Destinos Improváveis escrita por Nara


Capítulo 100
Futuro - Obscuros




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—O que aconteceu com sua estante de bebidas? – Lucius perguntou, com as duas mãos na cintura ao inspecionar sua estante completamente vazia.

—Um acidente - ele respondeu de forma vaga, sem fornecer maior informação enquanto lhe entregava a poção solicitada por ele e no tempo prometido.

—Uma tragédia você quer dizer - Lucius bufou – sabe que um homem não é nada sem suas bebidas - ele disse ao estender a mão e pegar a poção a analisando com bastante cautela e a guardando em suas vestes - Diga o seu preço Severo? - ele perguntou.

—Não ser importunado seria um valor aceitável - Severo ironizou, ele não tinha dificuldade alguma em ser transparente com Lucius, sim ele estava sendo honesto ali, verdadeiramente honesto, afinal se havia algo que ele de fato almejava, naquele momento e pelo resto de sua vida, era isso… não ser importunado por ele, mas isso seria pedir muito, ele sabia, Lucius lhe lançou um olhar divertido, por já conhecê-lo suficientemente bem, estando assim preparado para o seu mal humor habitual, certamente não era isso que o afastaria, infelizmente não.

—Claro - Lucius sorriu satisfeito, se aproximando da rede de flu - ainda assim mandarei algumas bebidas - ele disse saindo, e naquele mesmo dia Severo recebeu uma encomenda com um total de 20 garrafas de whisky, aquele não era um whisky qualquer, mas sim whisky de excelente procedência, Lucius costumava ser bastante exigente com aquilo que bebia e também não media esforços quando queria impressionar. Severo sentiu vontade de destruí-las todas de uma única vez, algo parecido com o que Shara tinha feito aquela vez…, mas dar fim nas garrafas, isso sim... seria suspeito demais, principalmente com a probabilidade de ter Lucius frequentando as masmorras e seus aposentos com maior frequência a partir dali… então ele as guardou, as organizando como mandava o figurino. 

—___

—Mandou me chamar? - Severo entrou na grande sala oval do diretor, era sexta à noite, de uma semana exaustiva que havia se arrastado além do tolerável. Minerva também estava no recinto, tornando a razão daquela convocação mais do que evidente, uma reunião informal e não... definitivamente não havia nada de acadêmico ali, seus olhos foram direcionados e atraídos para o material que Minerva analisava de maneira desconfortável em suas mãos, era de Beauxbatons, a escola de magia e bruxaria da França, ele suspirou... aquilo não estava aberto a discussão - talvez devêssemos apenas poupar o tempo de todos aqui, ao sermos objetivos essa noite - ele começou, encarando Alvo Dumbledore que estava sentado, eles já haviam tido essa conversa de forma rasa antes, e nada mudaria sua opinião, sim ele já havia se posicionado sobre isso mas Alvo podia ser irritantemente insistente quando queria - a minha resposta continua sendo a mesma Alvo... e você já a conhece muito bem… é não - ele foi direto, antes que qualquer argumentação por parte dele fosse levantada ali.

—Alvo - Minerva interveio depositando a pasta na frente dele, em cima da mesa do diretor - Entendo sua preocupação com a menina, mas se Severo que é o pai, não concordar com isso, não de boa vontade, eu também não farei - ela também foi direta e Severo apreciou o apoio, Minerva por vezes era mais prudente e sensata do que Alvo.

—Os tempos estão mudando... como podem ver  - o diretor disse, ao encará-los os dois – acredito que não temos outras opções no momento, além de afasta-la, é o mais seguro para a criança... E também o certo a se fazer nesse momento – Seguro? Aquele discurso tinha tudo para ser comovente, se Severo não o conhece-se de fato, Alvo estava falando sobre segurança, justamente ele... que a algumas semanas atrás havia sido o grande articulador e responsável por facilitar as coisas para que Shara pudesse estar presente naquela terrível e inesquecível noite com Elza, claro que ele alegou saber as verdadeiras intenções de Antony e conhecer suas motivações, mandando a adaga para que fosse usada por ele... aquele velho sempre tinha e sempre teria argumentos, mas o que ele não tinha, era de fato alguma noção sobre o verdadeiro significado da palavra segurança, Severo estava prestes a vomitar todas essas considerações mais uma vez diante dele ali... - oh não me interrompa Severo – ele disse ao lhe lançar um olhar curto – sei o que está pensando e sei que isso os deixa desconfortável, mas não poderei encobri-la se não estiver aqui não é mesmo, as condições de Shara a torna especial e isso é diferente de tudo que já precisei proteger e sim... isso é sobre a minha ausência aqui... afinal assim que Lucius conseguir todas as assinaturas o ministério não perderá tempo em vasculhar todo o castelo, e como já mencionei anteriormente, estive lá a apenas alguns dias e não é nada promissor, portanto devemos estar preparados para isso, lembrando que é apenas uma medida provisória e Olimpia foi bastante receptiva à ideia – ele disse encarando a pasta em cima de sua mesa- verdadeiramente honrada eu diria, em de ter uma aluna com os dons que Shara possui em sua escola, sendo a menina... – ele estava informando.

