Sedução escrita por kah_torres


Capítulo 23
voltando


Notas iniciais do capítulo

finalmente!!!
ontem começei a escrever o capitulo do no e ele apagou de novo (*chuta que é macumba*)... fiquei "p" da vida com isso, e decidi só escrever hoje. para não apagar mais fiquei salvando cada linha que eu escrevia kkkkkkkk.

quero dar boas-vindas a saravieira_21 e ingrid-raissa!!! adorei os comentários.

sarahml_ achei muito foifinho você ficando louca sem noticas da fict, e mais uma vez desculpa a todas pela demora.

pretendo começar a escrever minha nova fict hoje, mas só vou começar a postar quando acabar essa. leka preciso saber seu nome para colocar na fict... eu sei a mayara, heloysa e a raah (acho que é raissa, também preciso saber seu nome!)

as outras meninas que também quiserem entrar na fict podem falar, mas não vão ser papeis principais porque já está cheio.

bem, espero que gostem desse capitulo!
boa leitura e obrigado pela espera!



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        Minha barriga já tinha crescido um pouco mais, eu estava usando roupas largas e folgadas para tentar disfarçar. Eu e James tentamos achar uma forma de me tirar daquela casa sem que Sam denunciasse a mim e aos meus pais a policia, mas em nenhum desses planos Sam ficaria vivi no final. Com muita relutância James aceitou que eu tentasse conversar com ele antes de qualquer coisa precipitada.

 

        Era manhã do dia 24 de dezembro, acordei e escutei um som vindo do banheiro. Levantei-me e me arrumei rapidamente, peguei uma mochila que já havia preparado na noite anterior com todos os meus pertences. Sentei na cama e esperei até Sam sair do banheiro, assim que viu a mochila em cima da cama o sorriso que havia em seu rosto sumiu abruptamente.

 

-o que significa isso? – ele perguntou encostando-se na parede. Seus cabelos ainda estavam molhados e algumas gotas de água pingavam em seu peito desnudo.

 

-estou indo embora daqui. – tentei soar confiante.

 

-isso é uma espécie de piada?- ele perguntou com um sorriso falso nos lábios.

 

-não.

 

- então você acha que eu vou te deixar ir embora assim, sem mais nem menos? – ele perguntou e não pude deixar de sentir a ironia em suas palavras.

 

-sinceramente espero que sim. – me levantei e caminhei em sua direção com a mochila nas costas. Toquei levemente seu rosto com meus dedos. – não quero que acabe assim, apesar de tudo o que você me fez passar nessa casa sei que fui culpada por tudo e mereci pagar pelo que fiz, mas não era dessa forma que eu achei que pagaria por isso. Sim to que você ainda tem algo bom dentro do seu coração e espero que você use esse lado bom para me deixar ir embora hoje.

 

-não posso deixar você ir embora, eu te amo. – ele tirou minha mão do seu rosto.

 

-você não me ama Sam, você só me deseja é diferente.

 

- se você não quer ser minha não será de mais ninguém. – os olhos dele eram escuros e impenetráveis, nenhuma emoção passava por eles.

 

-não posso ser sua, porque nunca fui. Sempre fui de Jacob e você sabe disso e é por isso que você me deseja tanto, porque sou algo que você não pode ter. – respondi friamente.

 

-você tem duas opções. Primeira, fica e esquece tudo ou segunda, vai embora e deixa sua família e o borracheiro sofrer as conseqüências depois, e essa não é uma escolha muito boa.

 

-Sam, não faça isso comigo, não faça isso com você! Não percebe que essa amargura toda e esse ódio que você tem por tudo só vão acabar com você mesmo? – tentei abrir seus olhos, mas sabia que era tarde demais.

 

-eu dei opções, não me venha com essa e escolha logo uma. – seus olhos agora brilhavam de ódio.

 

-você sabe qual eu vou escolher. – fiz uma pausa tentando conter qualquer reação, mas nada chegou, ele só continuou parado e em silêncio. – tente me escutar, por favor. – toquei o lado esquerdo do seu peito. – você pode mudar, pode esquecer tudo o que aconteceu. Você ainda tem uma chance de ser feliz, você é uma pessoa boa e depois que você perdoar a si mesmo poderemos ser amigos. Não acabe com o resto de bondade que existe dentro de você.

