatro anos depois do ter saído da vila resolvi sanar minha curiosidade ao mesmo tempo que queria investir na criação de roupas e cotas de malha dela que era diferenciadas das que existem no mercado. Yako parecia estranhamente ressabiada com a minha presença e ao mesmo tempo que ficava corada toda vez que me encarava me aproveitei disso para tentar convence-la a aprender ninjutsu, para ver se interessaria pela carreira ninja, porem aprendi que apesar de gostar de aprender jutsus ela não tinha interesse nenhum em seguir carreira nessa área. Apesar disso ela era um caixinha de novas ideias e que muitas delas eram fascinantes e eu me aproveitei disso.

O uso de eletricidade é algo extremamente recente na vila, mas Yako tinha varias ideias sobre o uso dela como se ela já tivesse acostumada com o uso da energia. Nesses poucos anos foram criados vários aparelhos dos quais ela me deu ideias. No começo ela me olhava como se tivesse medo de dar essas porem eu sempre a encorajei a me contar sobre elas. Depois da invenção dos skates, patins ela passou a se abrir mais. Tv, computadores, câmeras, câmeras fotográficas, telefones... Eu não sei de onde ela tira essas ideias, mas quando eu faço pesquisa no meu tempo livre eu descubro que realmente são possíveis de se fazer.

—Uwaaaa! – Minato acordou choroso me tirando dos meus pensamentos. Entrei com ele e logo percebi que tinha sujado a fralda de coco pelo fedor. Como não tinha uma limpa na sala fui até o quarto do bebe para troca-lo.

—Mmmm que horas são? Devia ter me acordado. -Yako foi de sonolenta a preocupada ao perceber que eu tinha deixado ela dormir mais do que uma hora. -Você deveria dormir, já esta tarde.

—Eu costumo dormir tarde não tem problema.

—É claro que tem faz mal para a saúde fazer isso sempre! – Ela me deu bronca e eu senti vontade de rir, mas me segurei. -Obrigada por troca-lo. -Ela me agradeceu pegando Minato que logo foi a procura do peito para mamar.

 -Vou voltar a dormir, se quiser pode dormir aqui o quarto de visitas está sempre pronto, melhor do que ir para casa agora. -Ela me ofereceu. Dessa vez eu ri.

—Posso chegar em um instante lembra? -Ela me olhou confusa por um momento, mas logo entendeu do que eu estava falando.

—O Hiraishin? Jutsu maneiro util. Me ensina um dia... Boa noite. -Ela disse sonolenta novamente me dando um abraço e um beijo no rosto antes de voltar para o quarto.

*

 

*

 

— Tio!  Tio! Olha o que aprendi! -Nawaki entrou no meu escritório correndo todo animado me interrompendo a leitura de um documento. Meu primeiro pensamento foi de lhe dar uma bronca por entrar na hora em que eu estava trabalhando, porem mudei de ieia.

—O que você aprendeu a fazer? – Eu disse fazendo um clone para ler o documento desde o início.

—Vem vou te mostrar! -Ele disse pegando minha mão e me levando até uma área de treinamento do clã.

—Olha só! Olha só! – Ele fez os selos de mão para um jutsu de água Mizurappa(trompete de agua) -Sution Mizurappa! -Ele gritou em seguida tomando folego e expelindo um jato de água pela boca. Não era muito forte, parecia uma mangueira com jato normal de água, mas era impressionante para a idade dele. – Viu só? Aprendi um jutsu! Hehehehe.

—Parabéns! – Disse lhe afagando a cabeça.

—Vovó que ensinou! Ela disse eu que tenho habilidade com jutsu de água! -Ele disse orgulhoso.

—Ah é? Então vou te ensinar algo mais legal. Vem comigo! -Eu o levei até o lago ornamental do clã.

—Vai me ensinar outro jutsu de água? -Nawaki perguntou animado. Apenas neguei com a cabeça e andei sobre a água.

