Descobrindo o Amor escrita por Thay Paiva
Notas iniciais do capítulo
Oii, Tudo bem com vc?
Mais um capitulo quentinho saindo ;)
Eu estava com a mão sobre o queixo escutando atentamente cada palavra que Dona Ana falava.
“... E então nó dia do casamento a mãe estava mais ansiosa do que os dois filhos.
— Mãe a senhora vai acabar me sufocando com essa força toda. - Ela tentava ajeitar pela milésima vez a roupa do filho, concentrando toda a força no colarinho.
— Perdoe-me meu filho, sua mãe está muito ansiosa hoje não só um, mas dois filhos meus iram se casar, é muita emoção. - O mais velho sorria enquanto o mais novo esfregava o local onde a mãe havia apertado, percebendo que o irmão ria dele, disse.
— Mãe, não sou só eu que preciso de ajuda, olha como ele está. - Segurou o riso quando viu o irmão fechar a cara.
— Ô céus, você não pode se casar assim, o que diriam todos. Provavelmente que sou uma mãe desleixada, venha aqui...”
— Eu só não entendi por que eles se casaram tão cedo. - Interrompi a história, para tirar minha curiosidade.
— Bem, os tempos eram diferentes. - Ela pensou um pouco antes de continuar. - Naqueles tempos, não era costume o rapaz ficar anos com uma garota sem que resultasse em casamento. E no caso dos dois, eles necessitavam de esposas, para dar continuidade a sua descendência.
— Só por isso? Eles se casavam mesmo sem se gostar?
— Em alguns casos, sim, as mulheres daquela época não trabalhavam, não tinham como se manter a não ser que fizessem um bom casamento.
— Que horrível.
— Se olharmos pela nossa perspectiva sim, era horrível, mas sabe querida para elas era normal, era a única forma de vida que conheciam. E o amor, nem sempre você se apaixona de início, a maioria é construído com tempo. - Concordei.
Realmente eu não conseguia me imaginar vivendo que nem elas, mas se eu estivesse nascido nesse tempo, sem conhecer tudo que conheço hoje, seria igual.
— Entendi, podemos continuar. - Me acomodei ao seu lado.
“As noivas entraram então tão sorridentes como poderiam estar, casadas com dois bons rapazes, que as tratavam bem e de boa família.
— Oi, você está linda. - Os dois diziam para cada uma em uníssono. As duas se entre olharam e sorriam os agradecendo. Sua mãe então, mal cabia em si tamanha sua felicidade.
Passado então a cerimônia, as meninas foram se despedir de seus pais, enquanto os irmãos se olhavam atômicos.
— Irmão, estamos mesmo casados – O mais novo falava ao mais velho, com a mão em seu ombro, mas ele só tinha olhos para sua esposa. - E meu irmão, só resta agora aguardar para saber como serão nossas noivas. - Chamou agora a atenção do irmão.
— Como assim?
— E se as duas forem como a nossa mãe, estamos perdidos. - Tentou ficar sério, mas acabou sorrindo, acompanhado pelo mais velho.
Cinco anos haviam se passado, e as mulheres estavam organizando o jantar, enquanto conversavam sobre os rapazes.
— Vocês acreditam nisso? Eu estava tentando falar sério, mas vocês já o conhecem, sempre levando tudo na brincadeira. - A moça mais jovem dizia, sobre um momento que tentou brigar com seu marido e os dois acabaram rindo juntos no fim.
— Ao menos ele leva na brincadeira, e o meu, as vezes tenho vontade de esganá-lo. Me desculpe, mas seu filho me tira do sério. - Dizia a sua sogra.
— A querida, meu mais velho tira qualquer um do sério. - Sorria de leve. - Eu sinceramente espero que meus netos puxem mais características de vocês.
As duas jovens se entre olharam, sabiam que já deveriam ter dado filhos a sogra, mas não tinham ideia do porquê ainda não tinham conseguido, e a amavam demais para ouvi-la falar sobre netos quando as duas não davam sinal algum de gravides.