—Espere – Severo não se importou em interrompe-lo dessa vez – está dizendo que contou a diretora Olimpia Maxime, sobre as condições e sobre a magia de Shara? – Severo perguntou, um tanto quanto incrédulo com aquilo que acabará de ouvir dele ali, aquele velho parecia ter perdido completamente qualquer discrição. 

—Bem... Olimpia foi mentora e professora de Maeva – Dumbledor disse, e aquilo pegou ele e Minerva de surpresa – ela era muito próxima de Aurora, amigas para se dizer a verdade, Olimpia foi quem ajudou Aurora a camuflar o segredo por tantos anos, e sim ela ficou emocionada ao saber da existência da criança – ele disse por sua vez – Shara estará em boas mãos. 

—Achei que Maeva tivesse sido educada em casa, antes de Hogwarts... – Minerva parecia pensar naquilo.

—Sim Minerva, ela foi... haviam professores e mestres particulares… Olimpia foi uma delas – Alvo ajeitou os óculos meia lua se sentindo vitorioso – eu não tiraria a menina daqui, se não confiasse nas pessoas a quem a estou delegando e repassando seus cuidados – ele disse sério – Beauxbatons é uma escola tão boa quanto Hogwarts e no momento muito mais segura e adequada do que aqui.

—Está afastando a menina de Hogwarts, pois acredita que o ministério... acredita que Lucius poderá rastrear sua magia ancestral aqui... mas para que isso aconteça, ela teria que acessa-la... acha mesmo que ela... – Severo ia dizendo...

—Lucius a encontraria com bastante facilidade Severo, Shara como bem sabemos, não possui nenhum controle da sua magia ainda... você mesmo mencionou isso algumas vezes, ela a acessaria... sim ela faria... na primeira ameaça – Alvo foi enfático.

—Talvez devêssemos instrui-la... ou acha mesmo que ela seria tola o bastante, a ponto de liberar sua magia enquanto uma ameaça como ele estivesse pairando sobre ela como um urubu – ele perguntou, seguindo seu raciocínio de onde havia sido interrompido, enquanto apoiava as duas mãos sobre a bancada, travando um olhar hostil com o ele... já era suficientemente desafiador protege-la estando a vista, ele pensou... se lembrando da situação ainda não resolvida com o paspalho do professor de defesa, então quem dirá assim, a quilômetros de distância dali... Lucius não era nem de longe a única ameaça... o próprio histórico da menina... suas crises, Alvo simplesmente não estava levando todo o resto em consideração. 

—Ela fará Severo... apenas pare e pense um pouco, Shara não possui nenhum controle quando é provocada... não sendo muito diferente de alguém que conheço – Alvo o provocou, ao sustentar aquele argumento – lamento... mas é chegada a hora onde temos que tomar decisões difíceis… para proteger aqueles a quem amamos – ainda assim aquele não era um argumento válido, não... havia uma grande falha ali - Severo, você não precisará morrer no lugar da menina para protegê-la, pelo menos não todas as vezes em que ela se encontrar em perigo... o Ministério e Lucius passam a ser uma ameaça assim que colocarem o pé aqui...  contudo existem soluções amplamente mais fáceis de a protegermos de ambos, e ir para Beauxbatons é a solução mais adequada – ele finalizou.

—Está errado Alvo... simplesmente errado e posso provar - Severo disse de forma enfática, sustentando aquele olhar, Alvo suspirou pensadoramente ali.

—Alvo – Minerva interveio, não tendo dito mais nada desde então... – Se Severo tem um ponto, deveríamos pelo menos ouvi-lo, convenhamos... ele é o mais interessado em protege-la do que qualquer um de nós aqui, por mais que nos preocupamos com a menina... mas ele é o pai dela e vem fazendo um bom trabalho – Alvo gesticulou ainda que contrariado para que ele prosseguisse, Severo sorriu com ironia, um tanto quanto surpreso com o fato de Minerva ter dito aquilo a seu respeito. 

