Destinos Improváveis escrita por Nara


Capítulo 87
Futuro - Planos frustrados




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Severo sabia que algo estava errado e isso não apenas em decorrência ao quase incidente que ele por sorte conseguiu evitar, mas sim por que desde o momento em que ela entrou em sua sala de aula essa manhã, ela estava tudo... menos ali, e a forma bruta como ela vinha manuseando os ingredientes chamou sua atenção, principalmente por que aquela era a mesma poção feita na semana passada e ela era uma das únicas alunas que havia conseguido conclui-la com bastante êxito, e isso só provava o quão certo ele estava sobre aquilo, sim algo havia acontecido… e não, não parecia ser bom, ela saiu com pressa, dizendo se sentir doente, ela estava hiperventilando e ele conhecia bem aquela reação, portanto ele não impediu… agora ela estava na torre de astronomia, um reflexo de que queria se isolar, ele suspirou, encarando os cabeças ocas fermentando a sua frente, e de repente finalizar aquela aula passou a ser o seu maior objetivo desta manhã, já que algo dentro dele gritava e ele sabia muito bem o que era, era... preocupação.

E sem falar no fato extraordinário onde ela havia simplesmente conseguido expulsá-lo de sua mente de forma rápida e eficaz, algo que ele não imaginou que ela pudesse fazer, pelo menor não tão cedo, ela era boa, e ele podia afirmar que era como se ela fosse predestinada a isso também por mais clichê que fosse usar essa palavra agora, a verdade era que ela o surpreendia. 

Assim que o último aluno engarrafou sua poção, Severo suspirou, se sentindo aliviado, mas ainda haviam duas alunas irritantes em sua sala de aula e que não pareciam com pressa alguma em sair, e aquilo o fez revirar os olhos.

—Srta. Weasley…. Srta. Diaz…. Esperando um convite especial para se retirar? - ele perguntou sem paciência - caso não tenham notado a aula já acabou - ele sinalizou para a sala agora vazia, e isso bastava.

—Certo… eu gostaria de uma palavrinha com o senhor, professor - a ruiva disse o encarando - a sós - ela se voltou para Diaz.

—Só se for depois de mim - Diaz retrucou irritada - tenho algo importante a discutir com o MEU chefe de casa - ela enfatizou.

—E o que a faz pensar que o que eu tenho a dizer, seja menos importante que você? - a garota Weasley devolveu… Severo tinha literalmente mais o que fazer do que ver duas pirralhas do primeiro ano discutindo pela sua atenção, o que por si só não era nada comum.

—Basta… - ele disse as cortando - digam do que se trata ou saiam as duas, AGORA - ele ordenou, e as garotas se olharam.

—É sobre Shara - elas disseram ao mesmo tempo, e então se olharam novamente, porém agora surpresas por estarem ali para tratar do mesmo assunto, ele arqueou a sobrancelha, aquilo era no mínimo curioso.

—Bem… - a garota ruiva começou - algo preocupante aconteceu com ela – ele esperava mais que apenas isso, e bufou… ela entendeu e continuou sem seu raciocínio – digo além dela sair da aula daquela maneira mais cedo, havia terra embaixo de todas as suas unhas - ela disse - e quase todas as unhas estavam quebradas também, como se ela tivesse lutado contra algo essa noite - Severo encarou a menina Weasley, mas antes que ele pudesse dizer algo...

—Sobre isso - Diaz se manifestou - eu a ouvi entrar no quarto de madrugada, acho que esteve fora... Pelo castelo.

—Ah é óbvio que está aqui apenas para denunciá-la - a ruiva a encarou brava - você pode até enganá-la, já que Shara tem bom coração, mas não pense que pode me enganar também - ela disse lançando um olhar de reprovação sobre a loira.

—Espere… - a loira devolveu revirando os olhos - como ia dizendo… ela esteve fora e hoje cedo ela não foi tomar café, então foi a última a se trocar e sair do dormitório… acontece que eu precisei voltar pois acabei esquecendo um livro, e notei que ela havia deixado o cesto de roupas sujas semi aberto, com a manga do pijama para fora… isso antes dos elfos recolherem as roupas é claro… e não que eu repare, mas havia sangue… muito sangue o pijama estava completamente ensanguentado, e sem mencionar nas marcas de terra… parecia mesmo que ela… ou se machucou ou ela machucou alguém - a loira disse preocupada - o senhor precisa investigar - ela pediu e a ruiva parecia perplexa com aquela interação.

—Está enganada - todos os olhos se voltaram para a porta, Draco estava sério - ela não está machucada e também não machucou ninguém - ele disse se aproximando, Severo encarou aquela cena que ficava cada vez mais improvável - Flint - ele disse o nome e aquilo fez Severo se recordar de como Shara havia de forma imprudente provocado o capitão do time de quadribol na noite anterior, na frente de todos os alunos da casa e o quão incomodado o garoto certamente ficou, nada mais precisava ser dito… Severo podia deduzir por si só as consequências daquilo, e isso fez seu coração acelerar, principalmente por que havia uma grande quantidade de sangue envolvida na história, pelo menos era como pareciam relatar, e era evidente que Flint havia feito algo para se vingar dela - ele matou o gato dela - Draco informou, Severo o encarou surpreso, isso explicava o sangue.

