The Vance Trial escrita por Any Sciuto


Capítulo 3
Terceiro Dia - A volta da amada


Notas iniciais do capítulo

Conforme o julgamento vai avançando, os podres de Vance vão aparecendo.
A testemunha surpresa finalmente chega ao tribunal e descobrimos que Vance é um monstro sem nenhum escrúpulo.



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— Todos de pé! – O assistente anunciou e todos se colocaram de pé. – A juíza está em sessão.

— Sentem-se. – Martha estava se familiarizando com todo mundo, menos com o público. -  Hoje é o terceiro dia de julgamento e estamos prestes a ter dois testemunhos. Incluindo a testemunha surpresa. Vamos começar.

LAX – Los Angeles.

— Venha aqui, querida. – A mulher ruiva segurou a mala de sua filha e sorriu. – Eu espero que esteja tudo bem a gente ir ao tribunal direto.

— Espero que eu conheça meu pai. – A garota tinha 15 anos. – Eu realmente quero entender o que aconteceu para ele não poder conhecer a filha nesses quinze anos.

— Bem, tudo ao seu tempo. – Jenny Sheppard colocou seus óculos de sol e foi direta para o motorista. – Corte de Los Angeles, por favor. Depois eu vou dar ao senhor 100 dólares e o endereço da minha casa para levar as malas.

— Certamente, senhora. – O motorista mais do que concordou.

Corte de Los Angeles.

13:45

— Eu chamo Penelope Grace Rossi-Alvez. – Elisa chamou e Penelope entrou e ergueu a mão direta para fazer o juramento.

— Jura dizer a verdade, somente a verdade acima de tudo em nome de Deus? – O guarda perguntou a ela e Pen assentiu.

— Eu juro. – Ela respondeu e então se sentou.

As roupas coloridas que ela usara na sede do FBI estavam fora e ela estava vestida com um vestido preto que não tinha decote e ia até abaixo dos joelhos. Um casaquinho preto com branco.

— Senhora Alvez, eu gostaria de chamar sua atenção para o seu passado de hacker. – O advogado de defesa começou. – O seu passado onde você perdeu sua mãe e padrasto.

— Qual é a relevância desses fatos sobre o julgamento? – Penelope perguntou. – Eu não estou sendo julgada.

— Ok, mas mesmo assim eu gostaria de falar algo. – Ele queria que Penelope perdesse a calma e a compostura.

— Desculpe, se você está tentando provocar uma reação defensiva ou até agressiva, eu acho que perdeu seu tempo. – Pen olhou para o ofendido advogado. – Até porque se eu fui um hacker no passado, isso ficou no passado.

— Certo. – O advogado resolveu trocar e começar a perguntar coisas reais. – Certo, no dia de ontem o agente Callen disse que meu cliente tinha como alvo ele. Qual seria o motivo? Vance não tentaria atacar as pessoas de graça.

— Nada do que ele fez foi “de graça”. – Pen fez aspas no ar. – Ele tinha muita raiva de Callen porque ele era o preferido do secretário da marinha para substituir Jenny. Grisha deveria assumir a cadeira de diretor. Mas Vance fez uma artimanha toda para que ele não conseguisse o que era de direito dele.

Seis meses antes...

— É tão bom ver você novamente. – Callen abraçou Penelope e sorriu quando ela lhe deu um beijo na bochecha. – Você está cada vez mais linda.

— E é verdade, Pen. – Elisa abraçou a amiga. – E você é a única que eu deixo Callen aqui chamar de linda além de mim e de nossas filhas.

— Grisha te ama, Lise. – Pen sorriu para o primo. – Então, porque Dave e Emily foram chamados para falar com Hetty e Gibbs?

— Aparentemente esse caso está cada vez mais doido. – Ele levou Penelope e Luke para cima e mostrou a eles. – Essas mulheres são as vítimas do nosso serial killer. Ele mata basicamente mulheres da marinha.

Luke olhou para a foto de uma das garotas e de volta a Penelope. O cabelo, a maquiagem e o mesmo corpo.

— Oficial Erica Shelly. – Eric sabia o que Luke iria perguntar. – Foi assassinada depois de uma festa em Washington. Me surpreende não ter chegado a você.

— Na época a gente estava ocupados no outro lado do país com um serial killer de crianças. – Luke respondeu. – Eu não vi a foto dela.

— Não dá para acreditar que alguém pode matar essas mulheres a troco de nada. – Pen olhou para Callen. – Você está bem, little G?