—Bom... é bastante simples, se Shara é mesmo tão suscetível a usar sua magia ancestral ao se sentir ameaçada, como está sugerindo aqui que ela é... o que a impedirá de usar a mesma magia enquanto estiver em Beauxbatons? A distância? Ou é tão ingênuo assim a achar que simplesmente não haverá mais nenhuma ameaça ao transferi-la para lá? – ele perguntou – tenho certeza Alvo, que sabe melhor do que ninguém aqui, que uma ameaça, ela não necessariamente precisa envolver um monstro marinho com sete ou mais cabeças, ou nem mesmo comensais da morte tentando cerca-la... não Alvo, basta um gatilho... basta uma pequena memória ruim do seu passado sombrio, uma oscilação de humor, um sentimento de solidão... qualquer situação assim... para faze-la entrar em crise... ah e não me olhe assim, eu mesmo as presencie, as crises, muitas delas desde então e saiba Alvo que é justamente nos momentos onde ela está mais vulnerável emocionalmente que ela se torna mais suscetível e propensa a usar sua magia, sim... – ele encarou os olhos azuis do diretor, que agora pareciam oscilar – e é nesse momento que alguém que ela confia precisa estar lá para ela... como muitos aqui já estiveram durante esses meses, mas não haverá ninguém lá... não é mesmo, ou pensa que Maxime fará esse papel? Uma mulher completamente desconhecida para Shara... essa é sua vez de pensar Alvo, a estará fragilizando, ao afasta-la daqueles que ela ama, a afastando e mantendo longe da sua estupida amiga trouxa, aquela imprestável que você pôs para trabalhar na biblioteca, longe daquela maldita e insuportável ave tagarela e cachaceira, longe das amigas cabeças ocas que possui... isso incluindo aquela grifinória intragavel e a corvina metida a sabe tudo... 

—Mas... especialmente longe do pai dela, aquele homem sem escrúpulos e ranzinza que ela possui – Minerva complementou de forma pejorativa ao colocar a mão em seu ombro, coisa que pela primeira vez ele não se importou...

—Então quando ela fizer Alvo... quando ela liberar sua magia lá, o ministério irá rastreá-la, já que não existe um bloqueio territorial para esse tipo de captação, e dessa forma Lucius terá sua localização, eu diria com bastante facilidade, coisa que ele já vem acompanhando com maestria, e sendo ela a única aluna transferida de Hogwarts, ficará evidente não acha? Tão claro como a luz... que estávamos a encobrindo, já que Shara  será a conclusão mais óbvia  – ele ergueu as mãos, se aquele não fosse um argumento válido, nada mais ali seria – chama isso de solução amplamente mais fácil? – agora havia ironia.

—Severo tem um ponto importante Alvo – Minerva disse – se a menina estiver em Hogwarts, e se por alguma razão ela acionar sua magia, Lucius ainda terá que lidar com a dificuldade de discernir qual das crianças teria sido a responsável pela magia...  mas do contrário, a estaremos ofertando numa bandeja – ela falou, Alvo parecia pensar naquilo.

—Muito bem, muito bem... se formos prosseguir à sua maneira Severo – Alvo disse cansado, contudo, ele estava recuando – sugiro suprimirmos sua magia de forma provisória – ele propôs – não será tão difícil rastrear a criança Minerva, um simples teste bastará – ele esclareceu – é uma garantia adicional para a sua segurança - Severo pensou por um momento e por mais que não fosse do seu agrado tal sugestão, mas sim, aquela era uma medida que poderia funcionar, pelo menos garantiria seu anonimato, e antes que ele pudesse responder, Minerva fez...

—Está perdendo a consciência? – ela vociferou – se suprimirmos a magia dela, ela simplesmente não terá como fazer as aulas... já que bem, magia é um pequeno pré requisito aqui – sim Minerva estava certa sobre isso, Shara teria que improvisar... e isso era algo que poderia ser arranjado.

—Ela terá que atuar – Severo se intrometeu – é provisório... até que tenhamos despistado Lucius e o Ministério...

—E agora está concordando com essa maluquice? – ela perguntou consternada - E como exatamente pretendem que ela atue em minha matéria? Ou quem sabe na matéria de feitiços...  ou em Defesa quando ela tiver que lançar um protego?... Shara assim como qualquer criança aqui, precisa de magia, de uma varinha... por Merlin  - Minerva disse andando pela sala – somos uma escola de bruxaria... do contrário estaria lecionando literatura em uma escola trouxa – ela murmurou – honestamente seria muito mais fácil – ela bufou.

—Claro que teríamos que fazer algumas adaptações – Alvo disse ao se levantar, enquanto parecia pensar a respeito – sim teríamos que mudar os arranjos das aulas, pelo menos das turmas do primeiro ano... uma ideia, é propor que façam todas as suas atividades em dupla daqui pra frente, assim quando algo envolver magia, a dupla de Shara poderá assumir, avisamos os professores é claro, para que ela não seja exposta desnecessariamente... – Alvo sugeriu, Severo não achou que ele pudesse acatar sua insubmissão com tanta facilidade, e muito menos que ele sugerisse outras medidas para solucionar o problema, aquilo tudo era uma grande surpresa. 

—Mas nesse caso, as duplas... elas teriam que trabalhar como cumplices... e se tivermos que avisar os demais professores, coremos o risco Alvo... confesso que temo pelo segredo dela – Minerva interveio, mas isso era fácil de arranjar também... ninguém precisava saber o real motivo daquilo, desde que houvesse um motivo plausível. 