 

-então você quer que eu esqueça tudo?- ele deu uma gargalhada. - só pode está brincando comigo, eu nunca vou esquecer.

 

-só lamento por isso.

 

      Caminhei em direção a porta, antes de sair dei uma ultima olhada e ele ainda estava lá parado como a minutos atrás. Senti pena dele, todos o que ele ama o tinham abandonado e agora eu também estava fazendo isso, me senti culpada por magoá-lo mais uma vez. Ao mesmo tempo que queria ajudá-lo a ser uma pessoa melhor, queria sair logo daquela casa que me trouxe tanto sofrimento.

 

       Desci as escadas e senti como se as correntes que me aprisionavam estivessem sendo quebradas. Abrir a porta e sentir o vento acariciar o meu rosto me fez sorrir para um mundo onde fui tirada e agora voltava. Do outro lado da rua James me olhava com um sorriso que não chegavam aos seus olhos, pois dava para ver claramente a preocupação que havia neles.

 

-como foi?- ele perguntou ao se aproximar de mim.

 

-difícil. - as palavras quase não saíram.

 

-ele não tentou te impedir? – a cara dele era uma enorme verruga de preocupação.

 

-isso também me deixou com uma pulga atrás da orelha. – respondi tentando dar um sorriso animado, que não apareceu.

 

-então vamos, não deveria ficar por aqui mais nenhum minuto. – ele se virou para o carro.

 

-James... – ele virou-se e me fitou. – quero que você continue aqui, não sabemos exatamente o que Sam está planejando e acho que alguém deveria ficar de olho.

 

-isso não me surpreende. E sei que esse não é o único motivo, você também está preocupada com ele e acha que depois de tudo o que ele fez não merece sofrer.

 

-desde quando você ler mentes?- tentei ser sarcástica, mas sabia que James me conhecia muito bem para saber que lá no fundo ainda estava preocupada com Sam.

 

-eu vou ficar de olho nele, e você me prometa que vai se cuidar quando eu ou Jacob não estivermos por perto.

 

-sim senhor. – fiz um sinal de continência.

 

     Caminhei em direção ao final da rua e parei para dar uma ultima olhada para aquela casa. Imaginei Sam inda parado encostado na parede e talvez até chorando. Aquela não era hora de pensar em como ele deveria estar se sentindo, era hora de pensar no bem-estar do meu bebê. Virei as costas e caminhei para a casa de Kim, faziam mais de um mês que eu não a via. Sua mão atendeu a porta depois de escutar a companhia. Algum tempo depois Kim apareceu com um sorriso na porta.

 

-nessie! – ela me abraçou. – vamos, entre.

 

-não, passei só para dar um oi.

 

-e como vai o... – ela olhou para minha barriga.

 

-ah! – levantei um pouco a blusa para ela ver que já estava um pouco crescida.

 

-nossa está grande, quanto tempo? – ela tocou delicadamente a barriga.

 

-acho que sete a oito semanas, não sei muito bem, ainda não fui ao medico.

 

-precisa ir logo. Mal da para ver com a blusa, mas sem ela parece está um pouco grande para sete semanas.

 

     Conversei um pouco com Kim e logo me despedi para ir para casa de Jacob o mais rápido possível.

 

    Logo da esquina dava para ver  a casa de madeira avermelhada tão pequena, mas o lugar mais aconchegante do mundo para mim. Caminhei até a porta subindo cada degrau e sentindo as borboletas voarem dentro do meu estômago. Parei em frente a porta, minhas mão percorreram a madeira da velha casa sentindo a textura enverrugada e o contorno das curvas da porta. Bati três vezes na porta e escutei um barulho lá dentro, alguém se aproximava da porta e rodava a chave para abri-la.