—Vou te ensinar algo mais legal. Você tem que concentrar chakra nos pés. Preste atenção na quantidade, pois se errar vai afundar e mantenha o fluxo constante. Quando sentir que está ficando sem chakra pare de treinar, não force o corpo entendeu? -Eu expliquei e Nawaki ficou animado, logo vindo tentar. – Me mostre quando tiver dominado!

—Vai ser rapidinho!

Dei tchau, estava prestes a voltar quando Mito me parou no meio do caminho.

—Ensinando a andar sobre a água já?

—Agora que ele aprendeu ninjutsu é importante ele aprender a melhorar o controle de chakra. Ensinei mais pelo controle de chakra que requer, dessa maneira ele terá controle para usar jutsus com mais eficiência.

—Sempre pensando um passo a frente. -Mito comentou e riu. -Ele não tão rápido quanto Tsunade, mas está aprendendo bem. -Mito disse pensativa.

— O tempo passa rápido... -Disse percebendo como ele entrou na academia. – Ao contrário de Tsuna acho que seria melhor mantê-lo na academia por mais tempo. Assim ele poderia se preparar melhor...

—Concordo. Mesmo que os genin fiquem mais protegidos por um tempo do campo de batalha mais cedo do que tarde eles acabam tendo que participar. -Mito disse pensativa, provavelmente pensando em Tsunade. -Vi que andou comprando grandes quantidades de metal condutor de chakra.

—É um presente para Yako. -Ela me olhou com um sorriso faceiro.

—Fico feliz que tenha achado alguem que te de ideias malucas para explorar. -Ela disse segurando o riso. -Ela é uma boa moça. Notei que as ideias dela são mais voltadas para diversão, conforto ou saúde. -Ela disse mais séria e pensativa.

—É... Ela tem uma visão de mundo diferente da nossa. Ela é a primeira pessoa que eu conheço que genuinamente aprende jutsu por diversão. Acredita? – Comentei. -Ela estava atras de metal condutor de chakra para fazer brinquedos novos para Minato brincar quando ele crescer mais um pouco.

—Ela cria brinquedos interessantes. Nawaki adora o tal do lego, jogo da memória, quebra cabeças. O primeiro presente que ela deu foram cubos com números para ele aprender sobre eles. Como está o pequeno Minato?

—Deixando-a estressada. O garoto tem muita energia e tem o corpo forte. Em dois ou três meses acredito que já estará andando. - Notei que ela estava comparando com os outros presentes de nossos amigos ninjas.

—Será que apesar da diferença de idade ele se tornaria um amigo do Nawaki? -Mito disse pensativa.

—Acredito que sim. Ele é um bebe esperto.

Nós conversamos um pouco mais até eu voltar ao meu escritório, depois ela se despediu e foi observar o treino do Nawaki. Meu clone se desfez e eu me concentrei nas memorias dele por um momento. Ele conferiu todos os documentos. Ótimo. Tomei um banho, troquei de roupa e fui para torre do Hokage enquanto fiz outro clone e mandei para a casa de Yako.

Comecei a ler e separar os documentos dividindo em dois grupos, um eu coloquei na mesa de Hiruzen que logo chegou. Ouvi atentamente as ideias dele em relação ao conteúdo da papelada, elas eram boas então aprovei, porem notei que ele perdeu certos detalhes.

—Tem melhorado bem no trabalho, mas ainda tem que ser mais cuidadoso com certas coisas. O desenvolvimento interno da vila é tão importante quanto o investimento nos ninjas. Acho interessante criar uma escola nova focada nas crianças civis, além de aulas de linguagem, matemática, geografia e história poderíamos incluir aula de ciências e biologia, além de aulas complementares diversas. -Expliquei.

—Por que? Eles têm as próprias escolas particulares. -Hiruzen disse confuso.

—Eu sei, mas acho importante eles terem mais uma opção. Dessa maneira aqueles que tiverem interesse eles poderão aprender mais sobre tecnologia e medicina desde cedo. Viu como fez diferença enfermeiros civis no hospital? Eles não têm conhecimento de ninjutsu medico, mas são capazes de prestar os primeiros socorros de qualidade até um medico ninja chegar. -Expliquei. – No futuro poderemos ter médicos civis também que sejam especializados em diagnosticar doenças e até operar em casos de emergência. Fora da emergência eles poderiam auxiliar um médico ninja.

