Os órfãos de Nevinny escrita por brennogregorio


Capítulo 42
Voz discordante




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Estando na cozinha para o café da manhã você, Lívia e Jeremy estão conversando sobre o início de mais um dia e também sobre algo para qual não estão muito contentes.

— Nossa, eu nem acredito nisso. O tempo passou tão depressa. Como assim você já vai embora amanhã? — Lívia pergunta com uma certa indignação.

— Pois, é. Eu não queria dizer adeus pra vocês assim tão cedo, mas infelizmente eu vou ter que ir. A produtora tá solicitando a presença do elenco para fazer uns ajustes. Além disso tem entrevistas, sessões de fotos. Enfim, toda aquela coisa de famoso — Jeremy diz, sorrindo.

— Eu não vejo a hora desse lançamento. Seria incrível ver você nos holofotes dando entrevista, ao lado de gente famosa. Vai poder ficar com todas as menininhas que quiser.

— Eu não tô pensando em ficar com todas as menininhas. Não sou desse tipo.

— É, sei bem que não é. Mas isso é tão triste eu não queria que você fosse embora agora. Será quando a gente vai se ver novamente? — ela pergunta.

— Quem sabe? Mas eu prometo que em breve eu vou ver de novo.

— Eu espero que não demore porque já tem muito tempo que você não vê a gente — você diz.

— E não vou — ele fala.

— Promete? — Lívia pergunta.

— Queria prometer, mas infelizmente não posso fazer isso. Não sei como vão ficar as coisas daqui para frente. Só o tempo vai dizer.

— Não vamos falar disso agora. Melhor aproveitar o tempo que a gente ainda tem. Vocês querem mais café? — você pergunta pegando a garrafa de café da mesa.

Sendo assim, depois de algum tempo conversando você sai indo em rumo à escola em meio ao tempo nublado e com ventania.


Na escola...

— E aí, vocês pensaram em alguma coisa pra gente fazer pra descobrir quem foi o tal que denunciou o Tommy no Super 8? — Heitor pergunta.

— Eu acho que não muito o que pensar. A gente tem que fazer a coisa mais óbvia possível — Allison fala.

— Que seria... — Tommy inicia.

— Temos que olhar as câmeras do Super 8 pra gente encontrar o culpado ou a culpada. Mas pra isso precisa da autorização do primo da Micaella.

— Isso eu consigo de boa. O García vai deixar — Micaella afirma.

— Mas tem uma coisa que eu acho que vocês não pensaram — você inicia —Como que a gente vai saber de fato quem denunciou o Tommy? Tinha várias pessoas naquela noite. Acredito que muitas delas usaram celular ou falaram com alguém durante a noite. A gente pode até conseguir as imagens do local, mas mesmo assim não vai dar em nada.

— S/N tem razão — Cris concorda.

— Mas é aí que entra a outra parte do plano — Micaella declara — O pai de Allison vai nos ajudar nessa.

— Exatamente. Espera. O quê?! — Allison exclama com uma expressão confusa.

— É verdade. Eu e Micaella pensamos que como ele deu uma forcinha pra gente naquela noite pra se livrar logo, ele possa ajudar a gente nessa — Rebekah diz.

— Como assim? Você e Micaella? Vocês pensaram num plano incluindo meu pai sem nos consultar antes? — Allison reclama.

— Mas eu tenho certeza que seu pai vai aceitar. Ele é muito de boa — Micaella diz.

— Eu não sei Micaella meu pai é muito ocupado. Ele tem as coisas dele para fazer. Não sei se isso vai dar certo.

— É claro que vai. É só a gente pedir com jeitinho — Cris afirma.

— Tá, mas como de fato vocês vão querer usar a ajuda do pai de Allisson caso se ele aceitar? — Max pergunta.

— Eu acho que já sei — Allison fala — Vocês querem que ele faça interrogações, não é?

— Isso seria inútil. Nós queremos que seu pai investigue a linha telefônica de quem fez a ligação — Micaella diz.

— Mas isso é possível? — Heitor pergunta.

— Sim, era só alguém da polícia localizar a linha telefônica da pessoa que fez a ligação e assim chegar no endereço dela caso ele ainda esteja com o telefone — você diz.

— Mas isso é invasão de privacidade, não é? — Heitor pergunta.

— Claro que não. A polícia não vai roubar os dados nem nada de ninguém, só vai rastrear a localização — você assegura.

— E nada melhor do que o pai de Allison. Com a ajuda dele não vai parecer que a gente tá fazendo alguma coisa errada. Qualquer problema que puder aparecer ele pode encobrir — Micaella diz.

— Nossa, eu não sabia que tinha amigos tão ardilosos assim — Allison comenta — Quando vocês tiveram tempo de pensar em uma ideia como essa?

— Eu andei pesquisando e achei isso. Parece perfeito.

— É, mas não é tão fácil quanto parece. Isso exige cuidado e total discrição — Allison avisa — A expectativa às vezes é bem diferente da realidade.

— Verdade. Se tudo não for bem feito a gente pode ficar encrencado — Cris declara.

— Onde é que eu fui me meter? — você diz em um tom baixo.

— E você, S/N nem pense em pular fora do barco. Você também tá nessa — Micaella dispara.

— Eu não tô nessa nada. Vocês que bolaram um plano maléfico desse que até querem incluir a polícia. Eu não tenho nada a ver com isso. Aliás que foi denunciado nessa história toda foi Tommy, não foi nenhum de nós.

— Acontece que você 'tava lá com a gente, então você faz parte disso também — Tommy fala.

— É, mas não é justo eu me meter numa coisa que eu não tive culpa. Apenas uma pessoa que tem que resolver isso — você diz.

— Eu sabia. Já vi que não podemos contar com você, não é?

— Sinto muito, mas pra isso vocês não vão poder contar comigo.

— Mas S/N, Tommy é nosso amigo! — Rebekah exclama.

— Sinto muito, Rebekah. Mas vocês vão ter que resolver isso sem mim — você diz logo levantando-se da cadeira afastando-se do grupo indo em uma outra direção.

Todos eles lhe olham com uma expressão confusa e até mesmo alguém olha com uma expressão de raiva. Por um momento você começa a achar que eles quisessem que você fizesse algo na qual eles julgam ser certo apenas para ajudar um amigo independente das consequências que poderiam vir. Mas será que realmente esse não era o certo a se fazer?


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