—Flocos - a menina Weasley disse levando as duas mãos até a boca - Meu Deus, por que ele faria algo assim? - ela perguntou chocada.

—Shara… ela meio que o humilhou na noite passada, dizendo que ele não tinha cérebro - a loira explicou - eu disse pra ela que Flint era capaz de qualquer coisa, mas isso… é muito brutal…

—Não pude impedir - Draco disse - teria feito se fosse possível, mas infelizmente fiquei sabendo apenas essa manhã, pelos outros integrantes do time… eles pareciam se divertir com a situação - ele disse o encarando e voltando sua atenção para a ruiva presente - o que essa sujeitinha está fazendo aqui? – ele perguntou com desgosto.

—Eu me importo com a Shara se ainda não notou… ela é minha melhor amiga - ela devolveu, ele deu de ombros.

—Tenho o suficiente - Severo concluiu - Agora… estão todos dispensados - ele pediu, sim ele tinha o bastante, e isso explicava o comportamento dela essa manhã.

—O que? - a ruiva argumentou - não vai dizer nada… fazer nada? Depois de ouvir tudo isso… o senhor…

—Grifinoria sendo Grifinória - Draco zombou dela - o que espera que seja feito, que o professor Snape vá até ele e o agrida em público? - a ruiva ficou ainda mais vermelha - sabe somos Sonserinos, e temos métodos muito mais eficazes de resolvermos nossas diferenças - ele bufou - talvez seja demais para você entender Weasley - Draco sorriu a provocando.

—Escute aqui seu loiro asqueroso…. - A ruiva se virou para ele, parecendo prestes a explodir.

—CHEGA - Severo encarou os dois - obrigado Sr. Malfoy pela contribuição - ele disse sério - Srta. Weasley não vamos ser impulsivos, agora tenha a certeza de que medidas serão tomadas, e a forma como será feito não diz respeito a nenhum de vocês… - ele passou os olhos pelos três - agora não me façam ter que repetir… SAIAM imediatamente da minha frente - ele disse elevando a voz, a Srta. Diaz foi a primeira a se mover, Srta. Weasley bufou mas a seguiu… já Draco foi o último.

—Sr. Malfoy - ele o chamou assim que as meninas saíram do seu campo de visão - sabe que está se expondo mais do que deveria ao denunciar o capitão do time dessa maneira - Draco era uma incógnita muito grande para ele, era difícil dizer quais as verdadeiras intenções dele por trás daquilo que fazia… e com Shara, aquilo o incomodava, pois nesse caso específico, ele sabia muito bem quais elas eram, mas não havia como negar que ele estava tentando alertá-lo ali.

—Sim… - Draco disse encarando o vazio - embora acredito que Flint não irá se indispor comigo… sou um Malfoy você sabe e o pai dele é funcionário do meu pai no ministério… ele sabe o seu lugar e sem falar que estou bancando o time todo desde o início dessa temporada - ele disse de forma vazia - então não me importo… e achei que bem… - ele baixou o tom de voz - já que é tão protetor, que talvez fosse gostar de saber quando alguém faz algo assim com a sua filha - ele disse, ele não estava zombando, Severo o encarou.

—Está correto Draco - Severo respondeu usando o primeiro nome dele e vendo a expressão de surpresa no rosto do loiro - portanto tem minha gratidão - ele disse, o loiro assentiu e caminhou até a porta, mas se virou uma última vez, ele estava oscilando em pedir algo.

—Talvez… - Draco disse - dessa vez eu queira sim algo em troca - Severo o encarou - uma informação… - Severo sabia o que ele queria.

—Torre de astronomia - ele disse, revelando a localização dela, Draco assentiu e saiu correndo, Severo bufou não muito satisfeito com aquele arranjo, Draco sabia o quanto ele se incomodava com a proximidade deles, e ele ficou encarando por um longo momento a porta de madeira assim que ela se fechou atrás do garoto petulante, de qualquer maneira havia outras prioridades em mente e Severo precisava pensar sobre aquilo… sim e Draco tinha razão sobre os métodos Sonserinos de resolver seus problemas, por mais que aquilo fizesse seu sangue esquentar e que ele desejasse agir agora, ele teria que pensar com cautela se é que queria surtir algum efeito expressivo, Flint não era um aluno qualquer… mas algo era certo, Severo se vingaria e não seria de qualquer maneira...