—Sensei não seria melhor aumentar o numero de ninjas medicos então?

—Sim seria. O problema é que não existem muitos que se interessam nessa área e outros que até tem interesse, mas não possuem habilidade. Mas esse não é o ponto. O ponto é ter mais médicos de qualidade a disposição. Nem tudo precisa de ninjutsu medico e isso desafogaria o sistema atual que ainda está sobrecarregado. Quero que os times passem a ter pelo menos um ninja medico na equipe em missões de risco, estamos perdendo muitos ninjas nessa guerra por ferimentos que poderiam ser tratados em campo.

—Entendi, mas os civis vão querer trabalhar com ninjas?  

—Por enquanto são uma minoria, mas aos poucos eles vão se acostumar e mesmo que não aumente isso também pode ser um caminho para aqueles de família ninja que não queiram seguir carreira ninja.

—Hum. Não sabia que ser Hokage era uma tamanha dor de cabeça sensei... Não sei como consegue pensar em tudo isso ao mesmo tempo. -Hiruzen disse franzindo a testa.

Nossa conversa continuou até o anoitecer. Ideias para melhorar algumas ruas da vila que deveriam ser maiores para acomodar o fluxo que tem. O bairro onde se concentram os mais pobres precisa de uma reforma antes que a situação piore. Precisamos de um novo orfanato. A lista é longa. No meio da conversa recebi memorias de uma em particular me chamou mais a atenção, Yako gritando desesperado com um Minato escalando a cortina da sala em um momento que meu clone e ela tiraram os olhos do bebe, eu não consegui segurar a risada.

—Sensei? -Hiruzen me olhava de maneira estranha.

—Não foi nada. -Eu disse tentando parar de rir.

 Os dias foram se passando e a situação do meu herdeiro me incomodava. Hiruzen é o melhor dos candidatos ele tem força para defender a vila, tem a vontade do fogo, se importa com as pessoas e é um ótimo líder é só questão de tempo até ele aprender a lidar com os problemas da vila, mas ainda sinto que falta algo.

Em um desses dias deixei um clone cuidar da papelada com Hiruzen e resolvi eu mesmo ir na Yako espairecer um pouco.

—Tobirama! – Ouvi o grito da Yako vindo la do quintal do fundo antes mesmo deu bater na porta. Deve ter sentido minha presença. Me surpreendi ao ver ela no rio nadando com Minato. -Olha só que bonitinho! -Ela disse toda orgulhosa.

—O que estão fazendo na água tão cedo? -Olhei curioso. Reparei que ela só de blusa e calcinha.

—Como está calor decidir deixar ele aproveitar a água, ele está adorando a água e os peixes. Quer vir brincar com a gente? -Ela ofereceu animada.

 Quando eu penso que as coisas estranhas desse tipo que ela faz não me surpreende mais ela me arruma algo novo. As vezes não sei se ela é realmente assim tão inocente ou se é simplesmente falta de senso comum mesmo.  Eu neguei com a cabeça e me sentei perto das toalhas na grama. Logo ela começou a brincar com chakra movimentando a água perto de Minato ou usando o chakra para fazê-lo flutuar sobre água.

—Não sabe o que está perdendo! – Ela disse rindo com o bebe.

 Me peguei apenas admirando a felicidade dos dois com algo tão simples. Ela só parou quando Minato começou a cansar e ficar sonolento. Assim que saiu da água ela secou ambos com uma mistura de Futon e Katon, fazendo vento quente soprar neles. Eu peguei uma fralda que estava junto com as toalhas e dei a ela.

—Valew. -Ela disse se sentando e deitando Minato na toalha para colocar a fralda, depois o enrolou na toalha macia menor. – Hora de nanar. – Ela disse com carinho. Minato bocejou algumas vezes enquanto ela o aninhava e ele logo dormiu.

—Por que no rio ao invés da piscina? -Perguntei curioso.