—Uma doença, ela deverá ficar doente... – Severo sugeriu – isso é algo amplamente mais fácil de resolver – ele disse, não perdendo a chance de provoca-lo – sabemos que existem uma diversidade de doenças bruxas que só podem ser tratadas de forma efetiva, ao suprimirmos a magia de quem as possuiu, pensarei em uma doença que não seja contagiosa, algo que ela possa sustentar, levaremos dessa forma aos demais professores, e podemos pedir sigilo sobre o ocorrido, eu mesmo a orientarei nesse sentido... – ele afirmou – estamos criando uma trama dentro de outra trama – ele disse encarando o diretor.

—Quanto aos professores, acredito que não haverá problemas, mas e sobre as duplas... elas teriam que acatar... elas teriam que se responsabilizar pelo sigilo de algo tão sério e grande como isso é, eu não sei... são apenas crianças – Minerva estava incerta, Severo riu pelo nariz.

—A Srta. Vicente e a Srta. Weasley? – ele perguntou com ironia, com a certeza de que elas seriam as duplas de Shara – Sabe Minerva, se tem algo que eu tenho certeza sobre Shara e sua amizade com tais criaturas descabeçadas é de que elas sabem muito bem encobrir um segredo – ele afirmou ao se lembrar do objeto com magia negra que elas haviam descartado no banheiro feminino aquele dia.

—Bom... sendo assim, declaro esse assunto parcialmente resolvido – Alvo disse convencido.

—Posso estar parecendo pessimista aqui – Minerva disse – mais ainda tem um pequeno e não menos importante detalhe que podemos estar deixando passar aqui – ela cruzou os braços, o encarando – convencer Shara e faze-la aceitar passar por essa situação – ela sorriu para ele, como quem estivesse repassando um desafio – mas é claro que isso o Severo também pode resolver com facilidade, não é mesmo? – Minerva tinha alguma razão, mas não havia outra opção, era isso ou nada.

—Eu farei – sim ele faria. 

—__

Shara estava entediada naquele sábado de manhã, enquanto se debruçava em cima de um dos cinquenta livros que Beta estava revisando na biblioteca, as coisas não estavam acontecendo conforme ela havia planejado e isso a deixava mal humorada também. 

—E então Hagrid simplesmente está fora da escola? – Beta perguntou, passando algumas páginas. 

—Sim... dá pra acreditar? Parece piada... justamente agora, quando mais precisamos dele aqui... ele não está – Shara bufou irritada – a professora Minerva disse que ele está a serviço da escola, algo relacionado com a morte de galinhas... enfim, ela não soube dizer quando ele retorna – ela suspirou desanimada.

—Talvez eles estejam o afastando de propósito... não sei – Beta disse dando de ombros.

—É talvez... mas acontece que sem ele aqui, não temos como evoluir com tudo isso, Hagrid é o único que pode nos ajudar agora… e muita coisa depende disso... – obviamente que Shara não iria comentar, já que seu pai havia dito que aquele era um assunto sigiloso da escola, mas o fato de não ter a presença do Sr. Malfoy pela escola e não ter as mentorias canceladas, dependiam unicamente disso… dependiam de incriminar a pessoa certa e fazer com que os ataques parassem de acontecer.

—Suas expectativas estão bastante altas em relação a essa conversa Shara – Beta disse – não querendo desaponta-la, mas francamente se Hagrid tivesse as respostas certas, você não acha que Dumbledore já não teria perguntado? – sim, era obvio até... mas Dumbledore não sabia da existência do diário... talvez ele soubesse que o responsável pelos ataques fosse o tal do Riddle, mas simplesmente não houvessem provas suficientes, e o diário seria a prova que eles precisavam - eu sei que estamos envolvidas nisso até o pescoço... Mas não é como se algo ali depende-se de nós - mas acontece que dependia, Shara suspirou - podemos esperar Hagrid voltar, ele não vai ficar fora pra sempre – ela não entenderia, e Shara resolveu não argumentar, então ela apenas assentiu – como está sua redação sobre imortalidade? – Beta perguntou mudando de assunto – a premiação será no jantar da próxima sexta-feira, teoricamente temos agora um pouco menos que meia semana para finalizar, já que devemos entregar até quarta-feira...

—Eu sei... sei disso... digamos apenas que você não me deixa esquecer – Shara devolveu mal humorada.

—E então... me diga por que eu nunca a vi trabalhando nisso? – Beta a provocou.

—E você é o que? Alguma fiscal de redação agora? – Shara cruzou os braços indignada.