—_

Shara havia repassado mentalmente o mapa de toda a Europa agora, traçado rotas diversas… ela estava na Escócia, onde Hogwarts ficava e o país de Gales fazia divisa com a Inglaterra, ou seja ela estava longe… sua melhor alternativa era aparatar, mas ela era menor de idade e isso não era permitido, a menos que alguém a levasse… mas não era algo tão simples de conseguir. Shara estava entretida fazendo planos e se assustou ao ouvir o barulho de passos, alguém estava subindo as escadas com alguma pressa, ela se preocupou em jogar a boneca dentro de sua bolsa a tempo, não querendo ser vista dessa forma e se virando para encarar aquele que seria sua não esperada companhia.

—Draco? - ela exclamou surpresa… ela não sabia que ele frequentava aquele lugar.

—Atrapalho? - ele perguntou se aproximando, sim ele fazia… ela ainda tinha tanto para pensar… mas se lembrou do quão chateado ele estava esses últimos dias, em virtude de algo que o professor Snape havia feito para protegê-la, e como ela se sentiu culpada por aquilo, então Shara não queria piorar ainda mais as coisas ali.

—Não… mas eu gostaria de ficar sozinha se não for pedir demais - ela admitiu, ele a encarou por um momento, e então se escorou contra o parapeito… qual a parte do ficar sozinha ele não havia entendido?

—Soube sobre o seu gato - ele informou ao encarar o lago Negro a sua frente - e sinto muito sobre isso - ela ficou séria.

—Claro - ela disse fazendo o mesmo, o lago era enorme em extensão, ela segurou com força o parapeito até que seus dedos ficassem completamente brancos - ele… digo o Flint deve ter se divertido muito, contando sobre as atrocidades que cometeu com o meu gato - Ela disse quase sem voz.

—Teria impedido se tivesse a oportunidade - Draco disse sem encará-la.

—É mesmo? - ela perguntou com uma certa dureza na voz - você parecia concordar com a forma horrenda de Flint pensar na noite passada - aquilo a havia incomodado.

—Não deveria ficar tão surpresa - Draco disse para ela - eu sou assim, achei que já tivesse notado - Shara bufou.

—Se orgulha disso não é? - ela definitivamente não entendia… ele vivia dizendo que não queria ser como o pai, mas ali estava ele… se comportando como ele.

—Não exatamente - ele disse de forma vaga - você perguntou outro dia o que aconteceu comigo e com o professor Snape - ele disse mudando de assunto - eu fiz o voto perpétuo - ele informou - quer dizer, foi isso que ele me pediu para fazer - Shara pensou sobre aquilo, ela não lembrava de ter ouvido algo a respeito antes.

—Isso é ruim? - ela perguntou, ela não sabia… mas ela achava que sim, devido a forma como ele tinha reagido.

—Talvez… - ele se virou para ela - se eu quebrar o voto eu morro - ele disse e isso fez Shara arregalar os olhos, era terrível.

—Deixa-me tentar adivinhar… o voto é sobre o segredo, nosso segredo, meu e dele… e bem… não poderá conta-lo - era óbvio, ele riu com ironia - isso não está certo - ela disse - é muito sério - ela está horrorizada.

—Você acha que eu contaria? - ele pediu ainda a encarando.

—Não… - era verdadeiro, Shara confiava nele - eu confio em você – ela externou.

—Talvez não devesse… temos ideais muito diferentes… a forma como eu penso por exemplo - ele disse a circulando, mas ele não a intimidava.

—Bom… de fato, pensamos diferente não me resta dúvidas e isso me incomoda como já disse - ela admitiu - mas se quisesse mesmo me prejudicar, teria feito a tempos - ela se voltou para o lago, ele havia visto a Hidra aquele dia com ela… ele sabia sobre quem ela era de verdade, ele havia guardado o segredo sobre o colar e a protegido do seu próprio pai… Draco não era tão ruim como dizia que era.

—Maldição Shara - ele se aproximou do parapeito outra vez - entre todas as garotas, por que tinha que ser você? - ele perguntou com certa indignação… e aquilo fez algo em seu peito queimar de forma diferente… ela podia fazer a mesma pergunta, por que dentre tantos meninos tinha que ser logo ele? Justamente ele… aquele loiro metido de sobrenome influente... ela que repetia a sete ventos que nunca iria se apaixonar por alguém, já que não confiava nos meninos… e ali estava ela... espera? Ela não estava apaixonada… ah não estava, Draco se virou e sorriu com o canto da boca para ela, droga talvez ela estivesse… ela se concentrou em seu problema, se lembrou de Flocos... não havia espaço em sua vida para momentos como aquele... por mais triste que soasse, era verdadeiro, e aquilo era ilusão.

—Preciso chegar em Gales - ela disse revelando seu dilema, enquanto tirava o pequeno pedaço do papel contendo o endereço do seu bolso, e o entregando para ele… Draco sabia tanto sobre ela e aquela era uma maneira de provar que ela confiava nele de verdade, Harry havia feito algo parecido aquele dia, ao contar sobre o plano de entrar na comunal da Sonserina no natal e ela tinha apreciado a atitude.