—Ele ainda não se controla o xixi e o coco, se ele fizer caca no rio não faz muita diferença, já na piscina é nojento. E aí como estão as coisas? -Ela perguntou curiosa.

— Nawaki tem gostado da academia, ele aprendeu a andar sobre a água. Tsuna feliz aprendendo bastante no hospital com Mito e os outros médicos e ela está gostando de ensinar os aprendizes. Já eu só tenho dor de cabeça para resolver. – Comentei. – Na verdade hoje eu resolvi fugir do trabalho, deixei o clone no meu lugar ao invés de mandar um.

—Sério? -Ela claramente estava tentando segurar uma risada para não acordar Minato.

—Sério.

—Eu se fosse me aposentava e ia curtir a vida. – Ela disse animada.

—Quem dera fosse fácil assim. – Disse me lembrando de Hiruzen e Danzo.

—Vai me dizer que não tem ninguem em mente para te substituir se precisar? -Ela ergueu uma sobrancelha com expressão zombeteira. – Qualquer um com olhos vê como você está preparando Hiruzen. -Ela disse revirando os olhos quando eu não respondi nada. Isso me surpreendeu.

— Até o momento ninguem reparou nisso além de você. -Eu disse em tom de brincadeira, mas era verdade. Eu me decidi faz pouco tempo e não contei a ninguem.

—Se já decidiu o que te preocupa? -Ela disse curiosa.

—Não sei se ele está pronto... -Contei a verdade. Queria saber qual seria a opinião sincera dela.

—Eu acho que você está tomando uma decisão errada. -Ela disse pensativa, mas cheia de certeza. Esperei ela continuar. -Quando a vila foi fundada Hashirama foi escolhido pelo público certo?

—Acha que devemos fazer uma votação novamente? -Eu perguntei confuso. – A vila precisa de alguem forte para protege-la e um Hokage precisa saber como cuidar da vila... -Expliquei a situação.

—Sim e não. Você me entendeu errado. Pensa no Hashirama por um momento. Ele estava pronto para ser Hokage?

—Ele... -Realmente pensando nesse assunto ele não estava pronto para isso. Ele era poderoso e carismático, mas para estruturar a vila era eu que tinha que pensar em quase tudo.

—Não né? Sem você para ajudar ele teria tido muitos problemas, muitas coisas não existiriam a vila seria mais atrasada. Quando você assumiu ficou sozinho com um mar de problemas e sem a pessoa carismática para lidar com as pessoas. -Ela explicou o ponto de vista dela.

Me senti um pouco ofendido, mas assenti, pois é verdade eu definitivamente não cativo as pessoas como meu irmão, apesar de muitos me respeitam ou temem isso não a mesma coisa. A maioria mesmo me admirando é receosa de se aproximar de mim.

—Então por que não escolher dois ao invés de um? Um para assumir o posto de Hokage e outro para ser o pilar do Hokage. Uma pessoa que é capaz de ver as coisas de outro ângulo ao mesmo tempo que é capaz de entender o Hokage, que quando precisar se opõe a ele ou pelo menos tem outras ideias para ajudar com os problemas. Como foi com você e o Hashirama. Hashirama era o líder carismático e inspirador, você é o líder pragmático e construidor.

—Então seria melhor eu colocar Danzo como um contra ponto... -Comentei pensando, mas vi que a cara de Yako azedou na hora.

—Não tem ninguem melhor não? -Ela disse fazendo careta.

—Mas ele seria o contraponto ao Hiruzen...

—Não seria não. Vem ca. -Ela disse se levantando me pegando pela mão e nos guiando para a casa. Ali colocou Minato deitado sobre uma almofada no chão e saiu a procura de algo pela casa, logo ela voltou com um caderno e uma lápis. Eu olhei curioso enquanto ela rabiscava.

