História After You - escrita por Clawen


Capítulo 5
Capítulo - I Will Always Love You


Notas iniciais do capítulo

❤❤



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Tarde da noite, praticamente todos funcionários haviam ido embora e como de costume Claire ainda estava fazendo hora extra. Arrumou suas coisas e enquanto esperava o elevador, tentava ligar para Karen, mas só dava caixa postal. Owen surgiu atrás dela, olhando para o horário no Rolex. Estava atrasado, o jogo logo iria começar no seu canal de esportes.

A ruiva assustou-se e inevitavelmente sentiu suas pernas bambearem com aquela presença. O silêncio era mútuo e constrangedor, até que finalmente a porta abre e os dois entram. Claire aperta o térreo e se afastou o máximo dele, por um momento sorriu de canto ao lembrar de todas as vezes que se beijavam naquele elevador.

Owen ajeitou a garrafa de champanhe que havia furtado discretamente em uma festa de aniversário de um velho funcionário. Pretendia ir embora depois que encontrasse Barry e o mesmo desse carona até o bangalô, mas o amigo havia saído com uma mulher e sumido o restante da noite. Deduzindo o que ocorrera, tomou um longo gole de champanhe, decidido a ignorá-la completamente ali no elevador. Apesar de tudo, o sorriso dele desapareceu, demostrando que não estava nem um pouco satisfeito em vê-la. Ou estava?

— Boa noite! - Cumprimenta educadamente.

— Boa noite! - Claire respondeu sem olhá-lo um tanto nervosa de estar ali com ele. Começou a sentir calor, o ar parecia estar desligado, ou seria o que a presença dele a causava?

O ex-marinheiro se recostou na parede, a observando tranquilamente. Era impossível não reconhecer o quanto ela era sexy. Se não estivessem brigados, era bem capaz de cometer uma loucura ali mesmo. Como poderia culpar-se por seus pensamentos indignos? Ela era sensual, e ficava ainda mais atraente de roupa social. De qualquer jeito. Por um instante, imaginou como Claire ficaria sem aquela roupa, mas logo afastou o pensamento pervertido. Estava sem sexo a várias semanas, desde o passeio na praia.

Aquele olhar cafajeste, a estava deixando desconfortável fazendo o calor que sentia aumentar. Aquilo seria tensão sexual? Talvez, a atração um pelo o outro não diminuiu mesmo brigados, e aquilo de certo modo era terrível para ela. Será que um dia iria deixar de amá-lo? Jamais, isso ela já tinha certeza. Ou seria pela gravidez? Claire havia lido que na gravidez o desejo sexual aumentava.

“Aí meu Deus, que situação”.

Respirava fundo, sem coragem de olhá-lo.

— Vai subir? - Se referia a festa de aniversário, porém, não sabia que ela não havia sido convidada.

— Ahh não... vou para casa. - responde sem graça.

O ex-marinheiro assentiu, continuando a fitá-la com um sorriso irônico na boca bem feita. Owen ia apertar o botão da cobertura, mas um impulso o fez mudar de ideia. Apertou todos os botões, até o térreo. A porta se fechou e ele se virou para ela, com um sorriso malicioso.

— Opa, como sou desastrado, olha só.

— Owen... seu idiota! Por que fez isso? - o repreendeu indignada.

O loiro tomou outro gole de champanhe e estendeu a garrafa para Claire.

— Ora, relaxe. - Suspirou. Ele ergueu um pouco a barra das calças, cuidadosamente, e se sentou no chão do elevador. Deu um tapinha no espaço ao seu lado. - Sente-se aqui, ruiva. Podemos conversar e resolver tudo de uma vez por todas.

Ela revirou os olhos e continuou de pé.

— Já resolvemos, não temos mais nada o que conversar. Está tudo claro para mim. - tinha amargura em sua voz.

— Por favor, Claire! - retrucou, apoiando a cabeça na parede do elevador. - De certa forma me arrependo de tudo que te disse.

— De certa forma? ... uau isso é fantástico. - Diz irônica.

Ele começou a arrancar o rótulo da garrafa distraidamente. Talvez formulando a resposta, procurando as palavras certas.

