Descobrindo o Amor escrita por Thay Paiva


Capítulo 10
Capítulo 10 - Dias atrás.


Notas iniciais do capítulo

Eii, como estão?

Mais um capítulo quentinho saindo ;)



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Minha mãe tinha saído para resolver umas coisas com os fornecedores e me deixou com muita coisa para organizar na cozinha, eu já tinha ligado para Débora, mas ela tinha um irmão pequeno e tinha que ficar com ele aquela tarde, então quando Marcos chegou na cafeteria não achei que seria nada de mais lhe pedir para me ajudar. Bom, eu já estava me arrependendo, ele não era muito bom na cozinha.

— Não acredito, você só tinha uma função, como deixou os biscoitos queimarem? – Eu tentava ficar séria, enquanto tirava os biscoitos do forno.

— Eu te disse, não sou bom na cozinha. – Disse descartando os biscoitos.

— Não achei que era para tanto. – Me aproximei ficando na ponta dos pés, para ver sobre seus ombros. – O que está fazendo? – Dessa vez não consegui conter o riso.

— Não ria. E o máximo que eu consigo fazer. – Dizia sério, mas seus olhos diziam que estava se segurando para não rir.

— Claro, claro. – Coloquei uma das mãos sobre os lábios, segurando o riso, mas quando olhei para a cara dele, concentrado tentando fazer, sei lá o que ele estava tentando fazer, a gargalhada veio, foi automático. – Ai meu Deus, o que é isso. – Segurei nas mãos o que era para ser um cookie, ele riu junto comigo.

— Já chega, já fui humilhado demais por hoje. – Dizia tirando seu avental.

— Não! – Me apressei segurando suas mãos. – Eu prometo não rir mais, mas se você for não vou conseguir sozinha, por favor. – Ele me avaliou por um instante. – Por favor. – Insisti.

— Certo, mas se eu ouvi mais uma risada... – Cerrou os olhos em minha direção. Passei os dedos sobre os lábios, como se fechasse um zíper.

Continuamos então, lhe ensinei algumas coisas e depois de algumas instruções ele até que conseguiu fazer algo sem queimar. Quando enfim acabamos, tudo pronto e cozinha limpa, nós apoiamos no balcão olhando o que tínhamos feito.

— Não acredito que terminamos. – O encarei. – Obrigada, de verdade. – Ele sorriu de lado, concordando sem dizer nada, quando percebi que ele estava se aproximando, prendi a respiração sem tirar os olhos do seu.

— Ficou sujo, aqui. – Limpou minha bochecha com o polegar, sem reação eu só consegui concordar lentamente. Seu polegar demorou um pouco mais na minha bochecha, e sem eu perceber meu corpo se aproximou do seu e...

— Filha... – Minha mãe entrou na cozinha de repente, nos afastamos de sobre salto, ela ficou intercalando o olhar entre nós dois antes de continuar. – Desculpa pela demora, mas acho que tudo certo não, é. – Não sei se ela percebeu algo, mas se percebeu escolheu não falar nada. Sorrindo deu uma olhada ao redor.

— Sim, o Marcos me ajudou a terminar tudo. – O encarei, mas ele não me olhava diretamente, foi até minha mãe e lhe estendeu a mão.

— Prazer, dona Márcia. Eu estava tentando ajudar sua filha. – Sorriu de lado, como sempre fazia, não pude deixar de perceber.

— Há, obrigada pela ajuda Marcos, e só Marcia está ótimo. – A encarei com uma sobrancelha levantada. Ele fez que sim e continuou.

— Bom, eu vou indo então. – Me encarou por um breve momento. – Nós vemos depois? – Fiz que sim e ele se foi.

— Você e o Marcos? – Disse depois que ele saiu, a olhei sem acreditar, ela estava insinuando que...

— Não! – Como ela poderia estar pensando isso, eu tinha terminado meu namoro a poucos dias. – Somos amigos.

— Tudo bem, eu só perguntei, não precisa entrar na defensiva. – Disse já se virando para organizar algo.

— Eu não estava na defensiva. – Resmunguei. Ou estava? Falei comigo mesma, mas é claro que não estava. Como minha mãe ficou na cozinha eu fui ajudar no balcão.

— Não acredito, vocês quase se beijaram? – Débora chegou algum tempo depois, parei uns segundos indo até a mesa onde estava para lhe contar tudo.