—Não... mas como sua amiga posso ver que o quanto tem evitado essa tarefa, honestamente não sei o porquê... é tão empolgante pensar em todas as possibilidades que teríamos se tivéssemos a oportunidade de viver para sempre – Beta disse animada – quer ler a minha redação? Quem sabe possa te ajudar a ter alguma inspiração – ela ofereceu, eu a redigi e revisei inúmeras vezes até agora... O prémio para a melhor redação é de 100 pontos para a sua casa, além de ter a redação publicada no anuário da escola, aí... estou tão ansiosa – sim ela estava, era perceptível, assim como quase todo o resto da escola, era patético oque meros pontos eram capazes de fazer.

—Ah obrigada Beta, mas eu posso lidar com isso sozinha – Shara disse um tanto quanto desconfortável, era estranho pensar que a maioria das pessoas ali se empolgassem tanto com esse tema assim, era por isso que ser uma guardiã era uma maldição, era perigoso viver sobre tais circunstancias, afinal qualquer um poderia estar disposto a matar para conseguir aquilo que seu sangue proporcionaria, ela analisou a amiga por um momento... será que Beta faria? Ela preferia pensar que não... – eu apenas não vejo dessa forma... – ela ia tentar argumentar qualquer coisa ali mas foi interrompida com a presença austera do seu pai pairando em cima delas, Beta ficou visivelmente nervosa, sim ele tinha esse efeito sobre qualquer um... ele passou os olhos pelos livros e se voltou para ela. 

—Srta. Epson – ele a estava encarando de uma maneira diferente – peço que me acompanhe, temos assuntos a tratar que são do seu interesse – ele pediu, ela não se moveu, não por que não fosse atende-lo, mas era difícil ordenar aquilo, quando ele mesmo havia dito no início daquela semana que eles não deveriam mais passar tempo juntos, e agora ele estava ali atrás dela na biblioteca, algo nada comum, dando tantas ou até mesmo mais informações do que ele costumava dar em uma aula todinha… afinal o que ele queria dizer com assuntos do seu interesse? – algum problema Epson? – ele perguntou notando sua total falta de movimento – a menos que esteja interrompendo algo muito importante aqui - ele olhou para Beta de forma fria - o que não vejo ser exatamente o caso, já que estudar sobre “Como parecer mais jovem e bonita, usando feitiços estéticos da década de 50” não me parece ser algo muito útil para sua formação acadêmica... – ele ergueu um dos livros, lendo o seu título em voz alta, Shara também encarou Beta... que livro fútil era aquele? Beta corou imediatamente.

—É para a redação de imortalidade senhor – ela o pegou da mão dele, estando completamente constrangida – é que... se for viver para sempre, parecer mais jovem e também bonita certamente seria algo… ahh apenas esqueçam – ela disse colocando o livro embaixo do pergaminho e baixando a cabeça, até Shara sentiu vontade de sumir depois daquilo. 

—Na minha sala de aula – ele disse sério – falaremos sobre sua doença – ele a alertou... O que? Que doença? Sua mente começou a trabalhar, ela estava sendo pega completamente de surpresa com aquele comportamento estranho e sem entender o que ele estava tentando dizer com sua doença? – o diretor Dumbledore parece ter encontrado um tratamento adequado, mas é claro que terá consequências – ele explicou, a deixando cada vez mais perdida, enquanto Beta a encarava e com toda razão ela estava horrorizada... o que exatamente ele estava fazendo? Shara podia sentir seu rosto ficar vermelho.

—Você está doente Shara? – Beta perguntou tão ou mais confusa do que ela ali… 

—É... – Era ótimo ter que responder algo assim, sem preparo algum e simplesmente ter que improvisar algo na frente da pessoa mais inteligente que Shara conhecia naquela escola – não... é nada demais – ela disse para a amiga, enquanto ela o encarava com seriedade, seu olhar certamente comunicando toda a indignação que ela estava sentindo, o que ele estava tentando fazer? Por que ele estava fazendo isso com ela? o que ele esperava que ela dissesse? 

—Vejo que ainda não contou sobre sua situação, para a sua amiga – agora ele encarou Beta novamente, ele estava completamente fora de si, não era possível... que maldita situação ele se referia? – entendo, deve estar sendo difícil aceitar o diagnóstico...  Talvez seja hora de se abrir com mais alguém – ele orientou, sem sair da postura rígida e amedrontadora de sempre – por hora peço que me acompanhe, afinal não temos muito tempo – ele disse ao sair e a deixando sem nenhuma opção... Beta continuava a analisando, obviamente que ainda mais preocupada agora, já que dito daquela maneira, parecia mesmo que Shara estava à beira da morte, com algum tipo de peste negra, ou qualquer outra coisa bastante grave ali...

—Shara – Beta disse – você... está bem? – Droga, Shara podia mata-lo exatamente agora...

—Eu... eu explico mais tarde – ela disse se levantando, sim ela iria mata-lo por isso.