— Eu fui um imbecil. Falei o que não devia. Eu... fiquei apavorado. Não fui homem o suficiente. Eu fui fraco. Não medi minhas palavras. Não raciocinei antes...

Ela o encarou surpresa com aquela revelação.

— Eu concordo plenamente. Mas nós não temos mais volta. Tenho um bebê dentro de mim e você não aceita. - a mágoa em sua voz era perceptível.

— Não sou muito bom com palavras. Talvez eu queira apenas que me desculpa e só. - retrucou, a olhando de lado.

— Tudo bem! - Respirou fundo. - Como disse antes, daqui a mais o menos seis meses vou embora da ilha. Vou ter minha filha bem longe, não se preocupe. Não irei te procurar nem exigir nada. A criança também não vai saber nada sobre você...Então ela também nunca irá te procurar. Eu lhe prometo. - comentou sobre seus dolorosos planos.

— Isso é um pouco injusto... Minha atitude foi das piores. Mas... O filho também é meu, por que não posso decidir sobre ele também? Você está sendo egoísta!

— O que? - começou a rir ironicamente. - Você não quer esse filho, queria matá-lo! - altera a voz. - Você perdeu qualquer direito sobre ele! Nunca irá vê-lo!

Sua expressão não escondia a irritação que o dominava ao encará-la. Mas depois de hesitar por um instante, ele suspirou e voltou a fitá-la. E quando os olhos se encontraram, ele teve certeza que sempre iria amá-la. Claire parecia tão vulnerável que ele se arrependeu de ter insistido.

— Eu te amo, Claire. - murmurou, sem deixar de fitá-la.

Naquele momento, o elevador ameaçou parar, as luzes piscaram e se apagaram de vez. Por um momento, não houve nada além de silêncio e escuridão.

Claire não esperava ouvir aqui e não teve tempo de responder. Com aquele ocorrido no elevador, tinha um grande problema. Ela tinha um pouco de claustrofobia.

— O que aconteceu? - seu coração disparou assustada.

Ela parecia querer gritar. Owen levantou, tentando achar a porta, mas acabei indo de encontro ao corpo da ruiva. As mãos dele rodearam a cintura dela, a puxando contra ele.

— Não sei, mas acabei de gostar. - ele disse, na escuridão.

— Owen... - sussurrou soltando um leve gemido. Deus! Esse homem tinha um poder de sedução irresistível. - O que está fazendo?... me solta...

O loiro acariciou suas costas gentilmente, tentando a acalmar.

— O sistema falhou.

— E o que faremos? - Não resistiu e o abraçou forte. - Fica longe de mim... - sussurrou sendo contraditória.

— Quer que eu fique longe? Não acho que você queira isso, ruiva. - Sussurrou a encostando na parede.

— Eu... eu... quero... - passou os braços em volta do pescoço dele.

Os lábios dele já estavam atacando o pescoço da ruiva, ávido por sentir o gosto de sua pele. Beijou todo o local até chegar nos lábios onde a beijou com fúria.

Claire retribuiu o beijo cheio de saudade e amor. Como era bom sentir aqueles lábios doces e macios juntos ao dela. A língua percorria cada canto de sua boca. Até que o ar se fez necessário e tiveram que cessar o beijo.

— Eu também te amo, muito... - encostou a testa na dele. Era tão bom estar com ele e tão doloroso. - Por que você fez isso com a gente? - começou a chorar. - Por que?... está doendo tanto tudo isso...

— Claire... Na verdade, eu quero brigar com você por ter desaparecido esses dias todos sem que eu soubesse como ou onde você estava. Eu quero brigar com você por ter fugido de mim sem me deixar consertar a burrada que eu tinha feito. Eu quero brigar com você por me privar de olhar para os seus olhos, por me privar de beijar os seus lábios e por me privar sentir o seu perfume e tocar o seu corpo. Eu vim brigar com você por me deixar sozinho e desesperado, morrendo de saudades de você. Mas, principalmente, Claire, eu quero brigar com você, para que você me deixe voltar para sua vida e para o seu coração, porque, honestamente, eu não sei mais viver sem você. - O loiro disse deixando a emoção fluir e as lágrimas represadas finalmente se libertarem.