— Não, eu não disse isso.

— E o quê então? Pelo que você me falou ele quase te beijou e você ia deixar. – Me olhou malicioso.

— Não é verdade. – Dei de ombros ela me olhou com uma sobrancelha levantada. – Tá legal, se minha mãe não tivesse chegado, talvez, nós teríamos se beijado.

— Mais e aí, você acha que está gostando dele? – Pensei um pouco.

— Não sei, a gente é amigo, e se eu estragar tudo? Você sabe, André e eu terminamos a pouco tempo, não posso já estar gostando de alguém, ou posso?

— Olha, eu acho melhor você descobrir logo. Marcos parece ser um cara legal. – Concordei, eu não podia ficar brincando com os sentimentos dele, então decidi. Marcos e eu seriamos só amigos.

Quando Débora já tinha ido embora, eu estava atendendo as mesas quando não acreditei no que vi.

— O que estão fazendo aqui?

— Não sabia que estávamos proibidos de vim a cafeteria da sua mãe. – Carla disse se escorando nele, não lhe dei ouvidos e continuei o encarando.

— Você sabe que está sendo infantil, não sabe?

— Não sei do que está falando, eu só vim tomar um café. Nada de mais. – Continuei o encarando, ele estava tentando me fazer ciúmes, o que mais me magoava era ele agir com essas atitudes.

— Tudo bem. – Suspirei. – O que vão querer?

Eles fizeram seus pedidos, então eu saí os deixando a sós, depois de ter atendido várias mesas, Bia me chamou.

— A mesa dois está te chamando.

— Não posso ficar com esse café. – Carla disse com sua cara enojada.

— O que tem o seu café? – Disse paciente.

— Bom, está frio. – Levei então para trocar, mas quando voltei ela reclamou novamente. – Está do mesmo jeito. – Suspirei para não jogar em sua cara.

— Olha gente, eu estou ocupada. Não tenho tempo para suas brincadeiras. – Ela me olhou como se eu os estivesse ofendido.

— Então é assim que trata seus clientes? – Olhei para André, que não tinha dito uma única palavra.

— Será que a gente pode conversar? – Ele concordou me acompanhando até fora da cafeteria. - O que realmente está acontecendo aqui André? – Ele deu de ombros.

— Nada, Carla sempre agiu assim, acho que você está levando tudo a sério demais. – O encarei incrédula.

— Você está fazendo isso porque eu terminei com você. – Não foi uma pergunta. – E sério isso André? – Continuei quando ele não disse nada. – Não estou te reconhecendo. - Ele riu seco.

— Helena, não me faça rir, logo você que inventou história para terminar comigo. – Franzi o cenho.

— Eu não inventei nada, você sabe muito bem como nós estávamos. – O encarei magoada. – A forma que você está agindo só me confirma que fiz a coisa certa. – Ele se aproximou.

— E o que você queria, que ficássemos melhores amigos? – O encarei sem dizer nada, porque sim, eu esperava que pudéssemos ser amigos. – Pois saiba que não vai ser assim. – Disse bem próximo. Ele entrou na cafeteria e saiu com Carla, e eu fiquei os olhando partirem.

No dia seguinte eu estava organizando minhas coisas no armário quando Marcos chegou ao meu lado, se escorando no armário, suas mãos em seus bolsos.

— O que você tem? – Continuei organizando meus livros.

— Nada, eu estou normal. – Ele insistiu, e eu acabei sendo grossa. – Me desculpa. – Disse o encarando, ele desfez sua pose relaxada, suspirei. – É coisa minha, eu não deveria ter falado de forma grosseira. O que você queria falar? – Fechei meu armário.

— Eu ia te chamar para ir a um evento, mas está tranquilo. – Ele ia se afastando, segurei sua mão, quando olhei para o fim do corredor vi André passando e nós olhando, soltei sua mão. – O que foi? – Olhou para onde eu olhava, mas ele já tinha ido.

— Nada. Er... que evento queria me chamar? – Me olhou como se me avaliasse, quando não viu nada em minha expressão, continuou.

— Um de fotografia. Vai ter uma exposição fotográfica amanhã à tarde, queria saber se quer ir. – Sorri.

— Claro, vou sim.

— Tudo bem, eu vou indo lá para a aula, te vejo por aí? – Fiz que sim e ele se foi.


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