 

    Senti o seu cheiro assim que a porta abriu, o sorriso que iluminava meus dias de terror se abriu assim que me viu, as olheiras tomavam conta do contorno dos seus olhos que agora estavam brilhando de felicidade, ele deveria ter sentindo que agora eu voltaria para ficar. Ficamos em silêncio por alguns segundos nos olhando tentando sentir que aquilo era realmente real e não só um sonho.

 

-meu anjo. – ele sussurrou com aquela voz rouca que me perseguia em sonhos.

 

-jake. – corri para os seus braços e deitei minha cabeça em seu peito sentindo o seu cheiro amendoado que me acalmava, naquela hora esqueci todos os meus problemas e o abracei.

 

     Ele me levou até o sofá ainda abraçado a mim e acariciando meus cabelos.

 

-o que aconteceu? – sua voz estava contida.

 

- eu sai, disse a ele que voltaria para você.- agora as lágrimas caiam dos meus olhos e ele secava cada uma com um beijo.

 

-e o que ele vai fazer?- percebi o tom de preocupação na sua voz.

 

-não sei, James vai ficar lá o vigiando. - tentei conter as minhas lágrimas que insistiam em cair.

 

-então não se preocupe meu anjo, vai ficar tudo bem. – ele me puxou para mais perto de sim e ficou acariciando meus cabelos.

 

     Tentei deixar as preocupações de lado e sentir a calma voltar ao meu corpo. A partir de agora seria eu e Jacob até que o pior acontecesse, e eu estava com muito medo que esse dia chegasse rápido demais.

 

 

PDV-Jacob

 

        De tanto chorar ela dormiu nos meus braços, sabia que ela estava muito preocupada com o futuro do nosso bebê e também com o nosso futuro juntos. Imaginei o quão difícil foi para ela falar com Sam e ir embora daquela casa sabendo que poderia botar em risco a felicidade de todos que ela amava.

 

      Fiquei velando seu sono e via toda a tristeza que tinha no meu coração indo embora a cada respiração sua. A levei para cama e sentei em uma cadeira perto dela. Todas as complicações e tudo que vivemos juntos ficaram passando na minha mente enquanto via o meu anjo dormindo. Em pouco tempo amei de verdade, perdi o meu amor, me tornei um homem e teria um filho, seria coisa demais para minha cabeça se não me deixasse feliz saber que logo estaria em meus braços o fruto do amor que tive pela mulher mais perfeita do mundo.

 

     Apesar de todo o sofrimento que passamos juntos e que eu sabia que ainda passaríamos estava disposto a viver aquilo mil vezes de novo para poder ter a minha pequena nos meus braços de novo, faria isso por ela e pelo meu bebê se fosse preciso. Já estávamos no natal e resolvi fazer uma surpresinha para deixá-la feliz, pelo menos um dia de felicidade antes do que estaria por vir.

 

     Naquele momento que a vi ali tão desprotegida e frágil prometi a mim mesmo que se algo acontecesse com ela ou com meu bebê eu mataria Sam, e mataria lentamente para ele sentir toda a dor que ele merecia.

 

   Peguei o celular e liguei para algumas pessoas para fazer uma surpresa a minha princesa quando voltei para o quarto ela estava acordando.

 

-boa tarde princesa. - falei quando ela abriu os olhos sorrindo, fiquei feliz de vê-la sorrindo pela primeira vez depois de muito tempo e sorri de volta.- está com fome?. – caminhei em sua direção dei um beijo em sua testa e acariciei a sua barriga.

 

-nós estamos. - ela tocou a minha mão que estava acariciando a barriga dela.

 

-eu amo tanto vocês – ela sorriu novamente. – vou faze tudo para proteger vocês.

 

-eu sei. Nos também amamos você. – ela encostou os lábios nos meus, senti o gosto doce do seu hálito, seus lábios quentes e macios que tanto desejei, agora estavam se moldando ao meu. Senti o toque suave da sua língua explorando cada canto da minha boca,de repente ela parou e saiu correndo para o banheiro.

 

-desculpe fiquei enjoada. – ela respondeu quando voltou do banheiro. – Jacob, Jacob... – ela pulou na cama ao meu lado.

 

-o que foi ness? Está sentindo alguma dor? – dei um pulo da cama.