—__

—Qual o seu problema? – ela perguntou extremamente inconformada ao alcançá-lo no corredor, ele estava fazendo questão de apressar o passo o máximo possível, sabendo que aquilo que havia feito surtiria o efeito desejado, essa era com toda a certeza a maneira mais assertiva de obrigá-la a aceitar seus arranjos novos, no caso...  não a dando opção para tal, agora ela tinha mesmo uma doença, algo que parecia ser grave e que justificaria tudo que viria depois dali e não, não havia simplesmente como concertar aquilo,  dizendo que não era verídico, ou que fosse apenas algum tipo de brincadeira de mal gosto, não quando aquilo havia sido dito por ele, da forma e com a intensidade que foi, não sendo ele o terrível professor e mestre de poções da escola, o ex comensal da morte e o assustador chefe da Sonserina, morcego das masmorras, ela não tinha opção e teria que acatar as circunstâncias que ele havia criado para ela – você não sabe como ela é... Beta, ela vai me atormentar a cada segundo da minha vida e não, eu não estou sendo dramática sobre isso – ela disse, tentando recuperar o fôlego, já que estava sendo difícil para ela acompanha-lo naquele ritmo ditado por ele ali.

—Falaremos a respeito em minha sala de aula – ele tentou soar evasivo, mas a verdade era que aquilo o divertia e divertia muito.

—Da forma como foi dito... devo ter pego algo altamente contagioso, grave e mortal… sim terei sorte se sobreviver nos próximos dias... isso foi completamente irracional da sua parte... seja lá o que for, podíamos ter feito de outra maneira... um bilhete teria sido mais adequado – ele elevou o canto da boca, num pequeno e discreto sorriso, ela não podia vê-lo já que estava para trás, e dificilmente o alcançaria. 

—E perder a chance de conhecer o seu gosto peculiar para literatura - ele ironizou.

—Aquele livro não era meu.... ARRRGG – ela bufou irritada – eu não quero parecer mais jovem e nem mais bonita, honestamente eu tenho 11 anos de idade você sabe... só se eu virar um bebe de novo, o que não me parece uma má ideia agora... já que simplesmente não posso cavar um buraco e sumir… e um bebe pelo menos não precisa falar e nem interagir com as pessoas – ela tinha mesmo alguma boa vocação para dramaturgia, ela sustentaria bem aquela mentira, ele pensou enquanto abria a porta da sua sala de aula de poções a deixando passar, eles haviam feito aquele caminho em tempo recorde - e se quer saber, eu sequer comecei aquela redação ridícula ainda e não sei se pretendo mesmo entregar algo, é extracurricular, que diferença faz? - ela admitiu, Severo concordava sobre aquela ser uma grande perda de tempo, Alvo havia sido tudo menos discreto ali, e aquelas eram atitudes que o faziam questionar o que aquele velho tinha de fato na cabeça... mas isso era assunto para outro momento e também não era algo que lhe cabia comentar ali, não com ela.

—Sente-se – ele orientou - a partir de segunda-feira teremos um novo arranjo para as turmas do primeiro ano – ele explicou, ela se sentou, ela estava com as bochechas vermelhas e com os cabelos suados e colados na testa a caminhada a havia cansado certamente – todas as aulas passarão a ser feitas em duplas... sua dupla deverá ser a Srta. Vicente ou a Srta. Weasley dependendo da matéria – Shara arqueou a sobrancelha – o diretor fará um comunicado oficial, justificando algo relacionado ao entrosamento estudantil, pelo fato de serem alunos iniciantes nessa escola, haverá um incentivo para que as duplas sejam de casas distintas, o que não será um problema para você nesse caso, contudo já deve ter entendido que esses arranjos não são meramente o que devem parecer ser  – ele estava sendo bastante objetivo – Alvo Dumbledore estará tomando tais medidas, para encobrir sua situação, unicamente para isso – e também bastante direto.

—Minha situação? – ela perguntou desconfiada – e posso saber que situação é essa? – ela cruzou os braços.

—Está doente – ele informou - gravemente doente e precisará de um tratamento adequado, tratamento esse que infelizmente causará algumas consequências não muito aprazíveis…

—Isso... é algum tipo de brincadeira? – ela se levantou exacerbada – por que assim, se for… saiba que não tem graça alguma... isso está sendo perturbador na verdade…

—Eu disse para se sentar – ele a advertiu, sério – e lhe garanto que não se trata de brincadeira alguma, ou por acaso pareço alguém que se diverte com brincadeiras tão banais? – ele perguntou, enquanto se apoiava na bancada onde ela estava, era visível a confusão em seus olhos, de certa forma isso o divertia sim, fato que ele jamais iria admitir.

—Eu… então, isso… quer dizer… eu estou doente? – ela perguntou, se sentando outra vez, seu olhar vacilou.

—Você acha que está doente? – ele devolveu a pergunta.

—Eu não sei... até minutos atrás eu achava que não... mas agora, estou quase sendo convencida que de que sim... – agora ela estava nervosa.