Ela queria tanto olhar em seus olhos naquele momento, mas a escuridão não permitiu. A ruiva então o abraçou forte, permitindo chorar colocando toda sua dor para fora.

— Eu também não sei viver sem você... Mas eu estou muito magoada, preciso de um tempo. - O abraçou ainda mais. - Isso, chora... É isso que você precisa... nós precisamos. - as lágrimas molhavam a camisa dele.

— Claire, por favor, diga que você me perdoa! Eu agi como um imbecil falando daquele jeito, mas eu preciso que você acredite que eu não quero me separar. Eu agi por impulso e fiz a maior besteira que um homem pode fazer. Eu a deixei sozinha e indefesa, você não sabe o quanto eu me arrependo do que eu fiz! Por favor, me perdoa! - Ele pediu tocando os cabelos da ruiva. Se ela quisesse chorar o resto da noite e encharcar sua camisa, ele deixaria.

Claire o abraçou ainda mais, como se fosse possível enquanto soluçava.

— Mas você não quer a minha filha... Não quer ela... Não quer o meu bebê...

— Não fala assim, não é que eu não queira... - Suspirou cansado

— É o que então? Se queria que eu abortasse. Queria matar o meu bebê.

Owen a soltou dessa vez.

— Meu Deus. Acho que meus pedidos de desculpa não são nada para você!!!

— Não fala assim, por favor... EU ESTOU ASSUSTADA OKAY?! - alterou a voz. - EU VOU SER MÃE!... sozinha...eu não sei o que fazer... - escorregou o corpo pela parede do elevador, sentando no chão abraçando as pernas.

Owen ajoelhou-se na frente dela, assustado pela reação.

— Você não está sozinha. Nunca esteve. Sempre estive aqui. Te esperando voltar.

— É o que eu mais quero. Mas a maior questão é... - suspirou. - Você vai aceitar esse filho?

— Não tem isso de aceitar. É minha obrigação agora. - Comentou.

— Não... Não sinta como uma obrigação. Ela vai precisar do amor de um pai, proteção, carinho. É disso que ela vai precisar...

— Não acha cedo falarmos sobre isso?... e como sabe que é "ela"?

— Não posso ficar com você, sabendo que não a amará. Eu sei que é uma menina, eu sinto que é!

— Como tem certeza de que eu não vou amar? Poxa. Sou tão desprezível assim, obrigado. - Disse seco.

— Eu não disse isso, por favor Owen...para com isso. - Respirou fundo. A luz do elevador voltou. E ela levanta.

— Disse sim... eu sou um ser indigno mesmo.

Ela cautelosamente segurou sua mão.

— Não diz isso... por favor. Eu estou tão machucada que... é difícil para mim...acreditar. - desabafou.

— Posso curar essa ferida se quiser...

— Eu quero sim... Mas preciso de um tempo... entende?

— Tudo bem... - ofereceu a garrafa de champanhe para ruiva tomar. Já imaginou-se no bar mais uma noite, espremendo os limões no nariz.

— Não, eu estou grávida! - sorriu de canto. E o elevador abriu no térreo. - Está dormindo aonde?

— Desculpe, esqueci desse detalhe. - Bebeu mais uma vez, a seguindo até a calçada. - No bangalô...

— Entendi... posso te pedir uma coisa?

— O que?

— Não bebe não... ontem Lowery me ligou e... - percebeu que falou demais.

— Ah, é? Vou matar aquele... por que não posso beber? Inclusive é o que estou fazendo agora.

Ela se aproximou dele e tirou a garrafa de sua mão.

— Porque eu quero o seu bem... Não quero que nada de ruim aconteça com você e eu te conheço, sei como fica quando bebe.

— Volta para casa está bem? Vou ficar no bangalô e só volto quando quiser. - A beijou na testa e afastou-se.

Ela o olhou se afastar. Não voltaria para casa, não sem ele, então foi para o quarto em que estava hospedada. Precisava descansar, foi muitas emoções para um dia.

*

Owen acordou abraçado na garrafa de champanhe jogado em seu velho sofá com o toque irritante do despertador.

Tomou um banho, se aprontou para o trabalho e foi para o paddock 9.

— Aquele esquema de segurança estava uma grande merda, senhor. Eu realmente não me surpreendi com os resultados. - Owen se referia a destruição feita pela T-Rex em uma parte da segurança.