 

-eu estou com um desejo. – ela fez uma carinha de cachorro sem dono.

 

-você me assustou, desejo de que? – perguntei pensado “lá vem bomba!”.

 

-pastel de queijo com feijão. – ela respondeu e revirou os olhos.

 

-pastel de queijo com feijão? Pode ser qualquer feijão?- perguntei meio enojado.

 

-não tem que ser feijão preto. - ela olhou para mim e deu uma gargalhada.- logo jake, estou morrendo de fome.

 

-vou comprar o pastel lá na lanchonete, só não sei onde vou arranjar feijão preto. – me levantei e caminhei até a porta.

 

-jacob...- eu me virei e ela fez aquela carinha de cachorro sem dono de novo. – será que dá para trazer abacate e doce de leite para sobremesa? – ela falou toda manhosa.

 

-aproveito e trago um cavalo para você comer também. – tentei fazer piada e ela caiu na gargalhada. – vou lá, volto em dois minutinhos. – fui até ela e a beijei.

 

     No caminho até a lanchonete liguei para quil.

 

-fala Jacob. – ele atendeu no terceiro toque.

 

-quil você sabe onde posso arranjar feijão preto? – paguei os pastei e sai da lanchonete.

 

-comprar não sei, mas minha mãe esta fazendo feijão preto para o almoço, passa aqui e pega um pouco.

 

   Fui até a casa de Quil e no caminho passei pela feira e comprei abacate. Quil estava conversando com Claire lá fora.

-Jacob. – os dois falaram ao mesmo tempo.

 

-oi, e o feijão Quil?- ele entrou para per e Claire sorriu para mim.

 

- feijão? – ela perguntou não entendendo nada.

 

-a ness está com desejo.

 

-ness? Desejo? – a cara dela era uma grande interrogação, nessa hora Quil voltou.

 

-ness está grávida da para acreditar?- os dois se olharam estranho. –ela estava grávida quando começou a namorar com o Sam, quando eu descobri, nós nos acertamos e agora ela está com desejo de pastel de queijo com feijão preto.

 

-você vai ser pai? – Claire perguntou entusiasmada.

 

-vou, eu também nem consigo acreditar nisso. Fico toda hora pensando como o bebê vai ser quando nascer, fico ansioso só de imaginar.

 

-eu preciso ver a barriga dela. – Claire estava empolgada. – nos vamos passar o ano novo na praia, porque você não a leva? Aposto que as meninas vão adorar.

 

-vou perguntar a ela e depois respondo. Deixa eu ir lá porque não quero que meu filho nasça com cara de pastel.

 

 

***

 

 

     Cheguei em casa e antes de qualquer coisa ness pegou o pastel e o feijão da minha mão e começou a comer.

 

-que apetite em! – falei sentando ao seu lado na mesa.

 

-tenho que comer por dois agora. – ela respondeu entre mordidas no pastel e colheradas no feijão. Fiquei meio enjoado de ver aquela cena, mas ela estava linda como sempre.

 

-pelo jeito que está comendo por três. – ela olhou para mim e sorriu.

 

-já temos que cuidar de uma criança, imagine se fossem duas?- ela voltou a comer.

 

-eu iria adorar.

 

      Ela estava tão feliz e sua felicidade me deixava feliz também. Fiquei pensado no que poderia acontecer com ela e o meu bebê, só de pensar nisso já começava um aperto no meu coração, mas era preciso se preparar para o que ainda estava por vir.

 

Só um beijo vai calar
Esse coração
Que insiste em dizer não
E me faz amanhecer
Sozinho
Sem o teu carinho
Amor, vem me buscar.

Só o tempo irá dizer
Se é mesmo a razão
Que vai falar mais alto
Ou será que eu vou te ter
Mais cedo?
Você já sabe o meu segredo
Pra sempre vou te amar

 

Se você voltar
Tudo vai valer
Você pode até duvidar
Mas seja como for
Não tem como esse amor morrer.”

 

                    (meu segredo – ivete sangalo)

 


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Notas finais do capítulo

comentem!
beijinhos e até o próximo capitulo!!



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