—Presta atenção isso aqui é uma linha do tempo. Você e Hashirama eram visionários, de jeitos diferentes. Ele era capaz de pensar sobre paz no meio de uma guerra que não acaba nunca, já você é capaz de fazer melhorias e criar coisas. Vocês dois juntos andam para frente. -Ela disse apontando para a linha do tempo e rabiscando mais. – Hiruzen não é exatamente um visionário, mas ele segue seus ideais e os de Hashirama. Isso não é ruim, mas também não é ótimo. O problema é que Danzo não é visionário nem mantem o que tem, ele é retrógado, ele vai para traz e isso é péssimo.

—Você conhece ele? -Não me lembro de ter apresentado os dois.

—Claro, já vi ele quando fui no distrito do seu clã. Não sou surda nem cega. Só de ouvir as conversas dele com os outros já percebi esse problema. -Ela disse com propriedade.

—E o que quer dizer com isso? -perguntei curioso.

—O que é andar para traz nesse momento? Manter as ideologias do estado combatente onde uma vila tem que ser melhor e dominar as outras, como os clãs ninjas faziam. -Ela disse e depois começou a reclamar. -Eu realmente não entendo o motivo disso! Qual é a necessidade de querer dominar algo lá da puta que pariu. É só mais dor de cabeça e algo inútil.

—Você realmente acha isso inútil?

—Claro que benefício traria dominar lugares la na puta que pariu como as outras vilas ninjas de outros países? O país do fogo é rico em recursos. As outras vilas são longe, não possuem a mesma cultura que a nossa e não se submeteriam a nós. Teríamos que ter uma quantidade de gente absurda e poderosa o suficiente para manter eles sobre controle e isso não garante que vai dar certo, pois sempre pode existir revoltas... Isso é basicamente a versão das vilas da guerra dos estados combatentes.

 Isso me pegou em cheio.

—Nunca tinha parado para pensar dessa maneira. -Disse absorvendo a ideia. Olhando por esse ângulo realmente é assustadoramente similar.

—Isso é uma das coisas que não gosto dos ninjas. Vocês têm um ideal na cabeça e focam demais nele, tentam diminuir as fraquezas colocando ideias malucas de que são como armas, que não deviam ter sentimentos para serem mais eficientes e não sofrerem tanto no campo de batalha. -Ela disse com um olhar de pesar. - Mas não percebem que são seres humanos. Um ser humano sem humanidade pode enlouquecer ou se tornar um monstro. Uma pessoa realmente sem sentimentos não teria moral nenhuma! Viveria em busca de prazer próprio simplesmente usando tudo e todos para atingir seus objetivos sem se importar quem destrói no caminho. Afinal uma pessoa sem emoções não seria capaz de gostar realmente de algo ou alguem, apenas imitar para parecer alguem normal.

Eu a encarei sem palavras era a primeira vez que ouvia ela expressar a opinião dela assim. Olhando em seus olhos de cor mar acinzentado eu podia ver o azul e verde brilhando mais aparentes como se faiscassem. Apesar de parecer ridículo tive a impressão de que ela tinha experiencia e sabia do que estava falando. Ela voltou a rabiscar desenhando um coco com setas em volta se fechando em um ciclo.

—A pior coisa que pode acontecer com um país ou uma cidade no caso é ficar presa em clico de merda. Imagina a situação onde um líder acha que precisa que a vila prospere e que para isso precisa acabar com os inimigos antes, isso causa guerra, a guerra causa a necessidade de mais soldados, soldados morrem e logo vão precisar que as pessoas “produzam” mais soldados, quando isso não for o suficiente ele faz um acordo de paz para que de tempo de produzirem e treinar mais soldados, porém não deixa de pensar em como se sair melhor em uma próxima guerra. Isso torna a paz só uma medida temporária para se preparar para a próxima guerra para poder acabar com os inimigos... e não sai disso nunca.

—Seria perfeito se um dia todos percebessem isso e parassem com as guerras, mas a humanidade não é feita de seres pacíficos. Vai ter sempre um infeliz ganancioso, burro ou só ruim mesmo que procura recomeçar tudo de novo. Porem a maioria das pessoas só querem viver suas vidas em paz. -Ela disse rabiscando novamente. – Nesse momento o que realmente precisamos são de líderes que dessem mais passos à frente do que vocês dois deram. Alguem que tem uma visão de paz melhor que a do Hashirama e outra pessoa que como você consiga dar suporte a essa pessoa. Seria bom se na verdade isso ocorresse em todas as vilas. O mundo não se tornaria perfeito, mas seria melhor. Infelizmente nesse mundo para ser ouvido é preciso ser forte e as vezes nem assim...