— Sim, senhor Grady.

— Ela precisa de mais espaço. Quero que levantem muros novos a oeste da ilha, vamos expandir o paddock.

— Mas senhor Grady...

— Andem logo!

— Mas senhor, além da sua autorização, precisamos da senhorita Dearing... sem a aprovação dela não podemos seguir nenhum projeto. - O homem disse mesmo temendo o loiro.

— É senhora Grady, por favor! Já que é assim, quero que vá pessoalmente encaminhar minha solicitação para ela, e só apareça com ela devidamente assinada!

— Okay senhor!

O homem sumiu indo até a sala de Claire, que assim que foi anunciado ela autorizou a entrada.

Ele foi breve na explicação e assim que leu, a ruiva assinou. Se tinha algo que ela confiava era no trabalho de Owen. Logo ele já estava de volta com a autorização.

— Prontinho senhor!

— Ótimo. Reúnam a equipe de obras de engenharia e comecem o serviço o quanto antes.

Afastou para sair dali e enviar uma mensagem para ruiva.

"Bom dia raio de sol".

Do outro lado da ilha, Claire estava concentrada quando ouviu chegar à notificação em seu celular. Assim que leu a mensagem dele, sorriu. Ela lembrou de como o chamava antes e começou a rir e enviou a mensagem.

" Bom dia Tarzan! Como está? "

"Melhor agora e você? " Olhava para o celular igual um babão.

" Bom saber disso, porque eu também" sorriu sentindo seu coração acelerado.

"Como você está? Vocês dois?"

Ela sorriu ainda mais ao ler aquilo.

— Aí meu Deus! - rodou na cadeira parecendo uma criança alegre.

" Estamos ótimas ;)"

Owen sorriu novamente. Aquilo não era justo. Com Sarah foi tão diferente, ele a acolheu e cuidou de tudo que foi preciso. E ele nem mesmo a amava, por que com Claire tinha que ser assim?

"11:30 te espero no Dinner's Nublar para um almoço com esse selvagem que te ama. Não se atrase. Temos muito o que resolver"

O loiro adicionou um emoji de coração negro no final da mensagem e enviou.

Claire sorriu, eles precisavam disso.

" Sabe que odeio atrasos. Estarei lá senhor Grady, nós te amamos S2"

A ruiva sorria feito criança e voltou a trabalhar radiante.

*

Antes do horário marcado, lá estava o marinheiro reservando a melhor mesa. Segurava uma pequena caixinha embrulhada. Suas mãos suavam de nervosismo.

Claire caminhava ansiosa até o local combinado, ela estava radiante com um vestido azul marinho com o comprimento até o joelho. Com um sorriso imenso ao vê-lo.

— Oi...- se aproxima dele.

— Oi. - A abraçou carinhosamente um bom tempo. Logo afastou a cadeira para a ruiva se sentar.

— Obrigada. - sentou um pouco sem jeito. Não sabia o que dizer, era pior do que no primeiro encontro. - Como está?

— Bem. Trouxe uma coisa para você. - Disse envergonhado oferecendo o pequeno embrulho.

— O que é? - o olhou curiosa pegando o embrulho.

— Por que não abre e olha o que é? - Sugere com um sorriso divertido.

Ela desembrulhou o pequeno pacote e ao ver o que era, sentiu uma emoção tão grande que começou a chorar. Não conseguia nem dizer nada. Era um par de sapatinhos de cachorrinho, os mais lindos que já tinha visto. O primeiro presente do bebê e da pessoa mais importante, o pai.

— Eu... eu sinto muito por ter dito aquelas coisas. Comprei em uma loja no aeroporto quando voltei para Nublar. Como não sei se é menino ou menina eu optei pelo mais simples e da cor branca... só achei legal eu ser o primeiro a dar o presente do nosso filho... - Responde sem jeito.

Ela o olhou com um sorriso e seus olhos vermelhos pelo choro.

— É lindo! Eu amei e nosso bebê vai ficar lindo ou linda com ele. - Levantou e o puxou para um abraço forte. - Não é legal... É INCRÍVEL! Obrigada!