—Ótimo, já que é assim que deve ser – ele disse satisfeito – e não você não está doente sua garota estúpida – ele devolveu.

—Eu não estou entendendo... ou é o senhor que está? – ela perguntou, e essa foi a vez dele arquear a sobrancelha – digo da cabeça mesmo… maluco ou algo assim – ela ousou comentar – sabe questões mentais... também são consideradas doenças e precisam de um tratamento adequado... – ela ia dizendo... ele massageou as têmporas.

—Cale-se - ele mandou - Vou suprimir sua magia por tempo indeterminado e precisamos encobrir os verdadeiros motivos para tal – ele tentou voltar ao ponto, desejando não ter que se desgastar mais que o necessário para explicar toda aquela situação – isso se faz necessário para garantirmos sua segurança aqui… especificamente pelo tempo em que o Sr. Malfoy estiver à disposição da escola.

—O que? – ela se levantou de novo – suprimir minha magia? Isso significa remover certo? Vai remover minha magia, quando... ele, o Sr. Malfoy que é mais do que uma ameaça para mim estiver justamente aqui, já era suficientemente ruim antes e agora… qual o sentido disso? – ele suspirou, sim aquilo iria se estender mais do que o necessário.

—Se eu tiver que mandá-la sentar mais uma vez, eu a estarei colando na cadeira com um feitiço – ele ameaçou – agora, sim sua magia será suprimida, pois não podemos correr o risco de que sua magia ancestral seja manifestada enquanto ele estiver por perto – ele tentou explicar - e a única garantia disso é privá-la de toda a magia disponível.

—Privar? Bom se esse for o caso, não seria mais fácil, simplesmente me dizer para não acionar minha magia dessa maneira, sabe... eu posso entender isso – ela disse, numa tentativa desesperada de faze-lo parar...

—Como se você de fato obedecesse a algum comando dado por mim, ou por qualquer um aqui – ele ironizou – e sem mencionar na sua total falta de controle da mesma, não podemos simplesmente correr o risco, não com Lucius a espreita e acredite quando eu digo que as demais alternativas poderiam ser ainda piores – ele esclareceu.

—Haviam outras alternativas? – ela não estava facilitando – e com quem essas alternativas foram discutidas, senão comigo? já que sou a pessoa mais interessada aqui - ela tentou se levantar mais uma vez, mas dessa vez ele havia sido mais rápido e ela o encarou ainda mais irritada - tenho certeza que qualquer alternativa seria melhor do que isso… ela tentou se mover sem sucesso na cadeira – isso... isso é abuso de autoridade sabia – ela disse brava.

—Deseja fazer uma reclamação formal ao diretor? – ele ironizou – o que não seria nada ruim, afinal já que quer mesmo opinar sobre algo aqui, posso acioná-lo e dizer que está optando pela segunda opção… que é ser transferida dessa escola para a escola de magia e bruxaria da França - ele informou - o diretor particularmente tem preferência pela transferência, ele foi digamos que bastante insistente já que pelo seu ponto de vista  seria mais seguro, muito mais do que a mantê-la aqui e pelo que posso ver você também - ele continuou ironizando, vendo ela paralisar completamente ali.

—Uma transferência? – ela parecia processar aquilo - vocês iam me transferir de escola? - ela perguntou acuada.

—Ainda é uma possibilidade, se preferir – ele reforçou.

—E qual seria… digo… a sua preferência, nesse caso? - ela perguntou… o brilho em seu olhar havia sumido.

—Por que acha que estou perdendo meu tempo com você aqui essa manhã? Ou por que acha que me expus e fiz toda aquela cena na biblioteca mais cedo? - ele se aproximou, segurando o seu queixo - sua garotinha tola e estúpida - ele finalizou, ela havia entendido.

—Eu... fico com a primeira opção então – ela disse visivelmente constrangida.

—Foi o que imaginei – ele a encarou, a soltando - agora… preste bastante atenção… nosso objetivo não é fazer com os demais percebam que está sem magia, isso a colocaria em desvantagem perante aos demais alunos dessa escola - ele explicou - contudo é mais do que óbvio que sem o uso de magia, não é possível cumprir as atividades propostas nas disciplinas, dessa forma quando o uso de magia se fizer necessário, isso em sala de aula, suas amigas mais próximas, no caso suas duplas poderão supri-la, sendo que apenas elas e os professores regentes de cada turma, saberão sobre sua eventual doença aqui, isso evitará que chame a atenção, evitando que os demais percebam… e para que isso funcione, precisa estar doente - ele esclareceu, vendo que ela estava de fato prestando atenção - algumas doenças bruxas precisam ter sua magia suprimida para que um tratamento adequado possa ser realizado, esse é o seu caso e dessa forma vamos encobrir o verdadeiro motivo aqui, motivo esse que apenas, você, eu… a professora Minerva e o diretor Alvo Dumbledore conheceremos - ele finalizou, ela assentiu - alguma pergunta?