—Por que? - ele perguntou depois de um tempo, lhe devolvendo o papel.

—Preciso entregar esse colar… a uma velha bruxa - ela disse segurando o colar e o deixando à mostra para ele, peça que ele já conhecia muito bem - uma bruxa da minha família, minha bisavó - não havia tempo para maiores revelações ali, era complexo demais – ela vai destruí-lo – Shara informou, não era uma verdade, mas era melhor pensar que era isso que ela faria.

—Deixa eu ver se entendi… está me contando algo que o professor Snape não sabe, não é mesmo? - ele perguntou – você pretende fazer isso sem a permissão dele? – Draco a encarou.

—Não ele não sabe Draco... e sim é isso que pretendo fazer – ela disse o encarando, Shara havia feito uma escolha a semanas e então ele interveio a obrigando a tomar aquelas poções todas as noites, mas agora ela tinha o endereço e ela faria... faria qualquer coisas para protegê-lo de Elza… e ao entregar o colar para ela, Shara salvaria Antony também daquilo que nem mesmo ele sabia que precisava ser salvo... já que agora ele tinha Catarina e além do fato de que Shara ficaria isenta de cumprir aquilo que o destino a havia incumbido de fazer… ela nunca quis fazer aquilo… Shara conhecia as consequências, Elza havia mostrado… mas ela se juntaria a sua mãe… na praia, sol e areia fofinha e isso era algum consolo, sendo que aquilo parecia ser o certo a se fazer... 

—É perigoso? - ele pediu

—Um pouco - um calafrio percorreu sua espinha… sim era, era muito.

—Você é a garota mais corajosa que conheci - ele disse – e vejo que está decidida e que nada do que eu disser fará você mudar de ideia.

—Não fará - era verdadeiro - só não sei como… como posso chegar lá… - ela suspirou, diante daquela dificuldade.

—De trem obviamente - ele disse de forma natural, não parecendo haver dificuldade alguma naquilo.

—Acho que não dá pra entrar num trem sem que se compre uma passagem - ela riu de sua desgraça, a menos que ela fosse invisível, mas não era bem o caso... ela notou que ele havia levado a mão até o bolso de suas vestes, retirando algo dali... era um saco de veludo verde, preso com uma corda dourada, ele estendeu aquilo para ela.

—Pegue - ele disse, e então ela entendeu o que ele estava fazendo… ele estava lhe dando dinheiro.

—O que?? Nem pensar Draco… - ela se afastou dele ficando séria - não quero seu dinheiro - ela disse enfática.

—Sabe... não tem meu sobrenome escrito neles - ele a provocou – pelo menos não ainda – garoto prepotente, ela bufou.

—Não estou pedindo dinheiro - ela disse, sustentando o olhar - pode guardar sua mesada - ela ordenou.

—Mesada? - Draco perguntou erguendo uma das sobrancelhas – na verdade eu tenho um pacote desses toda semana, sabe... são mais galeões do que a família dos seus amigos ruivos ganha em um único mês de trabalho - ele riu daquilo.

—Isso não é engraçado Draco - ela o calou irritada.

—Não… não é… eu sei - ele ficou sério de repente - então faça algo bom com esse dinheiro - ele o estendeu novamente para que ela o pegasse - faça o dinheiro de um Malfoy ser gasto com algo que vale a pena de verdade – ele ofereceu.

—Draco… não está certo - ela disse confusa com aquela oferta.

—Sim está… ou do contrário não poderá ir até onde quer e pelo que posso ver me parece importante - ele a encarou - a menos que vá voando em uma vassoura, mas levará dias, quem sabe semanas - ele devolveu, ela não tinha esse prazo, não mais… maldição… ela encarou o pacote e se o destino quisesse que fosse assim? Afinal, por qual motivo ele a teria encontrado ali justamente agora e naquelas circunstâncias, maldito destino....

—Tudo bem… mas eu vou devolver, cada centavo disso… cada mísero galeão - ela disse sentindo seu corpo tremer com aquilo que estava prestes a fazer.

—Me ofende se insistir em me pagar algo - ele a encarou sério.

—E me ofende se insistir em não receber de volta - ela também o encarou.

—Por Merlin - ele disse colocando o pacote na mão dela - você é terrível garota - ela sorriu se sentindo vitoriosa, ela tinha o endereço e tinha o dinheiro… ela só precisava sair do castelo agora… e aquilo era algo que ela daria um jeito.

—Draco… eu não sei como agradecer… - ela sorriu de forma singela.

—Precisa me prometer algo, uma única coisa Shara - ele pediu, ela arqueou a sobrancelha - prometa que não vai morrer - ele disse sério, ela nunca o tinha visto tão sério antes - isso é muito importante... por favor não morra - ele reforçou.