— Ô queridas, não fiquem assim, eu não falei por mal. - Se aproximou das duas. - Saibam que Deus tem um tempo para cada coisa, e se ainda não aconteceu é porque não é o momento. Fiquem tranquilas, e certas de que chegará o tempo. As três se abraçavam, seus esposos chegaram em seguida.
— Devemos perguntar o porquê de toda essa melancolia?
— Dizem que as mulheres ficam naquele tempo juntas, acho melhor não nós intrometermos, elas estão em maior quantidade. - Brincou o mais novo. Sua esposa encarou as outras em o que parecia uma piada interna.
— Entendem o que eu quis dizer mais cedo? - Elas riam, enquanto eles a olhavam sem saber qual a graça.
— E então meus filhos, como foi o dia de vocês? - Perguntou quando todos já estavam a mesa.
— Há minha mãe, tivemos alguns problemas hoje. - Quando percebeu que as mulheres o encaravam completou. - Nada do que não possamos resolver.
— Que tipo de problema meu filho, sabe que estou sempre disposta a ajudá-los. - Sentou-se ereta quando continuou. - Ainda tenho algumas economias, quando seu pai... - O mais velho se apressou em continuar.
— Minha mãe, não disse nada disso para preocupá-la, somente quis responder sua pergunta. Mas como eu disse, nada que não possamos resolver. - Orgulhoso como era, ela sabia que não iria aceitar sua ajuda. Olhou então para a nora, e ela soube que buscava por sua ajuda para convencê-lo.
— Minha filha, agradeço ao Senhor por pela colocado no caminho de meu filho. Sei que é sabia, por isso lhe peço que use de sua sabedoria para convencê-lo que me deixe ajudá-los. Sei que o orgulho dele não permitiria tal coisa, por isso lhe peço que me ajude, afinal falamos também do futuro de sua geração. - Disse em um canto da sala mais afastado para seu filho não há ouvir.
— Há minha sogra, saiba que irie tentar, sabe que seu filho não escuta nem a si mesmo as vezes. Mas lhe prometo tentar. - Se despediram então indo para sua casa.
Já em sua casa, na hora de se recolherem a jovem começou a colocar em pratica o que tinha prometido a sogra.
— É verdade que tudo está sobre o controle, ou só não quis falar para não preocupar sua mãe? - Dizia, desfazendo seu penteado, ele se aproximou para ajudá-la tirando um grampo que prendia seus cachos, os fazendo cair por sobre os ombros. - Obrigada, mas não ache que não sei o que está fazendo.
— E o que séria? - Afastou uma mecha de seus ombros, beijando o local em seguida. Ela se virou para o encarrar.
— Está tentando me distrair, para que eu esqueça a conversa, só me responda. Está ou não sobre controle? - Ele resmungou um pouco, se afastando e se sentando em sua cama antes de respondê-la.
— Você me conhece muito bem. No momento, ainda, não está sobre controle...
— Então a deixe ajudar, ela é sua mãe. - Ele a olhou incrédulo.
— E onde ficaria minha dignidade, meu pai me deixou a cargo dos negócios da família, creio que teve seus motivos. - Ela se aproximou o ajudando com a gravata, ele não tirava seus olhos dela, as vezes ele pensava em como os anos tinham sido gentis com ela, cada dia mais bela.
— Desculpe, não quis ofendê-lo.
— Então deixemos de lado essa conversa, confie um pouco mais em seu marido. - Antes de se afastar depositou um beijo em sua testa.
Os anos estavam se passando e os negócios da família continuavam no mesmo, nada de melhorias. O que deixavam as mulheres da família nervosas com o que lhes podiam acontecer, afinal elas eram mulheres, o que significava que estavam de mãos atadas.”
— Mas e agora, eles iram sair dessa? - Perguntei, ainda mergulhada na história.
— Acho que só saberemos em uma próxima. - A olhei incrédula.
- Estou começando a achar que a senhora está gostando de me torturar. - Estreitei os olhos em sua direção.
— Mas como acha que uma velhinha como eu me divertiria tanto, se não fosse torturando uma jovenzinha curiosa. - A olhei boca e aberta.
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Iai, estão gostando? Me deixem saber.
Prometo ser bem assídua em relação as postagens dos capítulos