The Vance Trial escrita por Any Sciuto


Capítulo 6
Erros cometidos




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Penelope acordou com a cabeça batendo de dor. Ela não fazia ideia de como havia chegado até aqui, mas sentia que provavelmente não havia sido de forma voluntária.

A última coisa de que ela se lembrava era de ser arrastada com Any para uma van pelos cumplices de Vance. Tudo o que aconteceu depois foi um borrão.

Any estava amarrada a parede perto dela, mas seus olhos estavam fechados e uma trilha de sangue escorrendo de sua cabeça. Um de seus olhos já exibia uma contusão feia e o pé dela parecia...

— Enfim, você acordou. – Vance sorriu enquanto entrava na sala e olhava para Pen, quase como se quisesse devorar ela inteira. – Eu observei você dormindo. É tão linda.

— Fique longe de mim. – Ela virou a cabeça, mas Vance a agarrou a fez olhar para ele. – Eu não quero que você me toque.

— Acredite em mim. – Ele passou um dedo pela garganta dela. – Eu pretendo fazer mais do que tocar em você. Vocês dois, levem ela para a cadeira e cuidem para que ela não possa fugir.

Olhando para a jovem loira que era arrastada, Vance foi em direção a Any e se abaixou na frente dele. A blusa que ela usava no tribunal manchada de sangue e sangue descendo pelo lado da cabeça dela.

Pegando o telefone, Leon tirou uma foto da garota e foi embora, a deixando sozinha e inconsciente.

Callen olhava pela janela do quarto de Elisa no hospital. Sua esposa havia sido internada depois que os médicos a diagnosticaram com stress e desidratação provocada por uma gravidez de gêmeos.

Ele seria pai novamente. Elisa já estava no terceiro mês e foi possível ver o sexo. Seriam duas meninas, aumento a contagem para cinco.

David estava sentado na mesa de um café local. A pessoa que ele iria encontrar havia ligado avisando que estava chegando. Quando David o viu, correu para dar um abraço.

— Eu preciso saber como foi isso, Dave. – Derek olhou para o antigo chefe. – Penelope e a promotora foram raptadas do tribunal durante um julgamento.

— O marido da juíza estava envolvido. – Rossi suspirou. – A juíza o proibiu de ir e não comentou o caso, mas acho que Vance pode ter sido avisado. Hector Swarth. Apesar de ser um nome espanhol, ele não é.

— Você sabe como isso aconteceu? – Derek pressionou o ex-chefe. – Dave, se eu vou ajudar, eu preciso saber.

— As testemunhas do caso ficavam sentadas na parte de trás. Foi uma recomendação para que não influenciassem os jurados, mas Luke tentou de todas as formas possíveis estar com ela. – David olhou para Derek. – Nunca deixaria minha filha sozinha, mas houve ordens de cima. O diretor Steve está cobrando do secretário da marinha e ameaçando levar para o presidente.

Vance se sentou à frente de Penelope, que estava com as pernas amarradas em frente ao seu corpo e as mãos amarradas aos braços da cadeira.

— Você acha que conseguiu fazer com que Callen viesse sozinho, não é? – Pen não estava de brincadeira. – Pois saiba que ele não é estupido.

— Mas eu nem o chamei ainda. – Vance deu um sorriso repugnante. – Mas acho que o soro da verdade está agindo maravilhosamente bem.

Pen decidiu tentar manter a boca fechada. Ela odiava esse negócio descendo em suas veias.

— Foi o que fez com Any? A torturou até que ela contasse algo? – Pen o viu se levantar e pegar uma das facas. – Callen vai arrancar sua pele.

— Talvez, mas então ele nunca vai chegar a tempo para salvar a querida irmã e a prima. – Vance fez um corte grande nos pulsos dela e deixou os pulsos dela caírem ao lado dos braços da cadeira.

Penelope sabia que mesmo que os pulsos estivessem cortados, talvez ela desmaiasse. E talvez seria bom. Vance não iria matar nem ela nem Any antes do que fosse seu jogo final acabar.

Callen olhou para Elisa. Seus olhos finalmente começaram a abrir. Ele sabia que todo mundo na cidade estava buscando a localização das duas garotas.