Owen ficou satisfeito com a reação dela. Beijou-a no topo da cabeça, sorrindo.

— Vai ficar tudo bem, ok? Não quero que sinta medo.

— Okay... - Sorriu e voltou a sentar. Pegou os sapatinhos olhando-os com ternura e muito amor. - É tão pequenininho... como pode? - O olha sorrindo.

— São sim. Ele vai ser tão pequeno assim? Nunca segurei um bebê recém-nascido no colo. Nem tenho jeito para isso...

— São bem pequenos, eu também nunca segurei... - Sorriu. - Você vai na reunião mais tarde, com os novos acionistas?

— Vou não. Tenho que inspecionar uma obra a oeste da ilha.

— Owen... - ela pensou em argumentar, mas preferiu não. - Está bem.

Não demorou para fazer o pedido e logo já estavam comendo. Claire o olhava de canto de olho. O loiro começa a comer como um animal faminto.

A refeição foi até agradável. Owen estava preocupado com os assuntos que envolviam a gravidez dela.

— Já começou o pré-natal, Claire? É importante.

Ela estava terminando de comer e ao ouvi-lo se engasgou. Pegou o copo de água e deu um gole antes de responder.

— Então, amanhã é a minha primeira consulta com a obstetra. - O olhou nos olhos. - Quer ir comigo?

— Vou sim. E se o médico for homem, vamos embora.

Claire não aguentou e começou a rir.

— O nome dela é Samantha Jones. Pode ficar tranquilo Senhor Grady.... eu preciso ir agora. Daqui a pouco começa a reunião.

— Ok. Vai lá então. Nos vemos depois...

— Está bem... - Levantou pegando a bolsa e olhou sem saber como se despedir. - É... depois te mando uma mensagem, falando do horário da consulta. - Sorriu e se afastou indo para o centro de inovação.

— Tudo bem... - Owen observa ela ir embora e vai fechar a conta do restaurante.

Claire já estava na sua sala preparando tudo para a reunião com os acionistas, seria algo bem intenso. Ao chegar na grande sala todos já estavam lá, foram quase três horas falando sobre a evolução do parque e lucros.

— Sim, como eu disse é um número bem maior do que no mesmo mês do ano passado. Isso é muito bom, porque mesmo depois do incidente com a Indominus-Rex, o número de visitantes ao parque está aumentando! - Diz a ruiva sem muita paciência, ela está em pé próxima ao telão com a apresentação.

Ela estava tantas horas ali, começou a sentir um enjoo acompanhado de um calor fora de hora. Se aproximou rapidamente de Vivian.

— O ar condicionado está desligado?

— Não. - a olhou preocupada. - Você está bem? Está pálida!

— Sim, estou Sim! - voltou para sua posição anterior.

Claire concentrou-se em um dos homens que fazia uma pergunta, sua visão começou a escurecer a tontura de dias atrás veio com mais intensidade. Fechou os olhos respirando fundo e na mesma hora caiu no chão desmaiada, para desespero de todos. Vivian correu para socorre-la.

— Por favor, chamem com urgência o bombeiro do prédio, precisamos levá-la para o pronto socorro.

Claire estava gelada e pálida. Logo o homem estava lá e a levou depressa para o local.

Enquanto ela era levada, Owen recebe uma mensagem de Vivian.

"Oi Owen. A Claire passou mal durante a reunião, está sendo levada ao pronto atendimento do resort."

O loiro largou imediatamente o serviço e foi para a entrada do pronto socorro esperar. Foi até a recepcionista aflito.

— Com licença, Claire Grady por acaso acabou de passar por aqui?

— Sim, Senhor Grady. - a recepcionista conhecia o dono do parque. - Me acompanhe por favor.

Claire estava em um dos quartos tomando soro. Estava desidratada. Ainda não tinha acordado. O loiro aproximou-se da esposa, deitada na maca. Parecia dormir. Ele inclinou-se e a beijou nos lábios.

— O que você tem, meu amor? - Sussurrou para não a despertar. Owen ficou ali ao lado dela esperando alguma reação, inclusive o médico aparecer e esclarecer as coisas.

O Dr. Joseph finalmente entrou no local.