—Por quanto tempo? - ela perguntou.

—Pelo tempo que for necessário - era uma resposta vaga, ele sabia, mas ele não tinha uma resposta adequada para aquilo -  portanto não devemos criar expectativas - ele completou, entregando para ela um pergaminho com a descrição detalhada da doença que ela estaria alegando possuir ali - aqui está tudo que precisa saber sobre sua doença, ela o pegou… o lendo…

—Obscurus - ela disse em voz alta - isso é horrível… - ela baixou o olhar para o pergaminho outra vez - causas… abuso físico e psicológico - ela o olhou, havia dor no seu olhar  - eu poderia ter adquirido isso daqui… facilmente - ela disse, ele podia sentir sua respiração oscilar.

—Sim - ele afirmou, ele sabia que a escolha, talvez a deixasse desconfortável… mas aquela era uma das poucas doenças da lista que não se enquadram como sendo contagiosas… e como ela teria que continuar aparecendo em público, teria que servir.

—Bom… eu posso fazer isso - ela disse finalmente - elas… minhas amigas, sequer vão desconfiar de algo… eu até posso abrir um pouco do meu passado também… e não é como se eu estivesse mentindo sobre isso, então a escolha… simplesmente, faz muito sentido - ela dobrou o pergaminho o guardando em suas vestes - não achei que pudesse ser tão ruim, isso… sobre ter o pai de Draco aqui na escola - ela disse.

—É bastante ruim - ele admitiu, enquanto ela o encarava… sua postura, agora muito mais retraída, revelava apenas toda a sua vulnerabilidade ali diante de algo que ela estava sendo submetida a encarar, isso sem mencionar naqueles olhos verdes, tão profundos e que já haviam visto e passado por tanto, Severo lamentou que as coisas tivessem sempre que ser tão difíceis para ela, ficar sem magia não era e nem seria algo tão simples assim, não para aqueles que já estavam habituados a tê-la - Precisará ingerir algumas poções, poções essas que ainda estou finalizando - ele informou - começará a ingeri-las a partir de amanhã a noite, costumam fazer efeito em algumas horas, deve ser ingerida uma vez por semana.

—Tudo bem - ela disse sem questionar, ciente de que não havia mesmo outra opção para ela - agora… será que eu posso ir? - ela perguntou, sabe eu preciso me preparar… Beta deve estar bastante preocupada  e… sendo os arranjos novos para o início da semana, no caso depois de amanhã, seria bom… estar com todas as informações na ponta da língua - ele assentiu - só… precisa me liberar, sabe o feitiço - ela olhou para a cadeira, sim havia o feitiço, ele fez.

—Shara - ele a chamou, antes que ela fosse - sei que não substituirá aquilo que está perdendo… - ele disse abrindo uma das gavetas em sua mesa e tirando os fones de ouvidos que ele havia retido dela a algumas semanas atrás - mas acredito que irá apreciar tê-los de volta - sim, ele estava mesmo ficando mole, ele sabia.

—Não substitui… mas certamente ajuda - ela disse esboçando um sorriso discreto - obrigada por isso pai - ela pegou os fones e então saiu… Severo suspirou, se havia algo que o incomodava, era quando algo a machucava de alguma forma, e falando em machucar… ele encarou a porta, haviam algumas questões pendentes, e aquele era um bom momento para resolvê-las… ele saiu.


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Notas finais do capítulo

Um capítulo para provar aquilo que já sabemos, o quanto Severo Snape se importa com a filha... Ele usando toda a argumentação contra Dumbledore, e sendo muito sensível, ao se preocupar não apenas com aquilo que o diretor parecia ver ali, que basicamente se resume a ameaça de Lucius e o uso da magia ancestral... Contudo, Severo sabe que existem outras ameaças e que as questões emocionais podem ser ainda mais terríveis para Shara do que qualquer outra coisa. Simmm ele é um bom pai. Minerva já sabe disso

Essa passagem da escola Beauxbatons... Obviamente que Shara não iria, mas estou deixando umas pontas soltas... Caso resolva escrever Destino Improváveis II ou mais e esse viculo da diretora de lá como professora de Maeva, pode render alguma coisa... Sei lá né

E então o que acharam da ideia de suprimir sua magia? Hahaha e toda a trama por trás disso... A doença...

Achei mto criativo a abordagem que Severo fez... A conversa sem pé nem cabeça na biblioteca, basicamente a obrigando a ter que assumir os novos arranjos, se bem que ele podia simplesmente ter dito, explicado, sei lá... Mas ele é Severo Snape... E ele conhece a filha que tem hahaha

E Shara assumindo ser um obscuros... Vai dar muito pano pra manga.

Aguardem os próximos capítulos...



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