—Eu prometo - ela disse vagamente, mas ela não era de cumprir suas promessas, ela sorriu para ele, que retribuiu... eles foram interrompidos pela coruja negra que pousou no parapeito... Shara a conhecia, aquela era a coruja do seu pai, ela pegou o bilhete sabendo o que a esperava – Preciso ir Draco... eu quase destruí a sala de aula de poções essa manhã, não quero piorar ainda mais as coisas para o meu lado – ela informou e Draco assentiu, o professor Snape a esperava em seus aposentos privativos, e Shara sabia que devia boas explicações para ele... nunca era fácil, ela odiava responder perguntas, ela correu.

—__

—Me chamou – ela disse ao abrir a porta, dessa vez ele estava sentado no sofá, com as pernas cruzadas, segurando em suas mãos um copo bem servido de whisky de fogo, aquela bebida de péssima qualidade que Antony o havia presenteado no natal, enquanto ele a analisava por um longo momento, Shara estava abatida, e mais pálida que o normal e ela estava oscilando... certamente entre ficar onde estava ou se deveria se aproximar dele, era curioso ver como ele ainda poderia intimidá-la, embora não fosse essa a impressão que ele desejasse causar ali, não hoje – o senhor... bem... não tinha aulas para dar essa tarde? – ela perguntou, quebrando o silêncio entre eles, ela estava visivelmente desconfortável com aquilo.

—Sim – ele respondeu vagamente e ela desviou o olhar, passando a encarar o chão à sua frente.

—Entendo que esteja chateado comigo - ela começou - por aquilo que aconteceu mais cedo em sua sala de aula... eu assumo que fui desatenta, eu posso ver o meu erro, e foi mesmo um erro grotesco... e o senhor tem absoluta razão em estar bravo comigo, teria sido um desastre... um dos grandes… se não tivesse impedido - ele continuava sustentando o olhar - e eu peço desculpas por isso… pelo inconveniente e também por ter saído daquela forma... eu sei que não foi adequado, eu só não estava… enfim não vai se repetir, eu juro… senhor – ela disse de forma acelerada, ele nunca foi muito bom com crianças, na verdade ele não era bom com pessoas em si, ele sabia… mas ela era fácil de ler… ele estreitou o olhar, ela camuflava muito bem suas emoções quando assim desejasse, mas ainda assim ela não podia enganá-lo – eu sinto muito – ela finalizou, já que ele não havia dito nada desde então – o senhor vai me castigar não vai? – ela pediu e havia pânico na sua voz – alguma detenção? – ela tentou uma última vez.

—Não – ele respondeu, dando mais um gole na sua bebida, por Merlin aquilo deveria ter venda proibida, não à toa que aquela ave tenha passado tão mal.

—Por favor diga alguma coisa… grite comigo, qualquer coisa… – ela pediu depois de um tempo – é ainda pior quando não diz nada - ela baixou o olhar mais uma vez.

—Deixe me ver suas mãos – ele pediu, notando que ela havia ficado tensa com aquele pedido – gostaria de dar uma olhada nas bolhas, ver se cicatrizaram adequadamente – ele explicou, não era isso… ele sabia que aquilo a entregaria tão bem como ela também sabia daquilo.

—Cicatrizaram – ela disse vagamente.

—Deixe me julgar isso – ele insistiu, depositando o copo sobre a mesa de apoio, ela se aproximou lentamente, mostrando uma das mãos para ele e ele a segurou inspecionando suas unhas com cuidado - me deixe ver a outra mão – ele pediu, ela não fez qualquer objeção em mostrar agora, não havia mais o que esconder – onde o enterrou? – ele perguntou de forma direta, notando ela o encarar com surpresa.

—Logo depois das estufas – ela respondeu – uma arvore grande que tem ali – ela explicou, ele sabia onde ficava.

—Uma boa escolha - ele disse soltando sua mão, ela as escondeu atrás das costas - Já disse que não precisa lidar com tudo sozinha Shara – ele informou sem se mover – e já disse também que a moeda serve para situações como essa.

—Foi... bom lidar com isso sozinha, dessa vez… – ela o encarou – eu nunca consegui me despedir de nada e de ninguém, então eu fiz desse um momento... quase como uma cerimônia privativa, não só para ele... não só para Flocos... já que havia tanto para me despedir... e eu não me sentiria a vontade se tivesse mais alguém assistindo – ela disse derramando uma lágrima – eu disse que não ia chorar por causa disso – ela riu com o canto da boca – que não seria fraca... mas eu sempre acabo sendo.

—Chorar não é sinônimo de fraqueza – ele a corrigiu – e perdas podem ser muito difíceis – ele a encarou.

—Como sabe? – ela perguntou - sobre Flocos - ela sussurrou.

—Rastros – ele disse

—Mas eu apaguei as evidencias – ela devolveu confusa, ele se levantou... encarando a sua lareira por um longo momento.

—Do seu ponto de vista talvez – ele disse – mas um pijama ensanguentado para fora do cesto de roupas sujas, continua sendo um rastro significativo para mim – ele a ouviu suspirar.