— Grisha, o que aconteceu? – Elisa olhou para o marido atordoada. – Eu me sinto um lixo.

— Você desmaiou, querida. – Ele deu a ela um copo de água com canudinho. – Porque você está com deficiência de ferro.

— Estou gravida? – Elisa deu um sorriso fofo para ele, sabendo o que aquela frase significava. – De quanto tempo?

— Três meses. – Callen mal se aguentava de alegria. – E de gêmeas.

Puxando a mão de Callen para sua barriga, Elisa sorriu. Ela sabia que era uma boa notícia, mas ela ainda sabia o que estava rolando.

— Fique aqui, ok? – Ele a deixou repousando e foi para a lanchonete depois de averiguar os guardas.

Derek entrou no tribunal e foi direto para onde toda a equipe estava aglomerada. Torres estava de guarda ao lado de Abby e apenas deu um pequeno olhar. Matt, JJ e Reid estavam montando a lista de possíveis lugares para onde Vance poderia ter mandado ambas as garotas.

Gibbs e Jenny estavam dialogando em uma das salas a sós com a filha. Admiravelmente, ele não estava fazendo uma tempestade em copo d’agua.

Abby estava lidando com Tim, Nell e Eric para buscar um lugar que pertencesse a Vance dentro de uma área ao redor do tribunal.

Vance entrou no hospital, usando um chapéu simples e óculos de sol, vestindo uma roupa diferente de todas a que ele costumava usar.

Era perfeito ele ter uma vez namorada trabalhando no hospital. Ameaçar acabar com a família dela era uma das coisas que ele mais gostava de fazer.

Ele entrou no andar onde Elisa estava e percebeu os dois guardas. Callen havia ido para casa em busca de uma das bolsas de hospital de sua esposa e logo voltaria.

— Elisa, querida. – Leon sorriu, largando as armas de eletrochoque no chão e dando um sorriso afetado. – Você está bonita.

— Como entrou aqui! – Ela tentou alcançar a campainha da enfermaria, mas Vance a pegou primeiro e quebrou. – Eu não sei porque está fazendo isso.

— Seu precioso marido era o primeiro na linha de sucessão ao trono da agencia e eu o queria morto. Ainda quero, na verdade. – Vance sorriu para ela. – E eu pensei: como acabar com alguém lentamente? Mate a família, amigos e qualquer um que ele ame e o veja implorar para ser morto.

— Aí é que você se engana, Leon. – Callen o encurralou na porta. – Talvez você devesse perceber que a vida é mais que ser alguém importante.

— Que tal eu matar sua esposa, sua prima e sua meia-irmã para eu mostrar isso? – Leon viu o choque no olhar de Callen. – Acho que eu acabei de revelar um grande segredo.

— Do que você está falando? – Callen estava sem entender.

— Você não sabia sobre sua querida meia-irmã? – Vance deu uma risada bisonha. – A promotora Any, ela é sua meia-irmã. Não se preocupe, ela também não fazia ideia disso. Seu pai adorava ter garotas e quando ele foi ao Brasil, ele engravidou a mãe de Any.

— Você armou direito, não é? – Callen ouviu Elisa falar. – Descobriu isso sozinho ou teve ajuda de alguém.

— Sou inteligente. – Vance sorriu. – Eu já quis ser um belo modelo, mas percebi que exigiria demais. Talvez muito mais que ficar sem roupa e....

Elisa, nesse meio tempo desligou o alarme do monitor cardíaco e desceu da cama e pegando o jarro de água o bateu contra Vance, lançando a arma dele longe e dando a Callen a chance.

— Desculpe, eu estava entediada da conversa afiada desse cara. – Elisa apenas subiu de volta a cama.

Callen sorriu para ela, mas havia algo de errado. O celular de Vance estava desbloqueado o que o deixou cada vez mais em pânico.

Mas eram as fotos que o deixaram doente. Any estava amarrada a parede, com sangue escorrendo e Pen em uma cadeira com cortes nos pulsos.

Eles tinham que fazer Vance confessar de qualquer forma. Trancando a porta, Elisa ligou para seus amigos e parentes enquanto Callen o amarrava a poltrona.

Depois de eles finalmente resgatarem as meninas, Elisa se encarregaria de mandar Vance para o quinto dos infernos.


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