— Senhor Grady, como está? - o cumprimentou. - Não se preocupe, sua esposa e o bebê estão ótimos. Ela estava um pouco desidratada, mas depois do soro vai ficar ótima. - Sorriu.

— Desidratação? Ela está doente?? – arqueou as sobrancelhas.

— Não, ela não deve estar tomando muito líquido e o calor de Nublar é muito agressivo. Ela precisa se cuidar em dobro agora.

— Pode deixar, vou ficar de olho nela doutor.

— Que bom senhor Grady. E como ela está, com a gravidez?... - Diz com um tom de preocupação. - Quando dei a notícia, ela começou a chorar e saiu correndo. Fiquei preocupado.

— Ah... bom. É... foi complicado. Mas já resolvemos. - Engoliu a seco.

— Fico muito feliz por vocês dois. Agora vou deixá-los a sós. - percebeu que Claire estava acordando e saiu do quarto.

— Owen...- sussurrou fraca.

— Oi meu amor. Como está se sentindo? - Fez um carinho no rosto dela. - Senhora desmaio...

— Bem melhor... Ainda mais com você aqui do meu lado.

— É só eu me descuidar de você e já começa a passar mal.

— Culpa da sua filha... - brinca. - Owen... me perdoa por ter lhe deixado sozinho?

— Shiu... Vou ficar aqui contigo, depois te levo para nossa casa. Prometo que vou embora depois de te dar banho e comida.

— Não! Volta para mim... para a nossa casa... Não quero que vá. Nunca mais! - seus olhos estavam marejados.

— Não sei se é uma boa ideia...

Ela o olhou por um tempo em silêncio, processando o que ele disse.

— Okay, esquece. Tem razão.

O loiro sentou-se ao lado dela, aguardando. Ela virou o rosto para o lado oposto de onde ele esteva. Logo o doutor estava de volta e a deu alta. Owen a levou para casa, ignorando a birra da ruiva.

— Vamos, tira a roupa e entra no banheiro agora mesmo.

— Não! - Sentou no sofá. - Obrigada por me acompanhar, já pode ir embora. - Diz sem olhá-lo.

Owen a jogou nas costas de cabeça para baixo e levou ao banheiro da suíte do casal. A colocou no chão.

— Tira.

— Não! - respondeu nervosa. - Sai daqui Owen!

— Quer brigar de novo é isso?

— Qual é o seu problema? Você não quis voltar! Eu não vou ficar nua na sua frente...

— Eu já te vi nua trezentas vezes, Claire Grady. Vamos...

— Quando estávamos juntos! Não estamos mais.

— Tem certeza disso?

— Já que não quer voltar. Não tem motivos para estar aqui.

— Só disse que ia ficar no bangalô, Claire. Quando for o momento certo eu volto. - Ele estava começando a perder a paciência definitivamente.

— Não é o momento certo? Tudo bem Owen. Olha... Não direi mais nada tá bom. Talvez... Não terá esse momento que acha que é certo. Eu... deixei o meu amor falar mais alto e... Eu tenha que ficar sozinha mesmo. Mal casamos e já aconteceu tudo isso. Eu não devia ter tomado calmantes no dia do casamento, é culpa minha. Na verdade, eu nasci para estar sozinha mesmo... - sentou na ponta da banheiro. - Deu tudo errado.

— Não fala isso de novo. - A repreendeu. - Só tenho que passar por meu tempo de penitência. Eu fui muito duro com você e minha consciência me assombra todos os dias por isso...

— E você prefere ficar sozinho do que ao meu lado?

— Não...

— Então... Eu quero que volte para mim. Eu não suporto mais passar um dia longe de você.

— Está bem.

Claire o encarou.

— Mas só se você realmente quiser... sabe que não tem obrigação nenhuma de ficar comigo.

— Tenho a obrigação de cuidar da minha esposa e do filho que ela está esperando. - Ela o encarou em silêncio por um tempo. Não sabia o que dizer. - Pode tomar seu banho. Vou estar na cozinha fazendo algo para vocês comerem. - Afastou-se e fechou a porta.

Ela nada disse e tomou um longo banho. Após terminar colocou uma camisola e foi até a cozinha. Ele está em pé de costas, ela não aguentava mais aquilo. Foi até ele o abraçando por trás.

