Gabriel estava sentado a uma mesa no escritório do céu. Ele mesmo arrumou esse lugar, desejando privacidade para conversas privadas, mas ele nunca pensou que ele mesmo usaria para dar uma dura no pai de Dean e Sam.

— Gabriel, ele está aqui. – Hannah abriu a porta e um John Winchester sem entender entrou e se sentou. – Chame quando terminar.

— Obrigado. – Gabriel sinalizou para o homem se sentar e respirou fundo. – Acho que você sabe quem eu sou.

— Arcanjo Gabriel. – Jonh começou. – Ouvi bastante sobre você.

— Eu também. – Gabe suspirou. – Estou aqui porque eu quero entender porque você fez Dean de saco de pancadas.

John se mexeu, claramente desconfortável. Ele nem se importava com isso, mas falar sobre o filho mais velho era algo que ele queria.

— Eu não estou entendo o que você quer dizer. – John fingiu amnesia. – Sempre tratei meus meninos iguais.

— Dean está passando por algo lá embaixo nesse momento que o está forçando a reviver suas memórias de criança até chegar a fase adulta e bem, Bobby contou sobre as surras. – Gabriel notou John se afastando da mesa. – Minha pergunta é: Por que machucar seu filho?

— Está brincando? – Ele deu uma risadinha. – Aquele garoto não fez nada direito por algum tempo. Ele deixou Sammy ser quase morto por uma Strigha e depois ele deixou que Sam fosse para a faculdade. Ele teve só o que merecia.

Gabriel se levantou e segurou John alto, prendendo o homem na parede como sua graça e começando a esganar o homem.

— Eu deveria matar você agora. – Gabriel viu Hannah olhando para a cena. – Mas quer saber? Vou fazer com que joguem você na prisão do céu.

Soltando John, Gabriel saiu da sala e voltou para a casa de Bobby. Ele trocou olhares com Sam e depois com Bobby, que estavam dando risadas enquanto olhavam para Castiel brincando de pegar com Dean.

— Ele queria que Cas fizesse o batman real. – Sam deixou seu sorriso aumentar. – Bobby e eu explicamos para a turma do barulho o porquê de não trazer personagens a vida.

Olhando para o menino que havia pulado nos braços de Cas, que o levantou para que ele colocasse a bola dentro da cesta de basquete improvisada e rindo quando a bola a acertou.

— Boa pontaria. – Cas o trouxe e deu um beijo na bochecha dele. – Olhe, Gabriel voltou.

— Gabe! – Dean correu e pulou no colo do outro anjo.

Castiel desejou que a infância de Dean tivesse sido assim. Deus sabe que ele merecia.

Enquanto Dean aproveitava um belo lanche com sanduiche, batida de morango e um pouco de suco de laranja, Sam o observou.

O garoto deixou a comida e olhou para o irmão com expectativa. Mais um flashback estava para começar.

— Você sabe, eu estou satisfeito. – Dean se levantou e quando Bobby foi até ele, o garotinho se encolheu no sofá.

Bobby sabia que não era com ele.

— Por favor, meu pai deve estar preocupado. – Dean olhou para os dois. – Apenas me deixe ir. Eu não vou deixar Sammy fugir mais, não precisa me deixar amarrado de novo.

Sam observou o irmão se amontoar perto do braço do sofá e foi para fora, gritando quando chegou do lado de fora. Todas as vezes que eles visitavam uma memória dele, Sam descobria algo mais podre sobre John.

— Bobby, o que ele está relembrando agora? – O jovem sabia que seu amigo estava atrás dele.

— John ficou bravo com Dean porque você fugiu de casa. – Bobby começou. – Eu realmente não sei muito, apenas que seu pai o levou para um de seus amigos e o deixou com ele.

— Eu sei o que aconteceu. – Cas estava suspirando. – O homem amarrou Dean e o deixou assim por quase dois dias. Sem comida, sem água, nada. Felizmente o homem não estuprou seu irmão, mas ele ficou com medo daquele cara.

— NÃOOOOO! – O grito de Dean foi ouvido e uma explosão azul cegou todos.

Sam foi jogado para longe e bateu a cabeça. Bobby caiu contra um carro e Cas, apesar de ser um anjo voou também.

Gabriel, que estava com Dean foi jogado contra a parede e apagou.

Dean caiu desmaiado no chão. Uma figura sombria entrou na casa e passou por Gabriel, pegando Dean, que estava de volta a sua forma normal. Ela era forte, porque colocou o homem no ombro e foi embora.

Jogando Dean em um porta-malas, a pessoa dirigindo colocou o pé no acelerador e foi embora.

Sam e Cas foram os primeiros a voltarem a si. Eles olharam para Bobby que finalmente voltou a si e correram para a casa, para encontrar Gabriel no chão.

— Onde está Dean? – Sam começou a correr. – Dean?

— Sam, o cheiro. – Bobby pegou algo do chão e cheirou. – Enxofre.

— Lúcifer. – Sam estava começando a entender agora.

— Acha que a bruxa trabalha para o demônio agora? – Bobby perguntou, especialmente para os dois anjos.

— Talvez sim. – Castiel tentou procurar uma localização de Dean, mas o sigilo que ele tinha estava com força total agora. – Que droga.

— Nem me fale. – Gabriel estava colocando sua graça e curando Sam e Bobby. – Por que Lúcifer sequestraria Dean?

— Eu sei que ele ainda quer que eu seja seu terno de formatura. – Sam suspirou. – Mas porque pegar Dean?

— Troca? – Bobby tentou.

— Bem, visto que Dean é a espada de Michael, ele pode pensar que Dean tem algum valor para o inferno ou para o céu. – Gabriel disse. – Eu tenho que voltar e verificar.

Então Gabriel sumiu e Cas sentiu medo. Ele poderia jurar que o velho Dean estava de volta, apenas pelo modo com que Gabriel disse.

Lúcifer colocou Dean deitado na cama de tortura, mas o algemou com sua graça demoníaca. As algemas físicas eram completamente desnecessárias.

Uma figura entrou e ficou frente a frente com um Dean apagado. Ele bateu as mãos e entregou algo para o demônio. Usando mais graça, ela vestiu o homem, uma vez que quando Dean voltou a ser adulto, elas se rasgaram.

Mas não eram quaisquer roupas. Eram roupas de caçador. Flanelas xadrez, calça jeans com lavagem justa e botas.

— Eu não sabia que você tinha um fetiche por ele. – Lúcifer voltou, um copo nas mãos. – Algumas pessoas são estranhas.

— Cale a boca, Nick. – A pessoa apenas olhou para o Winchester. – Eu o quero, mas não para isso. Eu tenho que colocar o grande garoto para trabalhar, mas antes, vou despejar mojo para que ele obedeça a mim e esqueça qualquer coisa.

— Boa sorte. – Lúcifer revirou os olhos e saiu, deixando Dean e Abaddon sozinhos.

Aquela garota era estranha, mas ele tinha que dar a ela uma vantagem. Ela iria reduzir Dean Winchester a nada e talvez ele pudesse fazer Sammy dizer sim para ele.