—Não sabia que os elfos reportassem aos chefes de cada casa o quão sujas podem ser as roupas de seus alunos – ela disse numa tentativa de sustentar aquilo.

—Não reportam – ele se virou para ela - a menos é claro que haja tanto sangue que eles possam vir a pensar que quem a usava ou morreu ou quem sabe matou alguém – Severo disse, não importava como ele havia descoberto, mas ela ainda era tão amadora a ponto de achar que havia encoberto tudo, quando na verdade haviam tantas falhas, ela silenciou – não deveria ter provocado Flint daquela maneira ontem à noite – ele disse, isso era algo que ele queria enfatizar, ela havia sido imprudente ao fazê-lo e ali estava as consequências de sua falta de controle de impulsos, ela certamente podia ver aquilo.

—Sabe que foi ele então – ela respondeu.

—Sim – ele não precisava mentir sobre aquilo.

—Mas não tem provas... e então não poderá... – ela ia dizer, e se calou outra vez – eu entendo isso professor – ela finalizou, sim ela tinha razão sobre isso..., mas ainda assim sempre havia espaço para uma vingança silenciosa, e ele queria que ela soubesse que ele faria, que ele lidaria com isso.

—Quando eu estava finalizando meu último ano em Hogwarts, perdi minha coruja – ele disse, notando ter prendido a atenção dela, ele caminhou pela sala e ela manteve o olhar sobre ele – depois fiquei sabendo que ela havia sido envenenada – ele bufou.

—Sinto muito - ela disse, ele apenas assentiu, fazia muito tempo agora.

—Foi uma brincadeira tola, mas eu sabia exatamente quem havia sido o responsável por aquilo – ele disse sorrindo com frieza.

—E o que aconteceu? – ela perguntou curiosa – digo com o outro aluno… aquele que a envenenou.

—Eu o matei – ele disse ao parar e cruzar os braços, sim ele o havia matado em uma missão anos depois, claro as circunstancias eram completamente outras, mas ele não pode deixar de se sentir vingado ali, Shara o encarou assustada – anos depois é claro – ele achou melhor complementar, embora ainda não soasse adequado.

—Isso... era pra ser uma espécie de conselho? – ela perguntou, fazendo ele sentir vontade de rir, mas ele se conteve, Maeva certamente teria desaprovado aquilo e imaginar sua reação deixava tudo ainda mais divertido, mas não… aquilo não era um conselho, ele ficou sério.

—Não – ele disse sério, sustentando aquilo – matar nunca deve ser sua primeira opção – ele orientou.

—Ah bom... não a primeira opção... – Ela ainda o olhava estranho – e qual seria assim a sequência correta? – ela perguntou - só a nível de informação mesmo sabe...  Afinal não quero aqui atropelar as coisas – ela disse, enquanto abria um pequeno sorriso, pelo menos ele a havia feito sorrir, mesmo que não sendo pelo motivo certo, ela se parecia com ele, ela tinha um humor sombrio.

—O que quero dizer... é que não quero que se preocupe com o Flint – ele disse – deixe que eu me encarrego disso - ela o olhou confusa – sei que tramará algo e não quero que faça – ele foi mais direto.

—Vai mata-lo? – ela perguntou, e essa foi a vez dele de sorrir, porém com uma certa malicia.

—Infelizmente não – ele informou – Digamos apenas que seja uma exigência da escola, algo nas regras... sobre professor não poder matar o aluno... lastimável é claro – ele disse de forma divertida, embora o desejo em matar certos alunos era verdadeiro.

—Bom... – ela o analisou – bom saber na verdade… que existem regras assim – ela parecia mais relaxada.

—No entanto, ainda posso ser suficientemente criativo... e as vezes uns furúnculos na pele já são o suficiente para satisfazer o desejo de vingança – ele largou a informação e mais uma vez ela parecia estar sendo surpreendida por ele ali.

—O que? – ela pediu... – Pansy... aquilo... então foi o senhor? – ela perguntou incrédula.

—Sim – ele admitiu, dando de ombros.

—Por que? – ela perguntou perplexa... - digo eu tinha acabado de descobrir a verdade sobre nós... e eu destruí sua estante de bebidas – ela disse olhando pra trás - eu ainda estava tão brava...– ela o encarou – deveria estar me odiando... eu não entendo... por que? – ela pediu novamente.

—Independente do que faça ou diga – ele disse a encarando – nada muda sobre uma coisa... – ela arqueou a sobrancelha em dúvida – e isso é... Ninguém machuca minha filha e sai impune – ele disse com convicção, cada uma daquelas palavras... ele realmente desejava dize-las, daquela maneira sem qualquer peso ou dificuldade em faze-lo e pela primeira vez aquilo soava como ele achava que deveria soar… era verdadeiro.  

—Está me protegendo - ela sussurrou, se movendo em sua direção, ela parou na sua frente, o analisando uma última vez e ele não teve problemas em sustentar aquilo, então ela o abraçou sem pressa, passando a mão pela sua cintura, aquilo soava bastante familiar agora.