Owen cortava algumas cenouras e tomates para uma sopa.

— Hmmm... acabou grudinho?

— Sim... - Sorriu. Permaneceu abraçada a ele. - Eu te amo!

Owen virou-se para ela oferecendo um pedaço de tomate para que ela mordesse.

— Eu amo bem mais...

O loiro sorriu e voltou a fazer o que estava fazendo. Cortou a carne e algumas cebolas, cozinhou os ingredientes e acrescentou água.

Ela se sentou na cadeira do balcão da cozinha e ficou em silêncio o admirando. Ele era tão complicado, perfeito para ela.

Owen terminou a sopa e serviu uma tigela cheia e outra com menos da metade. Preparou a mesa e trouxe a ruiva para se sentar com ele.

— Come tudo.

— Sim... - ela sentou ao seu lado. - Está muito gostoso, como sempre.

— Obrigado. - Falou já de boca cheia.

Ela colocou a mão sobre a dele em cima da mesa, fazendo um carinho. Seu olhar tinha um brilho e ternura enquanto o olhava. Owen estava mais lindo do que nunca, era incrível isso. Ele acabou de comer e encarou a pequena mão sobre a dele e a pegou, entrelaçando os dedos com os dela. Claire sorriu de canto, sentindo seu coração aquecer.

— Posso te beijar? - ficou corada.

Estava mais do que claro que ela queria receber carinho do marido depois de tantos dias separados.

— Já comeu tudo? - Perguntou pacientemente.

Sutilmente ela tirou a mão da dele. Cansou de ser rejeitada.

— Já sim, acho que vou dormir agora.

Owen riu, retirando os pratos na mesa e a abraçando por trás.

— Você anda muito nervosa... Quer ver um filme?

— Qual? - afastou-se dele indo até o sofá.

O loiro vai atrás dela, dando um tapa no bumbum da ruiva.

— Que tal... Joe e as baratas?

— Owen! - o repreendeu com um sorriso de canto sem que ele visse. - Não gosto desse filme, é nojento. Escolhe outro.

— Que tal um filme pornográfico? - Falou todo desinibido fingindo seriedade.

Ela o olhou com os olhos cerrados.

— Não, coloca Atômica. Ou... aquele com o Brad Pitt.

— Não!

Owen já estava a vários minutos passando de filme em filme na Netflix, ele discordava de todas as sugestões dela, assim como ela das dele. Até que em certo momento, o loiro perdeu a paciência e a derrubou no sofá, subiu por cima dela e a beijou intensamente como a muito tempo não beijava.

Aquilo foi inesperado e tão bom que Claire agarrou pela nuca e entrelaçou as pernas em sua cintura. Tentado o tê-lo mais perto de si. As línguas se acariciavam com fúria, paixão e saudade.

Ele subiu as mãos pela cintura dela, apertando-a entre ele o sofá. E ficaram assim até que foi preciso recuperar o fôlego. O loiro sentou-se à procura do controle.

— O que foi? - sentou rapidamente.

— Perdi o controle... - Ainda ofegante, achou ele embaixo do sofá e colocou o primeiro filme de terror que apareceu.

— Perdeu... o controle? - afastou -se. - Vou deitar, bom filme. - foi para cama se cobrindo com o edredom. Ouvir aquilo a deixou magoada, talvez ele não a quisesse mais.

O loiro estranhou, mas preferiu ver o filme até o fim. Ela levantou e foi até ele.

— Você está saindo com alguém?

O homem levou o mais susto, quase caiu do sofá.

— Claire!!! Achei que foi dormir. - Levantou. - Que tipo de pergunta é essa?

— Só me responde... a verdade.

— Eu saindo com alguém? Eu estou casado contigo Claire, pára de falar bobagem!

— Você me fez a mesma pergunta lembra? Então não me ama mais?

— É claro que eu te amo, mulher, o que tu quer agora?

— VOCÊ OWEN! Você... idiota. - voltou para cama.

Ele vai atrás dela desacreditado.

— Só chegar e falar "QUERO TREPAR OWEN, ME FODE PELO AMOR DE DEUS". - Ele riu subindo por cima da ruiva. - Hey... olha para mim...