— Pen, venha comigo. – Ele a levou para baixo e a fez se sentar no sofá onde havia vista para todo mundo. – Ele não está matando mulheres a troco de nada. Lembra quando o tio Rossi se mudou para a capital novamente depois que aquele amigo dele saiu do FBI? Na mesma época a diretora do NCIS foi assassinada e eu estava na lista para assumir o cargo.

— Então ele está atrás de você? – Pen abraçou o primo e fechou os olhos. – Não vou deixá-lo te machucar, Grish. Ele não vai tocar em você.

— No momento, eu estou mais preocupado que ele tente algo contra as pessoas que eu amo. – Callen estava realmente preocupado. – Thomas e Juliet pegaram o voo para cá e vão nos encontrar aqui.

Penelope abriu um meio sorriso. Callen estava realmente preocupado com o que Vance faria se ele levasse Pen.

Hoje...

— Depois que você e o restante do seu time chegaram em Los Angeles aconteceu alguma coisa? – Elisa estava interrogando agora.

— Sim, foi quando o senhor Vance fez seu primeiro ataque pessoal. – Ela olhou para os pais da menina que Vance matou. – E foi nesse mesmo dia que ele matou a pequena.

Os dois olharam para Pen, talvez não querendo saber os detalhes. Ela captou e jurou no olhar que não faria isso.

Seis meses antes...

— Tem certeza que quer ir até o hotel sozinha? – Luke perguntou, preocupado. – Ele ainda está por aí.

— Prometo que vou ficar bem. – Ela pegou a bolsa e foi em direção a saída. – E Luke? Vou esperar com uma surpresa.

Saindo da sede do NCIS, ela verificou a arma que carregava consigo e depois pegou o cartão chave do hotel.

Caminhando pela calçada, ela sentiu um carro passando por ela e suspirou fundo. A van parou dois metros depois dela. Pen tentou voltar correndo, mas sentiu algo se afundando nela. Logo depois, uma onda de eletricidade passou pelo seu corpo e ela caiu no chão, completamente atordoada.

Uma picada no pescoço foi o que ela sentiu por último.

Abrindo os olhos, ela percebeu que estava deitada em uma cama de hospital, com Luke ao seu lado.

Ele olhou para ela e chamou a enfermeira. Penelope havia sido agredida por chutes e cortes. Talvez a única coisa é que ela não foi agredida sexualmente.

Luke explicou a ela que faziam três dias que ela estava no hospital inconsciente. Ela viu seu pai se aproximar e conversar com ela sobre o que Vance fez.

Hoje...

— Meu pai disse que o senhor Vance foi pego por uma câmera de trafego me sequestrando. – Pen olhou para a mãe da menina e fechou os olhos. – Quando ele saiu com a van, havia uma garotinha brincando com sua bicicleta. Ele dirigiu para ela e sequer colocou o freio.

Não havia um olho seco em todo o tribunal. Até mesmo o advogado de Vance estava horrorizado. Vance, por outro lado, não estava nem um pouco arrependido.

— Vamos fazer uma hora de recesso. – Martha determinou. – Quem tiver filhos, ligue para eles.

Luke pegou Penelope e a levou para fora, fazendo com que ela recebesse todo o carinho que ela merecia.

O advogado foi para o lado de fora e telefonou para sua esposa, ouvindo sua filha pequena contar a ele sobre seu dia na creche.

Quando ele desligou o telefone, ele já havia tomado a decisão de deixar totalmente a defesa de Vance.

Pedindo uma reunião privada com a promotoria e a juíza, o advogado comunicou sua decisão.

— Aqui. – Ele entregou para Any e Elisa uma pasta. – Posso perder minha carreira, mas Leon Vance precisa pagar por tudo o que ele fez e isso aqui vai ajudar.

As duas abriram a pasta e foram pegas de surpresa quando descobriram que era a movimentação de uma conta que até agora não faziam ideia da existência.

Jenny Sheppard chegou ao tribunal na hora que a sessão foi retomada. Havia apenas mais uma pessoa para testemunhar antes dela, mas Jenny deixou a filha no fundo da sala do tribunal, quase atrás de Gibbs.

O testemunho dela iria dar mais pólvora para a promotoria explodir a vida perfeita de fachada que era Leon Vance.

— Eu realmente espero que você seja condenado. – O advogado pouco se preocupou com sua carreira. – E se não pagar o que me deve, vou te levar para um lugar igual a esse.

Vance olhou estupefato para o ex-advogado de defesa. Ele decidiu que tentaria se advogar sozinho.

Mas ele ainda tinha uma cartada final no bolso.


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