— Sinto... que tenha que lidar com a morte de seu gato dessa maneira – ele disse sabendo que aquilo havia sido difícil para ela – não deveria ter que lidar com mais nada Shara – ele afirmou, ela enterrou o rosto ainda mais em seu peito, e ele passou a mão em seus cabelos negros… enquanto encarava o vazio a sua frente, ela tinha razão sobre isso, ele a estava protegendo, ele havia prometido que faria, e ele faria o que estivesse ao seu alcance para cumprir sua promessa... qualquer coisa, e era por isso que ela estava ali agora, era por isso que ele não havia ido dar aulas essa tarde, aquele era um bom momento para provar que ele falava sério sobre aquilo... ele a afastou lentamente apontando sua varinha para a porta de entrada dos seus aposentos pessoais e lançando ali um feitiço que fez com que cordas douradas surgissem e envolvessem a porta de forma uniforme antes de sumirem por completo, Shara encarou aquilo, obviamente sem entender o que significava.

—O que é isso? – ela perguntou curiosa – esse feitiço...

—Isso… - ele a olhou nos olhos - é o motivo pelo qual pedi que viesse até aqui essa tarde – ele disse ao guardar a varinha – isso é para que pare de planejar e tentar fazer as coisas sozinha e a sua maneira... – ele a encarou mais uma vez e agora ela parecia confusa – isso é para que confie em mim Shara, mesmo quando achar que não deve ou quando não fizer sentido algum - ela estava perdida e ele se manteve sério – isso é para protege-la.

—Eu confio... – ela disse – só que... não entendi – ela olhou de forma duvidosa para a porta… caminhando até ela e colocando sua mão no centro dela como sempre fazia, mas dessa vez a porta não se abriu... ele a encarava, ela era esperta e ela havia entendido – não abre… - ela se virou - está me prendendo aqui? – ela perguntou, sim ele estava.

—Sim – ele afirmou - sobre isso... – ele fez uma pausa apenas para ter certeza de que ela estava mesmo prestando atenção... ela fazia - me entregue o endereço Shara – ele pediu enquanto estendia a mão para ela, esperando que ela o entregasse e notando ali que a cor em seu rosto havia sumido quase que completamente agora, ela deu um passo para trás, recuando ela estava processando aquilo, ela não podia ser tão tola ao achar que poderia enganá-lo mais uma vez, saindo do castelo e arriscando sua vida daquela maneira, não dessa vez.

—Endereço – ela repetiu visivelmente confusa.

—Sim... o endereço que Elza te forneceu – ele confirmou aquilo, ela parecia ter perdido o chão – Shara – ele chamou seu nome ao notar que ela não se movia – me entregue o endereço… eu sei que está em seu bolso, faça... agora... – ele ordenou mantendo a seriedade em sua voz, ela piscou algumas  vezes, ao colocar a mão no bolso, embora parecesse completamente desorientada ali, mas ainda assim ela o fez, ela lhe repassou aquele minúsculo bilhete e ele o pegou, o abrindo e em seguida lançando um feitiço que o fez queimar e desaparecer da sua mão, ela o encarava perplexa – ficará aqui até domingo – ele informou - não mais que isso.

—O prazo... – ela estava horrorizada - é quando o prazo…

—Sim estou ciente sobre o prazo... é quando ele acaba – ele afirmou – pretendo ficar com o colar também... apenas por via das dúvidas – ele pediu – é um colar de proteção, mas não haverá necessidade de usá-lo quando estiver em minhas alas – ela havia levado a mão sobre a peça agora e ela a segurava com força, começando a chorar – me entregue o colar Shara... já provou que não posso confiar em você quando se trata de colocar sua vida em perigo – ela não se moveu – Accio colar – ele disse, vendo o objeto se soltar e voar até a sua mão, ele o guardou em seu bolso, ela estava atônita ali – Elza não terá o que deseja – ele se voltou para ela – e não falo apenas do colar.

—Me atraiu até aqui para... – ela estava tremendo

—Protegê-la – ele enfatizou

—Não... – ela disse soluçando – isso... isso não está certo... não pode fazer algo assim – ela disse com alguma dificuldade, ele a observou levar a mão sobre o estômago dando alguns passos para trás, ele não esperava que ela fosse reagir bem a aquilo, mas isso não era um problema para ele, desde que ele a mantivesse segura e viva.

—Eu posso... temos um vínculo mágico quando me tornei seu mestre... lembra-se? Você concordou com isso e parecia bastante animada em faze-lo – ele respondeu vagamente, não que ele se sentisse orgulhoso em estar fazendo aquilo daquela maneira... ela se escorou contra a parede, se deixando escorregar até o chão – você ficará aqui... não irá lidar com essa situação... assim como não irá lidar com o Flint… e também não com todo o resto - ele reforçou – está decidido.