— Você sabe que nunca falaria assim, não sou uma mulher com esse vocabulário.... Não sente mais desejo por mim, é isso?

— Claro que sinto. É que... tem um bebê dentro de você. Parece falta de respeito com ele... - Comentou envergonhado.

— O que? - começou a rir. - Você tem 16 anos é? - brinca. - Amor ele está dentro do meu útero, pára ser louco.

— Eu disse que achei falta de respeito. - Comentou levemente ofendido. - Melhor você ir dormir, vou voltar a ver meu filme. - Saiu de cima dela.

Ela o puxou de volta para cima dela.

— Volta aqui... Me ame Owen, do jeito que só você sabe fazer... Uhm? Fica comigo, eu preciso de você ao meu lado todos os dias... - aproximou o rosto do ouvido dele. - Preciso de você dentro de mim...

O loiro sorriu presunçoso com a libido dela que estava claramente gritando por ele. Mas resolveu desafiá-la dessa vez. Sem falar nada, retirou a camisola dela, a deixando de calcinha.

— Vou sim, mas quero você implorando essa vez, ruivinha. - Ele começa a tocá-la nos seios fazendo uma massagem apertando-os.

Ela fechou os olhos, estava tão desespera em tê-lo novamente que aqueles toques a levaram a loucura.

— Por favor... Eu preciso de você. - Ela o encarou sedutoramente. - A não ser que você não me queira... - pegou uma das mãos dele levando até a sua intimidade por cima da calcinha. - Fala que não me quer! – o beijou ferozmente.

Owen já havia percebido que os lábios da ruiva só poderiam ser descritos como “deliciosos”. Era completamente diferente de beijar outra pessoa. Com Claire cada beijo parecia uma nova declaração de amor, uma maneira de mostrarem tudo o que sentiam um pelo outro. Com ela tudo parecia ser puro desejo. O beijo dele parecia dizer para Claire que ele a queria, que desejava cada centímetro de seu corpo. Era como se o loiro estivesse tentando fodê-la com apenas um beijo.

Oh céus, como era maravilhoso beijá-lo, que saudade, meu Deus. Como ela conseguiu ficar dias sem ele, só podia estar louca mesmo. Ela o abraça tão forte enquanto se beijavam, e o abraçou com as pernas que estavam em volta de sua cintura. Até que o ar se fez necessário e eles tiveram que cessar o beijo.

— Como eu fui idiota... Como eu pude ficar sem você todo esse tempo... céus Owen. Eu sou louca por você, eu te amo demais...Meu amor, meu homem... - Sorriu, nunca se cansaria de dizer o quanto o amava.

As mãos do ex-marinheiro envolveram as pernas de esposa e em um rápido gesto ele a puxou para a beirada da cama. As costas dela não fizeram barulho contra o colchão, diferente do gemido surpreso que ela deixou escapar. Aquele desespero dela em tê-lo surpreendeu o loiro.

E então, novamente com um movimento rápido, ele puxa sua calcinha por suas pernas. Agora a única peça de roupa que trajava era o sutiã, que tinha como única função cobrir o bico de seus seios e nem isso fazia tão bem, uma vez que ele estavam rígidos o bastante para se tornarem visíveis através do tecido.

— Mesmo? - Sorriu sedutor começando a acariciá-la com os dedos.

— Sim... - sussurrou gemendo. - Oh Owen.... - jogou a cabeça para trás agarrando o lençol da cama. - Isso... Eu preciso de você...

Owen passeava pela parte externa de sua intimidade, fazendo pressões leves nas regiões mais sensíveis, ele parecia saber bem onde pressionar.

Então ele foi abrindo seus lábios, começando a acariciar novas partes de Claire. Owen desenhava círculos contra a intimidade da ruiva, e então subia e descia por toda a extensão dela, às vezes tocando seu clitóris rapidamente apenas como forma de provocação. Até que ele colocou o indicador em sua entrada.

Owen a enlouqueceria daquele jeito, parecia o Deus do sexo de tão maravilhoso. Ela gemia alto, que ecoava na casa toda. Quando ele a penetrou, ela começou a movimentar o quadril. Claire queria algo maior ali e só ele podia saciá-la.

 


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Notas finais do capítulo



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