A Agonia que é Viver escrita por Carti
A morte me abraçou de novo
Em entrelinhas fiquei mais um pouco
Em paz, ouvindo o mar
Em paz, cheiro de chuva
A morte foi a mais gentil de todas
E com um sopro fez descansar a minha alma
É só ela, a tal, que me acalma
Mas no fundo eu sabia, que um dia
Ela iria me soltar, me abandonaria
Me disse que eu precisava voltar para a vida
Ela culpou o destino, contou sobre a minha história
Disse que a minha vida, já havia sido escrita
Ela não podia fazer nada
Estava além de seu alcance
Eu a olhei de relance
Sua figura calma, mãos mornas
Me segurando em um aperto, como se soubesse
Que eu não queria voltar
Tão confortável em seus braços
De alívio eu estava a chorar
Alívio que iria acabar
A morte já viu tudo, tudo de ruim
Todo mal, toda a maldade, imundices sem fim
Mas mantinha-se tão calma, com um amor materno
A morte, sem dúvida era um anjo
Eterno.
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— to me
— and to you.