—Por favor – Shara soluçou apoiando as duas mãos no chão... – Elza ela vai...

—Elza... não é tão esperta como parece... – ele disse - embora tenha me surpreendido ao usar um método tão singular para fazer com que a informação chegasse até você...  sonhos, seriam previsíveis demais, Alvo estava certo sobre isso – Severo sorriu com malícia - Já Dumbledore achou que podia me manter entretido e ocupado com toda essa baboseira de impor novas regras de convívio na escola, com pais pressionando e publicações sensacionalistas no profeta diário sobre a câmara secreta... quando na verdade... ele mesmo foi o responsável por espalhar tais boatos – Severo bufou irritado, Shara levantou a cabeça, o encarando perplexa – ou quem sabe... ele achou que eu não notaria o seu mover sutil, me espionando de perto, entrando e saindo dos meus aposentos de forma livre nesses últimos dias, criando artifícios para que eu não pudesse retê-la aqui, não ainda... é claro que Dumbledore não faria nada sem que não fosse de caso pensado... – Severo se virou, caminhando até a lareira, e cruzando os braços, enquanto assistia o mover implacável do fogo ali - um quarto novo em minhas alas, quanta gentileza – ele ironizou o diretor... embora ele soubesse o quanto aquilo significava para ela – e então para fechar toda essa trama, ele achou que podia manipula-la, a minha filha, para que ela saísse correndo e fizesse exatamente aquilo que ele esperava que fosse feito... TOLO – Severo disse encarando o fogo com ainda mais afinco, ele sabia que estava sendo rude principalmente ao expor o diretor daquela forma para ela, mas ele não se importava – Alvo Dumbledore nem sempre tem as melhores motivações em seu coração – ele afirmou - e nesse caso... ele está apenas fazendo uma escolha, a escolha mais sensata ele diria, já que ele luta por uma causa e as vezes para ganhar é necessário fazer sacrifícios – Severo enrijeceu ao pensar naquilo, Dumbledore era poderoso, era inteligente e sagaz... não restavam dúvidas, ele entendia sobre a arte da guerra melhor do que ninguém, e ele lutava pelo lado certo, o lado da luz... porém ele não se importava em sacrificar – ele está dando a sua vida a Elza ao incentiva-la a ir até ela... em troca ele mantem a minha – ele explicou – visto que ele tem planos para mim no futuro, um futuro sombrio e incerto que ainda virá... sou uma peça em seu tabuleiro – Severo silenciou – acontece que não estou disposto a sacrificar... não você... não a minha filha, e o erro dele... foi se esquecer que eu sempre cumpro minhas promessas - ele disse de forma firme – eu vou protege-la, nem que isso custe a minha vida Shara – ele concluiu, fechando os olhos ao ouvi-la vomitar.


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Notas finais do capítulo

Temos aqui um capitulo longo (que eu pensei em dividir mas depois desisti) com uma reviravolta muito boa dentro dele.
Certo as primeiras cenas nos fazem acreditar que... agora vai, afinal faltam apenas dois dias e o prazo esta acabando, ela tem o endereço e agora ela conseguiu meios (o dinheiro) e aquilo estava predestinado a ser, com Dumbledore quase que sendo um guia aqui e o destino tinha se encarregado de colocar Draco para ajudar... quando... Snape se posiciona para provar que ele não é em nada ingênuo e agora ele a trancou em seus aposentos, a impossibilitando de sair, tomou dela o colar, já que é justamente aquilo que Elza mais quer... e todos os nossos planos (e os de Shara) foram literalmente frustrados (dai o nome desse capitulo)

E então aqui vemos ele se posicionando completamente, de forma séria... passando por cima do que quer que seja, para protege-la.
E vemos o lado manipulador de Dumbledore outra vez, onde ele fez toda uma trama, como Severo revela aqui no final, com o intuito de mantê-lo ocupado (Dumbledore é foda convenhamos) trabalhando nos bastidores para que Shara se movesse da forma como ele queria... e ela fez né, não por que fosse manipulável, não vejo assim... mas ela se sacrifica mesmo, essa não seria a primeira vez, e pelo pai... não há duvidas de que ela faria, esse capitulo prova que sim... assim como, convenhamos ele também tem feito por ela... Ele a está protegendo a sua maneira. É paternal porém também é possessivo... mas ele é Severo Snape, o comensal da morte.

E apesar desse lado sombrio "eu o matei" ele revelando isso pra Shara... é bem, digamos que nada apropriado mas ainda assim... vemos um momento "fofo" dele chamando ela de filha, para ela... mas infelizmente as circunstâncias nada favoráveis desse capítulo meio que ofuscaram um pouco a beleza desse momento dele aqui.

Mas não se iludam... teremos aventura e muita emoção!

Esse capítulo me deixou tensa... É quase um cárcere privado né... Estou ansiosa para saber o que acharam e se foram surpreendidas assim como Shara também foi com essa reviravolta final.



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