—Entendi... Você me deu muitas coisas para pensar. Fico realmente feliz de ter sido sincera comigo. -Eu disse pensativo. Ela corou subitamente.

—Desculpa se fui muito rude. É que essa situação atual do mundo realmente me incomoda especialmente por que sinto que não vai muda na minha geração... -Ela disse olhando para Minato com preocupação. -Eu realmente queria que isso não sobrasse para eles no futuro. Não quero ver meu filho morrer por causa de alguem com um ideal estupido que acha que está fazendo o certo enquanto quer concertar o mundo matando mais pessoas. Ou que ele tenha que matar pessoas para proteger aqueles que ele ama. -Ela disse com pesar.

 Eu fiquei mais um pouco e conversamos sobre outros tópicos, mas o que ela me disse ficou na minha cabeça. Quando sai ao invés de ir para a torre do Hokage foi para minha casa e pensei sobre isso sem parar. Se tivesse vindo de um ninja talvez eu não tivesse levado a sério. Não. Se tivesse vindo de qualquer outra pessoa eu não teria levado isso a sério. Afinal eu quase não levei a sério o Anija quando ele começou a falar sobre paz com os Uchihas apesar de enxergar as falhas dos adultos quando era criança, especialmente depois que cresci eu parei de ver. Mas ele era insistente e apesar de não levar tão a serio e passei a dar suporte.

 Quanto mais eu pensava mais eu via sentido nas coisas que ela disse. Se ninguem tivesse dado suporte ao Anija não teríamos dado um passo para frente, teríamos estagnado naquela época de guerra entre clãs. Eu mesmo dei vários passos para traz... Quando matei Izuna quase acabei com a chance de ele fazer as pazes com Madara... Não. Talvez as coisas fossem diferentes se Izuna tivesse vivo, talvez Madara não tivesse tanta raiva a amargura...

Os dias foram se passando e ainda sim eu não conseguia parar de pensar sobre isso. Quando eu olhava para Nawaki me mostrando orgulhoso com ficou melhor com o jutsu Mizurappa não consegui parar de pensar em Kawarama que morreu cedo com 7 anos. Itama se foi logo depois...

—Tobirama você está bem? -Mito perguntou preocupada.

—Não é nada. Só estou com a cabeça cheia de problemas.

No escritório era Hiruzen perguntando preocupado.

—Sensei você está bem?

—Sim. Só com a cabeça cheia. Eu... -Foi quando tive uma ideia.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do Tobirama?

Ele é alguem inteligente e que desde criança enxergava o erro dos adultos. No manga msm ele fala pro Hashirama sobre como os adultos estavam errados. Porem ele é alguem que só viveu essa realidade e ele era extremamente obediente ao pai. Quando ele ficou adulto sem perceber ele acabou mais próximo do pai dele do que ele desejaria, mas o que o impediu de acabar como ele foi sempre ter o Hashirama por perto.

A amizade com Yako não começou com intensões totalmente puras, mas não tinha malicia também. Não sei se consegui deixar isso evidente, mas ele acabou se tornando próximo a ela por que ela gosta das ideias novas que ela sempre traz a ele e também por que ela da um ponto de vista diferente de todos que ele viu antes.
Apesar de serem completamente diferentes ele enxerga nela o ideal que o Hashirama sempre sonhou.
A Mito também viu isso e ele percebeu isso quando ela falou sobre os presentes que deu a Nawaki. Brinquedos educativos e que priorizavam a diversão.
Os colegas ninjas davam armas de "brinquedo" (sem fio) para começar a praticar.

Nesse tempo a vila é bem diferente da época de Naruto que era uma época de paz e ja mais avançada em varias situações.



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